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07/08/2004 às 0:46 #70156Miguel (admin)Mestre
{Deus existe na cabeça dos outros somos nos vitimas de assim que nascemos colocaram a benção em nossas cabeças Deus na verdade é uma alienação que a sociedade coloca em sua cabeça quem achar o contrario meprove por que???}}
07/08/2004 às 1:14 #78641Miguel (admin)MestrePara sermos exactos nessa resposta teríamos de recorrer a ciência, mais propriamente à psicologia. Se pudéssemos criar uma criança desde o seu nascimento, fechada dentro de um mundo, criado precisamente só para ela. E se ela nesse mundo evoluísse de forma que pudesse conviver com a ideia de não haver Deus! Talvez essa fosse uma prova, uma prova feita a custa da vida de um Ser. Mas poderiam surgir constantes que fizessem alterar todo o caminho para a existência de algo mais do que aquilo que via, sentia. Talvez a ausência do sentimento de morte, pois como saberia da morte, se somente ela, como ser existia naquele mundo privado. Talvez nem evoluísse o pensamento. Talvez, talvez, talvez…
Muitas incertezas surgem quando se trata de provar que existe Deus. Talvez seja a pergunta mais imbecíl que façamos, queiramos provar a existência de fadas, anjos, deus. Como se poderá provar a existência de algo que perante os sentidos, não existe. E se o problema é os sentidos, como provar que além da percepção dos nossos cinco sentidos, um sexto ganha faculdades! A ciência caminha nesse sentido e talvez o esforço dela não seja provar a não existência de Deus, tal como todos os ateus gostam de acreditar. Talvez seja precisamente o contrário, talvez a ciência se una ao Gnosticismo para provar que todas as crenças têm razão e algo mais existe, além do que podemos perguntar, ouvir, sentir.
08/08/2004 às 22:52 #78642Miguel (admin)MestreCaro Loth
Antes de esperarmos que a ciência prove a existência de Deus, temos a experiência do divino pelo homem através da história que não pode ser desprezada.
A psicologia tem dado importantes contribuições no estudo dessas experiências – veja-se as contribuições de Jung. A antropólogia vem investigando também em profundidade: veja-se os trabalhos de Mircea Eliade, Joseph Campbell, entre outros.
Concordo plenamente quando você diz: “A ciência caminha nesse sentido e talvez o esforço dela não seja provar a não existência de Deus, tal como todos os ateus gostam de acreditar. Talvez seja precisamente o contrário, talvez a ciência se una ao Gnosticismo para provar que todas as crenças têm razão e algo mais existe, além do que podemos perguntar, ouvir, sentir.”
Gostaria de lhe dizer que a ciência já vem acumulando pesquisas nesse sentido há muito tempo – como indiquei acima. A contribuição mais recente, ao que saiba, é a terapia das vidas passadas (TVP). Você já ouvir falar? Através de estudos criteriosos, psicólocos e psiquiatras têm verificado a existência do plano espiritual e o fato das reencarnações. E elaborado importantes estudos, chegando a importantes conclusões.
É verdade: o plano espiritual a princípio não guarda nenhuma semelhança com tudo que foi dito pelas religiões institucionalizadas. Ou para ser mais exato: as religiões institucionazadas revelam um emaranhado de fantasias e mitos, de conformidade com a evolução do homem naquele momento. E o problema dessas religiões é a utilização dessa massa de conhecimentos para manipulação dos fiéis para, assim, manterem-se sólidas no plano material.
É isso que vem sendo demonstrado pelas pesquisas realizadas e conhecimentos acumulados. Apesar de todo acréscimo que se faça, através das cristalizações ideológicas nas religiões institucionalizadas, estudiosos independentes (v.g. Jung, Eliade, Campbell) têm demonstrado a existência do plano espiritual, havendo permanente intercâmbio entre esse plano e o material, entre o visível e o invisível, entre a ordem explícita e a ordem implícita, como diz a física quântica, numa de suas formulações.
Como dizia Shakespeare: “Há mais mistérios entre o céu e a terra, do que imagina nossa vã filosofia.”
16/08/2004 às 0:53 #78643Miguel (admin)MestreSaudações,
Caro António, acrescento ao seu Shakespeare a frase do “caminho” de alguns errantes, que tal como nós deambulam de olhos fechados, eles por uma fé cega e nós por uma teimosia tremenda em cair em todas as fendas que se deparam a nossos pés: «Não tenhas medo da verdade, mesmo que essa verdade possa significar a tua morte.»
Não creio que os feitos históricos sejam desprezados, até pelo contrário, são muitas vezes recordados em prol de um melhor prisma a dar a um inicial éxordio. Quantas são as vezes que lemos relatos desses que não crêem em nada, a soletrar historias e relatos documentados, de fogueiras, rios, vento e de terra em que a quinta essência é sempre preconizada por uma pobre alma acusada de bruxaria ou de calunio com a outra face de Deus, o Diabo! Muitas são as vezes e as formas de o fazer e que não as irei por aqui relatar.
Será muito estranha essa forma de mostrar o Diabo? Não penso que seja, pois se Cristão a pessoa afirma ser, teremos de lhe plantar os chifres na lembrança, tão perto de ajna, mas de quais as interpretações serão diferentes e se for pagão o crente, não se amedrontará de ver personificado o consorte da Deusa.
A história dita que muitas foram as torturas feitas em nome de Deus, que muitos morreram e sofreram em virtude de um credo. Mas além de Messias e profetas, mais algum mortal viu esse tão poderoso Deus a proferir as suas sentenças? Ou, não terão sido homens cegos e sedentos por poder a proferir pela sua boca as diatribes Divinas! Será então que se pode culpabilizar o réu se ele nem estava presente no local do crime! Mesmo que ele nem tenha álibi, não será ele inocente do mal praticado em causa de seu bom nome!
Não me espanto em relembrar a possibilidade TVP, Já antes um filósofo do qual deve de ter ouvido falar, já ele mencionava a reminiscência ou a anamnse. Mas como poderá se documentar algo que suscita tantas dúvidas!
Como dizia Shakespeare: “Não existe escuridão, mas ignorância.”
Pax
17/08/2004 às 18:21 #78644Miguel (admin)MestreCaro Loth
“Não existe escuridão, mas ignorância”. É isso mesmo: tateamos no escuro por nossa própria ignorãncia! Exigimos provas de algo que já conhecemos! Escondemo-nos do que é mais óbvio porque não é necessário demonstrar…
Você diz: “A história dita que muitas foram as torturas feitas em nome de Deus, que muitos morreram e sofreram em virtude de um credo.” Concordo: a fé cega é a fonte de todo fanatismo. De ambos os lados: daqueles que torturam e daqueles que são torturados. A única fé que deve prevalecer é aquela que sobrevive ao crivo da razão. A fé cega é aquela que diz: “Credo quia absurdum est”. É essa que se organiza no poder temporal das Igrejas e fanatismos religiosos.
Voltaire dizia: “Se Deus não existisse, teríamos que inventar.” Dostoiévski: “Se não existe Deus, tudo é possível.” Entre um e outro, trafega nossa ignorância.
Mas uma coisa é certa, meu amigo: quando olhamos para fora de nós mesmos ou para nosso interior, não conseguimos ver o nada – pois o nada não existe… O próximo passo é admitir a existência de Deus, nem que seja como Pascal.
20/08/2004 às 0:52 #78645Miguel (admin)MestreSaudações,
O facto que é verdade, é que perante os dois caminhos a escolher no acreditar ou não acreditar, sempre por um temos que optar. Não se pode pôr de lado aqueles que acreditam que não existe Deus! Esses fazem parte dos que escolheram o caminho da crença e que caminham de costas voltadas e que por negarem a Luz para onde caminham de costas, não deixam de observar a sombra deles mesmos reflexo dessa Luz.
Tal como Pascoal, prefiro remeter-me à dúvida na existência de um Logos, Deus, Hiram Abiff, Allah, Yeova e todos os nomes que a ele atribuem. Talvez por isso, caminho no trilho do “não acreditar” e atenção que não profiro “não acreditar” tal como descrença. A propósito desta frase, Pascal, diria: “Aquele que duvida e não investiga torna-se não só infeliz mas também injusto.” A bem vivo com esta minha infelicidade pré destinada, Talvez sempre com a boa sensação de através da ditosa infelicidade, ter a noção de felicidade (Philos). Talvez a vida me preencha de infelicidade, por ter a duvida e nela buscar conhecimento, conhecimento que duvido que seja alcançável e no final de tudo, sempre será mais agradável ver a jogada final como um straight flush no tampo da mesa de Horus e nesse momento poder me satisfazer com uma ágape, sempre muito mais duradoira, que uma mera felicidade finita, neste campo, neste inferno que os homens brincam de Deuses.
Como Deus existiria se o Homem não o tivesse criado, pois primeiro, o homem viveu na escuridão e depois, como que se procurasse uma justificação para existir ele inventou no seu demonstrado engenho, um Deus feito a sua forma e medida. Mas nessa sua criação, ela revelou-se mais sábia que ele, mais potente, poderosa como nenhum outro Ente e dessa forma o Homem se perdeu e se deitou no chão, procurando compreender, porque esse imenso Ser solicitou a sua própria existência. E desse modo o Homem tem vivido na procura para essa criação, para a compreensão desse Ente e tem sido sempre esse o objectivo desse Homem que criou o seu criador. Agora a parte final, acho que se encontra na resposta de François Chateaubriand e se a resposta for encontrada, então teremos o verdadeiro Deus que os “crentes em não acreditar Deus” tanto ambicionam.
Pax
25/08/2004 às 14:00 #78646ateu1974MembroDeus não pode ser provado simplesmente pelo fato de que ele não existe.
Não passa de uma mera hipótese.
Toda e qualquer suposta prova que é apresentada é baseada em aspectos totalmente subjetivos, ou seja, apenas os enxerga como prova aqueles que possuem um item chamado fé.
Esta fé é inimiga do conhecimento.
Através dela os teístas percebem verdades que não existem. Verdades infundadas que não passam de meros placebos.Saudações.
02/09/2004 às 12:09 #78647Miguel (admin)MestreSaudações a todos, estou impressionado com o rumo deste discurso, é realmente impressionante que muitas pessoas tenham a noção de que religião e deus são palavras um tanto distantes, na verdade a religião foi uma forma do homem expressar o sentimento de algo divino em si, mas essa expressão é errônea, pois se podemos sentir deus não podemos transmitir esta sensação, quando tentamos expor nosso universo para universos diferentes perdemos nossa pureza, pois a realidade, não só a divina, é subjetiva e pertence somente a nossa concepção. Porém é um discurso positivo, pois mesmo que nós não consigamos provar a existência divina, estaremos a frente de algo mais sólido.
08/09/2004 às 20:13 #78648Miguel (admin)MestreOlá a todos!
Sabemos que o Homem está em constante evolução, logo o nosso conhecimento não é final, logo incompleto. Com isto, é possivel ainda não possamos comprovar a origem da existência.
Se existe uma entidade de origem, de causa, qual a causa dessa causa? Se assim é, então não é causa, é efeito. Se a origem é um efeito, então a causa da origem é a própria origem.
Essa origem é alguma forma de consciência? É alguma forma de inteligencia?
Se não fosse, tudo o que provem da origem também não o era, a não ser que sofresse uma evolução de estados. Mas como evolução requer subida de estados, significa que requer alguma forma de inteligência. Assim, a origem é uma forma de inteligência.há quem diga que Deus é a origem, é a perfeição, inteligencia suprema… etc, (Pietro Ubaldi)
Eu concordo com esta ideiaEu acredito em Deus e como o conhecimento humano é incompleto ainda não se pode provar a existência de Deus
Por isso simplesmente acredito :p
Paz e Amor!
10/09/2004 às 6:24 #78649Miguel (admin)MestreComo é bom filosofar numa cama quentinha, com a barriguinha cheia, né ? Será que é graças a Deus ? Cadê o deus dos milhões de africanos morrendo de AIDS e tuberculose, de inanição, mutilados, ainda bebês ? Alguns espiritualistas vão falar de Karma, claro, uma bela sacada para explicar a tragédia humana deles; ou então, vão falar do Livre Arbítrio deles para mudar sua situação, justificando a impotência do deus onipotente, porque estamos acostumados com a gama de oportunidades que temos em nossas vidas em nosso rico país. Tentemos pregar a existência do deus cristão, justo, misericordioso e amoroso (piada né ?) para os nossos irmãos africanos. Será fácil para nós ? Parecerá lógico para eles ? É lógico para nós que eles paguem por nossos pecados, mas, vivamos no lugar deles, de verdade, sem hipóteses e hipocrisias. Usar Indução Matemática, Estatística ou Física não prova a existência de um ou mais deuses. Ainda que se prove a existência do Espírito, não implicará na existência compulsória de deuses. Se quisermos chamar a força criadora e organizadora do Universo de Deus, podemos fazê-lo, assim como chamo meus cães de Lúcifer e Satã, e o cocô deles de Jeová e Alah.
10/09/2004 às 12:53 #78650Miguel (admin)MestreÉ Brigitte, parece ou que se existe deus ele é indiferente a nós ou ele realmente não existe e é uma invenção humana para transferir os problemas e ter um ponto de apoio, o homem dá tanta ênfase ao aspecto divino que se esquece da sua própria força, que é também a força da natureza (que não lembra do super-homem nietzschiano?). Nós realmente não sabemos o patamar que podemos alcançar com a nossa força, composta por razão, sentimento(positivos e negativos) e sentidos, não é de hoje que muitos pensadores vêem a fé como algo que empobrece a humanidade e lhe tira as forças, forças estas que são ocupadas pelos dogmas errôneos e postulados perante a vida humana. Se me permite uma crítica Brigitte, esse negócio de Lúcifer me soa também muito ignorante o que ele representa? o mal? se for o mal então já não é mais mal pois o mal(dor) é positivo pois é através dele que sentimos a vida, parecendo ele ser o oposto de algo positivo que na verdade é o neutro, com respeito você realmente leva a sério esse negócio de satã?
11/09/2004 às 13:17 #78651Miguel (admin)Mestrenem satanismo o bicho estuda…se embanana nas palavras pq está se oferecendo uma chance de enxergar suas contradições, cego q não enxerga o q ele mesmo quer lhe mostrar…quando a mente está em desvio e não consegue enviar boas mensagens ao corpo, esta mesmo trata de imprimir no corpo um pedido de ajuda, parece ser assim mais visível o desequilíbrio, não vejo muito diferente com as palavras
11/09/2004 às 13:23 #78652Miguel (admin)Mestreler os prórprios posts é tentar enxergar os defeitos tb ó brigitte, fica mais fácil e menos abstrato do q trabalhar só na cachola, se vc não enxergar o quanto eram infantis como qualquer um dos q passam por aqui enxergam seus próprios posts é pq o negócio está sério, seria admitir q está direto com o freio de mão acionado…abraços
11/09/2004 às 20:45 #78653Miguel (admin)MestreCaro Realista (será ?)
Se precisar de explicações pode me pedir. Tentarei ser mais claro para você. Tenho muita paciência com aqueles que tem limitações para compreender as coisas óbvias. Dizer que embanano aquilo que você não teve capacidade de entender não é justo. Desapegue-se de seu deuzinho judaico-cristão que talvez você entenda melhor as coisas reais. … Agora me dirigindo ao outro irmão, se me permite considera-lo irmão planetário, gostaria de esclarecer que os conceitos de Lúcifer e Satã que concebo são diferentes dos cristãos bitolados e deturpadores do sentido das coisas, e portanto não têm relação com o Mal, se é que existe um mal. Além de me interessar por metafísica, de leve, também me interesso por misticismo, ocultismo, antropologia, psicologia, mitologia e história. Lendas por lendas, prefiro as minhas. Quem quiser que fique agarrado a Bíblia. Abraços
12/09/2004 às 2:46 #78654Miguel (admin)Mestrese interessa, embora não tenha pego, me parece, o mínimo de método q os estudiosos desses temas passam, veja Isidore Kozminsky, no livro
“números, magia e mistério” diz o seguinte:“o verdadeiro estudioso do
ocultismo não pode ser incluído nas fileiras dos críticos da bíblia, o livro
para ele é uma biblioteca de excelências e um tesouro de verdadeiro conhecimento”.o q vc tem a dizer? o estudo dá respeito ou desprezo ao homem?
abraços -
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