Início › Fóruns › Fórum Sobre Filósofos › Marx › Por que Marx errou?
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14/06/2005 às 22:06 #73813Miguel (admin)Mestre
Aí descordo totalmemte. Acho que suas criticas são dirigidas aos objetos errados.
Modelos, artistas, esportistas, médicos,advogados etc são todos trabalhadores.Objetos errados? Vamos ver:
Michael Schumacher ganha 100 mil dólares… por dia!
Zidane recebe o equivalente a US$ 12,6 milhões anuais para jogar pelo Real Madrid – mais de US$ 1 milhão por mês.
E isso que eu não comecei a mencionar os salários de jogadores de futebol brasileiros, a Xuxa Meneguel, Chiquinho Scarpa, etc além de outros que podem até queimar dinheiro.
Como ousa comparar os ganhos dessa gente com médicos e advogados???
Mas quem é mais importante para uma sociedade: um médico-cirurgião ou o cantor Mick Jagger???
14/06/2005 às 22:13 #73814Miguel (admin)MestreMas ele é, com suas caracteristicas próprias…o nosso erro ocorre por não entendermos as caracteristicas reais do estado ….nós acreditamos na mentira que nos vendem….
O Estado é uma mera abstração. Quem faz o Estado são as pessoas! Por isso é um Ser-para-si.
O Estado Nacional-Socialista é diferente do Estado Democrático-Republicano, o Estado Neo-liberal é diferente do Estado Social-Democrático, e assim por diante…
14/06/2005 às 22:18 #73815nahuinaMembroE. MILETO:O que mata todo o bom-senso é a má distribuição de renda, a não participação nos lucros da produção e o Estado não-interventor despreocupado com a qualidade de vida de seus cidadãos…
Todo estado é despreocupado com a qualidade de vida de seus cidadãos…era isso que eu queria explicar…
o Renan definiu bem:”é uma instituição (impessoal) que visa manter a propriedade privada. Só para isso que ele existe e por isso foi criado.”
…isso entre outras coisas, claro!15/06/2005 às 2:05 #73816Miguel (admin)MestreMuito fod…. o texto do Michael Alexandrovich Bakunin que você colocou!!!
o Renan definiu bem:”é uma instituição (impessoal) que visa manter a propriedade privada. Só para isso que ele existe e por isso foi criado.”
Bondade sua dizer isso, Nahuina, mas o pensamento não é meu. Isso é Marx. Eu só usei palavras mais simples e uma explicação curta (o que eu abomino, pois as coisas devem ser explicadas a fundo na filosofia), mas obrigado.
Mileto,
concordo com você. Eu sei que eles ganham muito, mas se o Schumacher ganha 100 mil dólares por dia, imagine quanto ganha a Ferrari.
Se o Zidane recebe o equivalente a US$ 12,6 milhões,imagine quanto ganha o Real Madrid. Isso é o que eu quis dizer. Pense nisso…
Agora, o Chiquinho Scarpa, esse eu não defendo não!!!rsssMas quem é mais importante para uma sociedade: um médico-cirurgião ou o cantor Mick Jagger???
Resposta: Vejo que os dois são igualmente importantes.
Como seres humanos cada um é singular e insubstituível.
Como profissionais os dois são importantes cada um na sua área. Por que valorizar um e desvalorizar o outro? Eles não competem entre si. Eles podem coexistir.
Imagine o que seria da História, da Arqueologia etc se não fosse a arte. Muito do que sabemos sobre Grécia, Roma etc vêm da literatura, dos vasos,esculturas, pinturas etc. Até o que conhecemos da vida dos “homens das cavernas” é baseada (entre outras coisas) nas pinturas que estes faziam no interior das cavernas.Eu não consigo imaginar o meu mundo sem Beethoven, Mozart, Beatles, Charles Chaplin, Stanley Kubrick… e vocês?
A arte nos rodeia: Na publicidade (não é arte, mas utiliza-a), nas teledramaturgias, na arquitetura urbana, na poesias de blogs e nos para-choques de caminhões (nesse ultimo eu fui irônicoMas o tema aqui é Marx. Por isso vou parar de fazer meu elogia à arte.
“O Estado é uma mera abstração”. (Mileto, concondo plenamente com isso)”Quem faz o Estado são as pessoas! Por isso é um Ser-para-si”.(aqui, eu entendo o seu ponto de vista, mas não tenho uma opinião formada sobre isto, não discordo nem concordo).
Eu tenho um texto que acho que voces vão gostar. Fala de possibilidades MUITO prováveis para o futuro. Eu fiquei bobo quando li. Aguadem…
15/06/2005 às 2:16 #73817Miguel (admin)MestreCaros, E. Mileto e Nahuina,
Boa noite à vocês, amigos filósofos.o texto do Michael Alexandrovich Bakunin é muito bom mesmo. Ele diz tudo! depois eu vou enviar um texto muito bom também. É só questão de eu ter tempo.
continuem aguardando…
17/06/2005 às 23:48 #73818Miguel (admin)MestreAQUI ESTÁ O TEXTO QUE PROMETI:
O texto abaixo tem originalmente 11 páginas.Vou reduzi-lo ao máximo. Conto com a compreensão de vocês. Porém ele é muito interessante e acho que vale muita a pena lê-lo na íntegra. Quem quiser mais informações procure o livro de Everlyn Berg Ioschpe (organizadora), Terceiro Setor: Desenvolvimento social Sustentável, Rio de Janeiro, Paz e Terra 1997. O artigo (páginas 13 a 23) é de Jeremy Rifkin, economista, autor de mais de 30 livros e presidente do Fondation Economics Trends em Washington.Em toda a história da humanidade, nós dependemos da terra. “Quase metade da produção do planeta depende da terra. A baunilha, por exemplo, é produzida em pequenos países da África Oriental. Cem mil agricultores dependem dela”.
“Duas empresas de biotecnologia fizeram uma experiência: tomaram o gene que codifica a proteína da baunilha, retiraram do grão e implantaram numa bactéria. Assim substituem toda baunilha natural (sem terra, semente, planta, agricultor, safra, trabalho). Agora os cientistas estão fazendo o mesmo com tomate, limão, algodão, tabaco…. O que vai acontecer em menos de vinte anos quando pudermos produzir grande parte do alimento dentro de casa?”
Sem emprego no setor agrícola, pode-se ir a uma metrópole e trabalhar na industria. Mas as empresas estão automatizando-se. “O problema é que dois bilhões de pessoas se tornaram desnecessárias”. Em 1960, 1/3 dos americanos estavam nas indústrias. Hoje são menos de 17%. “O que vai acontecer na Índia, Tailândia, Vietnã, Camboja, Malásia, Cingapura e na China quando os EUA automatizarem todo os processos de costura e produção de componentes eletrônicos, em menos de 10 anos?” – sendo os EUA um grande consumidor e importador desses produtos. “A era industrial acabou com a “escravidão” e a era da informação vai acabar com o trabalho remunerado massificado”.
“O poder aquisitivo da população está caindo em todos os países. Os trabalhadores são também consumidores de produtos e serviços” Se a grande massa populacional não tiver dinheiro, quem vai consumir e manter a roda da economia girando?
“O segundo problema: a maior parte dos empregadores quer somente uma força de trabalho parcial e não quer pagar os benefícios trabalhistas ou os fundos de pensão e aposentadoria…os trabalhadores são, não apenas consumidores, mas também os investidores chave na sociedade capitalista. Os fundos de pensão e aposentadoria equivalem a US$ 8 trilhões. Nos EUA os fundos de pensão representam 72% das poupanças. Valem mais que todos os ativos do sistema bancário norte-americano. São donos de 30% do mercado de valores e de 40% do mercado de bônus. Esses fundos são investidos em diversos países e em toda parte….na medida em que os empregadores marginalizam seus trabalhadores e os substituem por máquinas, eles diminuem o poder aquisitivo da população e vão perdendo a principal fonte de fundos e pensão. Esses dois assuntos são mais importantes do que discussões sobre como equilibrar orçamentos e reduzir taxas de juros. Todo líder empresarial sabe disso, embora não discuta sobre o particular em público.” (Observe como somos alienados. Isolados somos nada, mas juntos detemos grande poder, como Marx havia entendido)
“…A Renault na França e a BMW na Alemanha tinham duas saídas: ou reduzir a carga horária ou o número de funcionários. Reuniram-se com os sindicatos..Resultado: nessas empresas hoje em dia o empregado trabalha 4 dias por semana e recebe por 5. Os diretores têm lucro, os empregados segurança e as tecnologias operam 24 horas por dia…Em suma, reduziram as horas de trabalho e dividiram os lucros obtidos.”
O governo está começando a desaparecer da vida das comunidades. (…)Adam Smith elabora a melhor definição do capital de mercado. Cada indivíduo maximiza seus próprios interesses no mercado e isso faz como que os interesses da comunidade avancem. Essa é a filosofia tradicional de mercado. O capital social está baseado numa teoria completamente diferente. Cada pessoa dá de si para a comunidade, otimizando o bem-estar desta e, portanto, otimizando os interesses pessoais de cada indivíduo. Portanto, precisa-se tanto do capital de mercado como do capital social. Um equilibra o outro”.Bom, está resumido, mas acho que deu para entender. O capitalismo como o conhecemos está com os dias contados. Primeira opção: o capitalismo evoluirá para um comunismo (como previa Marx) e haverá revolta armada, pois o caos se instaurará no capitalismo e ninguém irá suportar a crise. Segunda opção: ou ele evoluirá para um capitalismo onde o trabalho quase não exista (trabalharemos 4 dias e receberemos o equivalente à cinco dias, até que se chegue ao ponto de se trabalhar 2 horas por dia e receber o equivalente a 40 semanais) ou uma terceira alternativa é que o comunismo será inevitável, porém não haverá revolta armada, e sim um processo dialético sócio-econômico. Isso será é uma tomada de consciência (não é por que o capitalista ficou bonzinho) mas sim uma necessidade inevitável. É bom lembra que inevitável não significa que isso é obra divina. Significa que NÓS influenciamos para que isso aconteça. Não é para esperar acontecer, cada um faz sua parte.
11/11/2005 às 12:35 #73819Miguel (admin)Mestrepreciso ler com mais calma para entender o texto lel é muinto completo mas preciso de mais calma.
02/08/2008 às 17:03 #73821jcvilanovaMembroCaro Renan, É triste ver que pessoas ditas conscientes e cultas falem absurdos como esse que vc acabou de escrever sobre o Estado. Talvez aí resida a verdade sobre Marx e seus seguidores. Um bando de imbecis que conceituam e preconceituam tudo e a todos. Acredito que vc já deu provas o suficiente do quanto é simplória e superficial a sua compreensão científica. Se falas assim do Estado é porque jamais ouviu falar em desenvolvimento social. Se falas assim, tratando-o como um objeto, é porque certamente não sabes o real significado de povo e nação. O Estado caro amigo, existe para evitar que pessoas como os seus amigos comunistas, presidentes de sindicatos e hippies de todo o mundo, ao chegarem nos mais altos cargos, aqueles onde poderão mexer as peças do tabuleiro humano, enfim o poder, possam transformar o mundo das pessoas comuns em desgraça, como o fez Fidel, ou mesmo o está fazendo o Molusco brasileiro. Não significa impedir que cheguem ao poder, mas sim impedir que usurpem-no. Prova disso é que no nosso amado Brasil, um operário analfabeto é quem joga primeiro. O Estado é um ente regulador dos atos e impropérios comunistas ou capitalistas, não importa de quem. O Estado não trabalha pra ninguém, pra uma bandeira, pra partidos ou associações, ele é o próprio povo. Atente, "Só quem pode viver fora do Estado, ou é um Deus, ou é um monstro." Vê se aprende o que um dos maiores filósofos, e verdadeiramente cientista, quis dizer. Deixe de se fundamentar em utopias absurdas como as propagadas pelo fracassado Karl Marx. Marx tinha apenas um projeto de poder. Pouco estava preocupado com as pessoas do mundo. Como explicar a escravidão na China, e a fome em Cuba?. Giddens diz de forma clássica que devemos nos afastar dos conceitos e pré conceitos para alcançarmos o desenvolvimento pessoal e assim poder contribuir com o desenvolviento social. Não somos comunistas ou capitalistas, somos seres humanos. Dá pra entender? Quanto a Constituição... ah, isso é mais absurdo ainda. Vc está confundindo Estado com Governo. O Estado é realmente abstrato e somente pode existir em função da coletividade, do bem-estar de todos. O Estado é assim a expressão de nossos anseios, de nossas necessidades. Mas, para que isso seja possível é preciso que atos de Governo validem suas premissas. Quando comunistas se apresentam como alternativa capaz de levar a humanidade ou um país a esses resultados, a igualdade, fraternidade e o desenvolvimento, estão apenas se moldando ao marketing político moderno para chegarem ao poder. Na URSS, bem como na China ou em Cuba, os Chefes de Estado andavam / andam em Automóveis de Luxo como Mercedes e Lincoln, enquanto seu povo amarga a miséria. No Brasil, o molusco se delicia com Cachaça Mexicana e Africana, viaja em jatinhos de 800 milhões de dólares, enricou empresários pernambucanos com o Fome Zero, transformou seu filho em um dos maiores empresários do ramo de telecomunicações e alienou a Democracia congressista, enquanto o povo passa fome. Que bosta de filosofia é essa? Quantos mais ainda temos que levar ao poder para que sintam as benéces do autoritarismo, do totalitarismo ou da falsa democracia brasileira, em nome de um regime impossível e inalcançavel, ao pregarem o fim de um outro que lhes garante tais privilégios?
02/08/2008 às 20:23 #73822BrasilMembroO problema do Comunismo é que ninguém quer ser o proletário e o problema do Capitalismo é que todos querem ser o patrão.
05/08/2008 às 23:41 #73820BrasilMembroOlá jcvilanova
Caro Renan, É triste ver que pessoas ditas conscientes e cultas falem absurdos como esse que vc acabou de escrever sobre o Estado. Talvez aí resida a verdade sobre Marx e seus seguidores. Um bando de imbecis que conceituam e preconceituam tudo e a todos.
Você iniciou a sua mensagem chamando o usuário Renan de “caro” e nem bem terminou o parágrafo já tacou um “imbecil” na reputação intelectual do mesmo.
(...)pessoas como os seus amigos comunistas(...)
Você acha que o fato de uma pessoa ver virtudes numa determinada teoria política, da qual você não vê, já a torna um imbecil... E pior; já torna também o seus amigos, uns imbecis! Você é realmente radical!! Bem, ates que você me classifique como “mais um imbecil”, quero lhe dizer que não tenho argumentos favoráveis ao Comunismo e nem ao Capitalismo. Considero o Capitalismo um sistema de exploradores e o Comunismo um sistema de explorados. Penso que o Capitalismo vê as relações humanas como um jogo onde quem pode mais chora menos e, o Comunismo, por sua vez, apenas como um participante deste mesmo jogo, porém, sem “ficha$” para jogar.Como você só atacou o Comunismo, os simpatizantes do Comunismo e os amigos dos simpatizantes das teorias políticas de esquerda em sua crítica, fica claro qual é a sua orientação política. Quando se quer fazer uma crítica bem fundamentada ela não pode consistir somente em ataques, sob pena de nos colocarmos “na oposição”. Há que se ouvir “os dois lados da orquestra”.Para contrapor a toda essa sua visão tendenciosa, propagandística e típica de torcidas organizadas ou militantes partidários radicais, eu vou ter de fazer, mesmo sem querer, o papel de “advogado do diabo”:
Na URSS, bem como na China ou em Cuba, os Chefes de Estado andavam / andam em Automóveis de Luxo como Mercedes e Lincoln, enquanto seu povo amarga a miséria. No Brasil, o molusco se delicia com Cachaça Mexicana e Africana, viaja em jatinhos de 800 milhões de dólares(...)
Eu presumo que em sua opinião, nos países de regime capitalista os chefes de Estado andam de carro popular, bebem água da torneira e viajam na 3ª classe, não é mesmo? Sua acusação é totalmente impensada.
O Estado caro amigo, existe para evitar que pessoas como os seus amigos comunistas, presidentes de sindicatos e hippies de todo o mundo, ao chegarem nos mais altos cargos, aqueles onde poderão mexer as peças do tabuleiro humano, enfim o poder, possam transformar o mundo das pessoas comuns em desgraça, como o fez Fidel, ou mesmo o está fazendo o Molusco brasileiro. Não significa impedir que cheguem ao poder, mas sim impedir que usurpem-no.
Não meu amigo, não é por isso que existe o Estado. O Estado existe porque o bicho Homem não é confiável. Se algum jovem que esteja começando a interessar-se por política ler o que você escreveu, entenderá que nos regimes capitalistas a usurpação do poder público não ocorre ou ocorre com menor freqüência. Isso não é verdade. Muito pelo contrário! Nos países capitalistas ditos “livres e democráticos” é que os disparates financeiros mais acontecem. Fraudes, golpes financeiros, desvio de verbas públicas, superfaturamentos, lobbys descarados nas casas legislativas e executivas, venda de patrimônio público, manipulação midiática através da restrita divisão de poder político (concessões "públicas" de rádio e tv, cargos em empresas estatais e órgãos governamentais), dominação internacional através da tutela financeira de países capitalistas pobres, como o nosso, por exemplo, etc.
Giddens diz de forma clássica que devemos nos afastar dos conceitos e pré conceitos para alcançarmos o desenvolvimento pessoal e assim poder contribuir com o desenvolviento social.
Pois, você deveria seguir o conselho de Giddens...
Como explicar a escravidão na China, e a fome em Cuba?.
Bem, China e Cuba são países muito diferentes... Acho que você está simplificando demais as coisas colocando tudo no mesmo saco. A China tem problemas demográficos centenários! E não há fome em Cuba, você está muito mal informado! O que ocorre lá é a falta de opções de produtos, devido a um embargo econômico. Você também não deve se esquecer que a China de uns dez anos pra cá é um país capitalista, portanto a escravidão lá é capitalista. Também não devemos esquecer que são pouquíssimos os países que não têm casos de escravidão. Basta olhar os interiores do nosso País, basta relembrar o caso dos fiscais do Trabalho assassinados em MG, etc. Até no centro da cidade de SP há escravidão... Coreanos empregadores do ramo de confecções, mantêm bolivianos empregados "escravos", trabalhando em condições sub-humanas, aproveitando-se da situação de imigrante ilegal, dos bolivianos.Além de não haver fome em Cuba, a Saúde por lá ostenta números per capita muito superiores aos números per capita de QUALQUER um dos países capitalistas pobres e inclusive de muitos países capitalistas ricos. A Educação também!A tua visão partidária radical lhe impede de ponderar o fato de que esses países que tiveram governos esquerdistas e estão falidos economicamente, foram alvos de históricos boicotes e embargos totalmente injustos e desumanos. Boicotes e embargos impostos pelos EUA mediante coerção e chantagem aos demais países.Nos idos de 50, 60, 70 e 80 as empresas importadoras eram obrigadas a desconsiderar os produtos advindos dos países que estavam atrás da “Cortina de Ferro”. As taxas de importação para produtos destes países era algo absurdo, ilógico. Elevando os preços dos produtos em cerca de 20 ou 30 vezes mais que os mesmos produtos advindos de países alinhados ou tutelados à política econômica estadunidense. Antes de citar a situação econômica e social dos países que tiveram regimes esquerdistas, há que se considerar a legitimidade ou ilegitimidade da “Cortina de Ferro”. Cuba foi o país que enfrentou o pior boicote da história, que perdura até hoje! Antes de se atribuir condição de “fome” a um país que é referência mundial em Saúde e Educação, há que se ponderar os percalços enfrentados por este país. Ou não? Cuba, ao contrário da China, é uma minúscula ilha que dependeu por muitos anos da monocultura da cana de açúcar. Se Cuba tivesse a potencialidade industrial e agrícola que tem o Brasil, certamente eles não teriam sofrido tanto como sofreram com o covarde boicote e estariam sem dúvida alguma, em muito melhores condições econômicas e sociais que o Brasil.A China tem Cultura e soberania milenares, Cuba, ao contrário, foi uma colônia assim como nós, e foi lesada enquanto colônia, assim como nós, nem bem libertou-se dos colonizadores espanhóis caiu nas mãos de alguns poucos ditadores déspotas e corruptos vendidos aos EUA e que algumas décadas depois perderiam o poder para Fidel e os revolucionários. Ou seja, a sua história de vida oficialmente livre de dominação financeira e econômica externa, foi com Fidel e os revolucionários! Além de se avaliar os efeitos do Embargo Econômico, há que se avaliar também a sua legitimidade. A legitimidade ou ilegitimidade do Embargo é sempre um assunto do qual os partidários radicais contra os regimes de esquerda, como você, fazem questão de ignorar. No meu caso; vejo com olhos filosóficos e não com olhos partidários. A não ser que você considere o Embargo algo justo. Considera? Suas críticas dirigidas somente ao nosso presidente Rasputin do ABC e seus sindicalistas, poupando totalmente o seu antecessor o Prof. Pênis de Borracha e seus banqueiros, mostra claramente a sua posição partidária no atual contexto político.O Rasputin do ABC “enricou” o seu filho, ajeitando alguns contratos com empresas ligadas ao Governo... E o Prof. Pênis de Borracha emprestou 10 bi em dinheiro público para o Banco Nacional, alguns meses antes do mesmo falir e sumir com o dinheiro. O dono do Nacional é sogro do filho do Prof. Pênis de Borracha. Quem é pior?Você acusa o atual governo de alienar a “democracia congressista”... Eu acho que você está se esquecendo como se deu a possibilidade de reeleição em 1998, do Prof. Pênis de Borracha. A Polícia Federal, que está prendendo vagabundos na política quase todos os dias, sem olhar a qual partido pertence, durante o governo do antecessor, o FHC, ficou de mãos atadas sem verbas e sem aparelhamentos (armas, aparelhos de escuta, viaturas, helicópteros, policiais, etc.) para trabalhar, já no atual governo, a PF recebeu até agora 74% a mais do que recebeu durante TODO o governo FHC. Quem alienou mais a “democracia congressista”?
01/11/2008 às 15:33 #73823AriadneMembro“E quanto a alienação do trabalhador, é mais que claro que ele está alienado,(no termo marxista da expressão) a divisão organizacional do trabalho moderno impõe isto! Veja só, estou em uma fábrica em Camaçari/ba, sou responsável pelos serviços de telefonia, e não sei qual o nome do(s) produto(s) final(is) que saem daqui, isto não é desinformação, é alienação, não me sinto parte do produto, estou alienado. ” Pretendo ler mais detidamente as mensagens do tópico e participar desta discussão. No entanto, ao deparar com o termo alienação, é irresistível lembrar que a palavra está saturada, expressando muito mais impressões pessoais, a partir de um dado ponto de vista, quase sempre superficial, do que um fenômeno em si. Aliás, a perspectiva de Gadamer enriquece muito essa questão, ao considerar que, ao optar por um sistema de valores, seja qual for, renunciamos a outro.
01/11/2008 às 15:41 #73824AriadneMembro“O Estado existe porque o bicho Homem não é confiável. Se algum jovem que esteja começando a interessar-se por política ler o que você escreveu, entenderá que nos regimes capitalistas a usurpação do poder público não ocorre ou ocorre com menor freqüência.” Bem, observado, Brasil. Mas da mesma maneira como o Estado também é constituído por homens (de todos os tipos), logo não sendo também confiável. Daí porque o chamado sistema de pesos e contrapesos, próprio de regimes democráticos, por precários que sejam, na prática comprovam mais eficiência que os sistemas centralizados, baseados na concentração de poder nas mãos do Estado.
01/11/2008 às 19:25 #73825BrasilMembro(…)da mesma maneira como o Estado também é constituído por homens (de todos os tipos), logo não sendo também confiável.
Sim é verdade. Todos têm seu preço… Daí o fato de eu idealizar um sistema de convívio social sem dinheiro. É utópico? É, mas não impossível.Um sistema um pouco difícil de se entender, mas uma vez entendido, fica difícil desconstrui-lo. É difícil desconstrui-lo, porque ele inviabiliza a possibilidade de corrupção e favorecimentos. É difícil desconstrui-lo, porque ele contempla cada indivíduo com o que há de melhor nas sociedades e, o mais importante; livra cada indivíduo do que há de pior.É difícil descosntrui-lo, porque uma vez aceito pela sociedade, não há movimentos políticos ou ideológicos dentro desta mesma sociedade ou fora dela, que possa mina-lo ou desestabilizá-lo.Quando aqueles que têm carro de luxo e moram em locais confortabilíssimos, se aperceberem que o preço para tal condição é a sua liberdade de andar livremente pelas ruas, é o medo de ter um filho seqüestrado, é o risco de perder tudo nas mãos de um governo revolucionário qualquer, é o risco de "encontrar uma bala perdida", e entender que num sistema sem dinheiro, aquela condição em que ele vive, e julga luxuosa, privilegiada, é possível a todos, e não se importar em ser “igual” aos outros por isso, então aí o sistema sem dinheiro vai começar a ser encarado como algo viável e interessante.Quando aquele que anda de carro de luxo e come filé mignon, não se sentir inferiorizado porque todos poderão andar de carro de luxo e poderão comer filé mignon, aí o sistema poderá ser pensado.
01/11/2008 às 23:44 #73826BrasilMembroUtopias à parte, eu penso que dentro do atual sistema, encontramo-nos em uma encruzilhada histórica. É o fim de uma ideologia e o início de um vazio intelectual e ideológico nas políticas econômicas mundiais, seja de esquerda ou de direita. Todos falam mas ninguém diz nada, os exemplos e os fatos desmentem a todos.Compete ao Estado regular a Economia ou não? Quem ousa afirmar categoricamente?
02/11/2008 às 14:52 #73827AriadneMembro“Utopias à parte, eu penso que dentro do atual sistema, encontramo-nos em uma encruzilhada histórica. É o fim de uma ideologia e o início de um vazio intelectual e ideológico nas políticas econômicas mundiais, seja de esquerda ou de direita. Todos falam mas ninguém diz nada, os exemplos e os fatos desmentem a todos.Compete ao Estado regular a Economia ou não? Quem ousa afirmar categoricamente? " Espanta-me tal afirmação sobre "vazio intelectual e ideológico", uma vez que parte de um falso pressuposto, o de que a atual crise do chamado fundamentalismo de mercado tem alguma relação com uma hipotética crise do capitalismo, quando se tratam de coisas totalmente distintas. Capitalismo e liberalismo não podem ser confundidos, Brasil. Não são sinônimos. O capitalismo convive com intervenções moderadas do Estado na economia em todos os países desenvolvidos, especialmente na Europa, mas também nos EUA. Quanto a competir ao Estado regular a economia, muitas teorias tornam recomendável que seja o mais discreta possível e a prática confirma. Tanto que, com a crise das economias européias, na década de 80, precisou-se recorrer à desconcentração da atividade econômica nas mãos do Estado em favor da iniciativa privada. Da mesma forma como a pregação neoliberal dos "Chicago Boys", nos EUA, que estimulou o fundamentalismo de mercado desde os anos 80, culminou em mais uma crise que, a exemplo do que ocorreu no New Deal, exige medidas por parte das autoridades financeiras governamentais. Não quero parecer antipática, mas acho importante tratar esses conceitos com cuidado. Uma coisa que sempre me incomodou é o discurso liberal radical, que limita o capitalismo ao chamado fundamentalismo de mercado. E agora venho me incomodando com a forma oportunista, no caso de alguns, equivocada, no de outros, que tentam usar a crise do fundamentalismo de mercado como se tratasse de uma crise do próprio sistema capitalista. Isso é completamente falso.
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