Início › Fóruns › Questões sobre Filosofia em geral › Você acha que existe um Deus? › O que quer dizer Deus para a filosofia ?
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08/12/2001 às 15:15 #71929carlosMembro
“Você nunca vê animais fazendo as absurdas, e às vezes horríveis, enganações da mágica e da religião. Apenas o homem se comporta com tal enganação gratuita. Esse é o preço que ele tem que pagar por ser inteligente mas não, porém, inteligente o suficiente.”
Aldous Huxley, autor09/12/2001 às 22:51 #71930Miguel (admin)MestreNão existe apenas um Deus, mas milhares ou milhões deles, assim como exitem milhares de Budas, Maomés, Cristos, etc….As pessoas lêem as mesmas palavras e as entedem de maneira diversa. As pessoas tem necessidade de serem lideradas, e enquanto acreditarem no líder, é dele a verdade.
Somos mais ou menos 6 bilhões de pessoas e quantos de nós acreditamos ou desacreditamos no mesmo Deus?13/12/2001 às 11:31 #71931Miguel (admin)Mestrebom… quem já leu huxley sabe que ele acredita MUITO, MAS MUITO mesmo em um Deus…
os livros dele que possuo são : (1) a Filosofia Perene;(2) Ensaios Huxley e Deus;(3) As Portas da Percepção.
phineas esta certo(a), o homem se pergunta: diante de quem hei de me prosternar, ele prefere o milagra a Deus, mas isto já é outra coisa…
em eclesiastes o pregador ensina que : “Deus fez o homem reto, mas ele(o homem) fez muitas invenções”
utilizar Huxley neste fórum com o intuito de alterar, aos olhos daqueles que não tiveram a oportunidade de ler este autor, a filosofia de um gênio que viveu em nosso século, é um espécie de invenção nada proveitosa….
busco, portanto, a simplicidade e pergunto novamente, o que quer dizer Deus para a filosofia?
abs.
13/12/2001 às 15:22 #71932robledoMembroPrezado Alex
Concordo consigo e ainda acrescento que esta prática (de usar frases desconectadas de seu contexto) parece adequada ao discurso político contemporâneo, onde se pretende passar meias verdades (mentiras) como se fossem verdades, mas não ao debate filosófico.
Podemos dizer que Aldous Huxley era tachado por muitos “intelectuais” como místico. No livro “O Diálogo”, de Peter Kreeft (escritor cristão), ele aparece em um diálogo imaginário como defensor de um panteísmo.
Em livros como “A Filosofia Perene”, “O Céu e o Inferno” e “As Portas da Percepção” ele se afirma como alguém que acredita convictamente em que a realidade transcende à percepção ordinária do homem.
Embora fosse um escritor que contestasse a rigidez maquinal e asfixiante da sociedade de sua época, incluindo nisso a própria figura repressora da religião constituída e a aridez do materialismo cientificista, não podemos atribuir a ele a pecha de racionalista, pragmático ou ateu.
Deixado isso claro e vendo que Aldous Huxley não pode ser enquadrado, necessariamente, como testemunha à favor do ateísmo, o que será feito dele? Passará a fazer parte do grupo de pessoas ignorantes, débeis, fracas e irracionais que defendem a idéia da existência de Deus, assim como, Isaac Newton, Albert Einstein, Max Planck, Baruch Espinosa, Renée Descartes, Kepler, Bacon, Galileo, Pascal, etc…?Espero que não.
Até mais.
13/12/2001 às 15:39 #71933robledoMembroÀ propósito, voltemos à pergunta.
14/12/2001 às 11:57 #71934carlosMembro“Passará a fazer parte do grupo de pessoas ignorantes, débeis, fracas e irracionais que defendem a idéia da existência de Deus, assim como, Isaac Newton, Albert Einstein, Max Planck, Baruch Espinosa, Renée Descartes, Kepler, Bacon, Galileo, Pascal, etc…? ”
Gozado, que frase! Que profundidade!14/12/2001 às 12:22 #71935carlosMembroTirar o papai noel de enfermos de uma neoplasia maligna que precisam muito do velho gordinho geralmente ocasiona este tipo de frase. Gente que fala na crença do racional e emite uma frase que mostra quem é cego pela crença.
Voltemos a frase.
Digo que deus quer dizer cegueira pra filosofia, quer dizer senso comum, sombras e doença pra psiquiatria contemporânea. Podem se debater, porém só demontrarão a síndrome da falta do papai noel. Busquemos os fatos!! Se disser que deus existe ou não por sentimentos que se tem perante a essa doença, ele não existirá ou não deixará de existir. Agora, que fato no mundo justifica a presença de um deus? E que não pode ser demonstrativo de ignorancia e da sindrome da ausencia do papai noel. Doentes somos todos, tenham pelo menos a decência de admitir a doença de vcs. Agora pq é um físico importante ou tem um phd em qualquer coisa, torna a opinião dele irrefutavel? Quem crê em que aqui?14/12/2001 às 12:28 #71936carlosMembro“A ciência é incompletamente correta; a religião é completamente errada.”
Leo Vines“A vida de um teísta é uma constante ilusão de ótica.”
Leo Vines“Nada pode ser mais contraditório à religião e ao clero do que a razão e o senso comum.”
Voltaire, Dicionário Filosófico, 176414/12/2001 às 17:16 #71937robledoMembroPrezado Carlos
Acredito, movido pela minha razão e percepção do mundo, na existência de um Princípio Inteligente, criador de todas as coisas, identificado por muitos nomes, dentre eles, Deus (desconhecia que isso fosse um sintoma patológico).
Concordo consigo quando fala que o fato de um monte de gente “respeitável” acreditar em algo não torna, necessariamente, este algo real. Porém, para uma pessoa que se expressa normalmente pelas palavras e frases dos outros, me espanta que, numa clara demonstração de parcialidade, considere as suas referências melhores do que as minhas.
Talvez o que torne as suas inúmeras citações tão melhores seja o fato de que elas se alinham com a “sua” verdade.
Não quero gerar mais polêmica, nem animosidades, porém acho que seria mais interessante se o debate prosseguisse com exposições lógicas e não com clichês ateístas.
Ficaria bastante agradecido se V. Sª., expondo as suas idéias, não me agredisse pessoalmente, pois, fazendo isso, o teor de suas colocações fica diminuído.Sem rancores.
Robledo
P.S.(1): Como definiríamos Razão?
P.S.(2): Muitas de suas citações, não sei se você reparou, são críticas à religião institucionalizada e não à idéia de Deus (leia “Zadig” e “A Princesa de Babilônia” de Voltaire como complemento à sua citação do mesmo – você pode encontrar este e outros livros on-line no site http://www.uol.com.br/cultvox/home.htm).
14/12/2001 às 17:54 #71938carlosMembroExatamente. E pra que serve então a religião? O religare do homem com o nada. Quais são as suas citações? Nunca as vi. E quem disse que sou ateu?
17/12/2001 às 7:12 #71939Miguel (admin)MestreAcho q a discussão, embora até agora longa, não foi mto proveitosa pq vcs tentam usar métodos científicos para chegar a uma conclusão mas não usam materiais científicos para isso.
Qdo se vai fazer uma experiência com chumbo e cobre (é só um exemplo tolo, não sou químico) vc sabe o q são esses elementos e, ainda q não soubesse, a presença física desses elementos supriria a falta de definição.
Em filosofia estamos atados a conceitos, a abstrações portanto, q devem ser destrinchados antes de se iniciar qualquer discussão sobre eles, pois eles são a base do diálogo q será travado (não é a toa o uso do advérbio “sobre”).
Vamos então a eles primeiro:
Deus – derivação fonética da palavra “Teo” q os romanos usavam para designar as criações com aspectos humanos de coisas subjetivamente transcendentes. O Jeová é um escultor, Javé perdoa, Zeus adora ninfetas, enfim… Daqui podemos concluir q o Budismo, por exemplo, é ateu, afinal ele acredita q o homem está inserido numa teia de forças cósmicas q ele pode alterar, mas ele não depende da ajuda de algo superior a ele e com características humanas para isso.
Religião – Re (novamente); ligião (ligação). Palavra cunhada para expressar q o homem já esteve ligado a algo superior e, na Terra, busca meios de se ligar de novo a esse algo. Daqui podemos tirar q o Budismo, por exemplo, embora ateu, é uma religião.Creio q esses são os dois conceitos mais necessários para se chegar a uma conclusão. Não quero q concordem comigo qto a significação deles, mas espero q admitam q sem termos com clareza o q eles significam não conseguiremos nada.
MHanemann
03/01/2002 às 6:44 #71940Miguel (admin)MestreRetomo a pergunta que nosso grande amigo Pilatos fez a Jesus: “O que é a verdade?”, reformulo-a dizendo: “Qual é a garantia da verdade?”. Como se pode ter certeza de algo?
Alguns diriam que a racionalidade é uma garantia de verdade. Se usarmos o método analítico podemos cocluir que, excluindo algumas contradições aparentes, podemos, por mais cuidadosos q sejamos ao verificar a veracidade da contradição, excluir a verdade juntamente com a contradição. Se usarmos o método dialético poderiamos acabar nos afastando de uma verdade absoluta pela tenção criada entre dois opostos.
Ambas hipóteses citadas acima excluem a possibilidade de alguma religião estar totalmente ou parcialmente errada – visto que a religião não é fundamentada nescessáriamente dentro dos mesmos valores lógicos da filosofia. Do mesmo modo que não podemos comparar filosofia com religião, caso não se tratem dos mesmo signos, não se deve comparar religiãoes entre si.
Outros diriam q a ciência é a garantia da verdade, mas sabemos q a principal fonte de verdade da ciêcia baseia-se no empirismo, e tb sabemos q ele é falho. Aí vem toda aquela história de Popeur com os seus cisnes. Porém alguém diria: “Eu não posso afirmar que só existam cisnes brancos, mas eu poderia afirmar que só existem cisnes brancos enquanto não se prove o contrário”. Ótimo, mas isto não dá certeza absoluta de nada.
Qual é a garantia de q algo seja verdade? Creio eu q nenhuma. Creio que exista uma verdade absoluta, mas tb creio q a subjetividade torna-a inascessível. Ela cria verdades subjetivas que valem muito dentro de certos contextos, mas fora destes contestos podem soar como calúnia ou irracionalidade.
Peço desculpas pela extenção do meu texto, mas tentei ser o mais curto e didático possível para expor minhas idéias, não sei se consegui, mas é que meu texto parece pender pra irracionalidade, mas esta não é nescessáriamente a minha intenção. Pretendo expor-me melhor com as perguntas e refutações q surgirão.
25/01/2002 às 0:30 #71941Miguel (admin)MestreOlá a todos…
Gostaria de deixar algumas pistas para reflexão, argumentos de carácter filosófico que me parecem andar um pouco esquecidos. Vamos então pensar nos tradicionais argumentos e procurar desmontá-los: 1º, o argumento teleológico ou do desígnio; 2º, o argumento da causa primeira; 3º,o argumento ontológico.26/01/2002 às 1:52 #71942Miguel (admin)MestreOi Isabel:
Por que procurar desmontar estes argumentos? se o objetivo da filosofia é refletir entao devemos evitar de fazer juizos a priori e analisar os argumentos nao para desmonta los ou aceita los mas analisa los e ai sim concordarmos ou discordarmos mas mesmo assim apenas contra argumentarmos e nao prova-los como falsos ou verdadeiros, partindo ja com o objetivo de desmonta los vc esta fazendo um juizo a priori, acreditando sem refletir, esta é uma postura dogmatica e nao filosofica.26/01/2002 às 2:46 #71943Miguel (admin)MestreOs tres argumentos q a Isabel pediu
1)O argumento teleologico, nao sei se vc sabe, tem ressurgido forte principalmente entre os cientistas, a ordem e a complexidade do Universo parecem mostrar que ha um designio ou um projeto consciente por tras de tudo, parece logico e racional que a natureza complexa, harmoniosa e exuberante (isso quem mostra é a propria ciencia) parece ser muito perfeita para funcionar e ter surgido do caso, as estrelas seguem cursos previsiveis de acordo com as leis da natureza, chove e as plantas crescem, e os animais se alimentam dela, depois tem seca algumas morrem e com isso os predadores maiores tem mais facilidade de encontrar os animais menores que antes se escondiam na vegetacao, mas depois volta a chover e o equilibrio é restaurado, a semente cai na terra, ai chove, entao vira uma arvore q da frutos, ai vem o homem qcome essa fruta etc etc. Resumindo, a natureza parece que segue um proposito, algo previamente planejado, que nao deve ter vindo do acaso mas ressalta a evidencia de um plano maior projetado por algum ser, ou alguma coisa consciente e planejadora. Se nao houvesse esta forca que coordena a natueza atraves de leis harmonicas e racionais, tudo se destruiria pois nao haveria ordem2)O argumento cosmologico: se existe uma carta com um poema escrito, entao so pode ser pq alguem escreveu, nao faz sentido eu dizer que houve uma explosao em uma fabrica de tinta de caneta e que a tinta voou e caindo em um pedaço de papel que estava proximo formou o poema, isso é estatisticamente improvavel, senao impossivel. Bom, se é assim, com um poema numa carta imagina entao com o universo, o tudo nao pode ter surgido do nada, alguma coisa sempre deve ter existido infinitamente no tempo e no espaço pois nada se cria, tudo se transforma, sendo assim um Ser Primevo que deu origem a tudo, sempre deve ter existido para que o mundo fosse criado, pois se nao existisse o universo nao poderia ter surgido pois alguma coisa nao pode ter surgido do nada, pois o nada nao pode dar origem a alguma coisa entao algo sempre existiu e em um momento deu inicio ao Universo fisico
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