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14/12/2000 às 0:17 #72797Miguel (admin)Mestre
Sr. MH, recuso-me a trocar alguns dos meus “atravessadas no idioma” pelos seus raciocínios estilo do exposto em 13/12/2000. Exorbitando no âmbito deste fórum, conclamo que alguém dentre os que acompanham “Consciência” desmanche o nó por mim deparado na mensagem de MH.
Associação “dar-se um tiro mortal” e “falta de prazer” tira qualquer sentido de seguir adiante. Haverão outros embates, noutros enfoques.14/12/2000 às 0:26 #72798Miguel (admin)MestreO sentido da vida é perpetuar-se. O prazer é um dos intrumentos dentre tantos, que a vida se utiliza para isso. O ódio, a raiva, o ciúmes, o medo etc fazem o mesmo papel que o prazer. Um soldado quando precisa matar outro, não é por prazer, é para sobreviver. No filme “PLATOON” um dos soldados alvejou-se na perna para sair do front. Não foi por prazer. Foi por medo de morrer. A opinião de MHanemann está limitada pelo âmbito da mesma.
Explico: Um ser humano vive em média 70 anos. Neste período, a cada minuto, seu organismo reage a dezenas de situações as quais lhe são impostas. As sensações são as mais diversas. As reações idem. Quando age por medo, deixa as demais de lado; quando age por prazer, idem etc. MH só enxerga uma sensação.
Cabe, ainda, salientar que existe uma escala de valores entre estes instrumentos. Para descobrir a ordem nesta escala, mede-se o nível das alterações no metabolismo do organismo a partir da percepção (liberação de hormônio, produção de enzimas e proteínas, etc. ). A relação é diretamente proporcional. O medo é o primeiro da lista.16/12/2000 às 6:24 #72799Miguel (admin)MestreO instinto pela sobrevivência do soldado de PLATOOM, mesmo instinto que fez os australopitecus descerem das árvores para catar alimentos no chão, enfrentando dentro de si uma batalha árdua, o medo dos poderosos felinos e canídeos da savana africana, essa sensação existe.
Na verdade, quando propus o prazer como sentido da vida, era este conceito de vida que estava limitado. Eu não quis responder qual o motivo pelo qual todos os seres vivos e não-vivos habitam este planeta, eu quis dar uma razão para a qual o homo sapiens sapiens continue vivendo em determinadas situações. Eu tentei dizer o porquê de um homem se dignar a ir a guerra lutar por uma causa que ele não conhece bem. O porquê de um grande estadista dar-se um tiro se não pela falta de uma situação agradável (ninguém se mata numa situação de alegria). Daí eu concluo que o homem moderno (e não a vida) é como o caranguejo, que cercado de fogo, crava seu “ferrão” venenoso em si próprio para fugir da dor… A dor que é o oposto do prazer. Estando a questão limitada, concordo que a resposta estaria também limitada e acho que isso acabou gerando algumas discussões.Resposta dirigida ao sr. A.A.: eu poderia não escrever isso, mas não tenho motivo nenhum para me conter. “meus 'atravessadas no idioma'” é uma concordância tão absurda quanto “meus mãos”, “meus vidas”…. “Haverão outros embates, noutros enfoques.” Se ainda não lhe disseram, existem alguns verbos na língua chamado de IMPESSOAIS… Se quer escrever difícil, ao menos escreva certo pra que haja alguma possibilidade de te entender.
17/12/2000 às 21:11 #72800Miguel (admin)MestreO sentido da vida é…
Não procurar sentido.
É sentir o fluir das coisas.
É sentir uma Inteligência e um Amor implícitos em todas as coisas.
É simplesmente fluir na corrente da vida.
22/12/2000 às 4:22 #72801Miguel (admin)MestreSe você crê que o sentido da vida é não procurar sentido algum para ela, então é porque você já encontrou. Antagônica demais esta sentença, belissíma em poesia, porém pouco clara em termos filosóficos.
Quanto a “sentir o fluir das coisas”, creio que o sentido deste “fluir” já revela o enfoque poético da afirmativa, porque sentir a fluência, aquilo que todas as coisas emanam, é tema por demais amplo e é preciso restringi-lo para uma discussão possível.
Quanto a terceira resposta dada ao sentido da vida, conheço e admito cinco únicos sentidos (se não menos, como poderei confirmar em alguma discussão posterior) e não sei como, com eles, posso sentir essa Inteligência e este Amor.
Se fosse simplesmente tornar-se água na corrente da vida e unir-se com todos os seres neste caudaloso rio, se fosse só isso, então você já está fora dos propósitos citados porque chegou as conclusões anteriores; parou para pensar ao invés de se jogar de cabeça no “Life River”.
O que você diz é algo bastante adequado para se escrever na capa de um caderno, talvez até no papel de parede do seu computador, mas decididamente não explica a questão.24/12/2000 às 5:17 #72802Miguel (admin)MestreVou dar minha opinião sobre esse tema tão complexo. Não há sentido da vida desvencilhado da circunstância. Não há sentido possível desvinculado das necessidades históricas de sua época e , por isso mesmo, não há sentido universal. Mas podemos ir mais longe. Como o sentido da vida também é regido pelas circunstâncias individuais de cada um não é uma resposta, um saber, um conhecimento.Ele é sempre um estado de uma pessoa e se alguma época ou civilização construiu um sentido da vida foi porque aliou certas necessidades com sua satisfação. O ideal de homem a ser alcançado, suas circunstâncias socio-politicas e e econômicas, a idéia de cultura( em um sentido mais amplo) contribuiram para a realização desse fato. Se eu fosse dar uma definição aproximada de sentido da vida( mesmo que imperfeita e simplificada) seria que o homem está em posse do sentido da vida quando se sente “confortável” em seu mundo e tem uma direção assegurada
07/01/2001 às 5:07 #72803Miguel (admin)MestreNoto uma certa dificuldade para se falar sobre o “sentido da vida”. Em primeiro lugar, porque essa expressão é ambígua: pode significar “objetivo”, “fim”, “propósito”, ou pode se referir ao “valor” da vida.
No primeiro caso, tenho uma visão naturalista para abordar o “propósito” ou “objetivo” da vida: a perpetuação genética (note-se que aqui há uma ampliação da concepção de Darwin, onde o objetivo seria a perpetuação da espécie).
No segundo caso, quando se trata de “valor” para a vida, a questão fica bem mais complicada, na minha opinião. Teria a vida algum valor objetivo? Segundo os existencialistas (aconselho a leitura de “O Muro” de Sartre), não, e eu, por ignorância, ainda não conheço nenhuma outra concepção, tampouco tenho opinião formada sobre o assunto.
O segundo problema que encontro no assunto é que frequentemente a discussão torna-se deveras subjetiva, sem a apresentação de um raciocínio coerente e objetivo…08/01/2001 às 22:49 #72804Miguel (admin)Mestreolá a todos
Gostei muito do que disse Sapiens.Não posso, entretanto, furtar-me de algumas críticas.
A diferenciação entre objetivo e valor da vida é falsa, esquemática. O valor da vida só se dá na consecução dos seus objetivos. Em outras palavras, o valor da vida é o valor dos seus objetivos quando executados( note-se que esses objetivos não são necessariamente conscientes e pensados)30/01/2001 às 16:00 #72805Miguel (admin)MestreO sentido da vida, venho procurando desde que me entendo por gente, cada dia acho que encontrei um sentido, más ñ o encontrei. Chego a pensar que ñ existe um sentido universal, pois se existisse tantos ñ cairia no erro de nunca encontra-lo.
30/01/2001 às 18:53 #72806Miguel (admin)MestreO sentido da vida é o uso. Isso envolve que o significado também é o uso. Ou seja, o sentido é o exercício de uma força.
20/02/2001 às 20:57 #72807Miguel (admin)MestreAlo pessoal. Bem que ainda existen alguns, por
muitos considerados “doidos ou loucos”, que tratam
sobre o problema da questao do sentido da vida, e,
a final, a pergunta deve impor-se, tambem, deste
modo: qual e o sentido da pergunta pelo mesmo
sentido? Apos isto, sim, pensar o sentido que
poderia ou nao ter a v23/02/2001 às 5:10 #72808Miguel (admin)MestreEssa pergunta é a bambambam das perguntas…..
é tudo o que está acontecendo exatamente neste momento… é o que vc está sentindo extamente agora… são as suas reflexões presentes que já existiam…é a decisão que vc está tomando agora, mas que não foi tomada por vc…
olha gente!…. disso eu não me atrevo a falar….
… pq eu não tenha nada a dizer…
23/02/2001 às 5:24 #72809Miguel (admin)Mestreagora que acabo de ler o que os colegas escreveram acima… concluo:
The oscar goes to:
A.A.
acho que esse cara ou menina ou mulher ou seu lá o que… ao que se refere a pergunta feita neste fórum…acertou na mosca…na moleira…
“…quem tem ouvidos para ouvir que ouça…”
24/02/2001 às 20:00 #72810Miguel (admin)MestreNão creio que seja valida a idéia de se propor um sentido à vida. Pois se considerarmos a existência deste, ele certamente nos teria sido imposto.
Quando Nasci ninguém me perguntou se eu aceitava um determinado sentido para a minha vida, um sentido universal ao qual todos os seres humanos estão submetidos.
Desta forma, existindo tal sentido nada me restaria a não ser ter que seguí-lo. Mas então onde estaria o meu livre arbítrio, minha liberdade de escolha, se tivesse que viver por uma causa universal pré-determinada?
Desde a organização em sociedade o homem tem a necessidade de se ver governado, ele é incapaz de de se ver realmente livre e apto a se governar, por isso procura entregar sua vida à uma força maior, criada por sua mente, que seria responsável por dirigir sua vida e dar-lhe sentido.
Como diria Bakunin: “Se existisse um sentido para a vida seria necessário abolí-lo.”
PS: A.A. parabéns pelo oscar…
25/02/2001 às 1:02 #72811Miguel (admin)MestreO sentido da vida se encerra no exato instante em que nós nos aprumamos em Deus: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todas as tuas forças e de todo o teu entendimento;…”. ( Lucas 10:27 )
Entretanto, como sabermos se estamos verdadeiramente amando a Deus?? Além do que, o que é Deus?? Deus existe?? É simples!! Para estas e outras perguntas constrangedoras, sem se perder nos emaranhados filosóficos indesvencilháveis, Jesus arrematou: ” Amarás o teu próximo como a ti mesmo.”. ( Lucas 10:27 “in fine”) É isso aí!! -
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