REFORMA
RELIGIOSA: UMA RUPTURA NO SEIO DO CRISTIANISMO
Márcio
José Silva Lima*
RESUMO
Este trabalho
tem a finalidade de apresentar um resumo geral daquilo que ficou conhecido como
a Reforma Protestante e a Contra-Reforma Católica. Serão abordados de forma
clara e sucinta os eventos que marcaram a ruptura da Igreja no início da Idade
Moderna, tais como: a reforma luterana, calvinista e anglicana e a
contra-ofensiva da Igreja Católica. Pretendemos mostrar que a Reforma não foi
apenas uma consequência de rebeldia por parte de Martinho Lutero, que estava
desconformado com os exageros praticados pela Igreja. Outros pensadores já
teriam manifestado seus desejos por mudanças. Havia situações religiosas,
políticas, sociais e econômicas que propiciaram um terreno fértil para a
propagação das reformas religiosas através de Lutero, Calvino e Henrique
VIII.
PALAVRAS CHAVES: Reforma,
Contra-Reforma, Lutero
1-A REFORMA
PROTESTANTE
A Reforma e a Contra-Reforma foram movimentos que
representaram a grande transformação religiosa da época moderna. Aparentemente,
estudar este assunto é estudar elementos de natureza exclusivamente religiosa.
Mas, é só aparência, pois a história espiritual da Europa no final da Idade
Moderna e início da Idade Moderna está concatenada à história social, política
e econômica da época.
Fato importante a ser estudado, antes de tudo, é que
a idéia de reforma religiosa, não veio surgir, apenas no século XVI. É possível
localizar, ainda nos séculos precedentes, pessoas com estes interesses. Também
é possível identificar correntes religiosas agindo no sentido de sua
concretização. Antes de Lutero se destacar no cenário religioso da Reforma, era
bastante comum pessoas pertencentes, ou não, a alta hierarquia eclesiástica,
manifestar insatisfações e a ela propor mudanças. O próprio termo “Reforma” já
era cogitado na época. Porém, nenhum de seus idealizadores queria ver o
cristianismo dividido em religiões e seitas diferentes e rivais. Como por
exemplo, os humanistas, cujos representantes foram severos críticos da atual
vida religiosa, mas nem por isso, deixaram de ser cristãos nem pensaram em
abandonar a Igreja. Até mesmo o próprio Lutero, no início, não imaginava chegar
a esse extremo. A idéia era apenas corrigir os defeitos que a religião apresentava.
Mas, como era a situação social, econômica e política
na época da Reforma? O desenvolvimento do comércio e a urbanização criaram uma
nova realidade econômica. As novas atividades, voltadas principalmente para a
acumulação de capital, como a usura, os juros e o lucro eram condenadas pela
Igreja. Assim, começaram a surgir em algumas regiões da Europa, fortes
oposições por parte dos mercantilistas à Igreja. Uma série de catástrofes
abalou tragicamente o cotidiano de amplos setores da população européia, tais
como: a fome, as epidemias e as guerras. Também eram geradas grandes tensões e
conflitos sociais devido à crise do feudalismo. Estes conflitos e tensões
envolviam a Igreja que era responsável por justificar e controlar
ideologicamente as principais camadas da sociedade. Dessa forma, a religião
tendia a se confundir com as questões sociais, pois, como os senhores eram
católicos, as críticas à Igreja eram propagadas pelas massas de camponeses
oprimidos. Por outro lado, na política, as monarquias nacionais interessavam
reduzir o poder da Igreja, já que uma convulsão religiosa daria a elas a
oportunidade de confiscar os bens eclesiásticos. Tal fato pôde ser percebido na
Inglaterra. ¹
Diante desse contexto, fica fácil perceber que as
mudanças sociais, econômicas e políticas propiciaram um ambiente favorável ao
ideal reformista. Mas, os sentimentos de incerteza e de insegurança não
afetaram apenas a vida terrena, atingiram igualmente a expectativa de vida após
a morte. A mentalidade da época, formada segundo o rigor da Igreja, costumava
explicar os acontecimentos históricos a partir de “interpretações teológicas”
dos fatos. A sociedade sentindo-se culpada atribuía aos seus pecados à causa de
tantas desgraças. Em virtude dessa maneira peculiar de compreender a vida,
houve uma prática exagerada de atos religiosos.
As atenções estavam voltadas, principalmente, a
quantidade de obras realizadas: construções de capelas, doações de bens e
heranças, missas, peregrinações, orações, flagelos, vigílias, jejuns. Os sinais
da graça divina multiplicavam-se infinitamente e um exército de bênçãos
especiais jorrava ao lado dos sacramentos. (LUIZETO, 1989)
As relíquias proliferavam, os amuletos tornavam-se
cada vez mais numerosos e novas modalidades espirituais surgiram dentro da
Igreja. Na tentativa de amenizar os problemas sociais, os fiéis pediam mais
sacramentos, mais misticismo. A Igreja por sua vez, lucrava com a venda destes
sacramentos e com as indulgências, qualquer pessoa podia comprar um “pedaço do
céu”, restos mortais de alguns Santos ou pagar pela absolvição dos seus
pecados. O baixo clero, não tinha formação adequada e cometia atos
profundamente anticristãos. Os Papas promoviam guerras, quebravam votos de
castidade, residiam em palácios luxuosos, nomeavam bispos e cardeais em troca
de dinheiro. Neste contexto, começaram as críticas.
A Igreja sobrecarregada e maculada, não conseguia mais
atender as necessidades do povo cristão. Ensinava que as boas obras tinham a
virtude de aplacar a ira divina, outorgar a graça e reparar as imperfeições
mundanas. Porém, na prática agia de maneira completamente diferente, os fiéis
mesmo praticando as boas novas com intensidade, não conseguiam colher os frutos
de suas austeridades. Estes acreditavam, no âmago da inocência, que seu rigor
religioso não estava sendo praticado de forma correta. Ficava cada vez mais
difícil, por meio da doutrina católica, a reconciliação da cristandade com
Deus. A Igreja não conseguia mais atender as necessidades espirituais dos
fiéis, nem reverter o medo, o desespero, a angústia e a fé cega de uma
instituição corrompida.
O povo cristão encontrava-se alienado e, fazendo parte deste
povo, desesperado e desorientado como qualquer cristão de seu tempo, estava
Martinho Lutero. Naquela época, fazia-se necessário uma ruptura ideológica, uma
nova maneira de pensar e agir, só faltava um elemento causador e, Lutero veio
atender esta carência. Assim, a Reforma deixa de ser vista como um caso
particular de um monge agostiniano, inconformado com a sua Igreja e com seus
colegas de hábito, e passa a ser observada como um movimento em busca de
respostas espirituais, há muito negado por uma cristandade que não solucionava
as angústias do povo, nem na liturgia, nem na dogmática romana.
1.1-A reforma de Martinho Lutero
Martinho Lutero (1483-1546) nasceu em Elsieben, na
Alemanha. Era filho de um empreiteiro de minas que atingiu certa prosperidade
econômica. Influenciado pelo pai, entrou em 1501 na Universidade de Erfurt para
estudar Direito, mas seu temperamento inclinava-o para a vida religiosa. Em
1505, após quase ter morrido durante uma violenta tempestade, ingressou na
Ordem dos Agostinianos, cumprindo promessa feita a Santa Ana.
Em 1510 viajou a Roma, sede da Igreja católica.
Regressou profundamente decepcionado com o ambiente de corrupção e avareza em
que vivia o alto clero. Nos anos de 1511 a 1513, aprofundou-se nos estudos religiosos até que começaram a amadurecer, em seu espírito, novas idéias
teológicas. Nas epístolas de São Paulo, encontrou urna frase que lhe pareceu de
importância fundamental: O justo se salvará pela fé. Concluiu Lutero que o homem,
corrompido em razão do pecado original, só poderia salvar-se pela fé exclusiva em Deus. A fé, e não as obras seria o único instrumento de salvação, graças à misericórdia
divina.
Em 1517 afixou na Abadia de Wittenberg suas famosas “95 Teses Contra a Venda de
Indulgências”, sendo excomungado e correndo o risco de, a
exemplo de Jan Huss e Thomas Münzer, ser martirizado pela Igreja. A
diferença é que estes dois, com profunda sinceridade de coração, desejavam
voltar ao princípio da fé cristã, em grande medida desvirtuada pela Igreja, mas
para tanto, aliaram-se aos pobres, aos desvalidos e deserdados da sociedade. Já
Lutero, espertamente, aliou-se aos príncipes interessados, como se disse, em
apoderar-se das terras da Igreja… Lutero encontrou terreno fértil à sua
pregação nas regiões em que era interessante aos nobres se apoderarem das
terras da Igreja Católica. Aliando-se aos príncipes, conseguiu principalmente o
apoio do Imperador do Sacro Império Romano-Germânico Carlos V, que convocou a
“Dieta de Worms” em 1521. As doutrinas luteranas causaram grande agitação,
principalmente sua idéia subversiva de confiscar os bens da Igreja.
Sua aliança aos príncipes fica mais clara na medida
em que analisamos sua reação aos camponeses da região da Renânia que, uma vez
convertidos, passaram a apoderar-se dos bens da Igreja Católica Romana. Lutero
apoiou uma violenta repressão aos camponeses em 1525 dizendo: “A espada deve se
abater sobre estes patifes! Não punir ou castigar, não exercer esta sagrada
missão é pecar contra Deus!”. Na Dieta de Augsburgo, convocada pelo Imperador
Carlos V em 1530, estabeleceram-se as bases fundamentais da nova religião
luterana. Ficava abolido o celibato ao clero protestante; proibido o culto a
“imagens de escultura e a Virgem Maria”; proclamava a Bíblia e sua
interpretação subjetiva do leitor como autoridade, renegando os dogmas de Roma,
entre outras medidas.
1.2-A Reforma de
Calvino
Calvino era ex-aluno
da Universidade de Paris, nascido em 1509 de uma família pequeno-burguesa e
estudioso de leis. Em 1531 aderiu às idéias reformistas, bastante difundidas
nos meios cultos da França. Perseguido por causa de suas idéias, foi obrigado a
fugir para a cidade de Basiléia, onde publicou, em 1536. a Instituição da Religião Cristã, definindo seu pensamento.
Calvino, como
Lutero, partia da salvação pela fé, mas suas conclusões eram bem mais radicais;
o homem seria uma criatura miserável, corrompida e cheia de pecados; somente a
fé poderia salvá-lo, embora essa salvação dependesse da vontade divina — esta
era a “idéia da Predestinação”. Calvino
foi para a Suíça, estabelecendo-se em Genebra, em 1536. A Suíça já conhecia o movimento reformista através de Ulrich Zwinglio e era um lugar
propício para Calvino desenvolver suas idéias. Mas o fator principal para a
difusão do calvinismo na Suíça foi a concentração, nesta região, de um número
razoável de comerciantes burgueses, desejosos de uma doutrina que justificasse
suas atividades lucrativas.
Calvino
transformou-se num verdadeiro ditador político, religioso e moral de Genebra.
Formou um consistório (espécie de assembléia), composto por pastores e anciãos,
que vigiava os costumes e administrava a cidade, inteiramente submetida à lei
do evangelho. Eram proibidos o jogo a dinheiro, as danças, o teatro, o luxo. O
calvinismo se difundiu na França, nos Países Baixos e na Escócia. Na França e
nos Países Baixos sofreu resistência, mas na Escócia foi adotado como religião
oficial. Foi John Knox (1505-1572) o introdutor do calvinismo na
Escócia, e suas teorias foram rapidamente aceitas pela nobreza, interessada nas
propriedades da igreja católica. Knox conseguiu que a religião católica fosse
proibida pelo Parlamento escocês. A igreja escocesa foi organizada segundo o
modelo da Igreja de Genebra e recebeu o nome de igreja presbiteriana, devido ao
papel desempenhado pelos mais velhos (presbysteroi, em grego). Na França,
os huguenotes (calvinistas) envolveram-se nas sangrentas guerras de religião
que marcaram as lutas políticas do país.
1.3- A Reforma Anglicana
A princípio a Igreja não se abalou com o movimento promovido por
Martinho Lutero, manifestações de rebeldia clerical não eram freqüentes, mas
não eram raras. Para a Igreja, Lutero era só mais um problema passageiro de
indisciplina religiosa, que logo seria neutralizado com a formalização de um
processo acusando o monge de heresia. Poderia exigir a retratação do acusado ou
excomungá-lo, assim como havia sido feito com João Huss. 2
Porém, os acontecimentos não se deram de maneira tão simples
e casual. Rapidamente a pregação da fé luterana se expandiu, frustrando assim,
as expectativas da Santa Sé em encerrar o assunto sem ter grandes empecilhos.
Ao perceber que o processo movido contra Lutero não surtira efeito, ao observar
que na cristandade já se consumava uma inevitável separação, a Igreja mudou
drasticamente sua ofensiva. Sua guerra passou a ser travada não mais contra
Martinho Lutero, mas contra o protestantismo que avançava de forma considerável
por todo pensamento cristão. Esta contra-ofensiva marcou um dos mais
importantes capitulo na história do catolicismo, conhecido como Contra-Reforma.
2-A CONTRA-REFORMA
Durante a Contra-Reforma, a Igreja romana utilizou-se
de todos os artifícios possíveis para converter a população que aderia a
“heresia protestante”. Uma das primeiras medidas foi a formação da Companhia
de Jesus, fundada por Inácio de Loyola, em 1534. Com caráter
militar, a Companhia formava seus membros, os jesuítas, como soldados de
Cristo. No início, seu objetivo era atuar na conversão dos pagãos. Com esta
finalidade queriam trabalhar na palestina, região com adeptos da religião
muçulmana, porém, isto não foi possível graças ao contexto do momento. Mas,
como estavam dispostos a aceitar qualquer missão, atuaram na Europa e mais
tarde nos territórios americanos “recém-descobertos” pelos portugueses e espanhóis.
Os jesuítas tinham a confiança do Papa que os incumbiu de organizar um concílio
para reestruturar a Igreja e traçar um plano para enfrentar a Reforma.
Junto com a Companhia de Jesus, foram fortalecidos os
tribunais de Inquisição, estratégia importante para o controle e a manutenção
dos fiéis católicos. Os tribunais julgavam e puniam com a morte na fogueira
Santa aqueles que eram considerados desviados dos dogmas católicos. Sobre a
Inquisição, é importante saber que ela não foi exclusividade da Igreja
Católica. A intolerância religiosa também foi praticada pelos protestantes.
Para isso, precisava apenas a acusação de heresia.
[…] Calvino introduziu normas rígidas em sua
religião. Todos os hereges poderiam ser excomungados, desertados ou condenados
à fogueira. Havia uma defesa rígida da dogmática religiosa calvinista. Calvino,
por causa dessa rigidez moral, ficou conhecido como o Papa Protestante e
Genebra, como a Roma do Protestantismo. (casa de historia)
O Concílio de Trento foi outra medida adotada para combater a
Reforma. Realizado por representantes da Igreja de toda Europa, fez surgir um
catolicismo reformado. Nele, a autoridade papal foi fortalecida, reafirmou-se a
doutrina tradicional, rejeitando a doutrina da predestinação de Calvino e as doutrinas
da justificação pela fé e do sacerdócio universal de Lutero e, fixou-se uma
idade mínima para o exercício de funções eclesiásticas, onde era avaliado o
problema da formação moral, religiosa e intelectual do clero. Foi criado um
catecismo com o resumo das doutrinas para os fiéis e um missal com orações e
leituras bíblicas.
A partir dos trabalhos do Concilio de Trento, a Igreja passou
a combater sistematicamente o avanço protestante em três frentes: recuperando
as áreas de influencias protestantes, a partir da criação de escolas destinadas
ao ensino da doutrina católica as novas gerações, reconquistando assim grandes
números de fieis; difundindo o catolicismo a povos não-cristãos como os
japoneses e os índios americanos, atividade cumprida pela Companhia de Jesus; e
fortalecimento dos Tribunais de Inquisição.
CONCLUSÃO
Analisando a historiografia atual, é possível perceber que a
Reforma não surgiu apenas a partir dos gestos rebeldes de Martinho Lutero e
João Calvino. Por mais que ambos estivessem contrariados com os abusos sociais
e morais da cristandade, não foram os únicos nem os primeiros a mostrarem
descontentamento com a Igreja. Os excessos do clero não era uma novidade do
século XVI. Muito antes dos reformadores protestantes atuarem, foram feitas
severas e inúmeras críticas a Igreja Romana. Podemos listar como exemplo o caso João Huss, líder precursor da reforma que foi condenado e morto na
fogueira, por não negar seus pontos de vista durante o Concílio de Constança.
Sem negar a credibilidade e a importância das doutrinas
calvinistas e luteranas, para a época, é preciso considerar que sem a adesão da
massa, disposta a se converter às novas confissões, nem o apoio da burguesia,
interessada em reduzir o poder da Igreja e expandir a prática mercantilista,
ficaria impossível falar em reforma e em religiões protestantes.
Como conseqüência, o movimento reformista pôs fim ao poder
centralizado da Igreja Católica Romana, oferecendo novas opções religiosas.
Segundo o sociólogo Max Weber, o calvinismo estimulou o desenvolvimento
do capitalismo, na medida em que criou uma ética baseada no trabalho árduo que
por sua vez incentivava o lucro. Lutero, ao propor que qualquer pessoa podia
ser “sacerdote de si mesma”, desde que ler-se de forma devocionista a bíblia,
contribuiu para o aprendizado da leitura. A intolerância religiosa diante das
artes e das ciências passou a ser praticada tanto por católicos quanto por
protestantes, o que de certa forma é constatado até os dias atuais. E por fim,
a disseminação de sangrentas guerras religiosas entre católicos e protestantes
pela Europa, a exemplo, na atualidade, da Irlanda.
NOTAS:
* Graduando
em História e Filosofia pela UVA/UFPB – e-mail: [email protected]
1 Reforma
Anglicana
2 Reformador
religioso anterior a Lutero, morto na fogueira acusado de heresia
REFERÊNCIAS
CASA DE
HISTÓRIA. A reforma protestante e a contra-reforma < http://www.casadehistoria.com.br.
/cont_06_03.htm > Acesso em: 20 de junho de 2008.
CHAVES,
Lázaro Curvêlo. Reforma protestante e contra-reforma < http://www.culturabrasil.org/protestante.htm
> Acesso em: 21 de junho de 2008.
LUIZETO,
Flávio. Reformas Religiosas. São Paulo: Contexto, 1989 (Coleção
repensando a história)
SOUSA, Rainer. Reforma
protestante: luteranismo < http://www.brasilescola.com/historiag/ataques-igreja.htm > Acesso em: 13 de junho de 2008.
WEBER, Max. A
ética protestante e o espírito do capitalismo. São Paulo: Martin Claret,
2007.
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