Início › Fóruns › Questões sobre Filosofia em geral › Racionalismo versus Empirismo
- Este tópico está vazio.
-
AutorPosts
-
28/03/2007 às 17:11 #84623CientistaMembro
Silas,Obrigado pelos esclarecimentos técnicos! São ilustradores!Fora do jargão epistemológico, penso que chegamos à "dedução lógica" baseados em:a. Sentidosb. Limbo (Experiencias passadas)c. Filtros aprendidos (premissas gerais)
... perguntei-lhe como conhece o mundo porque gosto de claras e contudentes, porque elas firmam de vez a posição do falante.
Bem, creio que "a posição do falante" é deduzida ao longo da conversa. Queres expor como "conhece o mundo" para que eu tenha um exemplo do que te referes?
...não estamos falando de conhecimento verdadeiro ou falso...mas isto não deixa de ser conhecimento.
Chamarias um "conhecimento" falso de conhecimento? Para mim existe apenas um típo de conhecimento: aquele que reflete a realidade dos fatos. Se não reflete, não é conhecimento, mas desconhecimento (Falsa cognição) ou qualquer outro nome que se invente, menos conhecimento! Isto seria colocar todos os erros, falhas, inverdades, fantasias, dogmas, etc, no mesmo saco do conhecimento! UMA FRANCA HERESIA! Quem não conhece não pode reconhecer! :)
... o que os religiosos pensam sobre o mundo através de sua religião não deixa de ser conhecimento
Vide o acima, por favor!
A Arte, por sua vez, também gera conhecimento.
Bem, desta ótica, TUDO gera, caríssimo! :)
Lembremos quanto conhecimento as obras de arte nos deram no decorrer da História...
Podes dar-nos um ou dois exemplos?
..quatro pilares essenciais, a saber, a Ciência, a Religião, a Filosofia e a Arte. Em primeiro lugar, a capacidade de instrumentos próprios dos "pilares" proverem conhecimento.Em segundo lugar, a questão deles próprios serem fontes de conhecimento.
Para mim, Religião e Arte NÃO são pilares do conhecimento, cada uma por razãos distintas. A religião, por basear-se em dogmas, falsas cognições, que em geral são arqui-inimigas do conhecimento, como ilustra bem a história.Como afirmei anteriormente, o conhecimento se divide fundamentamente em dois: CONHECIMENTO DE SI e CONHECIMENTO DO MUNDO EXTERIOR, que inclui os outros seres vivos.Por outro lado, tudo que é produzido em nossa mente e é armazenado no Limbo (nosso disco rígido) é informação, mas não necessariamente conhecimento :)SDS
28/03/2007 às 17:36 #84624jota erreMembroFora do jargão epistemológico, penso que chegamos à "dedução lógica" baseados em:a. Sentidosb. Limbo (Experiencias passadas)c. Filtros aprendidos (premissas gerais)
Entendi que o sr está concordando comigo, é isso?
Bem, creio que "a posição do falante" é deduzida ao longo da conversa. Queres expor como "conhece o mundo" para que eu tenha um exemplo do que te referes?
Não.
Chamarias um "conhecimento" falso de conhecimento? Para mim existe apenas um típo de conhecimento: aquele que reflete a realidade dos fatos. Se não reflete, não é conhecimento, mas desconhecimento (Falsa cognição) ou qualquer outro nome que se invente, menos conhecimento! Isto seria colocar todos os erros, falhas, inverdades, fantasias, dogmas, etc, no mesmo saco do conhecimento! UMA FRANCA HERESIA!
Concordo. Usei o termo para saber o que o sr achava.
Quem não conhece não pode reconhecer! :)Vide o acima, por favor!
Por favor, defina "conhecimento".
Podes dar-nos um ou dois exemplos?
Não sou historiador, caro sr., e tampouco gosto de valer-me de exemplos, mas a arqueologia está repleta de descobertas que explicam o contexto político de várias culturas, como os tipos de arte feito pelos gregos e pelos romanos. Porque eram diferentes? Será que estavam relacionadas a um contexto específico?Não se pode fazer um quadro que descreva algum evento histórico, por exemplo? Não se pode fazê-lo expressando as idéias filosóficas do autor? Isto não passa nenhum conhecimento?
28/03/2007 às 18:29 #84625CientistaMembroEntendi que o sr está concordando comigo, é isso?
Não pensei nisto ao escrever... Desculpe. Concordando com o que?
Não (quero expor como conheço o mundo)
Como ousas perguntar-me algo que tu mesmo não estás disposto a revelar de ti? :)
Por favor, defina "conhecimento".
Conhecimento é toda informação verídica que armazenamos em nosso limbo acerca da realidade dos fatos.Todos os fenômenos materiais e energétivos contém informação; mas a informação pertinente ao conhecimento se caracteriza por ser armazenada em meio "artifical" externo aos seres em si - uma imagem.Por exemplo, uma imagem quadrada NÃO pode corresponder a uma bola (esférica), e se dissermos que uma bola é quadrada, isto é uma inverdade, e NÃO é conhecimento sobre a bola.Como já vimos, TUDO contém informação e pode ser fonte de conhecimento, sem ser necessáriamente um "pilar" deste.Que pensas disto?
29/03/2007 às 12:39 #84626jota erreMembroNão pensei nisto ao escrever... Desculpe. Concordando com o que?
Quando o sr fala "A educação do indivíduo cria 'filtros' para as deduções lógicas a que chegamos", tentei corrigir que, na lógica, o conceito de dedução explica que não chegamos às premissas gerais, mas partimos delas. Trata-se da diferença entre o método indutivista (particulares para o geral) e o dedutivista (geral para o particular).Quando o sr disse que chegamos às deduções lógicas baseados em:a. Sentidosb. Limbo (Experiencias passadas)c. Filtros aprendidos (premissas gerais)Interpretei comoa. Sentidos - Características de elementos particulares.b. Limbo (Experiencias passadas) - Características de elementos particulares.c. Filtros aprendidos (premissas gerais) - claro, premissas gerais.E assim, através dos sentidos e do limbo, como caracterizadores de elementos particulares, chegamos às premissas gerais.Interpretei corretamente?
Como ousas perguntar-me algo que tu mesmo não estás disposto a revelar de ti? :)
sr Cientista, trata-se de uma deficiência. Busco conhecer tanto quanto o sr., ou menos, ou mais. Acredito que possamos conhecer o mundo através dos sentidos e da razão, mas não sou tão sistemático quanto o sr. Este tópico tem, inclusive, o intento de discutir esta questão.
Todos os fenômenos materiais e energétivos contém informação; mas a informação pertinente ao conhecimento se caracteriza por ser armazenada em meio "artifical" externo aos seres em si - uma imagem.Por exemplo, uma imagem quadrada NÃO pode corresponder a uma bola (esférica), e se dissermos que uma bola é quadrada, isto é uma inverdade, e NÃO é conhecimento sobre a bola.Como já vimos, TUDO contém informação e pode ser fonte de conhecimento, sem ser necessáriamente um "pilar" deste.Que pensas disto?
Que me diz do conhecimento matemático, sr? Ele está ligado a algum fato? Conhecemos os números por indução? E a matermática pura?Uma pessoa cega, surda, muda, tetraplégica e com alguma doença que lhe tire o tato não pode ter conhecimento?O que o sr quer dizer exatamente com "imagem"?
29/03/2007 às 13:02 #84627CientistaMembroEd,Antes de tudo, parabéns pela forma organizada e racional como organizas os fatos. Estamos sim de acordo. Acontece que não conheço o jargão e tu o conheces em bom grau.
Que me diz do conhecimento matemático, sr? Ele está ligado a algum fato? Conhecemos os números por indução? E a matermática pura?
O conhecimento matemático me parece altamente objetivo e baseado na observação. Uma matemática que não reflita a realidade serviria para que? :)
Uma pessoa cega, surda, muda, tetraplégica e com alguma doença que lhe tire o tato não pode ter conhecimento? Teria, ainda assim o "sentido interior" e seu conhecimento seria o de si mesma, e virtualmente nenhum do mundo exterior.
O que o sr quer dizer exatamente com "imagem"?
A "coisa" é a coisa, com sua informação intrínseca interior. Informação sobre a coisa, armazenada externamente a ela, é uma "imagem" da coisa, não a coisa. (Um símbolo)Siga neste caminho! Estás indo muito bem!SDS
29/03/2007 às 14:32 #84628jota erreMembroAntes de tudo, parabéns pela forma organizada e racional como organizas os fatos. Estamos sim de acordo. Acontece que não conheço o jargão e tu o conheces em bom grau.
sr. obrigado pelo elogio, mas estou simplesmente seguindo os preceitos da lógica de Aristóteles; o mérito é dele.Mas há outra questão que eu gostaria de pôr:Identificamos seu método de pensamento como indutivo.Porém, nos posts acima ficou explicado que, conforme os teóricos citados, a Ciência se baseia não no método indutivo para obter conhecimento, mas no hipotético-dedutivo.Mais abaixo o sr aceitou se caracterizar como cienticifista, o que leva a um contra-senso.Se achar necessário, posso postar, não hoje (que não tenho o livro em mãos), o problema da Lógica indutiva proposto por Popper em citações, de forma mais rica.Mas, por ora, digo que o problema que ele indica é o problema da demarcação. O problema de demarcar e diferenciar o campo do empírico das especulações teóricas e metafísicas. Algo que penso ser de seu interesse.
O conhecimento matemático me parece altamente objetivo e baseado na observação. Uma matemática que não reflita a realidade serviria para que? :)
Se quiser discutir a questão, que é extensa, poderemos explanar como Kant explica a possibilidade de juízos sintéticos a priori, isto é, juízos que são aferidos por nós mesmos às coisas, mas anteriormente a qualquer experiência. Ele julga que os usamos na matemática.
Teria, ainda assim o "sentido interior" e seu conhecimento seria o de si mesma, e virtualmente nenhum do mundo exterior.
Concordo. Foi só uma "pegadinha". Mas já que falei de Kant, ele chama este "sentido interior" de tempo.
A "coisa" é a coisa, com sua informação intrínseca interior. Informação sobre a coisa, armazenada externamente a ela, é uma "imagem" da coisa, não a coisa. (Um símbolo)
Se o sr conhecer Popper, podemos discutir o que ele chama de três mundos.- o 1° seria a nossa percepção empírica do mundo;- o 2° seria a nossa apreensão teórica e opinião do mesmo, incluido-se, na verdade, toda nossa esfera psicológica;- o 3° seria o conhecimento sistematizado e organizado, por assim dizer, bibliograficamente. O que diz respeito diretamente à história e desenvolvimento do conhecimento.Nem o 2° nem o 3° seriam empíricos, no caso.
29/03/2007 às 17:48 #84629CientistaMembroIdentificamos seu método de pensamento como indutivo.Porém, nos posts acima ficou explicado que, conforme os teóricos citados, a Ciência se baseia não no método indutivo para obter conhecimento, mas no hipotético-dedutivo.Mais abaixo o sr aceitou se caracterizar como cienticifista, o que leva a um contra-senso.
Bem, eu não me classifico a mim mesmo, mas não me importo que o faças, até agradeço! Se eu o fosse fazer, eu me definiria como racionalista, pois a razão e a lógica são meus nortes!
Se achar necessário, posso postar o problema da Lógica indutiva proposto por Popper em citações, de forma mais rica.
Puxa eu ficaria encantado! Gosto de aprender!
O problema de demarcar e diferenciar o campo do empírico das especulações teóricas e metafísicas. Algo que penso ser de seu interesse.
Por favor, vou gostar muito! É realmente do meu interesse!
O conhecimento matemático me parece altamente objetivo e lógico.
Corrigindo o que disse acima, pois estava de saida quando escrevi: A função precípua da matemática é CONTAR. Ela nasceu da necessidade de ter-se informação sobre quantidade das coisas do mundo físico, por isto tem sua base na abservação do mundo, como de resto quase todas as outras ciências. Como bem sabemos, hoje ela conta não apenas ovos e ovelhas, ela conta área, volume, valores fisicos e energéticos, fazendo uso inclusive de coisas tão compleas quanto Cálculo Diferencial e Integral. Dai ela passou a contar coisas abstratas, tornado-se a base da ciencia digital e, portanto, de toda a computação moderna. Mas, segue sendo a velha arte de contar, seja bits ou ovelhas!
Se quiser discutir a questão, que é extensa, poderemos explanar como Kant explica a possibilidade de juízos sintéticos a priori, isto é, juízos que são aferidos por nós mesmos às coisas, mas anteriormente a qualquer experiência. Ele julga que os usamos na matemática.
Por favor, viria a me enriquecer muito!
Concordo. Foi só uma "pegadinha". Mas já que falei de Kant, ele chama este "sentido interior" de tempo.
Confesso que gostei da pegadinha esta!
Se o sr conhecer Popper, podemos discutir o que ele chama de três mundos.- o 1° seria a nossa percepção empírica do mundo;- o 2° seria a nossa apreensão teórica e opinião do mesmo, incluido-se, na verdade, toda nossa esfera psicológica;- o 3° seria o conhecimento sistematizado e organizado, por assim dizer, bibliograficamente. O que diz respeito diretamente à história e desenvolvimento do conhecimento.Nem o 1° nem o 2° seriam empíricos, no caso.
Vou dar uma olhada em Popper! Acharia interessantíssimo se pudesse discutir este assunto!Aguardo por tua resposta!SDS
29/03/2007 às 20:39 #84630CientistaMembroJuniorSobre Popper, achei isto demais interessante.Acho que está bem na minha linha de pensamento?"Uma afirmação que não possa ser confrontada com a sua veracidade pelo confronto com a realidade não é científica. Será talvez uma especulação metafísica.Para Popper a verdade é inalcançável, todavia devemos nos aproximar dela por tentativas. ... quer nós verifiquêmos ou refutemos, de qualquer forma fazêmo-lo com a ajuda de duas ferramentas e apenas duas: a lógica e a confrontação com os factos.As teorias são julgadas por dois juízes: consistência lógica e conformidade com os factos."SDS
30/03/2007 às 18:52 #84631jota erreMembroBem, eu não me classifico a mim mesmo, mas não me importo que o faças, até agradeço!
(Portanto,) Não discutirei mais este assunto.
Puxa eu ficaria encantado! Gosto de aprender! (sobre Popper)
Por favor, vou gostar muito! É realmente do meu interesse! (o problema da demarcação)
Pois bem. Por enquanto não usarei citações porque não tenho o livro aqui. Mas, como disse, Popper critica o uso da lógica indutiva na Ciência porque a indução não permite a distinção entre o empírico e a especulação metafísica.A lógica da indução é a seguinte: se experimento que:"O aço dilata com o calor;O ferro dilata com o calor;A platina dilata com o calor;O ouro dilata com o calor;eO chumbo dilata com o calor."(isto é, vários metais)Logo estabeleço que:"Todos os metais dilatam com o calor".Ou seja, partimos do estudo de casos particulares para a indução de uma premisa geral.Mas ora, dirá Popper, quantas vezes é necessário experimentar os metais para induzir uma lei geral? Tenho acesso a todos eles? A lógica mostra que, se há apenas uma excessão numa regra, ela simplesmente não é mais regra, mas apenas um evento que ocorre comumente.Mas o que realmente leva Popper a problemaizar a questão é: este método pode ser utilizado tanto pela Ciência quanto por qualquer especulação metafísica. Não é, portanto, distintivo da Ciência. Este é o que ele chama de problema da indução ou, mais propriamente, de problema da demarcação.A partir daí, ele vai formular que o método científico é o hipotético-dedutivo, e não ó indutivo, que até então se aceitara. Esta é uma das contribuições fundamentais, (talvez a mais fundamental) que Popper traz à Ciência.
Corrigindo o que disse acima, pois estava de saida quando escrevi: A função precípua da matemática é CONTAR. Ela nasceu da necessidade de ter-se informação sobre quantidade das coisas do mundo físico, por isto tem sua base na abservação do mundo, como de resto quase todas as outras ciências. Como bem sabemos, hoje ela conta não apenas ovos e ovelhas, ela conta área, volume, valores fisicos e energéticos, fazendo uso inclusive de coisas tão compleas quanto Cálculo Diferencial e Integral. Dai ela passou a contar coisas abstratas, tornado-se a base da ciencia digital e, portanto, de toda a computação moderna. Mas, segue sendo a velha arte de contar, seja bits ou ovelhas!
Nietzsche nos ensina que a genealogia de algo nem sempre deve ser vista de forma divinizada e magnífica.Será que a "essência" das coisas está vinculada necessariamente à finalidade de sua criação? Mesmo que seja, a matemática não trabalha somente com números, como podemos ver na lógica matemática. Ela trabalha fundamentalmente com relações. Na revista "Discutindo Filosofia" do bimestre anterior, vi um artigo sobre o pensamento como cálculo. O autor cita um pensador que não lembro o nome agora, talvez Hobbes, que defende que o pensamento é fundamentalmente cálculo. Não calculamos somente números, tudo pode ser somado e subtraído. A idéia de "cientista" somada à idéia de "louco", por exemplo, resulta em "cientista louco".
Por favor, viria a me enriquecer muito! (sobre Kant)
No prefácio da Crítica da Razão Pura, Kant distingue os juízos sintéticos dos analíticos.Os primeiros seriam aqueles oriundos de nõs mesmos, na opinião sobre alguma coisa. os segundos seriam também oriundos de nós, mas diriam respeito à coisa intrinsecamente. Por exemplo, se digo, "o cientista é magro", estou ajuizando algo que pertene a ele analiticamente, que faz parte dele. No entanto, se digo "o cientista é feio" (que exemplos pobres!), estou afirmando dele algo que não está nele, mas em mim, a saber, o conceito de beleza.Continuando, Kant também usa os termos "a priori"(anterior à experiência) e "a posteriori" (posterior à experiência).É aceitável claramente que façamos juízos sintéticos a posteriori, mas Kant pergunta: "são possíveis os juízos sintéticos a priori?" Ele mesmo responde que sim.Segundo o pensador, a expressão matemática (por exemplo) 2+2=4 é um juízo sintético a priori.No caso, a primeira parte da expressão (2+2) somente afirma "a soma de dois mais dois", e nada mais. Não está explícito na expressão o número quatro. O número quatro não pertence a ela analiticamente. Se o fosse, não poderia também pertencer à outras expressões, como 3.+1, etc.Mas, além disso, não preciso contar nos dedos ou contar alguma coisa para obter o resultado.Aprioristicamente, faço os cálculos de forma mental.As expressões matemáticas seriam, assim, a prova de que são possíveis os juízos sintéticos a priori.A partir daí, ee vai formular a sua teoria do conhecimento.(É amedrontador simpliicar os conceitos kantianos desta forma! Espero que isto não leve ao erro)
Vou dar uma olhada em Popper! Acharia interessantíssimo se pudesse discutir este assunto!
Achou alguma coisa sobre os três mundos?
30/03/2007 às 20:25 #84632CientistaMembroMas ora, dirá Popper, quantas vezes é necessário experimentar os metais para induzir uma lei geral? Tenho acesso a todos eles? A lógica mostra que, se há apenas uma excessão numa regra*, ela simplesmente não é mais regra, mas apenas um evento que ocorre comumente.
O que me parece perfeito!*Quanto então seria correto afirmar: Isto costuma acontecer ou quase sempre é verdade, exceto...
"Todos os metais DILATAM com o calor".
Creio que era isto... :)
este método pode ser utilizado tanto pela Ciência quanto por qualquer especulação metafísica.
Me parece perfeito!
o método científico é o hipotético-dedutivo
Poderias me falar um pouco mais sobre este método?
Nietzsche nos ensina que a genealogia de algo nem sempre deve ser vista de forma divinizada e magnífica.Será que a "essência" das coisas está vinculada necessariamente à finalidade de sua criação? Mesmo que seja, a matemática não trabalha somente com números, como podemos ver na lógica matemática. Ela trabalha fundamentalmente com relações. Na revista "Discutindo Filosofia" do bimestre anterior, vi um artigo sobre o pensamento como cálculo. O autor cita um pensador que não lembro o nome agora, talvez Hobbes, que defende que o pensamento fundamentalmente cálculo. Não calculamos somente números, tudo pode ser somado e subtraído. A idéia de "cientista" somada à idéia de "louco", por exemplo, resulta em "cientista louco".
Havia me esquecido que as relações fazem parte da matemática há bom tempo! Fizeste bem em lembrar!
Achou alguma coisa sobre os três mundos?
Não, nem tive tempo. Se tiveres, manda!Fora disto, não sabia que Kant tinha sido assim interessante, apesar de ouvir falar bastante dele e do pobre maluco do Niestsche (Este já li um pouco mais. Não te preocupes em "simpliicar os conceitos kantianos" pois eu sou um true newbye. QQ coisa serve para despertar-me o interesse!Tudo o que tiver desta ordem, por favor, reparta!Abraço grande!
04/04/2007 às 20:17 #84633jota erreMembroAo Cientista,Ainda não tive tempo para reler Popper, mas este é um pequeno comentário que tirei do site: http://www.institutoliberal.org.br/biblioteca/galeria/Karl%20Popper.htm"No início dos anos 70, Popper publicou outra importante obra sobre o conhecimento científico sob o título Conhecimento objetivo onde ele textualmente declara que ‘o fenômeno do conhecimento humano é, sem dúvida, o maior milagre do universo. Ele constitui um problema que não será solucionado brevemente’. Popper propõe uma teoria objetiva do conhecimento e formula a idéia dos três mundos: "mundo 1" (dos objetos físicos), "mundo 2" (dos estados de consciência ou mentais ou de "disposições comportamentais para agir") e "mundo 3" (das idéias). Assim, um livro pertence a dois "mundos". Ao "mundo 1", na condição de objeto, e aos "mundo 3", por seu conteúdo que é o universo das idéias."
-
AutorPosts
- Você deve fazer login para responder a este tópico.