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15/12/2011 às 13:22 #88598brunopiMembro
Por que nós precisamos de explicações. Por exemplo, “fulano me puxou o tapete”. Então temos várias explicações: “pq ele é mau”; “porque era meu karma suportar isso”; “porque eu fui bobo”, “porque estou sendo injustiçado”. Enquanto o “ofendido” pensa assim, ele vive várias situações: pode vingar-se, mas como acredita na “justiça de Deus”, logo passa a ter um sentimento de culpa, já que, era o karma dele passar por isso, porque na outra reencarnação ele fez o mal para essa pessoa, e agora, sofre a lei de causa e efeito.
Quem precisa de explicações?Penso que concordamos que não há qualquer verdade nessas afirmações (“pq ele é mau”, “pq era meu karma suportar isso”, etc.). Seria um truque linguístico.É frequente esse entendimento segundo o qual o karma seria quase como uma ferramenta do destino, ou mesmo o próprio destino! A palavra karma quer dizer, como sabemos, ação. Claro, não é qualquer ação – e sim aquela atrelada ao ego, aquela que nos conduz ao Ciclo dos Renascimentos.
Como tudo é ilusão (isto é um a priori? ) - veja-se como construímos o raciocínio -, esse que me puxa o tapete, não é o autor de suas ações. As ações não podem vir do nada não é mesmo?
Não, nem tudo é ilusão. Só a ilusão é ilusão.Eu só não lhe digo que as ações vêm sim do Nada porque as ações não vêm nem vão. Mas é propriamente “no Nada” que elas se dão, no Vazio potencial em que se dá tudo o que se dá. Chamemos Isso de Corpo de Deus, Éter, Prakriti, Binah, Espaço Eterno, etc. O Absoluto não é propriamente o agente das ações do mundo. Sua ação é não-ação. No fundo, não há movimento; no fundo, não há ação alguma.
Aqui entra Allan Kardec, na questão 266 de O Livro dos Espíritos: "Não parece natural que os Espíritos escolham as provas menos penosas?" A resposta é que "Para vós (o ser humano) sim, para o Espírito não; quando ele está liberto da matéria (esse liberto significa = despido das ilusões, e não somente morto), a ilusão cessa, e o seu modo de pensar é diferente". Bom, então significa que, enquanto estávamos pensando como Espíritos, escolhemos ter como prova que, em um determinado ponto da existência material, fulano de tal iria nos puxar o tapete. A prova, é solicitada a Deus pelo Espírito, e, segundo Allan Kardec - na questão 258 - é o próprio Espírito que escolhe - e se escolhe, tem o livre-arbítrio - o gênero de provas pelas quais irá passar. A Deus, cabe prover ao Espírito os meios pelos quais, seja possível ele se submeter à prova. Ora, então quem está puxando o tapete, não é fulano, sicrano ou beltrano, mas estes últimos são apenas os meios providos por Deus, para que se cumprisse a prova do Espírito. Então, ainda que alguém estejam me fazendo o mal, é por vontade de Deus, porque, esse alguém que faz o mal, não é outra coisa senão aqueles meios providos por Deus para que haja o cumprimento ou não da prova. É nesse sentido que, o "mal" é uma "ação" de Deus. Não ação enquanto "movimento", enquanto causa e efeito, mas "ação" enquanto providência de Deus. Está claro até aqui?
É isso? Espíritos demandam de Deus provas de acordo com sua vontade individual, e a Deus cabe prover os meios para que esses Espíritos se submetam a elas? Não sei se entendi bem, mas me parece que o que foi dito é que todas as interações entre os seres, todos os eventos, todas as bênçãos e inundações e desvios ocorreriam em função dessas provas às quais os Espíritos se submetem, conscientemente, numa manifestação da própria Vontade de Deus. É isso?
[...] os Espíritos, são emanaçãoes de Deus. Mas se nós cairmos num panteísmo absoluto, entra a problemática questão da perda da individualidade que é negada sistematicamente pelos espíritas. Sim, dizer que o mundo real comporta "Deus e os Espíritos", realmente sugere a existência de dois seres, talvez distintos. Contudo, se dissermos que os Espíritos são o próprio Deus, em que, uma vez desencarnados o seu princípio espiritual retorna a Deus, se confundindo na massa de PIs (Princípios Inteligentes), fica estranho para nós entendermos pq temos essa individualidade que pensa de modo dual. A questão complica aqui, e o que eu tinha sugerido anteriormente - não foi aqui, foi num email que mandei para várias pessoas - é que, a individualidade que perdemos enquanto Espíritos, é a percepção dual. Entretanto, não creio que, mesmo que um dia viermos a suprimir a dualidade e enxergar apenas a Unidade, venhamos a perder a nossa individualidade, enquanto "unos com o Pai". Ou será que a perderemos? É uma boa questão...
Você acha a perda da individualidade uma questão problemática? Em que aspecto?Não sei exatamente o que você entende por “suprimir a dualidade”, Monstrinho, mas o que vejo nos discursos dos jivanmukta (que julgo terem alguma propriedade na questão da não dualidade) é que realizar a Unidade implica ver o verdadeiro como verdadeiro e o falso como falso, implica perceber que toda individualidade é perpectivística e essencialmente irreal. A meditação oferece um lampejo disso, como você já deve ter experimentado. Já ouviu dizer que o Um não é um número?
1- Princípio de Causalidade, predominante no pensamento ocidental. Causa e efeito => princípios da Física Clássica.2- Princípio de Simultaneidade, predominante no pensamento oriental, mas que, na Física Moderna, se torna presente, quando se observa - e vc discutiu bastante essa questão aqui neste tópico, pq eu li - que partículas observadas são onipresentes, derrubando aí, os pressupostos da relação causa e efeito, de que, nos moldes tomistas, para todo efeito deve haver uma causa.
Temporalmente, é claro que todo efeito tem uma causa. Mas isso só se aplica no âmbito da memória, do Samsara, etc. Na verdade, eu não entendo que as partículas observadas sejam onipresentes, e sim que elas se comportam de modo determinado, em virtude da participação determinante do observador. A “matéria” (rupa) se comporta de maneira distinta caso haja um observador. É possível enxergar relação de causa e efeito em praticamente todo fenômeno, inclusive no papel da consciência do observador, o que não quer dizer que tal relação seja real.
Para nós aqui, seria proveitoso aprender com vocês, que lêem, falam e escrevem em vários idiomas (o Cláudio mesmo estava no Egito esses dias. To morrendo de inveja!)
Leio, escrevo e falo em apenas sete idiomas. Não são muitos. O coopta, por exemplo, não está entre eles.
Meu mundo era totalmente bíblico. Para mim , Deus havia criado o mundo em 7 dias e feito o homem do barro, ...
O que você toma por ‘mundo bíblico’ parece-me apenas o desconhecimento da linguagem simbólica dos livros que compõem a Bíblia. Se você está compreendendo o mundo sob outro ângulo é possível que esteja pronta para subir mais alguns degraus. Sempre sugiro o estudo da Árvore da Vida judaica, porque é um esquema simples para ensinamentos profundos e que estão na base de muitas tradições esotéricas. Por exemplo, compreenderá melhor o sentido do número 7, se procurar estudá-la (7 cores do arco-íris, 7 dias da semana, 7 chakras, 7 véus, 7 notas musicais, 7 selos, 7 raios, 7 pecados ou defeitos, etc.).
"Graças a Deus e com Jesus, não perdi a minha fé". Será? A Fé é a coisa mais difícil de se obter.A Fé consiste na fortaleza que temos de construir para não nos abalarmos perante as ilusões.
Como questionar a fé de outra pessoa? Não entendo fé como uma fortaleza construída contra as ilusões, mas como a clareza de quem sente a Verdade pulsando no coração, independente de conhecimento, discernimento, estudo ou necessidade.
Acho que, procurar saber mais sobre Islamismo, Espiritismo, Cristianismo, Protestantismo e outros ismos, talvez seja apenas criar uma nova verdade, para substituir aquelas que se nos afiguram ultrapassadas e obsoletas.
Concordo. Esses ‘ismos’ servem apenas para classificar, para marcar diferenças e semelhanças conceituais. Foi por essa razão que me disse disposto a discutir os pontos em comum entre essas doutrinas aparentemente tão distintas.
Não está sobrando. Mas, para caminhar, é preciso rejeitar as nossas verdades que cultuamos com apego e fervor...
Perfeita colocação. Sem mais a acrescentar.E a verdadeira Oração é aquele que não se percebe estar Orando.
15/12/2011 às 22:06 #88599MonstrinhoMembroQuem precisa de explicações?Penso que concordamos que não há qualquer verdade nessas afirmações (“pq ele é mau”, “pq era meu karma suportar isso”, etc.). Seria um truque linguístico.É frequente esse entendimento segundo o qual o karma seria quase como uma ferramenta do destino, ou mesmo o próprio destino! A palavra karma quer dizer, como sabemos, ação. Claro, não é qualquer ação – e sim aquela atrelada ao ego, aquela que nos conduz ao Ciclo dos Renascimentos.
Via de regra, aqueles que sofrem, ou imaginam sofrer. Repare, que na grande maioria dos casos, o objetivo das religiões organizadas é justamente oferecer explicações sobre a questão da existência do mal no mundo. O que eu quis fazer então, foi uma espécie de provocação: a Advaita Vedanta, o Zen, também não são formas de explicar, no caso, que o mal - assim como o bem - não existem? Mas ainda que sejam uma explicação, se ela funciona, se ela faz suprimir medos e angústias, ódios e vinganças, então ela já é uma "explicação melhor". O problema é sempre aquele: todos explicam, todas as religiões têm explicações para a origem do mal e a suposta cura para o mesmo. O que nenhuma delas faz - sem exceção de nenhuma sequer - é dizer o how do it, o "como se faz"?
Não, nem tudo é ilusão. Só a ilusão é ilusão.Eu só não lhe digo que as ações vêm sim do Nada porque as ações não vêm nem vão. Mas é propriamente “no Nada” que elas se dão, no Vazio potencial em que se dá tudo o que se dá. Chamemos Isso de Corpo de Deus, Éter, Prakriti, Binah, Espaço Eterno, etc. O Absoluto não é propriamente o agente das ações do mundo. Sua ação é não-ação. No fundo, não há movimento; no fundo, não há ação alguma.
O que entendo por "ilusão" é são essas explicações, essas representações simbólicas e sociais que o ser humano faz em torno do mundo que o cerca e em torno de si mesmo e das suas relações pessoais/sociais, que são antes de tudo, explicações criadas, são a prioris baseados na própria lógica da razão humana. Esta última é baseada em tradições, costumes, condicionamentos etc. Se não há ação alguma no universo, o que acontece com os seres humanos então? Como se explica o Karma? Como se explica a Roda de renascimentos e mortes?
É isso? Espíritos demandam de Deus provas de acordo com sua vontade individual, e a Deus cabe prover os meios para que esses Espíritos se submetam a elas? Não sei se entendi bem, mas me parece que o que foi dito é que todas as interações entre os seres, todos os eventos, todas as bênçãos e inundações e desvios ocorreriam em função dessas provas às quais os Espíritos se submetem, conscientemente, numa manifestação da própria Vontade de Deus. É isso?
Aqui cabe perguntar: o que o Espírito, ou Atman "está" "fazendo" no mundo? Por que ele está neste e não em outro mundo? - uma vez que, há bilhões de mundos habitáveis, como comprova hoje, a ciência. Allan Kardec utilizou uma linguagem cabível no seu tempo: o termo evolução cunhado por Charles Darwin, logo foi deturpado e recriado com um novo significado: evoluir significa progredir, melhorar, depurar-se, caminhar adiante, ser melhor hoje do ontem e amanhã melhor do que hoje. Esse termo foi amplamente utilizado pela mentalidade capitalista-industrial, pelo Liberalismo econômico no século XIX. Na tradição oriental - Zen, Advaita-vedanta, etc - o Ser está no mundo em busca de auto-compreensão de si mesmo. Mas os Espíritos usaram uma linguagem que poderia ser assimilada à época. Assim, os Espíritos estão "evoluindo". A reencarnação tem como objetivo a evolução do Espírito. Acontece que, no Movimento Espírita, essa idéia foi assimilada assim: se o grande mal é o egoísmo - como aponta Allan Kardec - então temos que esquecer de nós mesmos e auxiliar o próximo a partir de obras de benemerência social. Fazendo isto, a cada reencarnação vamos melhorando. De um mundo de Provas e Expiações, passamos para um mundo de Regeneração; deste, para um Mundo Feliz, e finalmente, para um mundo perfeito, que é o Mundo Espiritual - repare que aqui, o Espírito saiu do Universo material e "foi" para o Mundo Espiritual, o único real, segundo Allan Kardec - onde vivem os Espíritos ao lado de Deus. Estes vêem a Deus e o compreendem. Mas há outro tipo de deturpação pelo Movimento Espírita: se eu estou no mundo sofrendo, é porque na reencarnação anterior, eu fui mal, então, colho aquilo que plantei. De outro modo, se estou feliz aqui na Terra - tudo vai bem na família, nos relacionamentos, nos negócios - é porque eu fui bonzinho na reencarnação anterior, e, esta "felicidade", é resultado da minha boa semeadura. A maioria dos espíritas pensa assim, e isto não está de acordo com o preconiza Allan Kardec em O Livro dos Espíritos, a principal obra que contém os Fundamentos da Doutrina Espírita. Segundo esta última, todas as posições sociais, estados de felicidade ou infelicidade, são provas por que passa o Espírito, e essas provas, são escolhidas pelos próprios Espíritos, "que freqüentemente sucumbem", acrescenta Allan Kardec. Na primeira questão de O Livro dos Espíritos é respondido que "Deus é a inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas". Ora, se Ele é a causa primeira de todas as coisas, todas as ações do ser humano não podem ser senão, ações de Deus. O Espírito não está praticando nenhuma ação. Aqui você tem razão: não há ação nenhuma...Os Espíritos que ditam as questões de O Livro dos Espíritos, falam em uma linguagem destinada a católicos, que se tornariam espíritas no final do século XIX e daí em diante. Restringem-se a dizer, que o corpo é uma veste, um disfarce, uma roupa, mas não é o próprio Espírito. Repare, que eles não dizem que o ego, a mente e o perispírito - Corpo Astral na filosofia Vedanta - também são invólucros do Espírito, pois a mentalidade religiosa ocidental, não tem condições de compreender tal concepção. A prova disso é que, no Fórum Espírita, que é o maior fórum espírita do mundo, há 3 ou 4 espiritualistas tentando apontar os equívocos de interpretação dos espíritas acerca de O Livro dos Espíritos, mas sem contudo, lograr êxito nesse tentâme. Tudo são provas. As provas consistem - mas aí é que tá, isso não é dito claramente no Livro dos Espíritos - em ou Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo, ou amar a si próprio, ou seja, acreditar que nós somos os artíficies do nosso destino enquanto seres humanos, e a maioria acredita nesta última. No Livro dos Espíritos é dito que é preciso "suportar as provas sem reclamar", de outro modo, o Espírito perde a prova, fracassa, sucumbe. O que seria esse "suportar sem reclamar"? Por que o fato de reclamar, queixar-se das dores e infortúnios faz o Espírito sucumbir? A Doutrina Espírita também não responde isso, mas nós sabemos a resposta, que é porque, se o Espírito passou a vida inteira reclamando, é porque não compreendeu que aquelas dores não eram senão como objetivo para ele compreender que ele não é o personagem; que, aqueles acontecimentos provêm de Deus, e que, cabe ao Espírito aceitar resignadamente, pois assim, ele tem a chance de ir se desapegando das coisas, pessoas e idéias mundanas. È dito em O Livro dos Espíritos que a riqueza é uma prova mais perigosa do que a pobreza. Mas também não se explica o porquê. É dito apenas que, a prova da riqueza suscita todos os apetites da sensualidade, do egoísmo e do orgulho. Como é mais difícil? Sabemos que o rico, acredita amiúde em que é rico, poderoso, que é superior aos outros, assim como o intelectual que é apegado às suas verdades e se acredita superior aos demais em inteligência. Contudo, diz - veladamente - o Livro dos Espíritos: em ambos os casos, o que existe são Espíritos passando por provas. E, é o próprio Espírito que escolhe a prova. Qual é o objetivo de todas as provas: provar que é capaz de amar incondicionalmente = não acreditar no dualismo. Não acreditar que existem brancos e pretos, feio e bonito, grande e pequeno, bom e mau, etc. É pairar acima das ilusões. Máscaras de Deus: quando nascemos, a sociedade nos dá um ego, que é para que não nos tornemos um problema para ela. o Espírito que é um bom ator, é aquele que sabe que ele não é o personagem, e o mau ator, é aquele que acredita que é o personagem. Repare, a coisa está posta com outras palavras em O Livro dos Espíritos. E perguntamos: pq já não se disse logo "a verdade", como encontramos em Nisargadatta, no Zen, em Krishnamurti? Porque não é fácil. A mentalidade dualista, provinda do catolicismo está arraigada, e por outro lado, o ser humano se compraz com as alegrias e prazeres deste mundo. Não sei se fui claro ou se complicou mais. Quando dizemos "a Deus cabe prover os meios para que o Espírito cumpra a prova", devemos ser hábeis em interpretar tal assertiva. Obviamente que não existe lá no mundo espiritual nenhum Deus em pessoa, em que conversamos com ele pessoalmente. Mas, como Deus é a causa primeira de todas as coisas, há outros Espíritos mais instruídos - do ponto de vista espiritual - que orientam os outros Espíritos a escolhem suas provas, e são estes, e também os Espíritos Inferiores - e tudo mais - que proverão os meios para que o Espíritos possa se submeter à prova. "Deus é fiel" nesse ponto: se um Espírito pede um prova de ser, intelectual, haverá Espíritos que proverão todos os meios para que o Espírito se torne um intelectual. Ele já nascerá numa família, num meio onde poderá desenvolver a sua inteligência. Durante sua vida inteira, esses meios serão providos, daí a gente observar, no nosso mundo, que para uns tudo dá certo, e para outros, por mais esforçados que sejam nisto ou naquilo, nada dá certo. Assim é que, se alguém quer se tornar um grande músico, mas não está dentro do seu cronograma de provas, ele não terá nenhum auxílio dos Espíritos Superiores, e além disso, os Espíritos inferiores farão de tudo para que não dê certo.
Você acha a perda da individualidade uma questão problemática? Em que aspecto?
Não acho nada. Os espíritas é que rejeitam todas as doutrinas espiritualistas orientais por verem nelas, formas de panteísmo. Não acho problemático, contudo, é difícil de imaginarmo-nos sem individualidade. Por que a diferença do homem para um animal, é que o homem, a partir dos 3 anos de idade, sabe que é um eu. "O eu é uma ilusão". Dizer isso é fácil, já experimentá-lo são outros quinhentos...
O que você toma por ‘mundo bíblico’ parece-me apenas o desconhecimento da linguagem simbólica dos livros que compõem a Bíblia. Se você está compreendendo o mundo sob outro ângulo é possível que esteja pronta para subir mais alguns degraus. Sempre sugiro o estudo da Árvore da Vida judaica, porque é um esquema simples para ensinamentos profundos e que estão na base de muitas tradições esotéricas. Por exemplo, compreenderá melhor o sentido do número 7, se procurar estudá-la (7 cores do arco-íris, 7 dias da semana, 7 chakras, 7 véus, 7 notas musicais, 7 selos, 7 raios, 7 pecados ou defeitos, etc.).
Cuidado aí meu amigo, com essa simbologia dos "7 números", porque as notas musicais são 13 e não sete; os planetas em torno do Sol são 12 e não sete; os "pecados" capitais são uma classificação obsoleta, e os 7 dias da semana são uma convenção humana ;).
16/12/2011 às 1:08 #88600SuzanaMembroNão está sobrando. Mas, para caminhar, é preciso rejeitar as nossas verdades que cultuamos com apego e fervor…
Se é assim, realmente teríamos que por um fim no ego...Mas não sou a favor disso. Sou a favor de que o ego seja a ponte de ligação não mais entre o bem e o mal e sim,entre o mundo do Nosso Deus Antropomórfico e o Deus que perde as Suas características visivelmente imateriais de particularidade para assumir Sua característica material porém invisível e Universal;Quando Deus percebeu que o homem estava pronto para assumir o Jardim que Ele formara , o que Ele fez nada mais foi que um teste para capacitar este homem. Todos fomos encerrados sob a Palavra de Deus e apenas a Palavra de Deus pode nos libertar deste mundo, deste teste. Então o bem e o mal para aqueles que encontram o Caminho nada mais é que uma luta em si entre o EU x o Ego, a nacionalidade do homem X a hereditariedade de Deus, a Ciência do bem e do mal, onde não compete ao homem destruir um ou outro mas unificar tais potências em uma só carne, em ação Renascentista e Transformadora... Um nascer de novo. Sem paradoxo."... E deixará o homem seu pai e sua mãe e unir-se -á a sua mulher e serão os dois uma só carne...". Onde Jesusnos confirma não mais como criaturas mas como filhos: "EU SOU o Único mediador entre Vós e o Pai Eterno... Ninguém vem ao Pai, senão por MIM". Confirmamos a Essência de Deus em nós através do Seu filho Jesus mas jamais, sem perdermos o direito a nossa individualidade, o nosso ego, a virtualidade do EU."Aquele que estiver em MIM estará no Pai". "EU e o Pai somos UM " ,,, Mas vós sem MIM nada podeis...Por causa de tudo isto, a importância da ação do Mandamento Maior confirmado por Jesus em nós:"Ama a Deus sobre todas as coisas e ao Próximo como a Ti mesmo. "Não pode haver futuro para aquele que não encontra o presente.E Jesus não abandonará aquele que O busca. Deus é Fiel!
16/12/2011 às 2:19 #88601MonstrinhoMembroSe é assim, realmente teríamos que por um fim no ego...Mas não sou a favor disso. Sou a favor de que o ego seja a ponte de ligação não mais entre o bem e o mal e sim,entre o mundo do Nosso Deus Antropomórfico e o Deus que perde as Suas características visivelmente imateriais de particularidade para assumir Sua característica material porém invisível e Universal;
Que tal rever o conceito de ego? Imagine uma pessoa que subitamente acorda num hospital depois de sofrer um acidentede carro na estrada, e percebe que está com amnésia total. Por fora, tudo está intacto: ela tem omesmo rosto, a mesma forma, os sentidos e a mente estão lá, mas não tem a menor idéia ou omenor vestígio de memória de quem é. Exatamente do mesmo modo, não conseguimos nos lembrarda nossa verdadeira identidade, nossa natureza original. Freneticamente e na realidade apavorados,procuramos e improvisamos outra identidade, uma em que possamos nos agarrar com todo odesespero de alguém que vai cair num abismo. Essa identidade falsa e assumida em ignorância é oego .Desse modo, o ego é a ausência do conhecimento verdadeiro de quem somos, juntamente como seu resultado: um malfadado apego, mantido a não importa que preço, a uma imagem remendadae improvisada de nós mesmos, um eu inevitavelmente charlatanesco e camaleônico que estásempre mudando e que precisa mudar para manter viva a ficção da sua existência. Em tibetano, oego é chamado dak dzín, que quer dizer agarrado a um eu . O ego é assim definido como ummovimento incessante de agarrar-se em uma noção ilusória de eu e meu , desse mesmo e dooutro, e em todos os conceitos, idéias, desejos e atividades que sustentam essa falsa construção.Esse agarrar-se é fútil desde o início e condenado à frustração. Uma vez que não temnenhuma base ou verdade, e aquilo a que nos agarramos é, por sua própria natureza, impossível dereter. O fato de que precisamos nos agarrar a continuar agarrados a alguma coisa mostra que nasprofundezas de nosso ser sabemos que o eu não existe inerentemente. Desse conhecimento secretoe assustador nascem todas as nossas inseguranças fundamentais e o nosso medo. [...]E ainda que possamos ver além das mentiras do ego, estamos assustados demais paraabandoná-lo; porque sem um verdadeiro conhecimento da natureza da nossa mente, ou realidentidade, simplesmente não temos outra alternativa.LIVRO TIBETANO DO VIVER E DO MORRER. Sogyal Rinpoche IN: Máscaras de DeusEste é um dos conceitos sobre o ego.Outro entendimento seria que o ego é um invólucro do Atman (Shankara), ou seja, ele é tão ilusório quanto o corpo de carne."O ego é uma clareira, dentro da grande floresta, que a sociedade abre na tua mente, a fim de você ter uma identidade e a fim de que não se torne um problema para a sociedade" (Osho). O ego é uma personagem, um papel fictício que o Espírito representa. o Espírito é o ator, o ego é o personagem vivido pelo ator (Pai Joaquim de Aruanda). Esse texto do Osho é interessante sobre o ego: Ego - o falso centro - texto completoRepare, que estamos nos baseando no conceito de ego segundo várias tradições espiritualistas quais sejam, o Zen, a Vedanta, a Filosofia e o Misticismo oriental, cujos ensinamentos foram passados por mestres como Buda, Sócrates, Lao-tzu, Jesus, Nisargadata e Krishanmurti, mais recentemente. Estão aí os textos para se aprofundar no conceito de ego. Agora, discutir achismos e sobretudo, discutir egos - porque verdades cristalizadas e inamovíveis, são coisas de egos - já não é comigo...
16/12/2011 às 2:29 #88602MonstrinhoMembroDeus é Fiel
É não... Fiel é o meu cão, que mesmo quando fico bravo por ele fazer xixi nos cantos das paredes, ainda assim, continua sendo fiel e abanando a cauda quando brinco com ele... ;)
16/12/2011 às 3:08 #88603SuzanaMembroEstão aí os textos para se aprofundar no conceito de ego. Agora, discutir achismos e sobretudo, discutir egos – porque verdades cristalizadas e inamovíveis, são coisas de egos – já não é comigo…
porque verdades cristalizadas e inamovíveis, são coisas de egos -
Ou de espíritos encalhados que pedem passagem. E por que não?
Fiel é o meu cão, que mesmo quando fico bravo por ele fazer xixi nos cantos das paredes, ainda assim, continua sendo fiel e abanando a cauda quando brinco com ele...
Cuidado para ele não perder a memória de quem é o seu dono (risos)!E finalizando, com o seu veredicto sobre meu entendimento, fica válido o seu veredicto posto que deste ego aí eu não sei nada.Tchal. (com L mesmo) pois o tchal é meu.
16/12/2011 às 10:09 #88604brunopiMembroo objetivo das religiões não é explicar. esse é só o primeiro passo.
16/12/2011 às 21:27 #88605MonstrinhoMembroo objetivo das religiões não é explicar. esse é só o primeiro passo.
Depende... Como diz o próprio Vivekananda, todas as religiões são úteis, porque elas oferecem ensinamentos de acordo com a capacidade de entendimento e compreensão de cada um.Mas de um ponto de vista geral, as religiões dualistas - quase todas - têm como objetivo explicar a existência do mal. Na verdade, a religião, até a Revolução Científica do Século XVII, tinha como papel bem mais do que isso: cabia a ela, fornecer o quadro explicativo dos acontecimentos sociais, de como e por quê a sociedade está organizada entre pobres e ricos, poderosos e fracos; de explicar a existência do mal no mundo, de justificar as desigualdades sociais e o poder. Não é preciso um grande esforço de imaginação para notar que, a instituição a quem cumpre esse papel hoje, é a ciência. Por isso diz o sociólogo da ciência Jorge Dias de Deus: "a ciência é o mito dominante na sociedade", no sentido de que ela requer exclusividade quanto ao método de explicação da realidade. Ela reinvindica o status de "instituição oficial", quanto a fornecer o quadro explicativo da vida social. Nesse sentido, a ciência cumpre o papel que cabia à religião, outrora. Veja mais aqui, neste breve texto sobre Sociologia e Ideologia da Ciência E, por outro lado, a ciência que se diz materialista, também está em busca de Deus: teoria da unificação, busca da matéria padrão (reconhecida hoje como matéria e energia escura, essencialmente predominante no Universo, segundo a ciência), origem do Big-bang, teorias sobre a expansão do universo, divisão do átomo, e a investigação da natureza como algo separado do sujeito. Como dirá Nietzsche, a ciência é cristã. Embora ela tenha lutado contra a religião, num enfrentamento secular, as bases da ciência estão fundamentadas no princípio de causalidade, em que, há supostamente um sujeito - a razão - separado da natureza (objeto), e que a observa. Outra característica cristã da ciência moderna, é que, à maneira da igreja católico-romana, a quem eram delegados destinos e outorgados direitos e deveres sobre o que ou não fazer, hoje, à ciência cumpre o papel de instituição superprotetora. Veja pois, que, a religião enquanto instituição teve - e tem ainda, se bem que menor - como função, muito mais do que explicar a origem do mal no mundo, fornecer o quadro explicativo para o funcionamento e a organização da sociedade. As religiões hoje são uma fachada, para o homem esconder-se atrás de máscaras sociais, do mesmo modo que o protestantismo, na visão de Max Weber, legitimou a acumulação de capital na época do surgimento do capitalismo mercantil.
16/12/2011 às 21:38 #88606MonstrinhoMembroporque verdades cristalizadas e inamovíveis, são coisas de egos -
Ou de espíritos encalhados que pedem passagem. E por que não?
Espíritos encalhados? E Espírito "encalha"? ::) O ego é que está criando a idéia de que está encalhado (a) :D, pré-ocupando-se com isto :o, e o Espírito está apenas observando ;). Os egos fazem pedidos a Deus, nas suas orações, de acordo com o que julgam relevantes para eles, como aí abaixo:
Meditar é orar. "Senhor! Tenha misericórdia dos espíritos encanados (e dos encalhados também)!!! :mocking_mini:
Mas, o ego não ora; o ego cria a idéia de estar orando. Então tanto faz o ego rezar ou não rezar. Como diz Pai Joaquim de Aruanda, "se rezar, resolvesse o problema, era só ficar de joelho no milho o dia inteirinho" ;D ;)
17/12/2011 às 1:19 #88607Claudio L.MembroMonstrinho, muito bom esse texto Tibetano que você nos mandou sobre o Ego. Acrescento que concordo. Mas não é possivel se livrar totalmente do Ego, e sim refrea-lo ao máximo, já que o Ego, querendo ou não, é o Eu em si. Pois toda nossa sociedade, há milênios, se baseia no Eu que obscer. No Sujeito e Objeto. A busca é refrear o ego, quem acredita que matou o ego só está sob influencia de um outro ego.Entretanto, a visão RosaCruz de Ego é diferente da que estamos acostumados a ver. O Ego, como descreve o conceito rosa cruz de cosmo, é o veículo do Triplice Espirito (espirito divino, espirito de vida, espirito humano). Em seguida o Ego utiliza a Mente (como um espelho, uma iris) para se refletir no Triplice Corpo do indíviduo (corpo de desejo, corpo vital, corpo denso). É uma visão totalmente oposta ao Ego como encontramos no conceito Tibetano de Ego ou mesmo no conceito Freudiano. Para o Rosa Cruz o Ego é a essência mais pura d'O Homem. Portanto, é muito importante não confundir esses dois conceitos que se utilizam da mesma nomenclatura. Quanto a Lei da Causalidade, o schopenhauer escreveu um dos seus melhores livros, e foi o primeiro, que nos esclarece e muito sobre esse tema (inclusive influenciando todos os filosofos que vieram depois dele). O nome do livro é "Sobre a Raiz Quadrupla do Principio de Razão Suficiente". Este livro como sugere o próprio schopenhauer, é pré requisito básico para se entender a obre principal desse grande mestre: O mundo como vontade e Representação. Se ainda não leu, vale ler os dois em sequencia. O primeiro eu tenho em espanhol em arquivo PDF e posso te mandar. O segundo, inteiro, só achei no site da livraria cultura. Custa cem reais mas o seu valor não pode ser calculado. Recomendo fortemente a leitura de ambos! FORTEMENTE.Abração.
17/12/2011 às 22:15 #88608MonstrinhoMembroConceito Rosacruz do Cosmo: esse livro “me persegue”. São vários amigos que já o leram e me recomendam… rsrs Acho que deve ser um “aviso” para que eu o leia :D"O Mundo Como Vontade e Representação". Esse eu tenho aqui, Cláudio, da coleção "Os Pensadores", mas não sei se o texto é completo. Jà este outro que vc mencionou, em espanhol, se puder me enviar o pdf ficarei grato: [email protected] Nesta madrugada eu estava pensando na questão do ego. Uns dizem que ele tem que ser suprimido, outros dizem, como vc, que tentar "matá-lo" é só uma artimanha do próprio ego. Talvez os egos sejam instrumentos da vontade divina, como tenho argumentado neste tópico. Vocês mesmos, já devem ter ouvido falar que o próprio Jesus era um ego que estava a serviço do chamado "Cristo solar", ou o Cristo do Sistema Solar. E me veio um insight que me levou a pensar, que, tudo e todos são mesmo apenas instrumentos da vontade divina. Não há o livre-arbítrio. Como dizia Jesus: "Eu não faço a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou". Talvez cientistas como Einstein e grandes santos e mestres como São João da Cruz, Mestre Eckart, Buda, e o próprio Jesus, não sejam senão "bobos da côrte", ou seja, apenas instrumentos para a manifestação de uma vontade maior. E é interessante notar isso no livro Obras Póstumas de Allan Kardec, em que, os Espíritos que se dizem os protagonistas da Obra, dão a ele vários conselhos como "não se orgulhar da missão que a ele foi dada". Esses Espíritos dizem que ele deve seguir estritamente as ordens superiores. Que, ele fora escolhido como o homem ideal para desempenhar tal missão, mas que, não deveria se orgulhar disso, acreditando-se imprescindível para tal mister, porque a qualquer momento a Espiritualidade Maior teria outro para colocar em seu lugar, caso ele sucumbisse. E é interessante observar como Allan Kardec se comporta apenas como um instrumento, donde se conclui que a Doutrina Espírita é uma obra dos Espíritos e não de Allan Kardec. Mas aqui falamos em termos explícitos, como está em Obras Póstumas - vide capítulo "Sobre a minha missão". Do mesmo modo, na ciência, nas artes, na religião, em todos os setores, aqueles que desempenham grandes missões, talvez não passem de instrumentos da vontade divina, não passem de "bobos da côrte" - me desculpem pelo termo, mas foi este termo que me veio à mente quando tive este insight. Assim também acontece conosco: nossos pensamentos, sentimentos e ações não são nossos, pois como observou Paulo de Tarso, "É o Senhor quem opera em nós o pensar e o fazer"; "Pois, não sois salvos pelas vossas obras, mas pela graça de Deus".
19/12/2011 às 14:34 #88609Claudio L.MembroQuando dizem que o Cristo é o EGO do cristo solar, essa é exatamente a visão Rosa Cruz, sendo que, nesse caso, o Ego se refere ao EGO da visão Rosa Cruz e não ao Ego Freudiano. Ou seja, o EGO, nesse caso, é superior a própria existencia fisica. Então, vale não confundir isso.O tópico já começa a fugir do seu propósito, e talvez devessemos buscar ou criar outro tópico para falar sobre isso.Mas, precisamos entender o que é EGO (me refiro ao Ego freudiano, aquele que dizemos que devemos matar ou refrear)? Como ele se manifesta/age e reage no homem? Estamos vilanizando algo sem apresentar as provas que o "incriminam".Eu acredito que no universo tudo é veículo da vida. E com o Ego (Freudiano/Tibetano e não o Ego Rosa Cruz) não seria diferente. Mas não acredito que seja um veiculo divino, já que ele é criado pela nossa psique para facilitar a objetivação do mundo. Imagine se o universo houvesse uma unica consciencia, que está no todo, e que na especificação se manifesta como individual, unica, como é no todo. E o homem acaba, a partir daí, se interpretando erroneamente como algo destacado do tudo. Poderia essa especulação ser real? Poderia O Homem se homogeneo ainda que tenha um visão heterogênea de si. Poderiamos superficialmente sermos individuos que projetam e representam uma unica vontade?Não sei.MONSTRINHO: Aqui vai o link do livro http://www.4shared.com/document/trdU5Fc-/Schopenhauer__La_Cuadruple_Rai.html
22/12/2011 às 11:22 #88610MonstrinhoMembroMONSTRINHO: Aqui vai o link do livro http://www.4shared.com/document/trdU5Fc-/Schopenhauer__La_Cuadruple_Rai.html
Valeu, Cláudio, já baixei o arquivo. Abçs,
22/12/2011 às 13:39 #88611MonstrinhoMembroJá que estamos no tópico do “Deus é um paradoxo”, vou aproveitar e fazer um paródia aqui, do “Amar Jesus é um paradoxo”. João - Cap 15 – v18 “Se o mundo odeia vocês lembrem-se que me odiou primeiro.” O mundo odeia os Jesus Cristos, no plural, aqueles que vivem como Jesus viveu. É neste sentido que estou falando de hipocrisia. A humanidade diz que ama Jesus Cristo, ama o Cristo, mas odeia os Jesus Cristos. A humanidade ama o Cristo mas odeia aquele que quebra as leis. A humanidade ama o Cristo, mas é o primeiro a condenar e acusar aqueles que são pegos em flagrante delito. Mas o Cristo não fez isto. Quando a mulher adultera lhe foi apresentada, o Cristo disse: “quem não tem pecado que atire a primeira pedra”, e quando ninguem mais ficou, ele disse: “se ninguem lhe condena não sou eu que vou lhe condenar”. O mundo detesta os Jesus Cristos, detesta aqueles que não seguem rigorosamente a lei humana. Mas só que para não seguir “a lei humana”, os Jesus Cristos, aqueles que buscam o caminho que leva a Deus, praticam o perdão: “Pai, perdoa porque ele não sabe o que faz”. Mas o mundo não quer perdoar, a humanidade não quer perdoar, diz que ama o Cristo, aceita o Cristo como seu legitimo guia, pastor, mas não quer praticar o perdão. Prefere condenar, julgar e acusar a todos. E quem não pratica isto, quem não julga e quem não acusa, é chamado de bobo, de otário, mas se a humanidade diz que busca a Cristo, ela deveria, não digo nem aclamar aquele que busca viver como Cristo, mas pelo menos não odiá-lo. Pelo menos não taxá-lo com palavras que confiram títulos menosprezantes A humanidade diz que ama Cristo, mas o ser humano, mesmo os que se dizem Cristãos, estão preocupados com o que vão comer hoje, e o que vão vestir hoje. Cristo nunca teve esta preocupação. Cristo dizia: "se Deus dá o alimento aos bichos e dá a roupa às flores porque é que eu vou me preocupar com isso?" Mas aqueles que vivem assim, que deveria ser o ideal daqueles que seguem o Cristo, são taxados, são xingados, são menosprezados, são considerados bobos. A humanidade diz que ama Cristo, mas se preocupa não só com o que vestir, mas como se vestir. A humanidade pesa muito mais a aparência física do que o interior. Pesa, vê se você esta arrumadinho, se você esta limpinho, se você esta cheirosinho. Se chegasse perto do Cristo não ia se dar muito bem não. Porque Cristo nunca se preocupou com estas coisas. Aquela imagem do manto sempre branco é figura. Porque Cristo andava no meio do deserto num lugar muito quente. No mínimo era coberto de pó. A humanidade diz que ama Cristo, mas aqueles que não cumprem os rituais religiosos, a humanidade coloca na cruz, fala mal, acusa, diz que é herege. Mas Cristo se alimentou no sábado, Cristo fez curas no sábado, o que era proibido pela lei. Hoje é muito fácil para vocês, não cumprir a lei de trabalhar aos sábados, porque não acreditam mais nisto. Mas na época de Cristo, era a mesma coisa que chegar um espírita se dizendo espírita e dizer que não acredita na reencarnação. Você iria acusá-lo como os Professores do Sinedrio acusaram a Cristo. A humanidade diz que ama Cristo, mas tem como objetivo principal na sua vida realizar-se materialmente, esta preocupada em estudar, esta preocupada em se formar, para poder arrumar um emprego melhor para poder ganhar mais dinheiro, para ter mais ascensão. Cristo nunca teve esta preocupação. E se ele é o caminho, a verdade e a vida, e só através dele se chega a Deus, aquele que diz que ama a Cristo, não deveria ter estas preocupações, não deveria trabalhar estes objetivos como os primários na suas vida. E isso é que o Cristo esta dizendo. O mundo, a humanidade o odiou e continua odiando ele através dos seus seguidores. Continua criticando, continua acusando, continua fazendo dos seguidores do Cristo os “não evoluídos”. Porque eles continuam presos a uma evolução que não foi a que o Cristo ensinou, eles ainda continuam querendo exercer o poder de ser, estar e fazer enquanto o Cristo dizia: “Senhor, honra o teu nome através de Mim”. Este é o problema. A humanidade para poder se dizer seguidora de Cristo, precisa alterar os valores da sua vida. Não adianta se dizer seguidor de Cristo, e querer levar uma vida humana igual a dos outros. Porque não se chega lá. Porque só se chega lá através do exemplo deixado por ele. Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém chega a Deus a não ser através de mim. NINGUÉM CHEGA A DEUS A NÃO SER DA FORMA QUE O CRISTO VIVEU. Por isto a vida tem que ter como objetivo primário aquilo que tinha a vida de Cristo. Mas a humanidade odeia a Cristo. A humanidade odeia os Jesus Cristos. Alias, a vida Jesus Cristo é a antítese de tudo o que a humanidade sonha para si. Porque ela quer a glória, a fama e a felicidade material.http://meeu.informe.com/a-humanidade-odeia-cristo-dt190.html IN: Máscaras de Deus
29/12/2011 às 0:10 #88612SuzanaMembro"A humanidade ama o Cristo mas odeia aquele que quebra as leis. "Se odeia então não é ainda humano e se quebra as leis, é infrator."Eu não vim para abolir a Lei e sim, para cumpri-La!" ::)
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