Início › Fóruns › Questões do mundo atual › A crise das teorias políticas de esquerda › PT ELEITO
- Este tópico está vazio.
-
AutorPosts
-
24/02/2004 às 14:20 #72302Miguel (admin)Mestre
I) Extraídos de escritos do geólogo escocês James Hutton (1726-1796):
“… o tempo, que tudo mede no nosso pensamento, e muitas
vezes é escasso aos nossos planos, para a natureza é infinito
e como se não existisse …”, “ … uma teoria é verdadeira
enquanto está de acordo com os fatos …”.
1. Isso daí permite caracterizar o pensar liberal. Essas
assertivas asseguram que conteúdo da teoria permaneça
livre de indutivismo e determinismo e historicismo.
– “indutivismo” só deve existir na fase de racunho,
risque&rabisque, estensão, deslimitar; somente pelo
processo dedutivo deve haver um desfecho
– “determinismo” deve estar interdito sempre, cortar pela
raiz, sufocar já no berço
– “historicismo” é uma invencionice de vigarice; para
Popper o maior vigarista na modernidade foi Marx;
interditar sem apelação é a regra de ouro.
2. O pensar liberal aceita como coisa da Divindade os dois
fatores: Tempo e Espaço. Qualquer raciocinar que não torne
explícito o duo T&E está errado a priori. O humano está
absolutamente condicionado da-cabeça-aos-pés ao T&E.
3. Para o pensar liberal há um cânone – viagem fascinante
pelos ´vetores´ do conhecimento ocidental: Aristóteles,
Newton, Copérnico, Galileu, Hutton, Kant, Einstein, Física
Quântica.
4. Esses aí (e muitos outros) lidam basicamente com T&E.
5. Ver texto sobre o liberal Hayek:
http://www.cienciapolitica.org/IEP/As Cadeiras/TPC I/Hayek1-28 Out.htm
6. Reparar no texto de Hayek:
– o francês Comte do Positivismo está junto de Marx
– no Brasil a República está condicionada ao positivismo
– o dizer Ordem e Progresso pode ter duas leituras:
a) “sem ordem não há progresso”, pró Estado absolutista
b) “há tempo de ordem e há tempo de progresso”, pró
processo liberal da individualidadeII) O Brasil está atrapalhadíssimo consigo mesmo. Imaginar
o indivíduo que amarra os dois cordões dos sapatos –
direito e esquerdo amarrados num nó: trapalhão de marca
maior que não consegue dar um passo sem desestabilizar ou
inibir ou confundir. O espírito nacional está numa confusão
danada devido ao ambíguo Ordem e Progresso da bandeira
nacional.
1. Considera-se que o desprezar&ignorar do brasileiro ao
espírito do Ocidente, está bem caracterizado pelo O&P. O
brasileiro ainda não aceita que o espírito-da-coisa já está
dado, está de mesa posta, está inarredável. O brasileiro
enerva-se no questionar sobre duo Democracia&Capital.
E pelo enervar e problematizar, o brasieliro busca uma
Ordem para dispor do correspondente Progresso. Ledo
engano!
2. Ocorre que O&P está para processo e não para espírito!
O Ocidente já fixou que o espírito está dado para D&C e,
portanto todo mundo ocidental deve processar em O&P.
O brasileiro (nós) não atina! O brasileiro não quer saber!
A Usp tá a viajar na-maionese! A Fiesp nem tá pra coisa! O
partido político tá pra si e seus!III) A seguir trecho para caracterizar o Brasil de brasileiros
(nós brasileiros!): aglutinado de sonsos&tontos&broncos:
“ … como correspondente da GZM em Washington, eu
entrevistava um ministro brasileiro … o ministro que o
precedera no cargo acabara de firmar um acordo com os
norte-americanos na área comercial … o Brasil reduzira
alguns subsídios de exportação que atritava em demasia nas
relações com os EUA … o novo ministro não teve dúvidas
nem pudor para restabelecer os subsídios … interroguei-o:
´Mas, ministro, o senhor está revertendo tudo o que está
acordado com o Tesouro dos EUA? Como vai ser logo
mais? Eles vão perceber nalgum tempo adiante, como vai
ficar o acordo fraudado por debaixo dos panos?’. O
ministro nem corou nem baixou a voz: ´Quando eles
perceberem nós já exportamos’ … a questão a respeito da
credibilidade, o Brasil não considera … tal atitude de
desdenho, o brasileiro exerce intrnamente em tudo e,
imprudentemente perante todo mundo …”IV) N´O Globo, Gois, 24-02-2004: “O bloco Quanta
Ladeira, folia de músicos pernambucanos como Lenine,
mandou ver ontem numa paródia de “Máscara negra”, a
marchinha de Zé Ketti. Dizia assim: “Eu tô rico, eu tô rindo
à toa/Mais de mil Paloccis no salão/Já voei pelo Oriente e
pela América Latina/A bordo do Sucatão…” Faz sentido.
1. Ora assumido LulaBah! ora assumido LulaOh! corre
solta a tal de “falação”, ardiloso modo de chorumelar tudo à
sua volta, e assim permanecer na crista da onda-quimera.
2. Todos estão a perceber como funciona a “falação”, logo
mais o feitiço vira contra o feiticeiro, então LulaPutz! não
saberá como proceder, pois LulaArghóut! só sabe aplicar
mas ignora quanto ao levar! O pessoal do 39% está na
arquibancada aguardando …
só pra ver no que vai dar a arruaça proporcionada pelo 61%!
(MCH, 24022004)24/02/2004 às 21:09 #72303Miguel (admin)Mestre>>Melvin: Este teu curso de Relações Internacionais, parece ser interessante, mas volta e meia, parece que teus professores só te incitam à reclamações, lamúrias. Coisa do tipo que transcrevo abaixo: o brasileiro não quer saber, A usp, ta a viajar, A Fiesp, etc. Acho que fica difícil, na prática, adotar uma política baseada no credo liberal, tu não achas? Se ninguém percebe a “ sabedoria” de vcs.
2. Ocorre que O&P está para processo e não para espírito!
O Ocidente já fixou que o espírito está dado para D&C e,
portanto todo mundo ocidental deve processar em O&P.
O brasileiro (nós) não atina! O brasileiro não quer saber!
A Usp tá a viajar na-maionese! A Fiesp nem tá pra coisa! O
partido político tá pra si e seus!>> Uma pergunta: Entendi que os liberais alternam Ordem e Progresso. Neste ponto, me parece que vcs deveriam estar com o ministro Palocci e sua patota. Era hora de arrumar a casa, daí para frente virá o crescimento, segundo eles. Qual o problema?
25/02/2004 às 13:13 #72304Miguel (admin)MestreFernando, Terca, 24 de Fevereiro de 2004 – 6:09 pm:
I) Escreveu-se “Usp a viajar … Fiesp nem tá … ”
1. O desavisado F. que dê uma olhadela a seguir:
– considerar um Indivíduo do Ocidente – IO
– IO só pensa naquilo: Democracia&Capital (D&C)
– IO estigmatiza “inimigo” todo o anti-D&C
– IO vê duo D&C em desenvolvimentos, mudanças mis
2. O desatento F. que acompanhe o seguinte:
– considerar um Indivíduo de Estado Nação – IEN
– IEN só pensa naquilo: Cadê Meu Quinhão (CMQ)
– IEN estigmatiza “inimigo” todo anti-CMQ
– IEN vê seu CMQ travado pelos outros que são abusados.
3. O ledoengano F. que permaneça a postos:
– IEN está em toda parte, o bebê já está IEN do CMQ
– IO não nasce, forma-se e manifesta-se pós formado
– para cada zilhão de IEN, há “n” de IO
4. Agora um direto no fígado de F.:
– no Brasil inexiste o “n” de IO, apesar do zilhão de IEN
5. F. ainda está por aí, hein? Continua-se:
– Usp/Unicamp/Puc’s e muitas deveriam formar IO’s
– tais instituições formam de tudo – e bem formados
– mas nem cogitam de formar IO’s
– sem IO’s inexiste “capital interpretativo de mundo”
– para “leituras de mundo” somente enquanto IO
6. F. baratinado mas firmão … adiante então:
– Fiesp necessitaria de IO’s
– Fiesp deveria solicitar ($$$) que Usp formasse IO’s
– Fiesp sem IO’s fixa-se mero IEN: desastre nacional
– todas fiesps estaduais deveriam dispor de IO’s
– IO’s e IEN’s não se hostilizam, mas não se dão trégua
7. Aguenta aí ô F.:
– IO sempre interdita ao IEN de ficar pelas leituras opacas
– “leitura opaca” significa ausência de prazos&metas
– para IO a medida de prazo está “década” …
– … uma “década”, meia “década”, duas “décadas”II) Caso brasileiro:
– IEN brasileiro gerou movimentos estilo Mst
– IO daria trancaço: “Qual o período?”
– IEN estaria diante de duas:
— ou fixar metas: prazo e resultados
— ou liquidar de imediato movimentos
– Claro que duas opções dariam muito pano-pra-manga
– haveria sempre embate IEN versus IO: inexiste idiotês “querer é poder”
– “fixar metas” ou “liquidar e vez” daria pega-pra-capá feroz
– recordar que IO está paradigmatizado com D&C
– IEN paradigmatizado com CMQ
– fragor milenar para D&C versus CMQ
(MCH, 25/02/2004)25/02/2004 às 14:15 #72305Miguel (admin)MestreFernando, Terca, 24 de Fevereiro de 2004 – 6:09 pm:
I) “… Qual o problema? …”
1. Ô matuto F., caso perguntar em fórum … sá$cumé$né$?II) “… alternam Ordem e Progresso …”
1. Fica frio com o que vai ler a seguir:
– conflito 1914/1918 … Progresso
– Liga das Nações … Ordem
– conflito 1939-1945 … Progresso
– ONU&Otan&UE … Ordem
– ???
2. Tudo depende do quadro “antes” e “depois”
Não fixar leitura literalmente para “progresso”
Ocorre que está identificado cientificamente que na
evolução da Vida, a mudança de coisinhas e coisonas
proporcionou ampliar em complexidade. Daí o associar
“mais complexidades” com progredir.
3. Atenção. Complexidade não tem nada a ver com
confusão, esculhambação, arruaça, complicação,
dificultamentos.
4. Complexidade tem tudo a ver com maiores graus de
liberdade complementares, ou seja ampliar holístico da
coisa – seja coisinha seja coisona.
5. Caso da atualidade. Ação militar no Iraque:
– Ordem … época de Saddam ignóbil aos padrões ocidentais
– Progresso … conflito e ocupação por EUA&GB
– Ordem próxim … Iraque com D&C em padrões ocidentaisIII) “…ministro Palocci e sua patota …”
1. Lula/2002 gerou o maior prejuízo nacional, de
ultrapassar todas falcatruas acumuladas nos séculos.
Como contraponto resultado 61%+39%=100%
caracterizou complexidade cívica. Portanto houve
Progresso com ascender de Lula. Evidente que após
Progresso deve suceder nova Ordem.
2. Entretanto até fev/2004 a nova Ordem ainda não deu as
caras. Permanece a mesma Ordem que Lula/2002 destruíra.
Evidente que após destruir, o recompor é pura vigarice.
3. Atual autoridade federal necessita produzir uma Ordem
pertinente ao Progresso/2002. Porém tudo indica que tal
necessidade não estará realizada num período futuro.
4. Sem uma nova Ordem, a nação degrada, agrava
desconexos, facilita novos desmazelos, avança em
arruinamentos.IV) “…arrumar casa, daí para frente virá o crescimento …”
1. Falta de “n” Indivíduos de Ocidente (IO), para lidar com
zilhões de Indivíduos Estado nação (IEN), oportuniza
dizeres como “arrumar a casa” e “buscar crescimento”.
2. Reparar num processo com precariedade em ordem:
– Lula Sexta assina MP anti-bingos
– Lula Sábado recebe visitas, joga futebol
– Lula folga no período carnavalesco
– Lula na Quarta reúne ministros para:
— avaliar quiproquó Diniz
— elaborar pauta para viagem Quinta à Venezuela
— combinar desagravo ao Dirceu
— investimentos CEF e BB para 2004
— e quem sabe algumas amenas:
(abordar unha encravada do ministro …)
(diz-que-diz pelo fuzuê no camarote da Brahma)
(provadinha em picanha assada especial)
(um pouco sobre sexo dos anjos)
3. Ô F. carnavalesco de enredos-fundidos, reparar só:
– inexiste paradigma para “crescimento” ou “fomezero”
– tudo gira com nova Ordem seguida de inaudito Progresso
– nunca Ordem está de início (inicialmente!) mal pensada
– nunca Progresso está de início entendível
– sempre o que importa é o estender em complexidades.
(MCH)26/02/2004 às 17:22 #72306Miguel (admin)MestreApós um feriadão com sol praia e Trio Elétrico puxado por Chiclete com Banana, Ivete Sangalo, Babado Novo e Companhia, estamos de volta…
Há mais de cinco séculos Maquiavel já tinha alertado em O PRINCIPE aos governantes da necessidade de promover festas para o povo e assim manter um aceitável por parte do povão. A respeito da caracterização do povo brasileiro, o intelectual Roberto Damatta retrata em seu livro: O QUE FAZ O BRSIL BRASIL, um belíssimo apanhado dos diferentes costumes da cultura popular brasileira, entre eles o carnaval, que marcam e dão a cara do Brasil, pelo menos a que aparece na mídia. Mas, não entremos nesta discussão agora, pois não é o tópico adequado.
Primeiramente A. H.
Alex Haydin se você observar a frase que vc teve a felicidade de escrever e eu utilizei na última postagem: “(…) a fraude está no homem” assim, solta, de forma desconexa, sem algum complemento, como coloquei agora voçê perceberá que ela possui a capacidade de gerar distintas interpretações, mas quando adicionamos o(s) complemento(s) teremos algo mais definido, assim como foi feito por vc, quando retratou a angustia do homem e a busca dos seus mistérios. Ao me dá a liberdade de arrancar do seu texto esta frase e adicionando um outro complemento também dei um outro significado ao conjunto, não tão diferente daquela busca angustiada do homem pelos seus mistérios. Vejamos:
Destaquemos “homem” e “livros”, qual destes elementos possuem propriedade de, relativo, dinâmico, rotativo, dissimulador, “fraudulesco” ? O Homem, evidente. Aos livros estáticos, só terão finalidades após serem lidos e interpretados pelo homem. Assim a “fraude está no Homem, no leitor e não nos livros que ele leu “ as distintas interpretações a partir dos distintos pré-textos de cada homem-leitor que geram a fraude. Com isso estava querendo informar que aquelas bibliografias citadas não eram fonte de todo conhecimento necessário, e o conhecimento que estão ali servem para finalidades diversas, basta o homem querer.Enviado em Sexta, 20 de Fevereiro de 2004 – 12:04 am:
“Passa um tempão e Marx aproveita o momento em que a ciencia matava Deus para lançar a sua teoria demoníaca.” A HSe o homem está há 40.000 anos angustiado, não seria digno dizer que a produção de Marx seria fruto de suas angustias? O que isso teria haver com “teoria demoníaca” ? Qual seria a teoria angelical ?
Se formos fazer um concurso para eleger o mais assassino dos sistemas; capitalismo ou comunismo, contando mortes diretas e indiretas, veremos que o número de almas que o comunismo mandou para o Inferno ou o Céu está aquém do mesmo número do capitalismo. Vejamos a sua frase:
Enviado em Sexta, 20 de Fevereiro de 2004 – 12:04 am:
“Uma matança só… e um fiásco total do sistema construido pelo homem, e que visava
reviver o paraiso.” A HO leitor poderia indentificar, apenas a partir desta frase, a qual sistema vc se refere? Percebe que podem ser ambos? Comunismo/socialismo e/ou capitalismo.
Não se trata de uma arraigada defesa do comunismo, todos sabem dos seus males, assim como sabem dos males do capitalismo, pelo menos suponho que saibam.
Ao Melvin:
Melvin com que autoridades podemos afirmar que Marx estava desligado do contexto em que vivia e de forma proposital, observe os escritos: Guerra Civil na França 1848 e O Manifesto Comunista, verá que ele estava inserido sim no contexto oitocentista.
Vc destaca uma lista de fatos:Enviado em Sexta, 20 de Fevereiro de 2004 – 11:33 am:
“3. Em 1848 Marx&Engels apresenta Manifesto Comunista, em 1867
Marx apresenta O Capital. Reparar o ocorrido de 1848 até 1867:
– 1848: movimentos liberais na Áustria e Alemanha, EUA incorpora
Califórnia e Texas
– 1851: primeira exposição mundial de Londres
– 1852: Kelvin anuncia o princípio da dissipação da energia
– 1853: primeiro congresso científico internacional, Knies kança A
Economia Política pelo Método Histórico
– 1855: Buchner apresenta Força e Matéria
– 1856: achado pré-histórico de Neandertha, processo Bessemer na
fabricação do aço, síntese do corante de anilina
– 1858: Virchow lança Patología Celular
– 1859: primeira extração de petróleo nos EUA, Kirchoff funda a
espectroscopia, Darwin lança A Origem das Espécies
– 1860: primeiras votações populares nas diversas regiões italianas,
Fechner lança Elementos de Psicofísica
– 1861: em Londres a primeira escola de Enfermagem
– 1863: abolição da escravatura nos EUA, Huxley lança O Homem
na Natureza
– 1864: primeira Internacional dos Trabalhadores em Londres,
fundação da Cruz Vermelha
– 1865: começo do feminismo com Associação de Mulheres Alemãs,
Lister faz experimentos de antisépticos, Bernard lança Introdução ao
Estudo da medicina Experimental
– 1866: Mendel lança Experimentos sobre Híbridos, lange lança
História do Materialismo
– 1867: Nobel inventa a dinamite, Marx lança O Capital.
– 1868: começos da cirurgia antiséptica, Calvo lança Direito
Internacional Teórico e Prático,
– 1869: inaugurado Canal de Suez, primeira ferrovia transcontinental
nos EUA, Mendelejeff lança Primeira Tábua Periódica dos
Elementos” Melvinelabora suas interpretações a partir de determinada perspectiva, influencias e ainda, estando em uma posição previlegiada, mais de cento e cinqüenta anos depois, e exige que Marx faça o mesmo? Senão o acusa de ser vigarista, ora Melvin tenha paciência.
Enviado em Sexta, 20 de Fevereiro de 2004 – 11:33 am:
“III) O brasileiro que se propuser meter a colher em assuntos de
fórum, deveria estar conhecedor – com alguma profundidade -, da
História Luso-Espanhola, da Península Ibérica. Pois o Brasil tem
tudo a ver com esses dois países, e esses dois tem tudo a ver com a
Inglaterra. E a Inglaterra detem status chave no Ocidente.
O brasileiro que não se propuser a conhecer o período 1580-1640,
estará com falta de visão a respeito do Brasil&Portugal&Espanha.”Conhecimento…..
Listar uma cacetada de fatos e expor seria conhecimento? Não. Isto é somente informação. Entre 1580 e 1640 diversos fatos moveram o mundo, lista-los aqui seria extremamente fácil, mas interessante seria unterliga-los, analisar seu contexto, apresentar as informações impregnadas nas entre-linhas.Brasileiro que tiver caixa de informações acumulada em seu HD e manter-se sobre dogmas, fundamentalismos, sem apropriadamente associar, trabalhar estas inforrmações poderá travar.
Enviado em Sexta, 20 de Fevereiro de 2004 – 11:33 am:
2. “O texto destaque acima foi uma interpretação do mensagista!”
MelvinEnviado em Sexta, 20 de Fevereiro de 2004 – 11:33 am:
“1, Pois é ô 105TN, o mensagista entende que Marx como sábio que
era, estava certo de que seus escritos – caso adotados como diretivas
-, acarretariam revoluções nos pensamentos e nas açõers humanas,
para as gerações seguintes. “MelvinSaiba então que se o Mensagista continuar entender/supor, estará dançando samba sob areia movediça e logo, logo, não se verá nem fio de cabelo do mensagista/dançarino.
Enviado em Sexta, 20 de Fevereiro de 2004 – 11:33 am:
“IX) “ … 1789 1799 ajudaram pintar … LIBERDADE, IGUALDADE
E FRATERNIDADE … segunda já está garantida”
1. Nada disso aí , 105TN!
2. O maior símbolo na Revolução Francesa foi rolar a cabeça do rei,
e dos bispos e dos nobres. O “rolar de cabeças, seja lá de quem fôr”
foi o maior feito de 1789-1794. O que abalou o mundo na época foi
constatar que o Rei e tudo o que representava fora … guilhotinado!
Foi um choque de estarrecer, de tirar o tino dos indivíduos. Nada a
ver com slogan, pois o povaréu queria pão, comida, abrigo.” MelvinQuando coloquei o slogan da RF(1789-1799) não quis destaca-lo como os elementos mais importantes deste fenômeno, mas sim chegar a questão da liberdade sem igualdade e igualdade com liberdade.
PS
Enviado em Segunda, 23 de Fevereiro de 2004 – 10:18 am:“Fora desses dois aí, então P. ou está no litoral das
gatinhas, ou no sambódromo dos corpões, ou no
pantanal dos crocodilões, ou lá com os soteropolitanos
mui vagais!” MelvinOh Melvin! Que é isso?? Soteropolitanos mui vagais??? Baseia-se no senso comum: Todo baiano é preguiçoso?
27/02/2004 às 3:02 #72307Miguel (admin)MestreTorre norte 26/02
1)“…gerar distintas interpretações…”
Lembre-se:
Leituras da vida.
Para facilitar um pequeno extrato de um indivíduo do subsolo:“Olhai melhor! Nem mesmo sabemos onde habita agora o que é vivo, o que ele é, como se chama. Deixai-nos sozinhos, sem um livro, e imediatamente ficaremos confusos, vamos perder-nos: não saberemos a quem aderir, a quem nos ater, o que amar e o que odiar, o que respeitar e o que desprezar. Para nós é pesado, até, ser gente com corpo e sangue autênticos, próprios; temos vergonha disso, consideramos tal fato um opróbrio e procuramos ser uns homens gerais que nunca existiram. Somos natimortos, já que não nascemos de pais vivos, e isto nos agrada cada vez mais. Em breve inventaremos algum modo de nascer de uma idéia. Mas chega; não quero mais escrever do Subsolo”…(1)
2)“O que isso teria haver com “teoria demoníaca” ? Qual seria a teoria angelical?”
O homem é livre torre norte: eis a teoria angelical, sacou?
Mais do que ja foi dito aqui não sei se é possível.
Acontece que não existe moral objetiva.
Simplesmente não existe!
O homem é a pior espécie de animal que caminha neste planeta, e a única solução que encontro é o “salto qualitativo”, a experiência religiosa. Sem isto o homem é um invejoso-hipócrita-idólatra, que pensa que pode saber algo pq leu um livro.3)“…número de almas que o comunismo mandou para o Inferno ou o Céu está aquém do mesmo número do capitalismo”
Que é isso Torre Norte, é notório que o sistema comunista praticou homicídios em massa, e matou mais, mas muito mais meeesmo que o capitalismo. Construiu muros. Pintou a vida de cinza.
Atente para o seguinte:
O comunismo matou. Havia uma causa que justificava. Para citar apenas um exemplo a china foi um terror.
O capitalismo permitiu que homens escolhessem, mas o homem é uma besta quadrada sem Deus, entendeu?(muita correria maluca).
E não me venha a interpretar Deus como um caminho social, ou espécie de sistema tal qual o marxismo.
Deus é a pergunta elementar.
Sem ela(a pergunta elementar) vc circula na vida, e de nada adiante ler livros e fazer cursos.4)“…a qual sistema vc se refere?”
Torre Norte ao sistema que tenta resgatar o paraiso perdido, oras!
São os comunistas que querem viver felizes para sempre. Que aceitaram corrigir a obra de Deus, deste Deus ingrato que permite que crianças morram ou passem fome. Os comunistas costituem espécie de ser humano superior que sabe das coisas, coisas que o povo de um modo geral não sabe. São os gladiadores bondosos… defensores dos pobres e oprimidos… são os líderes natos que conduzirão o proletário até a terra prometida.
Evidente que ninguém vai imaginar que o capitalismo deseja resgatar o paraiso perdido, pq o paraiso, meu amigo, já era.
Isso mesmo, aqui na terra sem chance, o perdemos e pronto.5)“…todos sabem dos seus males…”
Sim, mas o comunismo é um sistema.
Já o capitalismo é liberdade.
De fato o capitalismo propricia ao homem oportunidades: cativa a ganância e a luxúria, o poder, mas a responsabilidade histórica é do homem, e não de uma teoria ou de um sistema ou de um ditador maluco qualquer.
No capitalismo temos erros individuais, e dos erros podemos tirar lições, já o comunismo estimula a figura de um genocida maluco controlador pervertido.Veja… falava de conservadores e liberais como posturas que podem ser assumidas pelo homem. Já o comunismo constituiria espécie de sistema que visa corrigir erros inerentes ao homem e as leituras que ele faz da vida sem o salto qualitativo.
Melvin disse que tudo foi uma correria maluca, e foi mesmo.
Pq Intelectuais da época aderiram ao comunismo?
Muitos intelectuais de grande valor!
Não foi marx que os convenceu, mas sim a correria maluca que gerou leituras erradas da vida.abs.
(1) Memórias do Subsolo, Fiódor Dostoiévski27/02/2004 às 11:42 #72308Miguel (admin)MestreSe há o livro negro do comunismo, também há o do capitalismo. Ditadores matam, torturam, também no capitalismo. Só uns pequenos exemplos: Sob o pretexto de evitar o comunismo, Sukarto na Indonésia, matou cerca de 2 milhões, daí para frente foi possível que o capitalismo se instalasse naquela região. Da mesma forma, Pinochet, Videla, Médici, Somoza, etc,etc e etc, mataram, torturaram, para manter o capitalismo funcionando. Estou fazendo esta lista, aqui, assim, na pressa, “ de cabeça”, mas como disse há o livro negro do capitalismo também. A lista dos massacres feitos por países capitalistas, ou que tentavam entrar no capitalismo, é imensa. Pior, todos estes massacres com objetivo de evitar-se o comunismo, tiveram, sempre, apoio do Ocidente, ( seja Kissinger com Pinochet, Reagan com os Talebans, por aí vai). A liberdade do capitalismo, é calcada na liberdade para suas empresas e corporações, o que contraria isto é aplastado, triturado, massacrado. Enfim, é no mínimo unilateral e injusta a visão que só mostra os massacres dos comunistas, que lamentavelmente irão viver com este fantasma para sempre. Mas a questão do paraíso eu concordo, que ele não existe, não há paraíso. Dentro das minhas limitações, já tentei colocar esta visão aqui. Já disse que uma sociedade igualitária, no Brasil, por exemplo, assustaria a maior parte do segmento social a que nos, neste fórum pertencemos. Entendendo que se a esquerda, não quer tornar-se amorfa e ser engolida pelo sistema, tem que enfrentar esta questão. Resumindo: Não há paraíso, a tentativa é evitar-se o inferno da barbárie. Parece-me também que é impossível o resgate de uma visão religiosa, mais ampla, abrangente, esta foi engolida pelo sistema, que aí não chamo mais de capitalismo, mais de sistema produtor de mercadorias. Deus está morto e o paraíso perdido para sempre, resta a ação dos homens.
27/02/2004 às 12:05 #72309Miguel (admin)MestreLiberdade……..
Acredito que de tanto ser conclamada por aí, esta palavra já ganhou outros sentidos. Por isso, infelizmente sou obrigado a fazer esta pergunta: Mas de que liberdade vc esta falando A.H. ?
A liberdade que o indivíduo tem de escolher se recolhe pelas ruas, latinhas de alumínio ou caixas de papelão? ou aquela outra que muitos jovens optam; qual facção criminosa aderir para trabalhar como “aviãozinho” vendendo drogas para ganhar um trocado? Ou talvez seja a opção de largar os estudos para trabalhar e ajudar na manutenção da casa. Esta é a liberdade.Esta liberdade que me oferecem é uma mediocridade.
Ah! mas vc pode está falando da outra liberdade. “Instalarei minha fábrica no Brasil ou na China? Qual destes países me ofereceram mais vantagens?” A liberdade para o capital.
“E não me venha a interpretar Deus como um caminho social, ou espécie de sistema tal qual o marxismo. “A.H.
Que é isso Aléx? A única vez que passei perto de religião aquí no conscienca foi uma citação de Bakunin que coloquei em um outro tópico.
27/02/2004 às 13:09 #72310Miguel (admin)Mestre105TorreNorte, 26 de Fevereiro de 2004 – 2:22 pm:
I) “Após um feriadão com … estamos de volta …”
1. Sem essa cara! Conta outra! Depois daquilo o neguinho
ainda está indo!
2. Está comprovado empiricamente de que o carnaval
acarreta um ônus à nação de quase ¾ de mês na inatividade.
Já pensou uma nação inativa, ficar a coçar bicho-do-pé
durante 15 dias úteis? É isso o que o brasileiro (nós
todinhos!) conseguem se proporcionar sem pejo!
3. Quando hipotética Alca futura sair de questiúnculas e,
entrar nos finalmentes, provavelmente o evento
carnavalesco disporá de capítulo especifico. O Brasil
receberá débito em conta comum aos 35 países – “pagar à
caixinha” devido tamanha desfaçatez de verão.
4. Tudo bem que uma dezena de feriadões fins-de-semana
pretextem merecido refresco, mas o dissipar do período
carnavalesco está literalmente pura agressão à racionalidade
humana.
5. Mas tudo bem – a gente é o que a gente é, gente!II) “… com que autoridades podemos afirmar que Marx
estava desligado do contexto …”
1. Todo mundo reconhece em Marx-Engels estudiosos-
pensadores-cientistas-sábios … todo mundo reconhece,
ponto!
2. Colocou-se uma relação ultra sumária de eventos para o
período de maior atividade da dupla – 1848 a 1869.
Certamente que a dupla acompanhava tudo de tudinho,
nada ficava de fora de suas atenções. Isso todo mundo
reconhece, ponto!
3. A falha fatal – f a t a l -, de Marx foi contaminar sua
teoria de determinismo, historicismo. Foi deixar a indução
permear sua teoria. O processo indutivo deve ser
empregado sempre para estender, deslimitar um âmbito.
Mas somente o dedutivo deve se fazer presente no
desfecho, nos conclusivos – nenhum traço de indutivo deve
aparecer na teoria, ponto!
4. Afirmar “Marx desligado do contexto” está errado! Mas
afirmar que Marx desligou-se do contexto está corretíssimo.
Foi um ato pensado, refletido, propositado. Daí toda a fama
de vigaristão, ponto!III) “… posição previlegiada, mais de cento e cinqüenta
anos depois, e exige que Marx faça o mesmo?”
1. Uma leitura em 2004 não tem nada a ver com as leituras
lá no século 19. Nenhum cientista em 2004 elaborará
alguma teoria para o tempo passado. Mas há chance para
interpretações sobre o passado&presente.
2. Atenção ao leitor desavisado. Ao ler “presente” nunca
ater-se com o cotidiano, o dia-a-dia, o mês em curso, o ano
em curso. A expressão “presente” adotada em estudos e
planos avança no tempo por meio e prazos. Pode haver
prazo “amanhã”, “dois anos”, “uma década”, “primeira
metade do século”.
3. Marx esteve envolvido no elaborar de teoria para o
futuro. Tal e qual a religião que dá alenta com futuridades.
Pois Marx não instalou na sua teoria um prazo. Reparar que
prazo implica i) período de tempo, ii) desfecho presumido.
4. Einstein anunciou que sua teoria deveria correr um risco
na eclipse que ocorreria em 1919: eis atitude correta (aceita
cientificamente) para aprazar.
5. Marx fez-se de morto para cráu no coveiro – soviéticos
foram os patos.IV) “… cacetada de fatos e expor seria conhecimento? Não.
Isto é somente informação …”
1. Quando afirma-se que o brasileiro deveria estudar
Ibéricos&Ingleses para saber das coisas do Ocidente …
evidente que está-se a falar em estudar – e s t u d a r -,
colocar disciplinas no ensino formal de rigor&apuro.
2. O brasileiro carece – praticamente de tudo -, a respeito
do Ocidente. O Brasil para os brasileiros (nós!) está no
centro do mundo. Para o Ocidente o Brasil está uma titica-
de-titica.V) “… tiver caixa de informações acumulada em seu HD e
manter-se sobre dogmas …”
1. O ensino formal nacional requer com urgência – a nação
está a arruinar! -, de estudos relativos ao Ocidente. Um
caráter dogmático deveria ser adotado a respeito. Um
fundamentalismo pró saber fazer as coisas certas deveria
grassar nacionalmente, urgentemente!VI) “… Que é isso?? Soteropolitanos ??? Todo baiano é
preguiçoso?
1. Só pode-se descer-o-cacête no paulista ao estar noutro
sítio. Só pode-se deitar-falação sobre brasilienses quando
ausente de lá. Só deve-se queimar-o-arraial recifense após
distanciar-se daquilo. Só pode-se pegar-no-pé da mineirada
quando deixar-se de sentir os queijins. Só pode-se renegar a
baianada quando estiver-se de cuca fundida!
(MCH, 27/02/2004)27/02/2004 às 14:16 #72311Miguel (admin)MestreFernando, Sexta, 27 de Fevereiro de 2004 – 8:42 am:
I) “… todos estes massacres com objetivo de evitar-se o
comunismo, tiveram, sempre, apoio do Ocidente …”
1. Está errado o que F. está a escrever!
2. O Ocidente não apóia coisa alguma! Imaginar cúpula
esférica, tal como a que norte-americanos montaram num
deserto, num experimento pró vida auto-suficiente.
Considerar o Ocidente configurado como “cúpula”.
O que ocorre no interior, no ambiente isolado pela cúpula o
que se passa está circunstância interna. A cúpula somente
demarca alcances, delimita possibilidades, dá as fronteiras.
3. No período 1939-1945 houve massacres por parte de
todos os conflitantes – aliados massacraram Dresden.
4. O avanço de humanidades está a obsoletar o ato de
massacrar. A escravidão foi obsoletada pelas humanidades
que avançaram o espírito ocidental.II) “… unilateral e injusta a visão que só mostra os
massacres dos comunistas …”
1. Sofre de obliteração o ponto de vista de F.
2. A questão de âmago não está nos massacres, há 40 mil
anos que o tal de SapiensSapiens (nós!) percebeu que ao
promover massacres, livrava-se de problemas e, criava-se
problemas.
3. No país dos soviéticos, época do Czar, ocorria um
contextualizar – em todas as atividades as coisas
transcorriam segundo regras e hábitos e crenças. Tudo
estava dentro de uma normalidade, um aglutinado humano
a tocar sua vida segundo suas performances.
4. O feito de Lênin – tomada do poder nacional -, teria
passado com reservas, às vistas ocidentais, caso não
ocorresse o fuzilamento da família imperial. Com Lênin
não impedir tal evento, ficou evidente que perdera o pé da
situação, Lênin andava na rabeira dos acontecimentos.
Fuzilar a família czarista foi como guilhotinar o rei francês
em 1793, passou da medida para o espírito ocidental.
5. O que Stálin efetivou com a matança descomunal, foi
detonar com o espírito ocidental existente naquelas
populações. Stálin passou seu recado claríssimo de que o
Ocidente já era por aquela bandas, iria ser varrido do mapa.
6. Reparar que Inglaterra, guardiã do Ocidente , sempre se
pronunciou inequivocadamente, de que na primeira
oportunidade de vantagem, o Ocidente deveria aplicar o
merecido revés aos soviéticos. Foi Tachter que deu o sinal
verde para Reagan detonar com URSS, sozinhos os norte-
americanos não mexem no Ocidente.III) “… Deus está morto e o paraíso perdido para sempre,
resta a ação dos homens.”
1. Diante de assim acima, fica-se com impressão de F. estar
com mente de velhusco!
2. Sugere-se – assim aprendi e valeu sim a pena apreender –
, ficar sempre no lado oposto das coisas nietzschenas. Um
dos dizeres de Nietzsche: “A civilização tinha chegado ao
têrmo e suas possibilidades …”.
3. Evidente que algum indivíduo chegado à espertezas –
Marx! -, propõe-se receitar como pegar-o-touro-à-unha!
Ora pois, já que a civilização está concluída, e evidente que
cheia de imperfeições, ora pois, a cama está feita e a mesa
está posta para propor-se um outro modo de ver&viver!
4. “Deus morto” e “resta a ação dos homens” foi o que
Marx pegou como premissas para teorizar diretivas.
(MCH)27/02/2004 às 15:30 #72312Miguel (admin)MestreMelvin, enquanto lê suas apostilas do curso de IR, e pensa na próxima negociação de suas dívidas, escreveu:
) “Após um feriadão com … estamos de volta …”
1. Sem essa cara! Conta outra! Depois daquilo o neguinho
ainda está indo!
2. Está comprovado empiricamente de que o carnaval
acarreta um ônus à nação de quase ¾ de mês na inatividade.
Já pensou uma nação inativa, ficar a coçar bicho-do-pé
durante 15 dias úteis? É isso o que o brasileiro (nós
todinhos!) conseguem se proporcionar sem pejo!>> Enorme engano: Neste ponto, Melvin não captou como funciona o capitalismo brasileiro. A inatividade no carnaval, se aplica a pouquíssimas pessoas. Durante todo o feriadão, pedreiros trabalharam na casa aqui do lado, enchendo meu saco, mas enfim, respeito as necessidades deles. Os ônibus, os postos de gasolina, as mercearias, e muito mais, funcionaram, com uma breve interrupção de alguns, apenas na manhã da quarta feira. No carnaval, muito se arrecada com o turismo. O carnaval carioca é, por exemplo, o maior espetáculo da terra. Há toda uma multidão envolvida, a fabricarem os carros alegóricos, confeccionarem as fantasias. Publicitários, repórteres, comerciantes, lixeiros, etc, são o exemplo de pessoas, que mais trabalham e produzem nesta época. O carnaval, de fato, é uma das coisas que deu certo no Brasil, e vem Melvin, com uma fúria moralista e conservadora questioná-lo.
3. Quando hipotética Alca futura sair de questiúnculas e,
entrar nos finalmentes, provavelmente o evento
carnavalesco disporá de capítulo especifico. O Brasil
receberá débito em conta comum aos 35 países – “pagar à
caixinha” devido tamanha desfaçatez de verão.
>> Que finalmente são esses? Certamente o carnaval não é questiúncula, como já mostrei, mas não entendi bem – Tu queres um castigo imposto pelos puritanos ao nosso carnaval?- Isto será discutido na Alca? Acho que Melvin, pirou, em sua agenda de Alca, entra até o carnaval.
4. Tudo bem que uma dezena de feriadões fins-de-semana
pretextem merecido refresco, mas o dissipar do período
carnavalesco está literalmente pura agressão à racionalidade
humana.
>> Que racionalidade humana? Os serviços, os negócios, o turismo que se alimentam do carnaval, são irracionais? Eu hein…liberal não gosta disso?
5. Mas tudo bem – a gente é o que a gente é, gente!
>> Eu sei apenas que fazes um cursinho de RI, e atuas como improdutor rural mal humorado. Não se amofine, sempre é possível repactuar ou securitizar as suas dívidas.27/02/2004 às 18:35 #72313Miguel (admin)MestreMelvin,
Não só de produção vive o homem, aliás ” o trabalho não é o principal objetivo da vida. Se fosse, as pessoas gostariam de trabalhar.” Bertrand Russell – Elogio ao Ócio. 4° Edição Sextante, Rio de Janeiro; 2002.
Logo, não há mal algum nesta manifestação popular brasileira, onde quem mais se diverte é também quem mais trabalha em outras épocas do ano; aqueles economicamente desfavorecido.O Fernando foi hilário e feliz ao dizer que vc iria colocar o Carnaval na agenda da alca!
E quanto a “vigarice” de Marx, encontramo-nos com um entrave. Correto que Marx pode ter aplicado em seus escritos um ideal de fim histórico…. lá no comunismo, com o fim das lutas de classes. Ok. Agora supor que o Autor utilizou desta e outras propriedades, artimanhas “pensado, refletido, propositado” justamente para desviar dos percalços que poderiam atravancar sua obra no futuro, não me convencem, pelo menos por hoje.
Aléx H.
Enviado em Sexta, 27 de Fevereiro de 2004 – 12:02 am:
“Já o capitalismo é liberdade.”A liberdade do Capitalismo serve muito bem para isto : http://www1.uol.com.br/economia/valor/ult1913u2947.shl
Bom final de semana para todos.
27/02/2004 às 20:21 #72314Miguel (admin)MestreInteressante o link colocado pelo 105TN, mostrando o horrível espaço que separa ricos e pobres. Isto todos sabem, mas dizer que vivemos em uma sociedade livre é piada, por sinal de muito mau gosto. Mesmo sem levar em conta os aspectos puramente humanitários, esta diferença horrível nos impede de planejarmos nosso futuro como nação.Como impedir o crime, se os corruptos, lavadores de dinheiro, etc, poderão sempre recrutar junto aos deserdados, gente para fazer o trabalho sujo? Vejam que só uma minoria de pobres atua assim, a maior parte, mesmo não tendo razão para isso, passa a vida dentro de uma ética inacreditável. Todavia isto é somado a:
·os que não podem ser treinados e fornecer uma fonte de trabalho qualificado.
· os que se desesperam e afundam no alcoolismo e outras drogas pesadas em geral, os que sofrem, são chacinados no meio em foram lançados.
·Os que não podem desenvolver sua potencialidade por viverem famintos ou morrerem de doenças relacionadas a pobreza crônica.No fim temos toda uma enorme população de excluídos, deserdados e pobres, coisa que nunca pode caracterizar uma sociedade livre.
Inserindo uma parte do link que 105TN, forneceu:
>>Por isso, é mais fácil passar legislações no Congresso concedendo benefícios para reduzir a pobreza, como políticas compensatórias do tipo bolsa família. O sociólogo não se coloca contra estas iniciativas mas avalia que elas não têm grande impacto sobre a desigualdade. O crescimento econômico por si só também pouco altera o problema, avisa. ” Se a gente repetisse as taxas de crescimento do milagre econômico da década de 70 levaríamos décadas para reduzir a pobreza em menos de um terço da atual ” , realçou Medeiros. Segundo avalia, apenas no caso de acontecer um crescimento a taxas estáveis de 6% ao ano, o que significaria repetir duas vezes consecutivas o ” milagre ” , sem piorar a distribuição de renda, a incidência da pobreza ficaria abaixo do patamar dos 10% da população. Sua conclusão é que, no Brasil, a desigualdade não só é elevada como também extremamente estável, como revela o comportamento do índice de Gini brasileiro, que pouco se moveu do patamar de 0,60 nos últimos 40 anos. “<< É o que venho dizendo: ·Não adianta crescer que o efeito perverso continuará. A ascensão social será mínima, pontual, localizada.
·Por aí vê-se que para acabar-se com a pobreza, tem que se acabar com a riqueza. No mínimo, a riqueza tem que ser taxada, e esse montante destinado à minimizar a exclusão.Ou seja, só uma distribuição de renda radical, poderá nos proporcionar uma sociedade verdadeiramente livre. Quando falo no PIB, faço apenas um raciocínio limite. Quero com isso dizer, que é vergonhosa a posição dos ricos no Brasil. Aí incluo a alta classe média (camada da qual sou oriundo). Se não se tem isto em mente, estaremos sempre atuando de forma não eficiente, seja fazendo campanhas contra a fome, seja propondo legislação mais pesada contra corrupção, drogas, seja propondo o desarmamento. Temos que enfrentar esta realidade. Não se é livre só com eleições periódicas, há que ter-se um mínimo de dignidade social. Tal coisa nos últimos 500 anos não foi implementada na periferia do capitalismo. Esta periferia, no entanto, engloba o grosso da humanidade.
Voltando a violência que tanto imputam ao comunismo. Ela ocorreu de fato, mas esquecem todos os séculos de violência capitalista. Ela começa ao redor de 1500, com as nações ocidentais, impondo o capitalismo ao mundo não-europeu. Todos conhecem a brutalidade que o Marx historiador coloca com o exemplo de Vasco da Gama, e suas atrocidades para “ abrir os mercados” da Índia. Mesmo no mundo europeu, todos sabem dos pequenos artesãos e proprietários de terra, forçados a se proletarizar, dos reformatórios inventados para formar o proletariado. Enfim… Violência ,Pobreza e Capitalismo estão fortemente ligados.
27/02/2004 às 20:40 #72315Miguel (admin)MestreInteressante o link colocado pelo 105TN, mostrando o horrível espaço que separa ricos e pobres. Isto todos sabem, mas dizer que vivemos em uma sociedade livre é piada, por sinal de muito mau gosto. Mesmo sem levar em conta os aspectos puramente humanitários, esta diferença horrível nos impede de planejarmos nosso futuro como nação.Como impedir o crime, se os corruptos, lavadores de dinheiro, etc, poderão sempre recrutar junto aos deserdados, gente para fazer o trabalho sujo? Vejam que só uma minoria de pobres atua assim, a maior parte, mesmo não tendo razão para isso, passa a vida dentro de uma ética inacreditável. Todavia isto é somado a:
·os que não podem ser treinados e fornecer uma fonte de trabalho qualificado.
· os que se desesperam e afundam no alcoolismo e outras drogas pesadas em geral, os que sofrem, são chacinados no meio em foram lançados.
·Os que não podem desenvolver sua potencialidade por viverem famintos ou morrerem de doenças relacionadas a pobreza crônica.No fim temos toda uma enorme população de excluídos, deserdados e pobres, coisa que nunca pode caracterizar uma sociedade livre.
Inserindo uma parte do link que 105TN, forneceu:
>>Por isso, é mais fácil passar legislações no Congresso concedendo benefícios para reduzir a pobreza, como políticas compensatórias do tipo bolsa família. O sociólogo não se coloca contra estas iniciativas mas avalia que elas não têm grande impacto sobre a desigualdade. O crescimento econômico por si só também pouco altera o problema, avisa. ” Se a gente repetisse as taxas de crescimento do milagre econômico da década de 70 levaríamos décadas para reduzir a pobreza em menos de um terço da atual ” , realçou Medeiros. Segundo avalia, apenas no caso de acontecer um crescimento a taxas estáveis de 6% ao ano, o que significaria repetir duas vezes consecutivas o ” milagre ” , sem piorar a distribuição de renda, a incidência da pobreza ficaria abaixo do patamar dos 10% da população. Sua conclusão é que, no Brasil, a desigualdade não só é elevada como também extremamente estável, como revela o comportamento do índice de Gini brasileiro, que pouco se moveu do patamar de 0,60 nos últimos 40 anos. “<< É o que venho dizendo: ·Não adianta crescer que o efeito perverso continuará. A ascensão social será mínima, pontual, localizada.
·Por aí vê-se que para acabar-se com a pobreza, tem que se acabar com a riqueza. No mínimo, a riqueza tem que ser taxada, e esse montante destinado à minimizar a exclusão.Ou seja, só uma distribuição de renda radical, poderá nos proporcionar uma sociedade verdadeiramente livre. Quando falo no PIB, faço apenas um raciocínio limite. Quero com isso dizer, que é vergonhosa a posição dos ricos no Brasil. Aí incluo a alta classe média (camada da qual sou oriundo). Se não se tem isto em mente, estaremos sempre atuando de forma não eficiente, seja fazendo campanhas contra a fome, seja propondo legislação mais pesada contra corrupção, drogas, seja propondo o desarmamento. Temos que enfrentar esta realidade. Não se é livre só com eleições periódicas, há que ter-se um mínimo de dignidade social. Tal coisa nos últimos 500 anos não foi implementada na periferia do capitalismo. Esta periferia, no entanto, engloba o grosso da humanidade.
Voltando a violência que tanto imputam ao comunismo. Ela ocorreu de fato, mas esquecem todos os séculos de violência capitalista. Ela começa ao redor de 1500, com as nações ocidentais impondo o capitalismo ao mundo não-europeu. Todos conhecem a brutalidade que o Marx historiador coloca com o exemplo de Vasco da Gama, e suas atrocidades para “ abrir os mercados” da Índia. Mesmo no mundo europeu, todos sabem dos pequenos artesãos e proprietários de terra, forçados a se proletarizar, dos reformatórios inventados para formar o proletariado. Enfim… Violência ,Pobreza e Capitalismo estão fortemente ligados.
27/02/2004 às 20:47 #72316Miguel (admin)MestreSinceras desculpas por ter enviado duplamente a mensagem. Isso é que dá fazer as coisas imersos nas atividades de trabalho. Tenham um bom fim de semana.
-
AutorPosts
- Você deve fazer login para responder a este tópico.