O que é a felicidade?

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  • #76110
    Cientista
    Membro

    Concordando com a maioria, mas fazendo um apanhado próprio:  O binômio prazer-dor (um não existe sem o outro) é como uma linha onde o prazer (bem-estar) encontra-se numa extremidade e a dor (sofrimento) na outra. O Estado em que nos encontramos é dinâmico. Estamos sempre em um ponto desta linha, mais ou menos afastados de seu centro (ponto de equilíbrio), de acordo tanto com a realidade objetiva externa e interna, quanto com a realidade subjetiva do indivíduo (Tirando-se o subjetivo humano, isto é verdade para todas as espécies de animais complexos). Num momento estamos um pouco felizes e noutro já podemos estar pulando de euforia!  Por felicidade, entendo um estado mediano - estatísticamente falando - em que estamos na metade do prazer e do bem-estar. Tão maior é esta felicidade (média) quanto mais próxima deste extremo estiver.  Nesta "medição" ai, entram todas as subjetividades humanas, que não são poucas, talvez mais importantes que as condições de vida objetivas do indivíduo.    Abraçoooooooooo! 

    #76111
    thiedri
    Membro

    é uma sensação (como um prêmio fisiológico criado quimicamente no cérebro)

    Sentimento é a causa, a sensação é a consequência. Não misturemos as coisas.

    #76112
    Cientista
    Membro

    :)

    #76113
    Cientista
    Membro

      Talvez não devamos perder de vista que o que somos é um grande macaco africano e que não é o fino verniz civlizatório que nos  define, mas apenas complementa.  O que todo animal superior (como um primata) anseia, necessita e deseja é, em essência, VIVER e REPRODUZIR-SE. Isto inclui viver em segurança e conforto e reproduzir-se com as melhores parcerías possíveis.  Tudo aquilo que favorece estas tendências fundamentais, conduzem ao prazer e a felicidade, pois é PRÓ-VIDA.  Desncessário dizer que vice-versa verdadeiro.   Todas as sutilizas humans decorrentes são facimente deduzíveis quando se tem esta base em mente.Abraço!

    #76114
    Z
    Membro

    Thiedri você não compreendeu minha posição de que “felicidade  é uma ilusão”.Peço-lhe que releia meu post anterior.Eu não invalido a existência de estados de espírito. Apenas digo que a ideia de felicidade é um meio, e não um fim.O fim é o contentamento, a realização pessoal e/ou espiritual. O conceito de felicidade é a ferramenta que nos impulsiona para esse cmainho.;)

    #76115
    thiedri
    Membro

    Realmente, não tinha pegado.Acho que li pela metade, e entendi pela metade também, sei la...Acontecem essas coisas quando lemos correndo no trabalho.[]'s!Thiago.

    #76116
    Ritinha
    Membro

    E acordar e olhar a vida e saber que ela faz sentido.

    #76117
    J.
    Membro

    Cada um deve ser e proporcionar a si mesmo o melhor e o máximo. Quanto mais for assim e, por conseguinte, mais encontrar em si mesmo as fontes dos seus deleites, tanto mais será feliz. Com o maior dos acertos, diz Aristóteles: A felicidade pertence aos que se bastam a si próprios. Pois todas as fontes externas de felicidade e deleite são, segundo a sua natureza, extremamente inseguras, precárias, passageiras e submetidas ao acaso; podem, portanto, estancar com facilidade, mesmo sob as mais favoráveis circunstâncias; isso é inevitável, visto que não podem estar sempre à mão. Na velhice, então, quase todos se esgotam necessariamente, pois abandonam-nos o amor, o gracejo, o prazer das viagens, o prazer da equitação e a propensão para a sociedade. Até os amigos e parentes nos são levados pela morte. É quando, mais do que nunca, importa saber o que alguém tem em si mesmo. Pois isso se conservará por mais tempo. Mas também em cada idade isso é e permanece a única fonte genuína e duradoura da felicidade. Em qualquer parte do mundo, não há muito a buscar: a miséria e a dor preenchem-no, e aqueles que lhes escaparam são espreitados em todos os cantos pelo tédio. Além do mais, via de regra, impera no mundo a malvadez, e a insensatez fala mais alto. O destino é cruel e os homens são deploráveis. Num mundo com tal índole, aquele que tem muito em si mesmo assemelha-se ao iluminado recanto de Natal, aquecido e aprazível no meio da neve e do gelo da noite de dezembro. Por conseguinte, ter uma individualidade meritória e rica e, em especial, muita inteligência, é sem dúvida a sorte mais feliz sobre a terra, por mais diversa que possa ser da sorte mais brilhante. Arthur Schopenhauer

    #76118
    halanwatts
    Membro

    por que sera q tanta gente subestima a propria capacidade de investigar. pensadores de segunda mão. é isso o que são aqueles q remendam o discurso dos famosos pra revestir de autoridade o oco de suas ideias.

    #76119
    jhow
    Membro

    O que é a felicidade ? É o amor incondicional. Ame tudo que possas, o máximo de coisas possíveis, e como tudo é possível... o amor é a frequência mais alta e ilimitada. Com amor serás capaz de mover montanhas ou andar sobre águas.

    #76120
    eli
    Membro

    Tudo caminha na direção da menor tensão e o homem, tal e qual todos os demais elementos da natureza, busca um estado de menor tensão interna, de paz interior. Ser feliz é evoluir harmonicamente com o universo, com o mínimo de tensão possível. O indivíduo feliz se sente integrado ao Universo, realiza o que está ao seu alcance (e se satisfaz com isto) e tem plena consciência da continuidade do processo evolutivo. A felicidade está em sentir que se está evoluindo na velocidade adequada. As necessidades de Segurança, Liberdade, Ter, Ser e Amar existem para garantir a nossa evolução e sobrevivência e, portanto, estar em sintonia com o mundo é estar satisfeito com o atendimento destas necessidades. Ela só é possível para quem coloca a satisfação das necessidades ao seu alcance, minimiza-as o suficiente para que possam ser atendidas, faz com que elas estejam compatíveis com a própria capacidade de atendimento. Quanto menores forem as necessidades, mais rápido ocorrerá o seu atendimento. Isto não implica deixar de crescer, pois não há saciedade do desejo de evoluir, mas apenas a satisfação com a velocidade com que isto ocorre. Evoluir está na essência do ser humano. http://www.osentidodavida.com.br/

    #76121
    OpiniaoBS
    Membro

    Seguindo uma linha alternativa…É um conceito desnecessário.Defini-la, discuti-la é versão.Boi prá piranha. Cortina de fumaça.Por que não começar pelo mistério de existir, pelo assombro ?Questionar a ausência desse impacto ?Conhece-te a ti mesmo.


    (Mas é claro que o questionamento do papel e do valor que damos à felicidade é válido. Mas apenas brevemente. Até que seja descoberta a função, o objetivo subjacente a que serve a adoção do princípio de prazer como fiel da balança, enfim, entender a natureza deste engano).Enfim, esta felicidade que tão comumente buscamos é má.

    #76122
    jocax
    Membro

    A Fórmula da Felicidade: Aspectos Avançados João Carlos Holland de Barcellos(Jul/2003  revisão: Outubro/2005) Este texto pretende analisar de uma forma mais profunda e detalhada a Fórmula da Felicidade (FF)  e a sua relação com o aparato neurológico responsável pelas sensações. Abordaremos também, por meio de um exemplo, o aspecto prático de sua implementação ou seja, vamos mostrar, e tentar solucionar, alguns dos problemas de como poderíamos implementa-la de forma prática. Comecemos então com a definição da Felicidade que pode ser expressa através da seguinte fórmula: Felicidade =  Integral { Sentimento(t) } dt A fórmula acima informa que a felicidade, tanto para um ser senciente como para um conjunto deles, é a integral do sentimento pelo tempo. Em outras palavras: Felicidade é a soma de tudo que é sentido ( sensações, emoções, sentimentos, prazeres, dores) ponderado pela sua duração no tempo. Assim, a  felicidade de um grupo de seres é dada pela soma da felicidade de cada um deles.  Nesta definição, a felicidade de um prazer (ou dor) sentida, por exemplo, dois  segundos será exatamente o dobro da felicidade sentida com o mesmo prazer (ou dor) do que aquela que durou a metade do tempo. A unidade da medida da felicidade é dada em “jx” (jocax) que são unidades do produto “sentimento x tempo”. É bom esclarecer que a felicidade não é um número, assim como a energia ou força ou velocidade não são números. Mas, assim como estas entidades físicas, como veremos a seguir, a felicidade também pode ser quantificada por meio de números. A felicidade é a soma do que é sentido ponderado por sua duração no tempo. Consideremos uma pessoa qualquer. Se calcularmos a felicidade deste indivíduo desde a sua concepção até o momento atual (ou até  sua morte), então a FF fornecerá a sua felicidade total.  Entretanto,  pode ser conveniente computarmos a felicidade entre dois intervalos de tempo t1 e t2 quaisquer e poderemos ter a felicidade sentida neste intervalo. Toda integral é  definida a menos de uma constante arbitrária. A Meta-Ética-Científica (MEC) adota como ZERO a felicidade de objetos ou seres que não sentem, isso implica que a constante da FF também deve ser zero. Um organismo, por exemplo,  que sofre mais que do que tem prazer, num dado intervalo de tempo ou mesmo durante toda a sua vida, teria uma felicidade negativa. Outro ser, cujas somas dos prazeres forem superiores às somas de seus sofrimentos, teria uma felicidade positiva. A função Sentimento(t), dentro da integral da FF, acima, fornece a medida instantânea (no instante 't') de tudo que o organismo esteja sentindo naquele momento. E, como veremos,  não é um cálculo trivial. Para seres orgânicos, com cérebro e sistema nervoso, os sentimentos as sensações e emoções (para simplificar aglutinarei todos com a palavra 'sentimentos' ) podem ser avaliados – numericamente - através de medidas no nível de excitação neuronal em áreas cerebrais específicas ou então pelo fluxo de sangue/oxigênio que estas áreas estariam recebendo ( veja, por exemplo, em 'O Mapa dos sentimentos' ). A primeira coisa que devemos notar, neste tópico avançado, é que a função sentimento(t) não é uma função escalar trivial ela, na verdade, deve ser a “normalização” do VETOR SENTIMENTO que denotarei por VSENT(t). Para melhor compreensão, vamos a um exemplo ilustrativo. Consideremos, para simplificar, que possuamos apenas cinco sentimentos:  [S1, S2, S3, S4, S5] S1, S2, S3, S4, S5, poderiam ser quaisquer tipos de sensações, emoções ou sentimentos como, por exemplo:S1= ”Raiva”S2 = ”Fome”S3= ”Saciar a Fome”S4= ”Sono”S5= ”Culpa” Chamamos este conjunto ordenado "[ Raiva,  Fome, Saciar Fome, Sono, Culpa]" ou simplesmente  “[ S1, S2, S3, S4, S5]” de vetor. No nosso caso, por se tratar de um conjunto de sensações/sentimentos,  este vetor será denominado de "VSENT". Nos seres humanos, provavelmente, o vetor de sentimentos *real* deve ser formado por centenas, talvez milhares, de tipos de sensações e sentimentos distintos. Cada uma destas sensações ou sentimentos deve estar localizado em áreas distintas do cérebro, ou ao menos, em conjuntos distintos dentro dele. Por exemplo: a Raiva poderia ser produzida – e medida – pela estimulação das regiões R1 e R5 do cérebro; e a sensação de Fome através das regiões R1, R7 e R8. Embora, neste exemplo fictício, a raiva e a fome compartilhem uma região em comum (R1) elas produzem sensações diferentes por estarem associadas a conjuntos de neurônios distintos. O valor numérico de cada item de VSENT (vetor de sentimentos) poderá ser tomado como medidas do grau de excitação neuronal médio ou então pelo nível de consumo de oxigênio ou o fluxo sangüíneo das áreas cerebrais correspondentes. Nosso objetivo agora é transformar o vetor "VSENT" (que possui vários valores em seu interior) para um único número. A função "Sentimento", na FF, faz este trabalho: Transforma VSENT em um número. Esse procedimento é chamado de “Normalização”. Sem o processo de normalização ficaria muito difícil compararmos a felicidade em diferentes situações. Como poderíamos comparar medidas de sentimentos distintos que atuam em diferentes regiões cerebrais? Por exemplo: Qual das hipóteses traria mais felicidade: Uma pessoa degustando um sorvete ou recebendo um elogio? Uma pessoa sentindo fome ou sendo flagrada num ato moralmente condenável? Fazer comparações de sentimentos distintos pode parecer inconcebível, mas, por mais incrível que possa parecer é o que nosso cérebro faz a todo instante cujo resultado nada mais é do que nossas próprias ESCOLHAS. A cada segundo nosso cérebro recebe centenas de estímulos diferentes e precisa reagir e tomar uma decisão. Decidir significa avaliar cada destas sensações e sentimentos e compara-los entre si. Por exemplo: Ir à praia ou estudar? Comer o doce e sentir-se culpado ou não come-lo? Para comparar sentimentos o cérebro deve levá-los a um “denominador comum”. Mas como ele faz isso? E em que bases? Antes de adentrarmos na solução deste problema cabeludo, vamos atribuir valores fictícios ao nosso hipotético VSENT através de um exemplo simples. Queremos, por exemplo, analisar a felicidade envolvida de praticar, ou não, um Ato “X” qualquer, como  “comprar e comer um doce”, comparando a felicidade em dois casos: 1-Permanecer em casa vendo TV ou2-Sair de casa comprar um doce e comê-lo. Assim, caso ficássemos em casa, e não comprássemos o doce, teríamos, hipoteticamente, para VSENT: VSENT(“Ficar em casa”) = [Raiva=”0” ,  Fome=”9” , Saciar Fome=”0” , Sono=”2”, Culpa=” 0” ] E, se saíssemos para comprar e comer o doce, hipoteticamente teríamos: VSENT(“Sair e comprar o doce”) = [Raiva=2, Fome= “1”, Saciar Fome= “5”, Sono= “1”, Culpa=”1.3” ] Poderíamos explicar esta diferença da seguinte maneira : Excitação Neuronal ou Fluxo Sangüíneo Sentimentos Ficar em Casa Comprar ComentáriosRaiva 0 2 Ao sair sujei o sapato num cocô de cachorroFome 9 1 A fome diminuiu pela ingestão do açúcarSaciar Fome 0 5 Há prazer ao saciar a fomeSono 2 1 O sono diminuiu pelo fato de ter caminhadoCulpa 0 1.3 Queria emagrecer e o doce me fez engordar Para simplificar, vamos considerar que os valores de  VSENT, acima, são valores médios, tomados ao longo de um mesmo período de tempo. Supondo estes valores, como poderíamos avaliar a felicidade nos dois casos? A felicidade, para poder ser comparada, deve ser transformada em um único número real. Desta maneira precisaremos normalizar o Vetor de sentimentos VSENT, isto é transformar o vetor em um único número. A Normalização de VSENT deverá ser considerada a parte mais polêmica deste processo de quantificar a felicidade. Como poderemos, por exemplo, comparar SONO com RAIVA? Ou FOME com CULPA?  Ou comparar outros sentimentos quaisquer? Na verdade, nosso cérebro, de certa forma, já faz esta avaliação sempre que fazemos uma ESCOLHA. Quando fazemos uma opção sabemos que ela irá afetar muitos aspectos de nossa felicidade. De fato, uma das principais tarefas de nosso cérebro é avaliar conscientemente as muitas opções que temos antes de decidirmos. E, via de regra, nossa escolha é o resultado dessa avaliação que teria como objetivo nos trazer a maior felicidade dentre todas as opções avaliadas. Para resolver este problema, de comparar sentimentos distintos, deveremos lançar mão da teoria evolutiva. A teoria evolutiva darwiniana moderna, o neodarwinismo, apregoa que os seres vivos foram selecionados favorecendo aqueles que mais conseguiram perpetuar seus genes, isto é, os que possuíam maior “fitness”. Assim, como o cérebro evoluiu por seleção natural, devemos esperar que  maioria das escolhas que o cérebro esta programado para fazer, em geral a nível inconsciente é, a princípio, aquela que maximizaria o PODER PERPETUATIVO de nossos genes. Entretanto atualmente (e infelizmente?) , nem sempre isso é assim. Embora muitos dos valores que adquirimos ao longo de nossas vidas não conflitem com nosso imperativo gene-perpetuativo, nem sempre baseamos nossas decisões pensando neste fato. Alguns de nossos valores culturais poderão não estar em sintonia com nossa biologia. Estas des-sincronizações “gene-meme” devem ser raras, ou, ao menos evolutivamente, muito recente. Caso contrário os genes não teriam “permitido” ao cérebro tanta rebeldia e já os teriam selecionado para regredirem a um nível mais animalesco e com menos liberdade de atuação. Devemos ter em mente que os sentimentos, emoções e sensações que possuímos não estão em nossos cérebros por acaso. Cada um deles existe porque tem uma função específica. Cada sentimento é um algoritmo mental que induz uma reação do  fenótipo aos estímulos ambientais incluindo os do seu meio ambiente social. Assim, cada sentimento representa uma função que faz a primeira interpretação entre o ambiente e fenótipo com o intuito de conferir maior adaptabilidade ao organismo, ou seja, confere-lhe um maior potencial gene-perpetuativo. Quando o organismo está submetido a diferentes tipos de sentimentos o cérebro tem, de alguma forma, que avaliá-los, e decidir a próxima ação. Por isso o cérebro deve necessariamente avaliar e comparar diferentes tipos de sentimentos que nada mais são do que resultados parciais pré-processados na nossa rede neuronal dos inputs sensoriais provenientes do ambiente ou então de uma simulação que fazemos dele em nossas mentes. Para que possamos comparar diferentes tipos de sentimentos, portanto, temos que entender o que o cérebro faz: Teríamos que levá-los a um certo “Denominador Comum”, isto é, associar a cada um deles um valor que deve representar sua força, um determinado grau na escala de gene-perpetuatividade do organismo no tempo e no ambiente em que ele se encontra, isto é, transformar seu valor bruto de excitação neuronal (ou taxa de consumo de oxigênio ou fluxo sangüineo ) instantâneo em um valor gene-perpetuativo (Valor-Gen+). Quanto mais próximo do real for nosso modelo de normalização, mais fidedigno deveria ser o resultado final da escolha que o cérebro, de fato, iria fazer e mais precisa nossa forma de comparar  felicidade. O leitor ainda pode perguntar: “Se quisermos chegar aos resultados que o cérebro chega, porque não perguntamos diretamente a ele?” Ou seja, se quisermos saber qual a escolha que uma pessoa fará, não seria mais fácil perguntar a ela?A resposta é: Às vezes sim, mas nem sempre isso é possível. Além disso, se o modelo fornecer uma razoável predição da felicidade, poder-se-ia traçar políticas públicas baseadas numa estimativa de média da felicidade da população; Os juizes poderiam fazer estimativas quantitativas do cálculo de prejuízo moral que o réu imputou à sua vítima;  E, pensando mais além, poderíamos, nós mesmos,  utilizarmos de cálculos racionais elaborados, estimarmos nossa própria felicidade escolhendo uma ou outra opção de vida. Devemos perceber que nem sempre os cérebros conseguem, sem uma ferramenta analítica, prever a felicidade a longo prazo, isto é, nem sempre escolhemos as opções que de fato nos levam à máxima felicidade. Podemos provar isso mostrando os dependentes de drogas ou de álcool, por exemplo. Devemos sempre ter em mente que mesmo que nossos valores culturas pessoais sejam desconhecidos eles deverão ativar circuitos neuronais comuns a todos os humanos e é a análise da ativação neuronal destes circuitos que entrará no computo da felicidade e não os valores morais que o deflagraram. Vamos a um outro exemplo para entender melhor isso: Um indivíduo tem uma religião que prega que ao passar por uma igreja ele deve fazer o sinal da cruz. Outro indivíduo tem outra filosofia em que isso não é necessário mas que no entanto ele deve rezar todos os dias ao por do Sol.  Desta forma ambos os indivíduos poderão padecer do mesmo sentimento de culpa ou medo ou remorso caso não consigam cumprir seu ritual religioso por algum motivo. Embora tenham valores culturais diferentes, as mesmas áreas cerebrais serão afetadas mas cada um por um motivo cultural diferente. O cálculo da felicidade não utiliza os valores culturais para fazer suas medidas, e sim das medidas que acontecem a nível cerebral. Voltemos agora ao nosso exemplo prático: Nós temos as medidas neuronais das áreas associadas a cada sentimento e  precisamos levá-los a um denominador comum que eu chamei de “Valor Gene-Perpetuativo” ou “Valor-Gen+” ou, para simplificar, “VG”. Mas  o “VG” depende não apenas do grau de excitação da área atingida mas da importância – peso - que esta área tem na gene-perpetualidade ou fitness do organismo.  Por exemplo, a fome pode ter um peso muito maior na felicidade do que o conforto. A maneira que o cérebro pondera estes sentimentos pode estar associada ao volume da área associada ao sentimento ou então a um algoritmo neural (genético) que faz a associação do peso ao sentimento para calcular o VG. Vamos chamar a função de peso de “Peso_Gen”. Assim, podemos escrever  : VG( Sensação ) =  Valor_medido( Sensação) * Peso_Gen[ Sensação ] Onde  VG  = Valor Gene-perpetuativo  Valor_Medido = Grau de excitação neuronal ou de fluxo sanguíneo nas regiões da sensação  Peso_Gen = Grau de importância gene-perpetuativa associado a cada  a sensação. Podemos perceber que para cada sensação existe um peso, em princípio,  diferente. Esta função de peso pode depender da área do sentimento, ou de uma codificação genética e talvez até sofrer influência de valores ambientais. Vamos supor que nossa função Peso_Gen seja estática, isto é,  que possa ser representada por um vetor de valores e que não sofra influência ambiental em suma, que esteja codificada pelos genes num algoritmo neuronal ou dependa apenas do volume relativo das áreas responsáveis pela sensação. Devemos ainda atribuir um sinal negativo ao valor quando a sensação representa uma desvantagem ao organismo ( Sofrimento por exemplo ) e positivo quando representa uma vantagem gene-perpetuativa ( Prazer por exemplo). Assim  poderemos representa-lo por uma tabela: Sentimentos Peso_GenRaiva -0,1Fome -0,4Saciar Fome 0,2Sono -0,1Culpa -0,2Tabela Peso_Gen (dados fictícios) Valores negativos no vetor Peso_Gen representam uma sofrimento ou dor ( uma diminuição no poder gene perpetuativo ). O organismo deve agir para eliminar este sinal.Valores positivos representam prazer (um aumento no poder gene-perpetuativo). O organismo deve agir no sentido de aumentar este sinal. Agora podemos calcular o VG de cada sentimento do nosso exemplo: Sentimentos Ficar em Casa Sair para Comprar Fluxo VG Fluxo VGRaiva 0 0,0 2 -0,2Fome 9 -3,6 1 -0,4Saciar Fome 0 0 5 1,0Sono 2 -0,2 1 -0,1Culpa 0 0,0 1.3 -2,6 Lembrando que VG(Sentimento) = Fluxo(Sentimento)* Peso_Gen(Sentimento) Podemos agora que os sentimentos estão normalizados como valores gene-perpetuativos poderemos somá-los e teremos o valor do sentimento total em cada caso: Sentimento Total ( Ficar em Casa ) = 0,0 - 3,6 + 0,0 - 0,2 + 0,0 = -3,8 Sentimento Total ( Sair para Comprar ) = -0,2 - 0,4 + 1,0 - 0,1 – 2,6 = -2,3 Como supusermos que o tempo é o mesmo para os dois casos, a felicidade vai ser maior (menos negativa) no segundo caso ( -2,3  > -3,8 ) ,  e, portanto, deveríamos sair para comprar o doce. Neste exemplo eu utilizei dados fictícios para exemplificar como se poderia calcular, de forma objetiva e racional, o valor da felicidade em duas situações hipotéticas. Para simplificar eu escolhi apenas um pequeno número de sentimentos possíveis e não levei em consideração, como de fato deveria ser feito, a felicidade de outras pessoas envolvidas como, por exemplo, a do comerciante que me venderia o doce. Entretanto este exemplo serviu para termos uma idéia de como estes conceitos podem ser utilizados, não apenas para definirmos uma nova moral ou uma nova ética objetiva mas também para um mundo mais justo. Extraido de : http://www.genismo.com/metatexto37.htm

    #76123
    jocax
    Membro

    A Fórmula da FelicidadeJoao Carlos Holland de Barcellos ( dez/1999 )Para um bom começo de milenio nada melhor do que termos em maos a "Fórmula da Felicidade".Todos buscamos a felicidade, e o que eh felicidade ?Eu definiria felicidade como sendo a média temporal de prazeres e dores que uma pessoa sente durante a vida:Felicidade = integral [ Prazer(t)- Dor(t) ] dtPrazer e dor podem ser colocados juntos como manifestações de um mesmo fenômeno : sentimento.Assim, prazer eh um sentimento bom e dor um sentimento ruim:Tentamos viver a vida maximizando a Felicidade :Felicidade(E) = integral [ Sentimento( E, t) ] dtOnde E=E(t) sao as Escolhas que fizemos, fazemos e faremos na vida.Ou seja, maximizamos nossa felicidade resolvendo a equacao :Derivada da Felicidade em relacao aa E igual a zero :d/dE [ integral{ Sentimento(E(t),t ) } dt ] = 0Esta seria a equação da felicidade máxima. ( joao carlos 1999 :-) )Infelizmente, contudo, nao temos a representacao matemática para Sentimento(E,t).Mas, podemos notar , pela formula acima, que eh fator fundamental para nossas vidas.Sem sentimentos na ha sentido para vida.Devemos observar que ,de modo a maximizar nossa felicidade, muitas vezes, temos que , em dados momentos, fazer escolhas E(t) que fazem baixar *temporariamente* a função Sentimento , para que, no futuro tenhamos uma felicidade maior. Por exemplo, qdo deixamos de ir aa praia para estudarmos para o vestibular.Assim , por mais racional que tentamos, queiramos ou pareçamos ser , nosso objetivo final sempre será a integral de sentimento.Desejo a todos, neste milenio que se inicia, um grande incremento na integral de sentimento ! :-)

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