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07/12/2010 às 16:27 #88441ppauloMembro
Nobre colega Brasil,Creio na verdade que não estamos divergindo, muito pelo contrário, já mais convergências do que divergências.Como eu disse antes, não há oposição entre um conceito absoluto de belo e a relatividade entre o que entendemos que é belo ou feio (com certeza se defino o belo, já estou definindo o feio).Mas é bem diferente do que seria um conceito matemático, por exemplo um círculo é algo conceitual. Impossível desenharmos com um lápis um círculo perfeito, exatamente idêntico ao conceitual, mas a aproximação ao conceitual é de ordem quantitativa.No caso do belo (ou feio) a aproximação é de ordem qualitativa e, creio, a maior dificuldade está na própria definição do conceito.Em primeiro lugar podemos abandonar a palavra absoluto e tratar apenas como conceito. Então perguntaríamos se podemos ter mais de um conceito de belo.Veja bem, que por ser conceitual (metafísico, transcendental ou transcendente não importa) é algo que está num dever ser. Não se refere a uma, duas ou infinitas manifestações em particular. Não se refere a dizer que vermelho conceitualmente é uma cor bonita. Veja que todas as manifestações são na verdade apenas manifestações, neutras. No momento em que se caracteriza uma manifestação como bonita ou feia estamos agregando aí um juízo de valor e, este juízo de valor com certeza é referido a um conceito qualitativo, pois, é um juízo acerca da qualidade de algo.Dito isto, resta-nos que a pergunta é se existe mais de um conceito de belo ou apenas um conceito de belo.(continua em proximo post)
07/12/2010 às 16:36 #88442ppauloMembro… continuando.E, para mim existe um conceito absoluto ou único do belo por um motivo racional:Se perguntar a ciclano por que acha uma escultura bonita ou feia, ele pode dizer que será mais bonita quanto mais chegar à semelhança com o original, beltrano pode dizer que mais bonito é aquilo que lhe lembra a infância, outro ainda pode dizer que bonito se parecer uma nave espacial. Então, à primeira vista diversos são os conceitos pessoais do belo.Mas, se seguirmos questionando, porque é bonito aquilo que parece com o original, ou que lembra a infância ou que pareça uma nave espacial, a resposta a isso será unânime: porque de alguma maneira dá prazer aos sentidos ver uma escultura que se assemelhe a um conceito pessoal de beleza.Temos aí o conceito absoluto do belo: aquilo que dá prazer aos sentidos. Não importa como será a interpretação individual - carregado do pré-conceito - assim como não importam os elementos inerentes à interpretação presente - conhecimento da obra, acesso à pesquisas, bagagem daquele que interpreta, etc etc.
07/12/2010 às 16:52 #88443BrasilMembroEsse conceito de “belo absoluto” levou o Ocidente a retratar Jesus na figura de um cara de cabelos lisos, claros e olhos azuis… Totalmente fora dos padrões verificados na região onde ele nasceu!! Ou seja, as pessoas e as suas construções mentais alicerçadas na fé construíram o Jesus belo, o Jesus europeizado.
Contudo, quando a pregação se deu em terras cujo conceito de beleza era outro muito diferente do conceito europeu, aí mudou-se a cara de Jesus. Pois mudou-se o conceito de belo. Naquelas terras o belo era outra coisa. Então moldaram a cara de Jesus em algo peculiar ao lugar.
É a conveniência dizendo o que é belo. ;)(Paulo, depois comento as tuas msgs, ainda não tive tempo de ler e agora estarei ocupado.)
07/12/2010 às 20:20 #88444BrasilMembroTemos aí o conceito absoluto do belo: aquilo que dá prazer aos sentidos.
Neste aspecto sim cabe dizer que é absoluto, absoluto pra você!! Ou pra mim, mas aí não haverá qualquer ligação entre os belos considerados absolutos, pois muito provavelmente o que eu achei belo, não o será pra você, e sim outra beleza que MAIS TE AGRADA.O belo absoluto é o que te agrada absolutamente e o feio absoluto é o que te desagrada absolutamente. Ou se você preferir: O belo absoluto é o que te dá mais prazer aos sentidos e o feio absoluto é o que te dá mais desprazer aos sentidos. Alias, eu já havia dito isso à Acácia, quando ela acertadamente citou, entre outras tantas coisas contrárias a isso: “o belo é o que me sensibiliza e pronto”. Disse a ela que o belo é o que sensibiliza positivamente e o feio é o que sensibiliza negativamente. Ela não entendeu... Ela quer que eu diga pra ela o por que... Mas como eu posso dizer por que eu ou você ou ela gostamos do verde? Ou porque eu ou você ou ela não gostamos de vermelho? Esse “pronto” que ele mesma colocou quer dizer o que? Quer dizer que termina aí! Não há mais explicação a partir daí!! Pois para explicar a partir daí teremos que saber o que leva alguém a gostar de azul e não gostar de amarelo.Agora, se perguntar se há um belo absoluto que agrada a todos em detrimento de outro belo, é claro que a resposta é não! E se não agrada a todos, então não é absoluto. E não adianta dizer que não agrada a todos nesta dimensão, pois não observamos as outras para saber se nas outras dimensões agrada a todos. Muito menos “dimensão absoluta”, pois na “dimensão absoluta”, se é que ela existe, e se é que podemos imaginá-la, muito provavelmente o que impera é a neutralidade, especialmente em se tratando de formas e conceitos estéticos. Tampouco podemos dizer que o que produz diferenças nas avaliações é o nível de consciência do indivíduo que avalia. Se colocar a coisa em “níveis de consciência”, é preciso dizer quem tem nível mais alto e quem tem nível mais baixo. Senão não há lógica na afirmação!Para sabermos que não há belo absoluto basta entendermos que não há paradigma para estabelecer o que é absoluto, em se tratando de beleza.
(com certeza se defino o belo, já estou definindo o feio).
Acho que não. Entre a Xuxa e a Juliana Paes eu absolutamente prefiro a Juliana Paes, mas isto não quer dizer que a Xuxa seja feia. :)
Temos aí o conceito absoluto do belo: aquilo que dá prazer aos sentidos. Não importa como será a interpretação individual - carregado do pré-conceito - assim como não importam os elementos inerentes à interpretação presente - conhecimento da obra, acesso à pesquisas, bagagem daquele que interpreta, etc etc.
É exatamente isso, Paulo, e perceba que estes quesitos que você julgou serem necessários pra avaliar a beleza, na verdade são quesitos para se dizer se o avaliador é um expert no assunto... Conceito totalmente errôneo em se tratando de avaliar beleza! O cara pode, com estas qualificações, saber do grau de dificuldade que o artista teve para fazer a obra, quais recursos usou, há quantos séculos ela resiste ao tempo e tal, mas o gosto dele será sempre o gosto dele e o seu será o seu.As informações que irão pesar na avaliação do expert, além obviamente de seu gosto pessoal, NÃO são de cunho estético e sim histórico, técnico, etc.Concluindo: Se afirmas que o conceito de belo absoluto existe individualmente, na cabeça de cada pessoa, eu concordo, mas se esse belo absoluto é colocado de maneira geral, como um estágio a se atingir para percebê-lo eu discordo totalmente. Ou um estágio a se atingir para que todos percebam o belo absoluto... Isso é fantasia.
07/12/2010 às 21:17 #88445ppauloMembroPrezado Brasil,Com certeza não. O que é absoluto é o conceito do belo como disse, é aquilo que agrada e é o mesmo para todos. O que é belo, ou seja o que agrada cada um vai variar de pessoa para pessoa, época etc etc. Ou seja, um belo absoluto com certeza é utópico.
07/12/2010 às 22:13 #88446AcáciaMembroTemos aí o conceito absoluto do belo: aquilo que dá prazer aos sentidos.
Neste aspecto sim cabe dizer que é absoluto, absoluto pra você!! Ou pra mim, mas aí não haverá qualquer ligação entre os belos considerados absolutos, pois muito provavelmente o que eu achei belo, não o será pra você, e sim outra beleza que MAIS TE AGRADA.O belo absoluto é o que te agrada absolutamente e o feio absoluto é o que te desagrada absolutamente. Ou se você preferir: O belo absoluto é o que te dá mais prazer aos sentidos e o feio absoluto é o que te dá mais desprazer aos sentidos. Alias, eu já havia dito isso à Acácia, quando ela acertadamente citou, entre outras tantas coisas contrárias a isso: “o belo é o que me sensibiliza e pronto”. Disse a ela que o belo é o que sensibiliza positivamente e o feio é o que sensibiliza negativamente. Ela não entendeu... Ela quer que eu diga pra ela o por que... Mas como eu posso dizer por que eu ou você ou ela gostamos do verde? Ou porque eu ou você ou ela não gostamos de vermelho? Esse “pronto” que ele mesma colocou quer dizer o que? Quer dizer que termina aí! Não há mais explicação a partir daí!! Pois para explicar a partir daí teremos que saber o que leva alguém a gostar de azul e não gostar de amarelo.Agora, se perguntar se há um belo absoluto que agrada a todos em detrimento de outro belo, é claro que a resposta é não! E se não agrada a todos, então não é absoluto. E não adianta dizer que não agrada a todos nesta dimensão, pois não observamos as outras para saber se nas outras dimensões agrada a todos. Muito menos “dimensão absoluta”, pois na “dimensão absoluta”, se é que ela existe, e se é que podemos imaginá-la, muito provavelmente o que impera é a neutralidade, especialmente em se tratando de formas e conceitos estéticos. Tampouco podemos dizer que o que produz diferenças nas avaliações é o nível de consciência do indivíduo que avalia. Se colocar a coisa em “níveis de consciência”, é preciso dizer quem tem nível mais alto e quem tem nível mais baixo. Senão não há lógica na afirmação!Para sabermos que não há belo absoluto basta entendermos que não há paradigma para estabelecer o que é absoluto, em se tratando de beleza.
(com certeza se defino o belo, já estou definindo o feio).
Acho que não. Entre a Xuxa e a Juliana Paes eu absolutamente prefiro a Juliana Paes, mas isto não quer dizer que a Xuxa seja feia. :)
Temos aí o conceito absoluto do belo: aquilo que dá prazer aos sentidos. Não importa como será a interpretação individual - carregado do pré-conceito - assim como não importam os elementos inerentes à interpretação presente - conhecimento da obra, acesso à pesquisas, bagagem daquele que interpreta, etc etc.
É exatamente isso, Paulo, e perceba que estes quesitos que você julgou serem necessários pra avaliar a beleza, na verdade são quesitos para se dizer se o avaliador é um expert no assunto... Conceito totalmente errôneo em se tratando de avaliar beleza! O cara pode, com estas qualificações, saber do grau de dificuldade que o artista teve para fazer a obra, quais recursos usou, há quantos séculos ela resiste ao tempo e tal, mas o gosto dele será sempre o gosto dele e o seu será o seu.As informações que irão pesar na avaliação do expert, além obviamente de seu gosto pessoal, NÃO são de cunho estético e sim histórico, técnico, etc.Concluindo: Se afirmas que o conceito de belo absoluto existe individualmente, na cabeça de cada pessoa, eu concordo, mas se esse belo absoluto é colocado de maneira geral, como um estágio a se atingir para percebê-lo eu discordo totalmente. Ou um estágio a se atingir para que todos percebam o belo absoluto... Isso é fantasia.
Realmente, penso que, o belo absoluto não pode estar no conceito de belo absoluto de ppaulo: "aquilo que dá prazer aos sentidos"?O belo absoluto, além de estar relacionado com a percepção (sentidos concretos), também está relacionado aos meus sentidos abstratos (sensibilidade). Uma poesia é bela não porque leio e entendo o que está escrito e sim, pelo que consigo captar nela o que me sensibiliza, sem necessariamente, dá prazer aos meus sentidos! Tem um poder diferente...Quanto a sensibilidade positiva e negativa, para mim, aí sim, depende do nível de consciência que, na minha análise, não se mede pela quantidade e sim, pela intensidade. Sensibilidade seria uma singularidade. Positivo e negativo serão graduações sucessivas que formarão os níveis da consciência sobre o belo. Este Nível estará sendo intensificado a partir do que se acolhe como positivo e negativo na relatividade do nosso tempo e espaço (cultura, História, artes, etc). Agora, os parâmetros para o que é positivo e negativo, para mim é uma questão de gosto, de interação, de consciência, ou seja, vai se formando a individualidade do ser com relação ao belo...Estou aprendendo a falar "grego"?
07/12/2010 às 23:37 #88447BrasilMembroCom certeza não. O que é absoluto é o conceito do belo como disse, é aquilo que agrada e é o mesmo para todos.
Mas isso não existe! Não há um conceito de beleza que agrade a todos em detrimento de outros tantos conceitos de beleza, então o conceito de beleza não pode ser absoluto, a menos que seja individualmente, aí sim, é “absoluto”, limitado a cada pessoa.
O que é belo, ou seja o que agrada cada um vai variar de pessoa para pessoa, época etc etc.
Sim, e “o que é belo” é indicado por um conceito pessoal abstrato: gosto.
Ou seja, um belo absoluto com certeza é utópico.
Eu diria que um belo absoluto é muito improvável. “Utópico”, na minha maneira de entender o significado da palavra, é algo considerado impossível, e de fato, impossível, mas que pode vir a ser possível, não havendo nenhum obstáculo lógico ou definitivo pra isso, apenas obstáculos subjetivos e contingentes.
08/12/2010 às 0:17 #88448BrasilMembroEstou aprendendo a falar "grego"?
Pode ter certeza que sim!!Mas do que deu pra “entender”, você resume muito bem com isto:
para mim é uma questão de gosto
É isso aí!
08/12/2010 às 3:09 #88449AcáciaMembroEstou aprendendo a falar "grego"?
Pode ter certeza que sim!!Mas do que deu pra “entender”, você resume muito bem com isto:
para mim é uma questão de gosto
É isso aí!
É isso mesmo! Você tem razão. Gosto não se explica...Au revoir!
08/12/2010 às 16:42 #88450BrasilMembroDe acordo com alguns estudiosos do assunto, as características físicas de Jesus seria algo mais ou menos assim:
Ou seja, nos aeroportos dos EUA ele não conseguiria embarcar nem num teco-teco. ;D
08/12/2010 às 17:22 #88451AcáciaMembroDe acordo com alguns estudiosos do assunto, as características físicas de Jesus seria algo mais ou menos assim:
Ou seja, nos aeroportos dos EUA ele não conseguiria embarcar nem num teco-teco. ;D
Há vida em abundância sob as aparências... Talvez os EUA neste exemplo, estejam se acostumando com a "beleza" do "Avatar". Este sim, talvez não precisasse apresentar sequer, o passaporte. Assim sim: Questão de gosto, não se discute! Flores de plástico, não geram prazer, mas agradam...Ah! como agradam... BIp BIp BIP :bomb_mini:E mais: Sendo Yeshua filho de Deus, Ele, na época, já era Espírito. O que foi crucificado foi apenas sua imagem... captou?No tempo que se chama hoje, Jesus Cristo ainda está a converter muitos corações...Mas Brasil, páre com as provocações... com Jesus Cristo não se deve brincar!
09/12/2010 às 2:44 #88452BrasilMembropáre com as provocações... com Jesus Cristo não se deve brincar!
Mas eu não estou brincado, minha cara! As pessoas constroem os seus “belos” de acordo com o que acham bonito... “A verdade pouco importa”... A verdade, quando não é conveniente, é concebida como uma provocação ou um insulto... Lamentável...
09/12/2010 às 13:46 #88453AcáciaMembropáre com as provocações... com Jesus Cristo não se deve brincar!
Mas eu não estou brincado, minha cara! As pessoas constroem os seus “belos” de acordo com o que acham bonito... “A verdade pouco importa”... A verdade, quando não é conveniente, é concebida como uma provocação ou um insulto... Lamentável...
Brasil, havia eu postado uma outra resposta.Voltei para modificar meu "post" pois passo mal quando leio como verdades minhas aquilo que não é. Deus me livre! 8)
11/12/2010 às 11:33 #88454AristotelesMembroO conceito de belo não pode ser absoluto, o belo é uma idéia, uma abstração, por tanto, para ser utilizada como conceito deve ser definida. Como toda idéia é subjetiva o belo também é subjetivo e por tanto cada pessoa tem seu próprio conceito de beleza.
11/12/2010 às 14:14 #88455AcáciaMembroO conceito de belo não pode ser absoluto, o belo é uma idéia, uma abstração, por tanto, para ser utilizada como conceito deve ser definida. Como toda idéia é subjetiva o belo também é subjetivo e por tanto cada pessoa tem seu próprio conceito de beleza.
:rose_mini: :heart_mini:O Belo é o que o homem consegue captar através dos seus sentidos. Portanto, o belo é sim, uma abstração.
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