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07/12/2001 às 13:57 #75504mceusMembro
Ah, antes de tudo, façam a experiência, sintam na pele tudo isso. Não deixem a razão intervir. Sintam. Talvez tenhamos respostas novas e entendamos mais o mundo.
07/12/2001 às 14:49 #75505carlosMembro“Sentimos que, mesmo depois de serem respondidas todas as questões científicas possíveis, os problemas da vida permanecem completamente intactos.”
Wittgenstein09/12/2001 às 18:43 #75506márcioMembro[robledo disse] “a vida e aquilo que conhecemos como universo tem sua origem em um processo aleatório ou em um princípio inteligente?”
1- Vamos imaginar que a ORIGEM tenha sido um “principio inteligente”.
A proxima pergunta seria: Esse “principio inteligente” continua atuante ?2- Numa outra direcao: entendo que o “principio inteligente”, codificou brilhantemente uma determinada estrutura biologica (a nossa). Agora, parece que essa estrutura biologica, esta proxima de se re-codificar (para melhor espero).
Algo como se o programa que eu criei se alterasse sozinho. Nao sei bem qual seria minha reaçao: Destruir esse programa ou ficar olhando ele se modificar e fazer coisas que eu nao queria que ele fizesse.
Abraços,
09/12/2001 às 22:28 #75507Miguel (admin)MestreOLá,
Dias atrás coloquei que para saber o sentido da vida deveríamos saber do seu início e coloquei três possibilidades (criação divina, acaso ou força natural).Vejo que ainda não definiram qual início deveríamos assumir.Eu particularmente fico com a opção 3 ( Seria a vida uma “força da natureza”, assim como a luz ou a gravidade? ).
Esta talvez seja a opção mais difícil de se entender ou aceitar pois a vida parece tão insignificante nesta vastidão que é o universo.Eu percebo o ser humano como uma evolução de todos os outros seres e que continuará evoluindo até chegar a ser esta “força universal” que supere e domine as demais, podendo com isso chegar ao equilíbrio do universo evitando o seu fim.
Loucura?
Quem sabe?10/12/2001 às 16:27 #75508mauricioMembroRealmente, se entendi o que o Mceus disse, um criador é algo de que precisamos para nos confortar perante as dificuldades da vida. Sem dúvida o ser humano é levado a acreditar em um criador e outras mazelas não aferidas cientificamente por sofrer como toda vida sofre para se adaptar melhor ao meio vivente. É difícil crer em um criador apenas por termos inventado, desculpando a palavra, um. Como faremos? Nunca vimos esse deus, tudo que se fala dele não pode ser aferido ou comprovado, o que sobra é algo denominado fé, que é acreditar cegamente ou intuitivamente em algo. Mas como tirar desse algo todos os nossos desejos como falou o Mceus. Não sei, chegaremos num sentido da vida que queremos, que nos dê prazer. Será o verdadeiro?
Queria dizer que gostaria de debater em ambas as hipoteses, num sentido da vida com deus e outro sem deus. Seria interessante.
um abs a todos.10/12/2001 às 23:28 #75509márcioMembroFé inabalavel. Nao se pode (e nao se deve) tirar a fé de uma pessoa que a possui. E a pessoa que a possui nao deve provocar tal situacao.
Nao é racional de nenhum dos 2 lados. Precisamos conviver harmoniosamente com ambas as necessidades.
Particularmente entendo que a Fé nao segue uma logica (as tais linhas tortas), e nao vejo como raciocinar confinado pela Fé. É um alvo movel.
Nao sei nem por onde comecar. Peço ajuda aos Universitarios.10/12/2001 às 23:31 #75510márcioMembroMauricio, sem Deus fica simples: Manter.
Mas é claro, esta 100% aberto ao debate.
Abracos,10/12/2001 às 23:42 #75511márcioMembroWilson, algo assim como um polen, uma semente.
Acho que aqui no Brasil nao vende mais, mas nos USA, ainda vendem um pacote com um pó, chamado “sea monkey”. Voce joga o po na agua e depois de uma semana, aparece uma especie de “peixinhos”. Eles crescem e chegam a ficar com mais de 5 mm de comprimento. No manual, esta escrito que esses “ovinhos” resistem ao sol do deserto e podem ficar centenas de anos nessa forma. Interessante né.
Abracos,11/12/2001 às 15:22 #75512Miguel (admin)MestreMceus fazendo a sua experiência a única coisa que eu consegui foi aumentar ainda mais a certeza que eu tenho na existência de deus, não porque esta é a idéia mais comoda(o que ao meu ver não é verdade pois é muito mais fácil dizer que deus não existe e que nós o inventamos) mas pelo fato de que ao olhar pela janela e ver tudo aquilo, se chega a conclusão que se não existe deus a vida não tem sentido algum e estariamos num mundo extremamente cruel pelo simples fato de em um certo momento do nada as coisas tenham surjido, e se assim o fosse não haveria sentido nem mesmo em manter a vida pois com que finalidade fariamos isso, mas está fortemente impresso na mente das pessoas que devemos manter a vida até o fim pois todos tem a intuição de que no fim da estrada difício há algo que realmente faz valer a pena viver e eu creio que mesmo em vc mceus existe mesmo que um pouco apagada esta certeza e que mais cedo ou mais tarde ela surgira como chama incontrolável, pois este é o destino da humanidade e ninguém consegue fugir a ele.
Abraços a todos.11/12/2001 às 17:03 #75513carlosMembroFrases para enfeitar a discussão:
“A fé é freqüentemente a vaidade do homem que é muito preguiçoso para investigar.”
F. M. Knowles“Através dos anos percebi que o deus pra quem eu rezava era o deus que eu inventei. Quando eu falava com ele, falava comigo mesmo. Ele não tinha conhecimento ou qualidades que eu não tenho. Quando percebi que deus era uma extensão da minha imaginação, parei de rezar pra ele.”
Howard Kreisner, âncora do programa “The American Atheist Hour”“Faz muita diferença se pensamos em Deus como uma pessoa ou como uma força. De um jeito você tem o Cristianismo, do outro você tem Guerra nas Estrelas.”
Jayne Kulikauskas“O cético não tem ilusões sobre a vida, nem uma crença inútil na promessa de imortalidade. Já que a vida aqui e agora é tudo o que podemos conhecer, nossa opção mais sensata é vivê-la ao máximo.”
Paul Kurtz, “A Tentação Transcendental” (1986)PS: Alex, não fique bravo comigo.
11/12/2001 às 19:18 #75514robledoMembroRazão e Fé
Aproveitando o hiato que se abriu no debate, com polarizações do tipo “com Deus” e “sem Deus” ou Razão X Fé, vejo que é oportuno falar sobre o assunto.
Em séculos passados, onde a Igreja Romana exercia o seu poder com mão de ferro, moldando o Ocidente ao seu bel prazer, até as concepções de mundo eram por ela ditadas.
O indivíduo ao se confrontar diariamente com toda uma sorte de fenômenos, encontrava a explicação para os mesmos na interpretação “bíblica” dos fatos.
Muitos diriam que o que fazia com que as pessoas (crentes) acreditassem nas interpretações da Igreja acerca do mundo era a sua ignorância e eu, particularmente, considero isto uma visão tacanha da situação.
O que se coloca como explicação é que a “Fé” em Deus cegava as pessoas de tal forma que elas não conseguiam fazer uso da sua “Razão”.
A “Fé” , na verdade, não era somente votada a Deus, mas também na crença de que os auto instituídos depositários da “verdade” tinham autoridade reconhecida para explicar os fenômenos naturais, considerando a sua resposta como válida, independente da precisão da mesma. Em outras palavras, na dúvida, se recorria aos “doutores” da época.
Hoje é diferente, os “doutores” são outros, mas aquilo que chamamos de “Razão”, para mim, parece “Fé” disfarçada.
Vejamos um exemplo simples:
Há anos atrás tivemos a divulgação em larga escala da famosa Teoria do Big Bang para explicar a origem do universo. Quase todas as pessoas tidas como esclarecidas aceitaram a citada teoria como verdadeira.
Aceitamos a veracidade dessa informação, por que à luz da nossa “Razão”, ela respondia à ancestral pergunta?
Se todos respondermos que sim, é obvio que a grande maioria estará mentindo, porque os complexos conceitos de Física Teórica e Astrofísica que dão sustentação ao Big Bang, são dominados por uma minoria. O restante aceita esta (e outras) complexa abordagem científica por ter “Fé” na autoridade das pessoas que se manifestaram sobre o assunto.
Eu por meu turno não contesto o Big Bang (até porque, à luz da minha ignorância, parece ser uma teoria bem “razoável”), mas contesto aqueles que querem me vender a idéia de que a “Fé” moderna pode ser chamada de “Razão”, o que seria uma ignorância maior do que a minha.Até mais.
11/12/2001 às 23:00 #75515mceusMembroBrilhante exposição Robledo. Sofremos desse perigo da “fé disfarçada” a todo momento. Como já havia dito em mensagens anteriores, a sangria era ciência até pouco tempo atrás, hj, é um absurdo médico. Por isso pergunto pelo que queremos. O homem sofre pressões e precisa crer, precisa explicar e se contenta com pouco. Como disse Schopenhauer uma certa vez: “A necessidade metafísica do homem não anda a par com a capacidade deste”.
Para chegarmos num sentido da vida precisamos separar nossos desejos e verdades dos fatos. O problema está em que nós e somente nós damos as interpretações desses fatos. Por isso da minha bactéria tão mal vista anteriormente.
Abs a todos.12/12/2001 às 1:31 #75516márcioMembroA carapuça serviu. Nao quero vender nada. Estou mais nessa linha: “A verdade em ciência pode ser definida como a hipótese de trabalho melhor adequada para abrir caminho para uma próxima que seja melhor”.
Por exemplo, no caso do Big-Bang, existe um fato: um ruido (micro-onda) de fundo vindo de todas as direcoes. Hipotese para explicar isso: Big-Bang, ate que apareça outra melhor.
Como voce disse, razoavel.Para explicar esse ruido de fundo, alguns poderiam dizer: Assim que Ele construiu o Universo, bateu uma palma para anunciar a chegada do Universo. Essa palmada ecoa ate hoje para nos lembrar da criacao. Alias, voces nao deveriam estar mexendo com essas coisas.
Nao razoavel (para mim).Sem duvida concordo que a maioria do que sabemos hoje, sera motivo de piada amanha, mas é isso que temos como hipotese de trabalho.
Obviamente, nem tudo que é razoavel para um é razoavel para o outro. Portanto, para que possamos trabalhar com as ideias (nao somente trocar ideias) é necessario o estabelecimento de uma base razoavel de trabalho.
Eu entendo que existem 2: “Com Deus” e “Sem Deus”.
Eu tenho mais facilidade de trabalhar de forma logica, racional, dentro da base “Sem Deus”.
Absolutamente com isso nao estou querendo dizer que trabalhar com a base “Com Deus” nao seja racional. Eu pessoalmente tenho dificuldade.
Abracos,
12/12/2001 às 14:42 #75517Miguel (admin)MestreAchei brilhante a colocação do marcio de que ele tem mais facilidade de trabalhar racionalmente com a hipótese “sem deus” mas não porque a hipótese “com deus” não seja racional mas sim por que desta forma ele tem dificuldade, espero que esta sábia colocação sirva de exemplo para uns poucos que se entitulam donos da verdade e que por não conseguirem compreender a idéia de deus simplesmente criam como axioma inquestionável que deus não existe e que qualquer coisa que seja dita a respeito de deus não passa de mera crendice, eu tenho mais facilidade de trabalhar com a teoria do “com deus” mais nem por isso tento obrigar as pessoas a pensarem como eu e acho que se deve tentar raciocinar pelos dois caminhos e vermos a que conclusãoe chegamos.Até mais.
13/12/2001 às 15:56 #75518Miguel (admin)MestreDesejo a todos um ótimo final de ano, sou universsitário e estou entrando de férias por isso terei de me manter afastado um bom tempo do fórum, espero que vocês consigam chegar a boas conclusões, não basiadas em preconceitos mas sim na lógica e na racionalidade.Aceitar como verdades abssolutas coisas que ainda não o são pode nos conduzir a erros que demorariamos muito a corrigir.
Até mais.
“É impossivel para um homem aprender aquilo que ele acha que já sabe”
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