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24/12/2006 às 13:50 #75267BrasilMembro
"Os progressos da ciência não foram igualmente distribuídos ao redor do mundo. Ao mesmo tempo em que medicamentos sofisticados são desenvolvidos para uma grande variedade de doenças, outras têm sido progressivamente marginalizadas pelos programas de pesquisa tanto do setor público quanto do privado. Estas são as doenças negligenciadas, a exemplo da leishmaniose, da doença de Chagas ou da malária, que provocam um impacto devastador na humanidade e matam milhares de pessoas todos os anos. As doenças negligenciadas afetam principalmente as populações pobres, as quais não representam um mercado lucrativo para as empresas farmacêuticas. Mas o mercado não é o único culpado. A pesquisa e desenvolvimento de novos medicamentos para estas doenças também está fora das prioridades das políticas públicas dos governos."http://www.dndi.org.br/Portugues/default.aspx
27/12/2006 às 19:05 #75268BrasilMembroEssas doenças negligenciadas já tinham sido objeto de discução neste tópico e eu dizia que eram negligenciadas porque não havia interesse financeiro por parte dos finaciadores das pesquisas.Isso é muito fácil de constatar na medida em que percebemos que as os países que dominam e sugam os recursos dos países dominados, empreendem uma política de guerras, divisão do povo por causas menores como o caso da briga entre os sem terras e os indígenas, e principalmente de controle de natalidade sobre os paises pobres.Entendo que a malária poderia ter sido extinta há muito tempo e só não foi, porque não houve interesse, porém se algum cientista intenacional ou traficante de diamante, ou traficante de sangue indígena, quiser visitar as regiões onde a malária ataca cruelmente, bastará ele tomar a vacina e estará imune durante o tempo que lá permanecer, já os que ali vivem... ficam abandonados à sua própria sorte.A “ciência”, essa que se move ao sabor dos interesses financeiros, encontrou um meio termo “satisfatório” , pelo menos para os interesses financeiros, para a o caso da malária.Quem tem dinheiro e for visitar a região vacina-se, ao passo que quem mora na região, o povo explorado, fica sem remédio. Para esses últimos, a malária continua sendo um grade problema, para os ricos não.Quando esse aasunto sobre a malária foi anteriormente aqui discutido, atribuiu-se à ciência, a culpa de não descobrir a cura, porém se formos analizar sob o ponto de vista aqui exposto, podremos entender o porque, a cura da malária não foi providenciada e o porque os estudos não se aprofundaram nessa doença.O historiador Eduardo Galeano, em seu livro As Veias Abertas da America Latina - 1978, fala sobre a flagrante necessidade dos países exploradores em conter o crescimento populacional nos países explorados, sobretudo nas regiões mais desabitadas e mais cheias de riquezas, como a Amazônia: “As missões norte-americanas esterilizam maciçamente mulheres e semeiam pílulas, diafragmas, DIUs, preservativos e almanaques marcados, mas colhem crianças; obstinadamente, as crianças latino-americanas continuam nascendo, reivindicando seu direito natural de obter um lugar ao sol, nestas terras esplêndidas, que poderiam dar a todos o que a quase todos negam.” (E.Galeano)“São secretas as matanças da miséria na América Latina; em cada ano explodem, silenciosamente, sem qualquer estrépito, três bombas de Hiroxima sobre estes povos, que têm o costume de sofrer com os dentes cerrados. Esta violência sistemática e real continua aumentando: seus crimes não se difundem na imprensa marrom, mas sim nas estatísticas da FA O. Ball diz que a impunidade é ainda possível, porque os pobres não podem desencadear uma guerra mundial, porém o Império se preocupa: incapaz de multiplicar os pães, faz o possível para suprimir os comensais. 'Combata a pobreza, mate um mendigo!', rabiscou um mestre do humor-negro num muro da cidade de La Paz. O que propõem os herdeiros de Malthus senão matar a todos os próximos mendigos, antes que nasçam? Robert McNamara, o presidente do Banco Mundial, que tinha sido presidente da Ford e secretário da Defesa, afirma que a explosão demográfica constitui o maior obstáculo para o progresso da América Latina e anuncia que o Banco Mundial dá prioridade, em seus empréstimos, aos países que realizam planos para o controle da natalidade. McNamara comprova, com pesar, que os cérebros dos pobres pensam cerca de 25% a menos, e os tecnocratas do Banco Mundial (que já nasceram) fazem zumbir os computadores e geram complicadíssimas teses sobre as vantagens de não nascer. “Se um país em desenvolvimento, que tem uma renda média per capita de 150 a 200 dólares anuais, consegue reduzir sua fertilidade em 50% num período de 25 anos, ao cabo de 30 anos sua renda per capita será superior pelo menos em 40% ao nível que teria alcançado mantendo sua fertilidade, 8 e duas vezes mais elevada ao fim de 60 anos”, assegura um dos documentos do organismo. Tornou-se célebre a frase de Lyndon Johnson: 'Cinco dólares investidos contra o crescimento da população são mais eficazes do que cem dólares investidos no desenvolvimento econômico'. Dwight Eisenhower prognosticou que, se os habitantes da Terra continuassem multiplicando-se no mesmo ritmo, não só se intensificaria o perigo de uma revolução, mas também se produziria 'uma degradação do nível de vida de todos os povos, o nosso inclusive'.Os Estados Unidos não sofrem, dentro de suas fronteiras, o problema da explosão demográfica, mas se preocupam, como ninguém, em difundir e impor, nos quatros pontos cardiais, a planificação familiar. Não somente o governo; também Rockefeller e a Fundação Ford sofrem pesadelos com milhões de crianças que avançam, como lagostas, partindo dos horizontes do Terceiro Mundo. Platão e Aristóteles haviam-se ocupado do tema antes de Malthus e McNamara; contudo, em nossos tempos, toda esta ofensiva universal cumpre uma função bem definida: propõe-se justificar a desigual distribuição de renda entre os países e entre as classes sociais, convencer aos pobres que a pobreza é o resultado dos filhos que não se evitam e pôr um dique ao avanço da fúria das massas em movimento e em rebelião. Os dispositivos intra-uterinos competem com as bombas e as metralhadoras, no Sudeste asiático, no esforço para deter o crescimento da população do Vietnã. Na América Latina é mais higiênico e eficaz matar os guerrilheiros nos úteros do que nas serras ou nas ruas. Diversas missões norte-americanas esterilizaram milhares de mulheres na Amazônia, apesar de ser esta a zona habitável mais deserta do planeta. Na maior parte dos países latino-americanos não sobra gente: ao contrário, falta. O Brasil tem 38 vezes menos habitantes por quilometro quadrado do que a Bélgica; Paraguai, 49 vezes menos do que a Inglaterra; Peru, 32 vezes menos do que o Japão. Haiti e El Salvador, formigueiros humanos da América Latina, têm uma densidade populacional menor do que a Itália. Os pretextos invocados ofendem a inteligência; as intenções reais inflamam a indignação. Afinal, não menos da metade dos territórios da Bolívia, Brasil, Chile, Equador, Paraguai e Venezuela está habitada por ninguém.” (E. Galeano)
03/12/2009 às 12:17 #75269GrazieleMembroAcho que a ciência não contribui muito no sentido de melhorar a humanidade… Já que, quanto mais o ser humano faz descobertas na área científica, mais ele utiliza isso para sua própria destruição. Já as artes são indispensáveis para nossa sobrevivência. Se não houvesse a arte para ao menos tentar disfarçar o caos que é esse mundo certamente não estaríamos vivos.
03/12/2009 às 15:27 #75270BrasilMembroAcho que a ciência não contribui muito no sentido de melhorar a humanidade... Já que, quanto mais o ser humano faz descobertas na área científica, mais ele utiliza isso para sua própria destruição.
Isso não acontece por causa do avanço da Ciência, Graziele. Isso acontece porque vivemos num sistema de competição e lucro. A Ciência, como parte do sistema, é obrigada a trabalhar no mesmo sentido. A culpa não é da Ciência, ela é direcionada pelos consensos. Quem determina o que a Ciência estudará e fará são as pessoas, que por sua vez são representadas pelas autoridades. É o consenso geral que mantém o sistema. O errôneo consenso geral diz que este é o único sistema possível... Eu não concordo com este consenso.“Nunca demos aos cientistas o problema de como projetar uma sociedade que eliminaria empregos monótonos e exploradores, que eliminaria acidentes de trânsito, que permitiria que as pessoas tivessem um padrão de vida alto, que eliminaria os tóxicos de nossa comida, que dê-nos outras formas de energias limpas e eficientes... E nós podemos chegar lá. Uma economia baseada em recursos. A grande diferença entre uma economia baseada em recursos e um sistema monetário, é que, uma economia baseada em recursos está realmente preocupada com as pessoas e seu bem-estar, enquanto o sistema monetário tornou-se tão distorcido, que as necessidades das pessoas são secundárias, se é que são consideradas. Os produtos são guiados por: “Quanto dinheiro você pode ganhar?”. Se existe um problema na sociedade e não se pode lucrar com a solução, nada será feito. A economia baseada em recursos não se parece com nada que já foi tentado, e com toda nossa tecnologia podemos criar abundância. Ela pode ser usada para melhorar a vida das pessoas. Haverá abundância no mundo todo se usarmos nossas tecnologias sabiamente e preservarmos o meio ambiente.” (Roxane Meadows)
03/12/2009 às 23:51 #75271AcáciaMembroObservando o lugar onde moro, crian;a pequena em Barba…Barba…Barbacena, eu acredito que nunca chegaram aos pensamentos filos[oficos nem aos cientistas uma oportunidade que os levassem a estudarem uma forma, uma maneira de criar estudos que possibilitassem a classe de pessoas menos favorecidas e que n'ao gostariam de pensar muito apenas trabalhar de forma produtiva para eles mesmos e para a Nac'ao. Deixassem estas pessoas exercerem felizes seu papel de servos e deixassem os pensamentos para os que buscam e vivem melhor com a intelectualidade. Buscamos neste Pais nos aperfei;oarmos tecnicamente para trabalhar na lavoura, na pesca, estimular e orientar at[e mesmo coordenar os muitos ignorantes que precisam sustentar suas fam[ilias mas que n'ao querem estudar pra serem m[edicos, engenheiros e [areas afins, apenas, querem viver com dignidade, trabalhando, exercendo honestamente sua cidadania e que, para capacitarem-se precisariam de pol[iticas voltadas para o social oferecendo oportunidades de acordo com o lugar onde vivem tais pessoas. Quem sabe o modelo de ~economia de recursos~ n[[e mesmo.
05/12/2009 às 0:08 #75272105 TORRE NORTE*MembroSim, sim mesmo. Viva a ciência e tudo que ela nos proporcionou, seria até difícil numerar aqui os benefícios por ela proporcionados. Com absoluta certeza (escrevo por mim) é melhor viver no século XXI do que no século III, ou X, ou XV.E sobre o que Brasil comentou logo aí acima : "O errôneo consenso geral diz que este é o único sistema possível..." Eu diria que dos sistemas que foram testados até o instante este (o capitalismo) foi o que mais deu certo, então podemos dizer que ele é possível, talvez não seja o único, mas, o que fazer? E não me venha com as velhas fórmulas...
05/12/2009 às 0:53 #75273BrasilMembroEu diria que dos sistemas que foram testados até o instante este (o capitalismo) foi o que mais deu certo, então podemos dizer que ele é possível, talvez não seja o único, mas, o que fazer? E não me venha com as velhas fórmulas...
O que fazer? Pensar novas fórmulas!!
20/01/2010 às 2:57 #75274Phaf!MembroAcho que a ciência não contribui muito no sentido de melhorar a humanidade... Já que, quanto mais o ser humano faz descobertas na área científica, mais ele utiliza isso para sua própria destruição.
Isso não acontece por causa do avanço da Ciência, Graziele. Isso acontece porque vivemos num sistema de competição e lucro. A Ciência, como parte do sistema, é obrigada a trabalhar no mesmo sentido. A culpa não é da Ciência, ela é direcionada pelos consensos. Quem determina o que a Ciência estudará e fará são as pessoas, que por sua vez são representadas pelas autoridades. É o consenso geral que mantém o sistema. O errôneo consenso geral diz que este é o único sistema possível... Eu não concordo com este consenso.
Perfeito o que disseste Brasil, a ciência em si, logicamente não é destrutiva, mas ao contrário, afirmo que ela foi a responsável pelo bem-sucedido desenvolvimento da humanidade e conseqüentemente do sistema Terra como um todo, pois possui agora um ser consciente capaz de gerar tecnologia a fim de responder a qualquer ameaça que o planeta possa sofrer. Pensem vocês no caso de um grande cometa em rota de colisão com a Terra que, caso ocorresse, destruiria-la totalmente, e isso é uma coisa totalmente capaz de ocorrer, tanto que já desenvolveram um sistema para se evitar tal tragédia. Caso não tivéssemos desenvolvido a ciência, teríamos nossas chances de sobrevivência drasticamente diminuídas, ao ponto de poder haver nossa extinção; coisa, acredito eu, que nem os mais inflexíveis espiritualistas gostariam que ocorresse, afinal muitos renegam a matéria mas não abririam mão da vida corriqueira, que eles consideram muito pouco e cruel para ser o Tudo. Compreendo que essa questão de modelos econômicos é bastante simples e o capitalismo demorará bastante para acabar, pois ele se dispõe milagrosamente bem para desenvolvermos nossa materialidade, despertando em nós tudo que se precisa para um exponencialmente desenvolvimento tecnológico, tal qual ocorre hoje. Com isso não digo que o material seja tudo, nem mesmo o mais importante, mas que não adianta muito ficar teorizando um modelo perfeito (não deu nada certo nas tentativas práticas), as coisas devem ocorrer naturalmente e cada modelo se dispõe a um objetivo. Olha no que deu a tentativa de enxertação de um modelo democrático no Haiti, fica claro ali que não é o ideal para tal situação; Melhor seria um sistema mais autoritário, pois muitas pessoas de lá "ainda" vivem tribalmente como na África, já que apresentam outros valores culturais que considero mais atrasados. Como estou me desviando um pouco do discutido, resumo dizendo que a ciência (melhor dizer "tecnologia", pois ciência é um processo de construção de conhecimento teórico bem recente que gera diversas aplicações práticas) é mais uma ferramenta de sobrevivência do homem possível devido ao enorme desenvolvimento encefálico dos hominídeos através de processos evolutivos, assim como as asas são ferramentas das aves que permitirão seu desenvolvimento. Vou parando por aqui para ouvir as opiniões dos colegas.P.S. Não venham me chamar de materialista, tal qual Marx, pois penso que o universo é uno, não há necessidade de divisões entre físico e metafísico, mundando e celeste, tudo é constituído de uma mesma substância que tem um caminho preestabelecido a seguir, uma espécie de consciência universal.
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