Verdades e Mentiras do Capitalismo/Comunismo/Anarquismo

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  • #80269

    Cara, foi você quem postou o texto!

    Essa eu não perdôo…

    Mas você tem razão. Não precisamos baixar o nível. Da minha parte, encerrada minha participação.

    (Mensagem editada por Mike em Setembro 18, 2005)

    #80270

    “Ainda Sobre Anarquismo!” Saudações!__ O anarquismo é contra o estado e isto significa que não visa as grandes massas, por isso a noção de comunidade ou federação.Não visa o capital mas o sistema de troca da produção dentro da comunidade. O sistema de governo é combinado entre os membros e não há nenhuma regra estabelecida de como pode ser ou não, isso fica a critério do grupo. Diferenças de personalidade são óbvias, mas o nível de consciência precisa ser o mesmo para se manter o grupo coeso. Por isso, embora pareça contraditório, surgiram duas correntes de pensamento apresentando o anarquismo. Em princípio, o uso de ações revolucionárias em favor de uma luta política, depõe contra a essência anarquica, pois é justamente isto que o estado faz, impondo condições de grupos minoritários ou maioritários. Então os anarquistas amadureceram e perceberam, daí surgiu enfim a conclusão que este estado de consciência, donde o individuo vive um sistema de troca e prefere uma comunidade não pode ser ensinado ou ditado como uma regra a se seguir.Isto ocorre naturalmente e só poderia ocorrer mundialmente, se naturalmente não vivêssemos num mundo tão eclético, coexistindo vários níveis de consciências donde algumas historicamente ainda valorizam o capital como uma ferramenta móvel de realização pessoal. Mas a grande máxima do movimento anarquista, diríamos o apogeu, o ápice da percepção se deu dos anos 70 aos 80, quando sacamos o seguinte: Em verdade se o anarquista não luta, significa que está em paz consigo mesmo e aceita que os outros sejam como são. Não será ele juiz de ninguém, já que não gosta de ser também criticado do contrário estaria castrando a liberdade alheia, assim sendo sob uma ótica mundial, já vivemos um estado anarquista.Para se ver assim, basta se observar o seguinte: Aonde se vê “paises” se vê grandes tribos ou federações, cujos membros aceitam o sistema vigente, concordando ou não. Um grande abraço! Ass:TCP

    #80271

    Gostei muito do seu texto, ele é coexo e esclarecedor. O único ponto que eu discordaria, é a afirmação de que já se vive num estado anarquista. Eu acho exagero afirmar isso. De certo modo sim, concordo, pois eu entendi o contexto ao qual você se referiu. Mas acho que as pessoas não têm mais de 2 opções na vida, e acabam tendo de se submeter ao Estado, concordando ou não com ele.

    As opçoes para quem mora num país como o Brasil são:

    1- Ser escravo do sistema, submeter-se a mais- valia e todo tipo de exploração, desprezo, descazo, serntar o traseiro em frente a televisão e reclamar do governo assistindo ao Jornal Nacional mas não fazer nada para mudar as coisas.

    2- Morrer de fome. Como temos instinto de auto-preservação, então essa opção não é válida, logo só resta a opção 1.

    Escrevi rápido e não re-li, então não sei se expliquei bem. Mas o ponto central é que eu acho que deveria haver mais opções na vida. Por que escolher sempre somente entre duas opções?
    Será que uma pessoa que discorda do capitalismo tem que necessariamente escolher virar hippie solitário, índio ou coisa desse tipo? Será que a única forma de sair do sistema é se tornar um eremita?
    Obs: Nada contra hippies, índios e eremitas, muito pelo contrário, eu admiro todas essas culturas.
    Por que não podem existir sistemas de vida alternativos dentro de um mesmo país?
    Eu penso o seguinte: sou a favor da refórma agrária. Isso TALVEZ favoreceria uma melhor distribuição de riqueza e tornaria o alimento mais barato. Se houvesse a reforma, poderia existir mais comunidades alternativas onde vivem do solo, têm uma vida natural, etc…
    Quanto mais sistemas de vida existissem, menos o capitalismo exploraria, pois mais pessoas viviriam em comunidades alternativas e a mão de obra no sistema capitalista seria rara. Imagine se existissem várias comunidades hippies, outras de índios, comunidades anarquistas, sociedades comunistas, monges, e várias outras. Mas que tivessem realmente grande expressão em números de habitantes. Como se fosse 70% da pop. vivendo em comunidades alternativas e 30% ainda no capitalismo.
    Assim, a mão de obra dentro do sistema capitalista seria mais escassa, o que TALVEZ favoreceria um salário melhor, melhores condições de trabalho, etc…(quem sabe?)
    Assim, quem quisesse trabalhar e viver num regime capitalista, viveria com uma qualidade melhor de vida do que é hoje. E quem não quisesse viver nesse sistema, teria várias outras opções. Mas hoje isso ainda não ocorre na proporção que deveria ocorrer. Talvez seja incoerência minha dizer isso, pois o capitalismo não suportaria tal coisa e tentaria a todo modo (como fez e faz hoje) destruir com esses modos de vida alternativos.

    Eu acho isso: Deve-se dar outras opções para as pessoas. Não pode existir somente: “Ou você trabalha para mim e aceita minhas condições ou morre de fome.” Cada pessoa deveria ter o direito de escolher como quer viver. A qual tipo de sociedade ela quer pertencer. Infelizmente hoje não se tem esse direito.
    Não somos ovelhas, ou cardumes, somos pessoas. Temos várias possibilidades diferentes de personalidade e pensamento, e o sistema tenta impor o esteriótipo, o consumidor padrão.
    Podemos pensar em várias opçoes de vida em sociedade. Não é por discordar do capitalismo que necessariamente só teremos a opção de fugir dele. Temos que pensar em várias opções. Podemos ser anarquistas, ou comunistas, ou índios, ou reinventar o capitalismo (menos selvagem), etc.
    O “exército de reservas” move a competição cada vez maior. E cada vez mais, nos especializamos mais para ganhar menos. Não há dúvidas de que Marx acertou em concluir que o capitalismo é auto-destruitivo.

    #80272

    Talvez a ideia que postei acima seja TOTALMENTE UTÓPICA, mas utópico para mim não é sinonimo de impossivel.
    Acho que quando todos dispertarem para uma maior participaçã politica (democracia mais participativa e menos representativa) talvez o mundo caminhe finalmente, com suas próprias pernas, ao comunismo, sem que seja necessário atravessar um revolta.
    (quem sabe?)

    Eu ainda não cheguei a uma conclusão segura sobre qual sistema de organização social seria melhor, e muito menos sei qual o método para se chegar a isso. É uma questão delicada.
    Continuo buscando.

    #80273

    Ainda Sobre Anarquismo II:__ Prezado Renan! Li seu texto e creia, gosto da sua “garra”.Embora minhas colocações venham parecer contraditórias, antes de mais nada, creia, “sou anarquista” e me sinto muito bem assim. Mas, imagine se você tivesse sido, nascido e criado em uma federação anarquista e um belo dia olhasse a sua volta e concluisse:__ Não gosto de nada por aqui, me sinto um “estranho no ninho”. Qual seria a sua segunda opção???__ Creia, o “Anarquismo” sempre existiu, não é um sistema nem um regime. Apenas quando um grupo de pessoas se encontram e tem a possibilidade de ir morar junto, aí acontece uma “comunidade”. Mas também não é assim nos outros setores da sociedade.Existem muitos anarquista solitários por aí, o que é bem fácil de achar, é menos curriqueiro.__ Você sabia que, infelizmente, após a revolução Russa, um grupo de anarquista foram chacinados em sua pequena aldeia, só porque não quiseram se aliar ao estado, que na ocasião formava a tal da união soviética. Pois é meu amigo, assim são as contradições historicas. Nada tenho contra o comunismo ou ao capitalismo, até por que, segundo alguns comunistas, os soviéticos nunca foram realmente comunas, depois que Lenin morreu e Stalin assumiu a “ditadura do proletariado”. Concordo com você em espírito de divulgar que existem coisas melhores e opções. Este é o trabalho do pensador, movimentar a roda da história, mas sabemos que a história não é feita só de pensadores, lembre-se disso. Saudações! ASS:TCP

    #80274

    O que eu acho engraçado é que quando uma sociedade ideológica fracassa, trata-se logo de afirmar que a culpa não foi daquela ideologia, que ela foi mal aplicada, etc.

    Seguindo essa mesma lógica, também não seríamos capitalistas de verdade, já que o capitalismo da teoria é muito mais dinâmico e competitivo…

    ….

    #80275

    Tulia,
    Concordo com você e gostei do que você escreveu.

    Acho que estamos falando sobre pontos de vista diferentes do anarquismo. Mas acho bacana o seu ponto de vista.

    #80276

    Tulia,

    O problema de toda ideologia, seja qual ela for, é apenas um: NÃO SÃO IMUNES À MÁ-FÉ E À VONTADE DE PODER DOS HOMENS!

    Se existisse bom-senso e boa-fé geral entre os homens, até o sistema monárquico absolutista seria, na prática, a melhor das utopias…

    Na teoria, TUDO PODE…

    #80277

    Saudações! E fico feliz por o debate ter continuidade com a minha participação!__ Concordo com ambos, Renan e Emileto, discordo apenas quanto a imunidade da ideologia, pois ideologia assim como as pedras são por natureza imunes.No entanto, concordo que mesmo que nos dispusessemos a seguir a risca uma bula ideológica, talvez não funcionasse a contento. De certo alguém estaria obediente mas insatisfeito. Por isso mesmo eu afirmei que o tal anarquismo só funciona expontaneamente, sem bula. A pessoa é ou não é anarquista. O problema é o seguinte, ninguém inventou o anarquismo, ele sempre existiu. Um dia alguém percebeu isto e tratou de escrever, ou relatar oque era possível de alguns homens viverem em grupo e concluiu que deveria ser bom para os outros. Preferiu omitir a origem de sua inspiração. Vai ver que conheceu alguma comunidade e aprendeu por lá. Mas existem diversos tipos de agrupamentos anarquicos que nem sempre são interessantes para os próprios anarquista, por isso os grupos são pequenos. Eu por exemplo, não teria muita chance de viver bem em uma comuna totalmente agrária./ Vocês já leram, “Cem Anos de Solidão” de Gabriel Garcia Marques? É fabuloso e muito divertido. Ass:TCP

    #80278

    __ Em continuidade, Emileto, o problema na União Soviética, foi visivel e faliu imediatamente com a morte de Lenin. Então a ideologia não foi sequer colocada em prática para poder ser avaliada. Houve uma tragédia por lá, Stalin mandou matar Trotysk (perdão mas não sei mais como se escreve o nome) no México e implantou uma série de maluquices. Os comunistas, na maioria, foram tirados de jogada e Stalin governou com mão de ferro por mais de 30 anos, perseguindo geral, esquerda e direita. Não foi à toa que o povo destruiu a estatua de Lenin por puro ódio. Deviam ter feito isso com a de Stalin, mas a lavagem cerebral lá foi tão bem feita… Imagine você viver num país, que o mundo inteiro diz que é comunista e simplesmente você viver lá e observar que o “comunismo” passa longe, longe… E se você falar alguma coisa, vai em cana! Deve ser um horror! Daqui, agente ou ri ou chora, porque é tragicômico.

    #80279

    Bem, Túlia, parece-me claro que você se contradiz:

    Eu havia dito que ideologia alguma é imune às distorções de princípios (em virtude de má-fé e vontade de poder) e você o negou. Depois, citou um exemplo de uma tentativa fracassada de instaurar uma ideologia, a qual hipoteticamente teria tomado uma forma distorcida (não vou entrar no mérito dessa questão, posto que torcida de time de camisa é perda de tempo pra quem espera objetividade), confirmando mais uma vez o que eu havia dito sobre imunidade…

    #80280

    Túlia, bom dia.

    Antes de mais nada, quero deixar claro que não pretendo defender um sistema de governo, ideologia, governante, partido, etc… O que vou escrever a seguir é apenas um ponto de vista diferente, para que você reflita sobre uma outra possível versão da realidade. Não discordo de nada do que você disse, só quero acrescentar, somar, e nunca subtrair. Por favor leia isso e o que se segue com atenção e por favor não me interprete mal.

    O que vou relatar agora é verídico. O pai de uma amiga minha, durante a ditadura no Brasil, teve que fugir do país devido a perseguição que sofrera (algumas pessoas foram torturadas até a morte no Brasil nessa época. Ele chegou a ver isso, mas conseguiu escapar). Ele foi primeiro para a França e depois para a URSS e lá permaneceu por 1 ano, trabalhando e estudando.
    O que ele me contou (com riqueza de detalhes) foi o seguinte (vou resumir):
    -A educação era prioridade máxima na URSS. Todos tinham direito a educação. Não havia excluído. Os jovens estudantes russos (não me lembro o termo russo para isso) eram tão respeitados que quando entravam em um transporte coletivo, até os generais cediam seus lugares para o menino sentar (os estudantes russos tinham um sinal identificador na roupa ou coisa assim, não lembro).
    Obs: Eu fiquei pasmo em saber que militares soviéticos andavam em coletivos, pois as pessoas aqui no ocidente capitalista sempre fizeram a minha cabeça dizendo que o “comunismo” da URSS não era uma sociedade sem classes como deveria ser, mas uma sociedade com duas classes (militares e povo). Então hoje me pergunto quem sofreu lavagem cerebral: o povo que defende a esquerda ou o povo que defende a direita?

    – Continuando, ele me contou que na URSS não havia mendigos. É verdade que não havia fartura, mas também não havia desperdício (como há aqui). E também não havia pobreza total, porque saúde, trabalho, educação, todos tinham.

    Obs: Não se trata de comunismo estritamente agrário, é também muito industrial. A URSS tinha uma indústria forte.

    Isso tudo que eu contei, não é baseado em programa de televisão, filme ou livro de história (a história é escrita pelos vencedores). Isso que eu reproduzi aqui é um relato verídico de alguém que esteve lá e viu como é. Não sei se isso tem algum tipo de valor, mas pelo menos não podem dizer que estou sendo manipulado por mídia esquerdista ou senso comum. Se houve manipulação aqui, somente o seria se o meu amigo tivesse mentido para mim. Mas acredito piamente que não seja o caso.

    Esse relato, contado assim não tem valor cientifico. Mas fica o registro ainda que resumido e simplificado. Numa outra oportunidade futura vou perguntar mais detalhes a ele.

    Detalhe histórico: Os EUA só lucraram com a Primeira e Segunda Guerra. Venderam armas, munição, equipamentos, alimentos, etc e só entraram no final das duas guerras. As guerras não aconteceram no território norte americano. Nada nos EUA foi destruído em função da guerra.

    A seguir um comentário de uma apostila de história que tenho (a visão dessa apostila eu acho que é mais esquerdista, e isso é raro):
    “…Ao contrário dos EUA, a URSS passou por dificuldades enormes após a Segunda Guerra. Perdeu aproximadamente vinte milhões de homens, seus campos foram devastados e as cidades destruídas. A produção industrial praticamente ficou estagnada (as industrias foram destruídas ou não funcionavam por falta de matéria prima) e as ferrovias mal funcionavam.
    A reconstrução foi árdua e sacrificante para a população. O governo foi obrigado a controlar ao máximo o consumo de alimentos e arrochar os salários pagos ao operário. Para complicar, os EUA ameaçavam a soberania soviética no Leste Europeu, obrigando Stalin a aumentar a sua capacidade militar.
    A saída para Stalin foi o fechamento do sistema socialista soviético e seu isolamento. Perseguiu violentamente os inimigos políticos e interferiu militarmente no leste europeu. Conseguiu uma fantástica recuperação econômica, mas sabia que não poderia competir a curto prazo com os EUA. Assim, evitou o contato com o ocidente europeu, e entrou em conflitos militares com alguns países socialistas que pretendiam caminhar de maneira independente. Para combater a propaganda norte-americana, Stalin promoveu o culto a sua personalidade, o patriotismo exagerado e a proibição da saída de cientistas e intelectuais.”.

    Então, acho que antes de julgar o socialismo um fracasso, deve-se levar em conta que a URSS saiu duramente prejudicada da Segunda Guerra. Deve-se pesar os fatos e avalia-los de vários pontos de vista. Apesar de vencer os nazistas, a URSS foi um dos países que teve mais perdas.
    Com o fim da Guerra, a URSS iria colocar seu país em ordem. Mas não teve tempo de respirar pois os EUA ameaçavam sua soberania e seu regime, então a URSS teve de investir na indústria bélica e outras coisas do gênero. Com isso, o povo foi sacrificado, pois ao invés de investir em melhorias da qualidade de vida, o governo soviético investiu em armas e infra-estrutura. Com a guerra fria, o povo russo saiu perdendo (apesar de não haver miséria absoluta, mas eles poderiam ter passado bem melhor sem essa).
    Stalin foi um monstro, mas ele agiu de acordo com a situação. Ele foi movido pela condição que se encontrava. Se ele realmente acreditava no socialismo, então ele visava o bem comum, apesar de inicialmente sacrificar a população com medidas duras. Mas será que havia outra opção? O que você faria no lugar dele para manter a União Soviética unida e socialista?
    A historia é contada de várias formas diferentes. Essa é uma versão. A outra (a versão capitalista) você e eu já conhecemos.
    Não sou stalinista. Só apresentei uma versão diferente da historia, a qual não estamos acostumados a ouvir, e essa versão é tão verdadeira ou tão mentirosa quanto a versão capitalista. Acho que em ambas as versões há exageros e mentiras (ou não). Eu nunca vivi num regime socialista para dizer se é bom, mas posso dizer que o capitalismo é péssimo (o capitalismo é um sistema auto-destrutivo e injusto que estimula a competição entre todos em busca de emprego. E quem sai ganhando com essa competição e individualismo são uma minoria podre de rica. Não aceito defesas a favor do capitalismo).

    Sobre Cuba:

    Tenho uma professora que esteve em Cuba. Ela contou para a classe sua experiência (esse acontecimento é bem mais recente que o caso do meu amigo que esteve na URSS) Ela disse que:

    – A educação em Cuba é a prioridade máxima!!!! (com todas as exclamações)
    – Computadores só há nas universidades.
    – O lazer é a prática de esportes ao ar livre (acho que é porque não há tantos computadores, aparelhos de tv, academias e boites).
    – Os livros são feitos de materiais baratos e todos têm acesso a leitura.
    – Devido ao embargo econômico dos EUA, nada em Cuba é desperdiçado. Tudo é milimetricamente consumido. O exemplo que minha professora citou foi o seguinte: para fazer as unhas, as mulheres cubanas usam um pedacinho mínimo de algodão pois nada é desperdiçado. O mesmo vale para giz na sala de aula. Usa-se, mas pouco. Eles não dão ao luxo de gastar demais, além do necessário.
    – Todos falam pelo menos dois idiomas.
    – A distribuição de renda é mais justa. Um médico e um pedreiro ganham quase a mesma coisa. Minha professora chegou a citar, como exemplo, o que aconteceu com ela: um pedreiro cubano (falava dois idiomas) a paquerou. Isso, ela disse, deixou-a surpresa, pois se fosse em outro país, o pedreiro se sentiria diminuído e incapaz de flertar com uma turista estrangeira. Mas em Cuba, não existe essa separação entre as pessoas. Não há uma segmentação por classe social ou carreira profissional. Em Cuba, o pedreiro ganha quase tanto quanto o médico, e ele também estudou, teve acesso a boa educação, fala dois idiomas, etc. Ou seja, não há motivo para o pedreiro se sentir diminuído em sua condição social e profissional. Lá é muito natural essa aproximação entre um pedreiro e uma turista, ou uma médica. Ambos podem formar pares (como deveria ser na verdade, mas aqui no Brasil isso só acontece em novela: pura demagogia e hipocrisia).
    -Minha professora precisou usar o serviço de saúde publica em Cuba. Ela disse que é excelente. Detalhe: a pessoa não leva o remédio para casa (pois nada pode ser desperdiçado). Ao invés disso, o próprio médico que receitou, administra a medicação no consultório. Ela teria que voltar alguns dias depois da primeira consulta para tomar o remédio (não me lembro quantos dias). Ela se atrasou uns dias, e quando compareceu ao medico ele disse: “Por que você não veio aqui no dia certo?” A minha professora ficou surpresa de que o médico tinha se lembrado dela.

    Enfim, são dois relatos que acho interessante compartilhar com outras pessoas.

    Se há coisas ruins em Cuba, sim há (ou sei lá, deve haver) (?)
    Mas também há muita coisa que deveríamos aprender com os cubanos.
    Obs: A mídia brasileira faz uma imagem ruim de Cuba (pobreza, repressão, ditadura, etc) Mas eu quando tiver a chance, vou querer verificar isso com meus próprios olhos. Quero ver para crer e para acabar de vez com essa duvida: será sofri lavagem cerebral da mídia esquerdista ou da mídia de direita (?)

    Observação:
    Os cubanos que saem em barcos são uma minoria. Deve-se pensar na grande maioria que fica e apóia o governo (ou que é forçada a ficar e apoiar incondicionalmente ?).
    Também posso dizer que existe uma lei que garante benefícios aos cubanos que chegam a Florida (ganham visto, emprego e outros direitos) Isso é uma sacanagem que os EUA fazem. Imagine se o Brasil fosse perto dos EUA e os norte-americanos fizessem uma lei dessas que beneficiasse os brasileiros que deixam o seu país rumo a terra do tio Sam. Não sobraria alma viva no Brasil.
    O que os EUA fazem é uma grande propaganda para os cubanos deixarem a ilha e rumarem a Florida. Nessa propaganda, o que é vendido é a imagem de um Fidel ditador, um cubano desesperado para sair da sua ilha, uma Cuba miserável, e uma pátria americana que recebe todos como uma mãe.
    Na verdade, após fazerem sua propaganda, poucos cubanos têm realmente direito a tal lei. Essa lei é só um incentivo para eles se jogarem ao mar, mas poucos conseguem os benefícios quando chegam a terra do Bush.

    Sobre essa ultima parte que escrevi acima, há uma coisa que li numa comunidade do orkut. Eles descrevem exatamente isso (não sei se é verdade, mas leia):

    A grande maioria das pessoas acha que os cubanos não estão satisfeitos com o regime de Fidel, porém estão redondamente enganados!Inúmeras pessoas q visitaram o país relatam q todos estão muito satisfeitos com o governo e não querem q mude de forma alguma. Detalhe: lá o índice de analfabetismo e pobreza extrema é zero!

    As pessoas fogem de Cuba por 2 motivos básicos:

    1.Econômico – Mesmo fator que leva milhares de mineiros e outros brazucas aos EUA, só que com 3 agravantes: 1. Cuba é um país bloqueado 2. Existe uma lei nos EUA que garante a todo exilado cubano o direito a moradia, trabalho e dinheiro para começar. Qual outro país possui esse privilégio? 3. Pressão da propaganda pró-EUA: Cuba é o único país do mundo que tem uma rádio nos EUA, em perfeito espanhol, transmitida só para a Ilha com emissão e frequencia diárias.

    2.Ideologico – Pode acontecer, claro.

    Além da propaganda do El Dorado yanque, os EUA usam outro instrumento cruel. Apesar do acordo de concessão de 20 mil vistos anuais a cubanos que queiram emigrar, os vistos yanques na melhor das hipóteses não chegam à metade. Por quê? Porque o emigrante legal não tem valor como propaganda política. Já o ilegal, o balseiro, esse pode ser filmado, entrevistado e usado na guerra dos EUA contra Cuba.

    Não quero me passar por defensor extremista de Fidel ou coisa parecida. Só quero mostrar uma outra visão da realidade, que pode ser verdade ou não. Eu apresento as informações, cada um julgue para si próprio no que prefere acreditar.

    Não quero impor nenhuma ideologia ou verdade, pois eu não tenho uma verdade ou resposta para essas questões. Só tento aqui alertar as pessoas para analisar o que os meios de comunicação, senso comum e escolas ensinam de uma forma mais critica.

    Obrigado pela atenção.

    #80281

    Não esqueça de criticar o Fidel junto aos cubanos quando chegar em Cuba e de cronometrar quanto tempo você consegue permanecer livre, depois disto…

    #80282

    Saudações! __ Há a imunidade de uma ideologia, se um grupo de homens, pode ser 10, resolvem seguir a risca a bula ideológica. Embora fictício, em “Cem Anos de Solidão” de G.G.Marquez, observa-se isto. Os personagens saem para criar uma cidade (aldeia), conforme vão nascendo os filhos, quem não está gostando, vai embora. Depois, o estado descobre esta turma e distroi a cidade.Mas na real, muita gente já conseguiu viver em comunidade anarquista sim, a coisa funciona, até que dure./ Eu vou te explicar cientificamente agora, porque uma ideologia, não pode ser deformada: ouro é ouro, uma liga de ouro e cobre, aparentemente é ouro, mas nós sabemos que é uma liga.Em verdade se houvesse coerencia, chamariam esta liga de outra coisa, mas preferem dizer que é ouro, embora misturado, ou deformado. Isso é piração! A má fé de certos sujeitos, impediu que a ideologia fosse de fato aplicada na Rússia, não sendo aplicada, não vigorou, então não existiu. Se não existiu, não pode ser julgada, ao menos naquele país. Então se neste forum discutisse, “verdades e mentiras sobre …”, temos que levar em consideração o que a história nos revela para o julgamento das ideologias. Quanto aos homens, a história vem relatando a contento os seus comportamentos ambíguos, casos de acomodações ou imposições. Mas o capitalismo por exemplo, demonstra como uma ideologia aberta em leque, tradição e liberalismo dentro do modelo socio econômico, virtuou tranquilamente nos Estados Unidos durante muitas décadas do século 20. Começa a discambar como previsto por Marx, pela consequência natural,a um socialismo expontâneo, não ideológico, mas pela distribuição de produtividade, ou por solução. O que significa que o “homem”, pode estar vivendo uma ideologia, sem perceber que esta vivendo ou se encaminhando para outra.

    #80283

    Renan,__ Houve uma grande diferença entre o afastamento de Guevara e Fidel e o extermínio de Trotysk por Stalin. Embora Fidel atrelado a Russia por algum tempo, não aderisse a quarta internacional, seus objetivos foram outros. Fidel tratou de enriquecer seu povo e seguir a bula ideológica. Para ele provavelmente, o custo de uma guerra pode ser dispendioso. Já Stain tomou outro rumo. Fazer guerra foi um grande investimento com seu sócio os Estados Unidos. Cia e KGB aliaran-se para promover na Africa, e Américas e oriente médio, pequenos e grandes disturbios, vendendo arma de montão. Os E.Unidos se deram melhor, por que também investiu em drogas. Esta é a história que não se conta nos livros, ao menos por enquanto. O povo russo trabalhou duro para manter este império, daí a “ditadura do proletariado”, saiu pela culatra. Obviamente os fanáticos Stalinistas aprovavam enquanto esta renda entrava no país para suprir a classe dominante estatizada que governava usufruindo de previlégios. Entre os “comunas”, até hoje, o PC foi taxado de “reformista” (uma gíria dentro da esquer) por isso, por promover discusão de esquerda, mas sempre impedindo que o movimento de esquerda vigorasse. Sempre usando de manobras para impedir o consenso vindo das bases, usando para isso um certo tipo de tirania intelectual. O pensamento humanista foi banido, perseguindo artista e intelectuais de esquerda. Eu não estou falando de dissidentes políticos refugiados. Estes eram capitalistas mesmo. Mas se Staling privou o povo soviético de 70 anos de história capitalista e socialista ao menos incrementou bastante a nossa, temos que “tirar o chapéu”. Agora o povo russo estonteado, vai tentar resgatar esta defazagem, curtindo pela primeira vêz o capitalismo. Vai dar com os “burros nagua” e talvez resolvam fazer um socialismo real, desta vez, por votos (espero). Bom dia!

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