PROCISSÃO DAS CAVEIRAS DE PADRES
Na aldeia dos guaianases do M’Boi, Embu, administrada pelos jesuítas, quando o Marquês de Pombal fez restrições a estes religiosos, em 1759, conta a lenda que, antes da fuga, os padres colocaram as pedras preciosas, a prataria e a ourama toda num grande tacho (diz outra versão que em pote de barro); puseram-no numa jangada de toros de bananeira, e quando esta atingiu o meio do lago fronteiro ao povoado, fizeram afundar o tesouro nas águas.
Ali ficou mais um tesouro dos jesuítas, diz a lenda.
Dizem os antigos moradores da aldeia que à noite, determinadamente de quinta para sexta-feira, sai uma procissão macabra, só se vê a caveira e a batina preta, são os jesuítas que foram enterrados sob o altar-mor da Igreja que para ali se dirigem cantando soturnas litanias. Caminham sobre as águas e não se afundam; são como sombras. Param no centro do lago, depois seguem até ao cemitério situado na colina, onde confabulam com os que ali estão sepultados. Só se ouve lúgubre ladainha no negror dâ noite.
Quando dealba o dia, antes que os galos amiúdem, o cortejo funéreo dos padres mortos voltam à Igreja de Nossa Senhora do Rosário do Embu. Assim, continuarão, encantados, até que um dia seja encontrado o tesouro oculto nas águas do ribeiro represado pelos próprios jesuítas há mais de trezentos anos…
Alceu Maynard Araújo — Estórias — Correio Paulistano — São Paulo.
Fonte: Estórias e Lendas de São Paulo, Paraná e Santa Catarina. Tomo I. Seleção de Alceu Maynard Araújo e Vasco José Taborda. Desenhos de J. Lanzelotti. Ed. Literat. 1962
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