Início › Fóruns › Questões do mundo atual › Qual a diferença entre a Escola Pública e a Privada?
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23/01/2009 às 14:26 #86039BrasilMembro
não é porque os funcionários de empresas privadas são humilhados que os da esfera pública devem aceitar sê-lo.
Bem, se formos nos basear pelos empregados da iniciativa privada no Pará eu acho que não são humilhados... São privilegiados! ;D
Quanto aos funcionários públicos, que tal as motivações que o Oliveira já citou, "o plano de carreira, a proporção dos aumentos, a possibilidade de "ascender" profissionalmente"?
Meu querido, o funcionalismo público NÃO é um serviço obrigatório como o alistamento militar! Só é funcionário público QUEM QUER! E as filas de candidatos não são pequenas...
Basta ver as reinvidicações de qualquer greve.
Sim, as greves... Elas são parte do deficiente ensino ministrado por eles! Fala-se em repor os dias parados em greve e não repõem coisa nenhuma! Os alunos simplesmente PERDEM estes dias de aula, além das abusivas faltas dos professores, que parece, vocês não acham tanto assim, não é mesmo? Me diga qual categoria de empregados de empresas particulares, com exceção de bancos e empresas de ônibus, que fazem greve por melhores condições e melhores salários. Conhece alguma categoria? Os funcionários públicos só podem fazer suas greves TRANQUILAMENTE porque gozam da tal estabilidade permanente e do corporativismo desleal. Desleal para com o contribuinte e cidadão e leal às suas reivindicações.
Você realmente discorda desses benefícios, que são direitos conquistados por anos de engajamento dos trabalhadores? Algum ou todos?
Eu não discordo de benefício algum! Apenas penso que os funcionários devem FAZER JUS aos seus salários e benefícios. Ou então devem procurar sustento na iniciativa privada, de preferência no Pará.
Você sabe das arbitrariedades às quais os funcionários de empresas privadas ficam sujeitos? O que acontece com as famílias dessas pessoas?
Sim, eu sei muito bem! Apenas não considero que isto seja motivo para a folga dos funcionários públicos. Se a iniciativa privada é ruim, não é por isso que o serviço publico tem de ser ruim, afinal, são os trabalhadores da iniciativa privada que pagam os salários dos servidores públicos. Uma injustiça não justifica a outra! Então, porque a iniciativa privada é ruim o funcionário público deve prestar um serviço ruim? Esta é a "lógica" do funcionalismo público?
23/01/2009 às 16:36 #86040AriadneMembro“Sinto-me feliz em ver vosso interesse no assunto.Primeiramente responderei a Ariadne, que a resposta é menor.A única filosofia, pelo meu parco conhecimento, que defende que "não há verdade" é a cética. A verdade é que, na verdade, há várias verdades (!). " [blue]O ceticismo não é a postura de negação da verdade e sim de questionamento constante. A noção de que existem muitas verdades possíveis não é nova, já foi abordada inclusive pelos antigos gregos de forma competente. No contexto do chamado pós-modernismo, contudo, transformou-se num vício a embotar o próprio discernimento.[/blue] "Talvez você veja esse "perspectivismo" porque, na sua região, se estude muito Nietzsche... " [blue]Eu não estava entrando no mérito do currículo escolar, pois não disponho de dados a respeito. Estava simplesmente fazendo uma distinção entre disciplinas que considero básicas e disciplinas a meu ver complementares, caso da Filosofia, que por esse motivo a meu ver não devem ser introduzidas no ensino básico, quando o aluno ainda carece de base em disciplinas fundamentais sem as quais o ensino de Filosofia é inútil ou mesmo prejudicial ao desenvolvimento e disciplina intelectual. E, quanto à Nietzsche, não refiro-me à minha região e sim à influência deste em âmbito global no chamado pensamento filosófico pós-moderno, o que é uma lástima...
23/01/2009 às 19:05 #86041BrasilMembro"A "picaretagem" do funcionalismo público, acredito, é uma maneira descabida de protestar contra as injustiças do empregador.
Caro amigo jota erre, essa sua premissa além de ser comum ao populacho é muito perigosa! Pois, veja; Se alguém me explora, eu devo explorar outrem? Se quero protestar, devo prejudicar outrem? Claro que eu não considero que os funcionários públicos sejam explorados ou prejudicados, estou apenas seguindo o seu raciocínio.Essa premissa também não faz sentido, pois já concordamos aqui que a iniciativa privada é “ruim”, mas nem por isso acharemos natural que algum empregado de empresa privada nos atenda mal. O que prova que a premissa de: "condições ruins de trabalho = picaretagem no serviço", é falaciosa.
Comparar o Estado às regras que norteiam segmentos de mercado ou querer que o Estado opere como tal é no mínimo um equívoco.
Caro amigo Oliveira, a minha comparação não é irresponsável assim! Eu não comparo as REGRAS que norteiam o mercado! Não uso esta referência em minha comparação! A referência que uso em minha comparação é relacionada com os DIREITOS DOS CIDADÃOS! Não é uma comparação, como você disse , entre o Estado e as regras de mercado, é uma comparação entre os direitos das pessoas comuns, simples mortais, e dos funcionários públicos, “nobres e honrados” servidores do Estado. Nunca esquecendo que quem paga o Estado somos nós cidadãos comuns e esperamos ser bem servidos. Não há porque NÃO ser bem servido!Eu não sei qual é a prioridade de Estado ou a necessidade de Estado, de se permitir que um funcionário público fique 30 dias remunerados em casa, só porque um de seus irmãos ou avós ficou doente! Deve ser por essas e outras que o Comunismo faliu...
querer que o Estado opere como tal é no mínimo um equívoco.
Eu não quero que o Estado opere como a iniciativa privada ou "mercado"! O que eu quero é que tenha EFICIÊNCIA como SE DEVE TER. É pedir muito? Essa “motivação” que você citou, é o que TODOS buscam, e eu não creio que ela exista na iniciativa privada. Então, se não está na iniciativa privada e não está no funcionalismo público, ela é um problema de todos nós e não só dos funcionários públicos. A motivação não falta SÓ aos funcionários públicos!Qual a motivação de um empregado na iniciariva privada? O medo do desemprego? Sim, certamente esta é uma motivação.
24/01/2009 às 2:15 #86042BrasilMembroOlá Oliveira
Evidentemente, devemos reivindicar ações no sentido de romper com a precariedade do Estado no âmbito da relação público e privado, entretanto, esta problemática está para além de uma questão moral.
Devemos reivindicar como? São muitos os serviços do Estado! Devemos protestar para a melhora de CADA UM DELES, caso a caso?Diga-me sinceramente quantas vezes você saiu por aí protestando por algo! O cidadão comum NÃO TEM TEMPO pra isso! Como eu disse, os serviços do Estado são muitos. Se eu sair por aí protestando pela Saúde, pela Educação, pelo Transporte, pela Segurança, que hora que eu vou trabalhar? Onde eu digo “eu”, entenda “TODOS”.Esse negócio de “devemos reivindicar” é uma masturbação mental, como diria o Philipon, pois, reivindicar COMO?Por favor diga-me especificamente QUAIS tipos de protestos ou movimentos reivindicatórios você entende que deveríamos fazer. Acenar bandeirolas? Ou apitar até acabar o fôlego?
esta problemática está para além de uma questão moral.
Pois eu acho que ela começa e termina no campo moral.
Será que o problema não está na estrutura estatal brasileira e sob quais elementos foi construída?
O que seriam “elementos”?
Quem ou quais são os sujeitos que delimitam o âmbito de atuação do Estado?
Não entendi, poderia ser mais específico?
Qual a função social do Estado?
Qual?
24/01/2009 às 13:18 #86043jota erreMembroBem, se formos nos basear pelos empregados da iniciativa privada no Pará eu acho que não são humilhados... São privilegiados! ;D
Por que? Estenda sua resposta a outros estados.
Meu querido, o funcionalismo público NÃO é um serviço obrigatório como o alistamento militar! Só é funcionário público QUEM QUER! E as filas de candidatos não são pequenas...
Por isso, eles não podem reinvidicar direitos? Melhores condições de trabalho?
Sim, as greves... Elas são parte do deficiente ensino ministrado por eles! Fala-se em repor os dias parados em greve e não repõem coisa nenhuma! Os alunos simplesmente PERDEM estes dias de aula, além das abusivas faltas dos professores, que parece, vocês não acham tanto assim, não é mesmo? Me diga qual categoria de empregados de empresas particulares, com exceção de bancos e empresas de ônibus, que fazem greve por melhores condições e melhores salários. Conhece alguma categoria? Os funcionários públicos só podem fazer suas greves TRANQUILAMENTE porque gozam da tal estabilidade permanente e do corporativismo desleal. Desleal para com o contribuinte e cidadão e leal às suas reivindicações.
Você conhece outra classe de trabalhadores que é forçada a repor os dias parados? Repor a greve significa simplesmente não fazê-la. Pois cada dia é compensado. E o pior, é compensado aos sábados, contando-se dia por dia. Na CLT, os finais de semana contam em dobro.Funcionários de empresas privadas, com eu já disse, podem ser demitidos a qualquer hora. Por isso evitam as greves, muito embora tenha esse direito constitucionalmente garantido. Isso não é uma forma de "humilhação"? Você não acha que o emprego não deveria ser garantido de alguma forma? Você concorda com esse estrangulamento que o capitalismo faz do trabalhador cobrando-lhe sempre mais produção? Não concorda que é necessário um mecanismo que garanta o emprego do trabalhador para que ele não se sinta coagido ao cobrar seus direitos?
Caro amigo jota erre, essa sua premissa além de ser comum ao populacho é muito perigosa! Pois, veja; Se alguém me explora, eu devo explorar outrem? Se quero protestar, devo prejudicar outrem? Claro que eu não considero que os funcionários públicos sejam explorados ou prejudicados, estou apenas seguindo o seu raciocínio.Essa premissa também não faz sentido, pois já concordamos aqui que a iniciativa privada é “ruim”, mas nem por isso acharemos natural que algum empregado de empresa privada nos atenda mal. O que prova que a premissa de: "condições ruins de trabalho = picaretagem no serviço", é falaciosa.
Pensei ter sido claro ao dizer "A 'picaretagem' do funcionalismo público, acredito, é uma maneira descabida de protestar contra as injustiças do empregador.
Então você deveria responder a pergunta que eu fiz a ele: Qual motivação “especial” é preciso para comparecer às aulas?
Será que você também não está caindo na opinião do "populacho comum"?. Não percebo essas faltas grotescas. Do jeito que você fala, parece que os professores nem comparecem às escolas.
Quanto ao ensino de Filosofia, você tem paulatinamente adotando um sentido em minhas palavras que agora nem as reconheço mais.
Pois é, talvez vc não tenha pensado no sentido delas antes de dizê-las.
Ou talvez não tenha podido "adivinhar" o sentido que você daria para elas....
Sim amigo, só que pra fazer leitura atenta há que se ler perfeitamente e você está negando uma informação que é de conhecimento nacional: Os estudantes do Ensino Médio público no Brasil saem da escola sem ler e escrever perfeitamente! Vc nunca ouviu falar nisso? ???
Não entendi. parece que você está falando que todos os estudantes ou sua maioria saem semi-analfabetos do ensino médio público. Isso me parece absurdo. Que saiam "patetizados", sim, mas isso se deve justamente à ausência de uma disciplina que os ensine a pensar corretamente.
Dá pra perceber que vc não conhece a CLT... TODOS os benefícios ali relacionados NÃO são direitos do trabalhador da iniciativa privada!
Não concordo. Mas não tenho tempo agora para verificar. O farei depois.
Sem banheiros, sem merendas, sem livros didáticos, sem salas de professores, sem professores, sem técnicos, sem ninguém, então não há escola ! Numa escola QUE FUNCIONA, mesmo que precariamente, há um corpo docente escalado para lecionar! O que acontece é que não passa um dia sem os alunos ficarem sem ao menos uma, às vezes duas aulas vagas por falta dos professores QUE TRABALHAM NAQUELA ESCOLA. "Escola" que não tem nada disso que você escreveu não é escola, é no máximo um prédio inacabado! Não duvido que exista um ou outro caso de "escolas" assim no Brasil, em algumas localidades menos assistidas, mas não podemos tomar esses casos isolados como base para avaliar as condições dos professores servidores em grandes cidades e Capitais em todo o Brasil, muito menos nas grandes cidades e Capitais do Sul e Sudeste! Isso é um exagero!
Não disse que há escolas sem todos os itens (embora haja, se acrescentar o termo "suficientes" depois de cada palavra). Mas um ou outro sempre falta.
Meu querido! Veja bem o que vc está me dizendo: Ensinar filosofia com quadrinhos ou música para não ter que ensinar a ler perfeitamente primeiro? Isto é um absurdo! Isto é supor que é possivel filosofar sem conhecer qualquer detalhe daquilo que se quer refletir.
O que é "ler perfeitamente"?
Caramba! O ensino privado no Pará está muito bem hein? Parece a Suíça! Tens a referência disto? Como posso comprovar isto?
A referência que dou é de uma escola, de um professor me relatou seu salário, quando me dava carona em seu "Sara Picasso" e me mostrava seu contra-cheque, ante meu espanto. Se não pode acreditar, infelizmente eu não posso provar.
Não sei! Os salários dos empregados não são baseados no faturamento da empresa! Se for assim então um faxineiro da Votorantim deve ganhar uns R$ 20.000,00.
Não me chame de imbecil. Os funcionários ganham pela sua importância na empresa.
Estou aguardando a referência sobre os salários de professores da iniciativa privada 5 X maiores que dos funcionários públicos... Você não tem referência sobre este dado? Senão eu vou dizer que o professor do Ensino Público ganha 10 X mais que os da iniciativa privada e isso aqui vai virar um leilão de valores improváveis em vez de um debate.
Se não acreditar no que falo está me chamando de mentiroso. Até agora acreditei nos dados que você apresentou sem cobrar provas. Não acredito que você se dê ao trabalho de "vir" a este fórum para mentir. Espero que pense o mesmo de mim (corroborando sua lucidez já demonstrada).Quero lembrar que já concordei com você que o funcionalismo público em geral apresenta uma qualidade de trabalho bastante ruim. E não é necessário tentar defender, pelo menos a mim, tal afirmação.Abs.
24/01/2009 às 13:49 #86044jota erreMembro[blue]O ceticismo não é a postura de negação da verdade e sim de questionamento constante. A noção de que existem muitas verdades possíveis não é nova, já foi abordada inclusive pelos antigos gregos de forma competente. No contexto do chamado pós-modernismo, contudo, transformou-se num vício a embotar o próprio discernimento.[/blue]
"ceticismo (do gr. skeptikós: aquele que investiga). 1. Concepção segundo a qual o conhecimento do real é impossível à razão humana. Portanto, o homem deve renunciar à certeza, suspender seu juízo sobre as coisas e submeter toda afirmação a uma duvída constante"JAPIASSU, Hilton. MARCONDES, Danilo. Dicionário Básico de Filosofia. P.42.
24/01/2009 às 17:35 #86045Oliveira, D.MembroCaro amigo Brasil,Tenho acompanhado, minimamente, seus comentários ao longo dos tópicos, sempre bem fundamentados, porém, em alguns momentos sua fala se apresenta de forma progressista, em outros, extremamente conservadora pequeno-burguesa, como é o caso quando discorre sobre a Escola Pública e a Privada, não em todos os aspectos, mas especificamente, na corrente discussão acerca da filosofia nas escolas públicas (não vou retomar todas as falas, caso haja interesse dos nobres companheiros que acompanham o tópico basta rever) e, com relação ao papel do Estado na sociedade burguesa, trazendo o debate para a realidade brasileira. Mas vamos abordar alguns momentos que faz referências às minhas exposições, de modo a continuarmos contribuindo com o debate.
Citação de: Oliveira, D. em Ontem às 12:49:06 qual a motivação para o funcionário público Como assim; “qual a motivação”? Do que você está falando? Esses benefícios relacionados aí acima não lhe dizem nada? Qual é a motivação dos demais trabalhadores brasileiros?Qual motivação “especial” é preciso para comparecer às aulas? Mais benefícios?
O que você traz estritamente como benefícios, os quais julgo como direitos adquiridos nos marcos de lutas, devem ser considerados, e, constituem uma necessidade do funcionalismo público, como é o caso da estabilidade, por exemplo. Digo necessidade em uma perspectiva transformadora e vou explicar porque, uma vez que tem certa facilidade em metamorfosear ao seu modo as falas de outros companheiros.Tomemos o caso do próprio professor da rede pública de ensino, na esfera estadual, que ministra aulas no ensino médio (somente exemplo, condição não exclusiva desse segmento) que diante da exploração aviltante, com baixos salários, condições precárias de ensino, descaso, desrespeito e tantas outras facetas oriundas da questão social na realidade brasileira. Esse tem nas greves como uma ou única possibilidade reivindicatória, fazendo valer seus direitos, as greves. Se não fosse a estabilidade o que aconteceria? É claro que juntamente com esse trabalhadores conscientes dos papéis assumidos na e/ou para a sociedade, há uma diversidade e outros trabalhadores que não adquiririam essa mesma consciência (de classe). Nesse caso, você propõe extirpar com os direitos adquiridos, que estão diretamente relacionados com "os DIREITOS DOS CIDADÃOS". Ou seja, privemos todos dessa possibilidade já que outros não fazem bom uso?!Outro caso que podemos citar é categoria dos assistentes sociais, cuja dinâmica de ação por vezes está vinculada aos movimentos sociais e luta pela viabilização dos direitos assegurados universalmente na Constituição, o que não se efetiva. Voltando-se contra o Grande Patrão (Estado), se não tiver estabilidade, como poderá lutar?Dessa forma, a questão não seria acabar com a estabilidade, mas, sim buscar o desenvolvimento de mecanismo que garantam uma melhor fiscalização. E isso só se faz com vontade política. (Retomaremos esse ponto mais adiante)Com relação à motivação, parece-me que você não a quis relacionar com o plano de carreira, por exemplo..... Talvez esteja desmotivado.
Qual a motivação de um empregado na iniciariva privada? O medo do desemprego? Sim, certamente esta é uma motivação.
Pensamento pequeno-burguês. Isso não é uma motivação, mas, sim um mecanismo de mercado para garantir a reprodução capitalista e os direitos de uma classe dirigente.
Eu não sei qual é a prioridade de Estado ou a necessidade de Estado, de se permitir que um funcionário público fique 30 dias remunerados em casa, só porque um de seus irmãos ou avós ficou doente! Deve ser por essas e outras que o Comunismo faliu...
Acredito que você saiba que a questão não é tão banal assim. Quanto ao Comunismo, talvez necessite de ir mais a fundo nesse entendimento. Qual Comunismo faliu? Quando viu na história da humanidade o Comunismo pensado por Marx (Comunismo Real) instaurado?
O cidadão comum NÃO TEM TEMPO pra isso! Como eu disse, os serviços do Estado são muitos. Se eu sair por aí protestando pela Saúde, pela Educação, pelo Transporte, pela Segurança, que hora que eu vou trabalhar? Onde eu digo “eu”, entenda “TODOS”.
Aqui está o ponto principal, sua pergunta traz em si parte da resposta dessa e da questão a seguir.
Citação de: Oliveira, D. em Ontem às 12:49:06 Qual a função social do Estado?
Qual?
O Estado é subserviente ao mercado, existe tão somente para garantir a propriedade privada. Assim, através de seus aparatos coercitivos e sua imposição político-ideológica garante a manutenção do status quo, com políticas sociais compensatórias, fragmentadas e eleitoreiras, as quais mantêm o controle social. Não trago aqui qualquer sentido anarquista, pelo contrário, acredito na necessidade do Estado como forma de transição.Por fim, todos os questionamentos trazidos, vocês os respondeu sem maiores explicações, algumas vezes com uma mesma pergunta, demonstrando limitação analítica ou certa insegurança em defender seu ponto de vista burguês.
Citação de: Oliveira, D. em Ontem às 12:49:06 Quem ou quais são os sujeitos que delimitam o âmbito de atuação do Estado?
Não entendi, poderia ser mais específico?
Uma vez que não entendeu, tentarei ao menos elucidar.O Estado não é um "monstro" alheio, não existe por si só, trata-se de uma superestrutura política erguida a partir dos interesses de uma classe dirigente. Essa classe dirigente é constituída por pessoas. Pessoas têm e criam interesses e aspirações e, sob a égide do modo de produção capitalista, os particulares se sobressaem aos coletivos. Quando se nega a comentar o processo de formação do Estado brasileiro, deixa faltar em suas colocações à questão da política do favor, do “manditismo”, da caridade que historicamente permeiam o cenário político-social nacional.Sendo as relações políticas estabelecidas com essa conotação, o sufrágio universal assegura poder a quem? Aos que prestam favores, caridade, mandam, na grande massa eleitoreira. Esses são os grandes representantes do "povo". Nesse contexto, os assim eleitos, são os que legislam, julgam e executam, portanto, delimitam o âmbito de atuação estatal, criam políticas com caráter público, mas com fins privados. São raras as exceções de progressistas que tentam apresentar propostas de interesses da classe trabalhadora, esses se dissolvem em meio aos demais.att
24/01/2009 às 20:36 #86046BrasilMembroOlá Oliveira
(...)vou explicar porque, uma vez que tem certa facilidade em metamorfosear ao seu modo as falas de outros companheiros.
Eu não tenho facilidade de metamorfosear as suas falas e nem as do amigo jota erre, eu apenas aponto as incoerências no que dizem.
diante da exploração aviltante, com baixos salários, condições precárias de ensino, descaso, desrespeito e tantas outras facetas oriundas da questão social na realidade brasileira.
Condições aviltantes? Baixos salários? Do que você está falando?Essa comparação “ao vento”, assim sem mais nem menos é baseada em que? A qual condição aviltante você se refere? Qual a pesquisa de comparação salarial te norteou a esse raciocínio?Como eu já disse aqui, alertando ao jota erre, eu posso dizer que um professor da Rede Pública ganha 10 X mais que um da Rede Privada... Cadê a fonte dessa “informação”?
Nesse caso, você propõe extirpar com os direitos adquiridos
Meu amigo! Onde você leu isso? Depois sou eu que tenho facilidade de metamorfosear o que os outros dizem...
Nesse caso, você propõe extirpar com os direitos adquiridos, que estão diretamente relacionados com "os DIREITOS DOS CIDADÃOS". Ou seja, privemos todos dessa possibilidade já que outros não fazem bom uso?!
Caro amigo, eu não vou nem rebater isto... Volte lá onde você “leu” isso e leia novamente, por favor... Eu já estou ficando com calos nos dedos de escrever que quero que FAÇAM JUS AOS SEUS SALÁRIOS E BENEFÍCIOS! Apenas isto.
Qual a motivação de um empregado na iniciativa privada? O medo do desemprego? Sim, certamente esta é uma motivação.
Pensamento pequeno-burguês. Isso não é uma motivação, mas, sim um mecanismo de mercado para garantir a reprodução capitalista e os direitos de uma classe dirigente.
Foi apenas uma ironia, mas você, de maneira infantil, não entendeu...
Qual Comunismo faliu?
Aquele que faz da população, metade militar e metade funcionário público.
Por fim, todos os questionamentos trazidos, vocês os respondeu sem maiores explicações, algumas vezes com uma mesma pergunta, demonstrando limitação analítica ou certa insegurança em defender seu ponto de vista burguês.
Bem, de toda a sua verborréia eu só pude perceber que você tem uma forte tendência de ficar classificando as pessoas como; "burguês", "pequeno burguês", etc. Muito obrigado por suas avaliações infantil-marxistas sobre a minha pessoa, mas eu as dispenso. O que você quer dizer com “respondeu sem maiores explicações”? O que você quer que eu explique, meu amigo? Se deixei você sem alguma resposta me diga onde! Eu não sou dado à verborréia, como você, gosto de objetividade e detesto fanatismos.
Uma vez que não entendeu, tentarei ao menos elucidar.
Bem, o que você disse e eu não entendi foi isto que está citado abaixo:
Quem ou quais são os sujeitos que delimitam o âmbito de atuação do Estado?
Aí eu pedi pra especificar melhor e você disse isto que está abaixo:
O Estado não é um "monstro" alheio, não existe por si só, trata-se de uma superestrutura política erguida a partir dos interesses de uma classe dirigente. Essa classe dirigente é constituída por pessoas. Pessoas têm e criam interesses e aspirações e, sob a égide do modo de produção capitalista, os particulares se sobressaem aos coletivos. Quando se nega a comentar o processo de formação do Estado brasileiro, deixa faltar em suas colocações à questão da política do favor, do “manditismo”, da caridade que historicamente permeiam o cenário político-social nacional.Sendo as relações políticas estabelecidas com essa conotação, o sufrágio universal assegura poder a quem? Aos que prestam favores, caridade, mandam, na grande massa eleitoreira. Esses são os grandes representantes do "povo". Nesse contexto, os assim eleitos, são os que legislam, julgam e executam, portanto, delimitam o âmbito de atuação estatal, criam políticas com caráter público, mas com fins privados. São raras as exceções de progressistas que tentam apresentar propostas de interesses da classe trabalhadora, esses se dissolvem em meio aos demais.
Agora eu te pergunto; O que você quis dizer com isso?Quem se nega a comentar o processo de formação do Estado?Isso que você escreveu explica o parasitismo no funcionalismo público? Acho que não.Bem, varias coisas que você disse ficaram no ar, pois você não explicou, mas eu penso que algo é importante que você esclareça.Você disse “devemos reivindicar”, e eu pedi para você citar QUAIS tipos de protestos ou movimentos reivindicatórios você entende que deveríamos fazer.Julgo que é importante que você esclareça isso, pois foi sugerido por você mesmo e nós não estamos aqui pra jogar palavras ao vento, não é mesmo? Att
24/01/2009 às 21:14 #86047BrasilMembroOlá jota erre
Por isso, eles não podem reinvidicar direitos? Melhores condições de trabalho?
Mas, onde eu disse que eles não podem reivindicar direitos? Pode citar por favor? Repetirei pela 3ª vez: Devem FAZER JUS aos seus salários e benefícios. Quando citei seus benefícios, foi para demonstrar que o precário ensino ministrado NÃO SE JUSTIFICA!Os funcionários públicos são merecedores de direitos tanto quanto QUALQUER cidadão CUMPRIDOR DOS SEUS DEVERES. Temos direitos e DEVERES, isso não pode ser esquecido de maneira alguma. Esse negócio de reivindicar os seus direitos e não cumprir as suas obrigações, chama-se oportunismo barato. Chama-se também; mamar nas tetas do governo.
Você conhece outra classe de trabalhadores que é forçada a repor os dias parados?
Não, na verdade eu não conheço outras classes de trabalhadores que fazem greves, além dos funcionários públicos... A reposição dos dias parados diz respeito à reposição das AULAS PERDIDAS pelos alunos, já tão prejudicados com essa politicalha do funcionalismo público. Outra coisa; Se não é pra repor os dias parados, POR QUÊ eles se comprometem a fazer isso quando estão negociando durante a greve? Só pra enganar? Enganar a QUEM? Eu respondo: Enganar os alunos! Enganar os contribuintes! Enganar o cidadão!
Repor a greve significa simplesmente não fazê-la. Pois cada dia é compensado. E o pior, é compensado aos sábados, contando-se dia por dia. Na CLT, os finais de semana contam em dobro.
Sim, isso SE eles repusessem alguma aula aos sábados... Eles não repõem NADA, NUNCA! Só fica no “acordo” com o governo, mas na prática não repõem NADA, NUNCA!
Funcionários de empresas privadas, com eu já disse, podem ser demitidos a qualquer hora. Por isso evitam as greves, muito embora tenha esse direito constitucionalmente garantido. Isso não é uma forma de "humilhação"?
Não. Isso é uma forma de segregação, e não justifica o péssimo serviço prestado pelos funcionários públicos, uma vez que ELES fazem greves tranquilamente.
Você concorda com esse estrangulamento que o capitalismo faz do trabalhador cobrando-lhe sempre mais produção? Não concorda que é necessário um mecanismo que garanta o emprego do trabalhador para que ele não se sinta coagido ao cobrar seus direitos?
Por que eu concordaria com a exploração capitalista? Quando digo que os funcionários públicos não prestam um bom serviço, eu estou concordando com o capitalismo? Agora, não é porque o capitalismo explora as pessoas, que o funcionalismo público fica autorizado a fazer isso também...
Pensei ter sido claro ao dizer "A 'picaretagem' do funcionalismo público, acredito, é uma maneira descabida de protestar contra as injustiças do empregador.
Sim, é descabida... Mas mesmo sendo considerado por mim e por você, como algo descabido, não deixa de ser uma premissa de: “condições ruins de trabalho = picaretagem no serviço”. Tanto é verdade que é uma premissa, que ela foi usada por você como uma “explicação”. Ou seja; É descabida mas “explica” os péssimos serviços prestados. Aqui está:
A "picaretagem" do funcionalismo público, acredito, é uma maneira descabida de protestar contra as injustiças do empregador.
Foi usada como premissa ou não? É uma premissa perigosa ou não? Eu não poderia concordar de forma alguma com essa premissa, pois foi exatamente pra mostrar que as condições do servidor público não são piores que as das demais ocupações na iniciativa privada, que eu citei os seus benefícios, e não porque eu entenda que deva-se retirar direitos e benefícios deles, como erroneamente você e o amigo Oliveira entenderam. Os direitos não devem ser retirados, eles devem ser JUSTIFICADOS.
Não percebo essas faltas grotescas. Do jeito que você fala, parece que os professores nem comparecem às escolas.
Se eles nem comparecessem às aulas a FARSA acabaria... O problema é que eles não largam “o osso”. Fingem que trabalham, ou trabalham em ritmo de tartaruga.Pode haver mais abuso em uma determinada região e menos em outra, mas a média é alta. Eles faltam mesmo, e se eles quisessem poderiam faltar mais ainda! Esse é o problema! Os seus benefícios, infelizmente não são no sentido de ganharem mais, e sim no sentido de trabalharem menos. (Reflita isso.) Se eles ganhassem mais e não tivessem tantas possibilidades de estar ausentes, acho que já seria um bom “caminho”. Desde o começo da conversa eu disse que todos concordam que os professores devem ser muito bem remunerados.Não vejo solução em cortar direitos do funcionalismo, vejo solução em fazer com que TRABALHEM. Se o governo entender que deve dobrar ou triplicar seus salários, ótimo! Mas a FOLGA tem que acabar. Devem ganhar bem, mas devem trabalhar e cumprir sua obrigação sem corpo mole, sem faltas, sem má vontade.Essas reivindicações colocadas pelo Oliveira, as quais você também concordou, como; plano de carreira, etc., devem ser resolvidas entre eles, Governo e funcionários, a negociação não pode refletir no aprendizado dos estudantes, isso NÃO É JUSTO! Pois, se um professor entende que não há condições de continuar trabalhando no serviço público, ele deve ser HONESTO e sair deste setor. Deve procurar sustento na iniciativa privada, como a grande maioria da população faz.
Não entendi. parece que você está falando que todos os estudantes ou sua maioria saem semi-analfabetos do ensino médio público. Isso me parece absurdo.
Minha opinião tem como base a observação do ensino aplicado aos alunos até a 8ª Série nas escolas de minha região (que são os colegas de minha filha e eu tenho um contato mais direto), assim como também os resultados do ENEM. Mas de qualquer forma, se lhe parece absurda essa idéia, então pra quê você sugeriu um método de ensinar “Filosofia sem leitura” ou com músicas, quadrinhos, artes plásticas, etc.?Eu vou reavivar a sua memória:
Construir um pensamento próprio a partir dos filósofos é algo interessante, e bonito de se dizer, mas você não me respondeu como um semi-analfabeto vai entender os conceitos filosóficos. Você acha realmente possível que um semi-analfabeto leia e entenda algum filósofo? ???
Já ouviu alguma coisa sobre a Filosofia para Crianças. Mattew Lippman trabalha com Filosofia desde a infância. Muitas crianças também não dominam a leitura e a escrita.
Lembrou agora?
Dá pra perceber que vc não conhece a CLT... TODOS os benefícios ali relacionados NÃO são direitos do trabalhador da iniciativa privada!
Não concordo. Mas não tenho tempo agora para verificar. O farei depois.
Veja, amigo, se você não concorda, então é porque você encontrou entre os benefícios que eu ali relacionei, AO MENOS UM que seja estendido também aos demais trabalhadores, ou seja; aos trabalhadores da iniciativa privada. Se não encontrou, então não há porque discordar! Perceba que você está discordando por discordar... Você não encontrou item algum ali, que pudesse ser questionado, mas mesmo assim não concorda... :D Então tá bom... Verifique... O que é que você vai verificar? Se o estatuto existe mesmo ou se eu alterei algum artigo? Se lhe ajudar, você pode verficar aqui:http://www.al.sp.gov.br/StaticFile/documentacao/estatuto_func_publico.htm
O que é "ler perfeitamente"?
Ler perfeitamente significa compreender plenamente o que leu.
Que saiam "patetizados", sim, mas isso se deve justamente à ausência de uma disciplina que os ensine a pensar corretamente.
Por favor, me explique o que é “pensar corretamente”?
A referência que dou é de uma escola, de um professor me relatou seu salário, quando me dava carona em seu "Sara Picasso" e me mostrava seu contra-cheque, ante meu espanto. Se não pode acreditar, infelizmente eu não posso provar.
Talvez estivesse incluído no contra-cheque também o 13º salário e as e férias trabalhadas. ;DMas, veja; acho que o relato de um funcionário de uma escola, mesmo sendo verdadeiro, não deve servir como base para projeções ou estimativas de MÉDIA de salários! Não sabemos se é uma escola reservada para milionários, não sabemos se ele tem algumas outras participações na escola, não sabemos nada.Eu já estava pra te dizer isto: Você está se equivocando quando aponta casos isolados, como a escola que não tem nada, ou a escola que cobra R$ 2.000,00, ou o seu amigo que “viu” alguém apanhar de palmatória em sala de aula, ou o seu amigo professor do Ensino Médio no Pará, que ganha R$ 10.000,00 (é isso?), etc., pois, estes relatos não servem como base para nada! Pra se ter algo como base é preciso constatar ALTA INCIDÊNCIA, e, o que eu posso perceber nos estudantes de minha região, é que o ENEM, se não estiver absolutamente correto, não está lá muito errado. Eu moro na Capital de São Paulo e posso constatar a alta incidência de alunos do Ensino Público, totalmente despreparados, atrasados . Deu pra entender?
Não me chame de imbecil. Os funcionários ganham pela sua importância na empresa.
Eu não fiz isso! Mas, se você acha que os funcionários ganham por sua importância na empresa, então por que é que você citou o alto valor da mensalidade de uma escola particular no Rio de Janeiro, e me perguntou quanto deveria ganhar um professor daquela escola cuja mensalidade era alta? Na verdade você estava tentando reforçar a idéia de que um professor do Ensino Privado é melhor remunerado que um professor do Ensino Público? Mas, essa sua premissa impensada acabou lhe fazendo achar que eu lhe chamei de imbecil... Veja só como são as coisas...A minha comparação do professor da escola que cobra caro, ao faxineiro da Votorantim que deveria “ENTÃO” ganhar muito bem, é 100% relativa ao seu raciocínio!
Até agora acreditei nos dados que você apresentou sem cobrar provas.
É porque você não precisou...Abs
24/01/2009 às 23:21 #86048AriadneMembro“Concepção segundo a qual o conhecimento do real é impossível à razão humana. Portanto, o homem deve renunciar à certeza, suspender seu juízo sobre as coisas e submeter toda afirmação a uma duvída constante.” Antes de mais nada, registro que não estou defendendo a existência de uma verdade absoluta, embora eu defenda a possibilidade de identificação de verdades e mentiras, em graus variados. Dito isso, observo, sobre as frases acima, que o fato de o conhecimento do real ser, hipoteticamente, impossível à razão humana não significa que o real, ou a verdade, inexista.
25/01/2009 às 4:51 #86049Oliveira, D.MembroCaro Brasil,Caminhar na contramão de uma ideologia dominante é sempre um desafio, mas, são essas condições que nos impulsiona na busca de alternativas por uma sociedade melhor, a qual não vejo grandes possibilidades em sua perspectiva político-educacional-social. Entendo suas dificuldades em compreender aquilo que está fora da maneira positivista e pragmática pelas quais analisa a realidade social que, infelizmente, não se resume ao seu cotidiano.Você já trabalhou ou conhece alguém que trabalha como professor nas chamadas regiões ribeirinhas no norte do Brasil? Sabe quais as condições de trabalho nessas regiões, por exemplo? Você conhece a periferia de Natal e suas especificidades no que tange a política educacional, para não estendermos as demais?
Foi apenas uma ironia, mas você, de maneira infantil, não entendeu...
Quanto às suas ironias, por vezes, realmente passam despercebidas, mesmo porque não estamos para ironizar as condições sob as quais vivemos, claro que em condições político-sociais diferentes.Talvez sua filha e as amigas freqüentam bons colégios, não passam duas horas dentro de um ônibus lotado, não perambulam por horas buscando assegurar sua sobrevivência. Talvez você nunca esteve diante das condições aviltantes as quais nos referimos. Enfim, realmente, parte da problemática que trazemos não corresponde a sua realidade, dessa forma, apresenta dificuldades em entender tantas “verborréias” e refletir sobre elas.
Aquele que faz da população, metade militar e metade funcionário público.
Sua análise do Comunismo nas raízes marxianas se resume em uma frágil e equivocada concepção. Procure estudar um pouco mais, não para concordar que esse (o comunismo) seja muito mais abrangente, apenas no sentido de amenizar alguns equívocos.
Você disse “devemos reivindicar”, e eu pedi para você citar QUAIS tipos de protestos ou movimentos reivindicatórios você entende que deveríamos fazer.Julgo que é importante que você esclareça isso, pois foi sugerido por você mesmo e nós não estamos aqui pra jogar palavras ao vento, não é mesmo?
O que você quer reivindicar sem qualquer consciência de classe? Como poderá entender formas de luta, se não precisa delas? Sua luta está na manutenção, não na reivindicação. No particularismo, não no coletivo.
Pois, se um professor entende que não há condições de continuar trabalhando no serviço público, ele deve ser HONESTO e saí deste setor. Deve procurar sustento na iniciativa privada, como a grande maioria da população faz.
Você não sabe o que está dizendo meu caro. Quanto romantismo ao se referir ao mercado.att
25/01/2009 às 16:44 #86050AriadneMembroHesito, mas não resisto[:D], em transcrever, no contexto deste tópico, um pequeno trecho de um livro de reflexões autobiográficas de Eric Voegelin que estou lendo: "Uma das virtudes que ele [Max Weber] considerava indispensáveis em um homem de ciência era a "intellektuelle Rechtschaffenheit", que podemos traduzir por honestidade intelectual. Não consigo ver nenhuma razão para a escolha das ciências sociais -- ou das ciências humanas em geral -- como área de atuação se não existe a intenção honesta de examinar a estrutura da realidade. As ideologias constroem edifícios intelectualmente insustentáveis. Isto nos leva a indagar por que pessoas que são de resto inteligentes, além de honestas em seus afazeres diários, cedem à desonestidade intelectual tão logo entrem em jogo questões científicas. De que a ideologia é uma manifestação de desonestidade intelectual não resta a menor dúvida; todas as várias ideologias, afinal, já foram submetidas a rigoroso exame crítico[...] No plano mais imediato que se impunha, isto me levou à oposição a toda e qualquer ideologia -- marxismo, fascismo, nacional-socialismo, seja qual for; todas se mostraram igualmente incompatíveis com a ciência, entendida no sentido racional de análise crítica. Remeto ainda a Max Weber, o grande pensador que trouxe esse problema à minha atenção. Até hoje sustento que não se pode, em hipótese alguma, ser ao mesmo tempo um ideólogo e um cientista social competente."
25/01/2009 às 20:52 #86051BrasilMembroOlá Oliveira
Caminhar na contramão de uma ideologia dominante é sempre um desafio, mas, são essas condições que nos impulsiona na busca de alternativas por uma sociedade melhor(...)
Começamos concordando...
(...)não vejo grandes possibilidades em sua perspectiva político-educacional-social.
Eu nem sabia que eu tinha uma! Talvez o fato de eu apontar de forma objetiva e contundente a cultura de indolência que abarca o funcionalismo público na Educação, tenha lhe sugerido alguma “política educacional”... Não é. Pode ser no máximo uma política de contrapartida na relação servidor público/cidadão.
Entendo suas dificuldades em compreender aquilo que está fora da maneira positivista e pragmática pelas quais analisa a realidade social que, infelizmente, não se resume ao seu cotidiano.
Nem ao seu e tampouco ao cotidiano de quem quer que seja! Como a “realidade SOCIAL” poderia se resumir ao cotidiano de UM ? Está vendo como a verborréia não leva a lugar algum? Uma realidade social diz respeito à sociedade de forma geral e não pode SE RESUMIR ao particular cotidiano de quem quer que seja. Reflita esta sua incongruência discursiva.Essa sua inconveniente e desagradável compulsão de classificar e rotular pessoas e pensamentos, acaba lhe prejudicando sobremaneira. Veja, as minhas idéias jamais poderiam ser atribuídas ao campo pragmático, visto que o comportamento pragmático consiste exatamente naquilo que você e o amigo jota erre estão fazendo aqui: Defendendo sob qualquer argumento, até os mais bizarros e inverossímeis, que a NECESSIDADE de um Estado paternal, deficiente e parasita deve ser aceita sem questionamentos e com resignação. O Pragmatismo é aquela filosofia social que se molda às condições e percepções imediatas e, NÃO TENTA REVERTÊ-LAS. Não tenta reverter as condições e sim moldar-se a elas. No pensamento pragmático as pessoas e as idéias têm que se moldar às coisas e não as coisas moldarem-se às pessoas e às idéias. Minha visão social, apesar de ser pacifista e centrada na conscientização das pessoas, é revolucionária, isto é; em se falando de sociedade, poucas coisas permaneceriam tal como são; Então não pode ser pragmática...O Pragmatismo reflete exatamente o modo de vida estadunidense, isto é; um Estado prepotente que vai ajeitando as coisas no mundo de acordo com seu conforto imediato. Isto só pode terminar em desastre, pois, o mundo não é uma propriedade estadunidense e o que é imediato não necessariamente está correto ou deve ser sustentado. O sepultamento do Pragmatismo é a atual crise econômica, com a devida missa de sétimo dia.
Você já trabalhou ou conhece alguém que trabalha como professor nas chamadas regiões ribeirinhas no norte do Brasil?
Caro amigo, o que as regiões ribeirinhas do Norte do Brasil tem a ver com essa questão educacional em que o problema evidenciado consiste numa cultura de indolência do funcionalismo público? As dificuldades devidas ao difícil acesso a estas regiões não explica DE MANEIRA ALGUMA a indolência publicamente evidenciada e denunciada na Educação!Apontar casos isolados de locais de difícil acesso e precária infraestrutura, para explicar a deficitária Educação oferecida a MILHÕES de estudantes nas grandes cidades de TODO o Brasil é no mínimo uma apelação impensada. Um pragmatismo ingênuo. Assim como o colega jota erre, você apela para a observação das exceções e ignora as constantes. Isso é uma clara, flagrante e ingênua apelação.
(...)não estamos para ironizar(...)
A ironia por vezes é mais filosófica que milhares de palavras que tentam incutir um pensamento doutrinário e condicionador, um pensamento baseado em idealismos e filosofias sociais de 1870.
Talvez sua filha e as amigas freqüentam bons colégios, não passam duas horas dentro de um ônibus lotado, não perambulam por horas buscando assegurar sua sobrevivência.
Caro amigo, qual é a finalidade da exposição deste seu raciocínio? Você acha que ele tem algum nexo com o que estamos aqui discutindo? Se minha filha estudasse em um bom colégio eu não estaria criticando o ensino ministrado a ela e a seus colegas! Eu desconfio que você está com preguiça de ler minhas mensagens inteiras... Ou então tem alguma deficiência na capacidade de compreensão de textos.Mesmo não concordando com essa sua colocação, vamos supor que sim, “minha filha estuda numa excelente escola”, o que isso muda no entendimento de todos os aspectos que eu coloquei? Isso torna o precário serviço público de Educação, algo aceitável, ou explicável?Isso explica a inegável indolência peculiar aos serviços públicos?
Talvez você nunca esteve diante das condições aviltantes as quais nos referimos.
Caríssimo, talvez você queira transformar esta discussão numa troca de palavras ao vento, mas eu não estou disposto a isso! Eu perguntei a você, à QUAIS condições aviltantes VOCÊ diz que os professores do Ensino Público se submetem! Por favor não me fale das regiões ribeirinhas dos rincões deste País, fale das GRANDES CIDADES, fale das ALTAS INCIDÊNCIAS. Não use de dissimulações para debater, use de sinceridade, pois sem ela é impossível filosofar. Estamos falando do ensino ministrado a vários MILHÕES de jovens. Os problemas educacionais das grandes cidades não são comparáveis ou relacionáveis aos problemas de acesso e infra-estrutura das localidades longínquas de nosso País, que são criminosamente esquecidas pelos nossos políticos irresponsáveis. Você está tentando misturar dois assuntos diferentes pertinentes à Educação, para explicar uma flagrante e constante no Ensino Público ministrado nas GRANDES CIDADES; o parasitismo e a consequente ineficiência. O que as dificuldades de acesso e a precária infra-estrutura disponível nas regiões ribeirinhas dos mais longínquos rincões do País tem a ver com o GIGANTESCO ORÇAMENTO de meu Estado? Você não acha que essa sua proposta de observação dos rincões do País está totalmente fora de contexto? Pra quê desviar TANTO assim da proposta do tópico? Essa sua observação social deveria estar num tópico sobre as populações excluídas, sem assistência, do Brasil e não neste tópico que tenta encontrar qual é o problema que leva os estudantes do Ensino Público receberem um ensino RELAPSO, INCONSISTENTE, SUPERFICIAL E ENGANADOR. Isso é o que é oferecido a vários milhões de estudantes das grandes cidades e Capitais pelo Brasil e não somente às populações ribeirinhas afastadas fisicamente da urbanidade. Essa sua observação leva a outras discussões não menos importantes, apenas, muito diferentes desta.
O que você quer reivindicar sem qualquer consciência de classe?
Bem, então pra quê você disse “devemos reivindicar” ?De qualquer forma, se o nobre amigo julga que eu não tenho “consciência de classe” e por isso não saberei reivindicar “como se deve”, então DIGNE-SE a dizer aos demais leitores deste fórum QUAIS tipos de reivindicações SUGERIU sem maiores cerimônias ou reservas. Ou então constatarei a sua masturbação sociológica. Constatarei as suas palavras ao vento.
Você não sabe o que está dizendo meu caro. Quanto romantismo ao se referir ao mercado.
Um pouquinho de argumentos, mesmo que vazios e decorrentes do estudo aplicado em doutrinas sociais muito antigas, assim como os seus, caberia muito bem junto desta sua frase, não é mesmo? Qual é o seu problema, falta-lhe argumentos?Sabe, amigo, você iniciou as suas mensagens neste fórum, cheias de conteúdo colhido em excelentes livros e também em opiniões alheias, classificando e rotulando as pessoas e os seus pensamentos com terminologias marxistas, etc., mas, bastou ver-se diante de perguntas mais profundas, mais focalizadas num determinado ponto específico, para você demonstrar que não tem mesmo pensamento próprio. Você está fugindo das minhas perguntas como o diabo foge da cruz. Está tentando fazer uma mistura de assuntos diferentes, porém pertinentes à Educação, para tentar desviar o foco de minha crítica. Está me acusando de coisas das quais imagina que eu perderei meu tempo atendo-me a desmenti-lo... Por favor, já lhe disse que dispenso as suas classificações e avaliações sobre a minha pessoa. Atenha-se aos assuntos pertinentes ao tópico e não tente explicar na minha pessoa um PROBLEMA que é de MILHÕES DE PESSOAS das mais diferentes doutrinas e comportamentos. Isso não é filosofar, meu amigo, isso que você está fazendo é especular, e depois, quando encontra argumentos que fogem à compreensão de sua doutrina social criada há mais de um século, então começa a tergiversar sem qualquer constrangimento.
(...)não estamos para ironizar
Nem pra jogar conversa fora.Eu e os demais leitores deste fórum esperamos atenciosamente a suas colocações mais detalhadas acerca da sugestão de reivindicação popular.Aqui está:
Evidentemente, devemos reivindicar ações no sentido de romper com a precariedade do Estado
Por favor, digne-se a dar clareza e consistência às suas palavras. Um bem que podemos fazer é dar consistência de argumentos a esta discussão e procurar não atribuir aos olhos de uma só pessoa, tudo aquilo que TODOS estão vendo.Att
26/01/2009 às 0:37 #86052LeksoMembroAcabei de conhecer o fórum e fiquei extremamente interessado nesta discussão, tão calorosamente debatida. Desejo fazer algumas observações.Primeiramente, quanto ao vencimento dos professores: numa pesquisa rápida ao Google encontrei quatro notícias relacionadas; três delas afirmam que os professores da rede pública recebem em média mais que os professores da rede privada, enquanto uma afirma que o vencimento é "quase igual":http://www.gremio.poli.usp.br/forum/viewtopic.php?f=158&t=453http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=53815http://blog.sinprovales.org.br/2008/01/25/salario-de-professor-da-escola-publica-e-salario-do-professor-da-escola-privada/http://aprendiz.uol.com.br/content/cepretrope.mmpMinha experiência como estudante me sugeriu haver um grande abismo entre a qualidade do ensino público e a do ensino privado. Durante minha vida de estudante de escola particular (no interior de Minas Gerais), sempre ouvi dizer que a qualidade da escola pública era ruim, mas fiquei assustado com o quanto. Dizem que eu saí de uma das melhores escolas particulares de minha cidade e fui para a melhor escola pública de lá.Tive impressão de que os professores não eram tão "bons" quanto os de minha antiga escola, mas não era apenas isso: todo o clima era diferente. O professor que me pareceu ser "o melhor" de lá — com o qual, coincidentemente (?), eu já havia tido aulas na escola particular por motivo de substituição temporária — não era bem recebido pelos meus colegas, que o achavam exigente demais. Pois, também em outra escola pública em que estudei mais tarde, encontrei todo um clima semelhante, impregnado de desleixo e apatia, que me parecia se refletir na maioria dos professores e alunos.Mas na escola particular eu não tinha colegas que trabalhavam para complementar a renda familiar, nem nunca soube de gente que usava ou vendia drogas no terreno baldio que ficava ao lado. Já havia tido uma — e talvez outra — colega que suspendera os estudos por conta de uma gravidez precoce, mas não tantas que levavam seus filhos para a escola, que não tinham com quem deixá-los. Coincidentemente, foi no meu período de estudante de escola pública que vi pela primeira vez uma mulher de olho roxo. Ouvi dizer que apanhava do irmão.Minha experiência como estudante — e também como observador — me sugere enfaticamente que o conteúdo ministrado pela escola pública é muito menos rico, minucioso e exigente que o da escola privada. Mas daí me pergunto: por quê? — Será que se os mesmos professores de minha escola particular fossem todos lecionar naquela escola pública teríamos a mesma aprovação no vestibular que os estudantes da tal escola particular? — E quanto aos estudantes, com suas diferentes perspectivas pessoais, estruturas afetivas e familiares, necessidades de emprego imediato, carentes de certos recursos tecnológicos já desde a infância? — Pois, tenho lá minhas dúvidas.Para mim é claro que o ensino, sobretudo o fundamental, deve se moldar às necessidades e à realidade do aluno. Pois, a escola pública deve lidar com diferenças gritantes, muitas vezes tendo um aluno cuja mãe é alcoólatra; outro cujo pai é desaparecido e a mãe trabalha em dois ou mais empregos ao mesmo tempo; outro que tenha que tomar conta dos irmãos mais novos; outro que sofra ou tenha sofrido abusos sexuais; outro que tenha que vender guloseimas noutra parte da cidade; outro que necessite e não disponha de apoio fonoaudiológico; assim, formando uma classe heterogênea, sempre mais numerosa que o ideal, em que as exigências do ensino inevitavelmente têm de ser limitadas por baixo. A realidade social é outra.Já retomando parte da discussão mais recentemente abordada por este tópico, entendo que a filosofia pode (e deve) ser abordada na escola pública. Para tal, não penso ser necessário que haja uma disciplina específica. Discordando veementemente com o colega "Brasil", entendo que uma criança pode ser ensinada a filosofar. Isso se faz, evidentemente, por meio de estímulo. Na sala de aula, numa aula de Português, História ou Matemática, é perfeitamente possível que se crie um espaço para discutir e criticar — até mesmo usando uma estória em quadrinhos, por que não? —, enfim, incitando ao confrontamento, à descoberta, ao gosto pelo conhecimento — a essência da Filosofia, o que há nela de mais proveitoso. Assim, inclusive (e não somente), a própria matéria curricular vem a ser apreendida melhor. Tal pensamento vem a encontro da teoria do Construtivismo na Educação, que, embora já não esteja tanto em voga, tem tido grandes resultados em escolas que o adotam com mais pureza, sobretudo para alunos que não recepcionem tão bem o ensino "tradicional". Não acredito estar exagerando ao dizer que a Filosofia hoje mais faz falta à escola pública que à privada.
26/01/2009 às 5:01 #86053BrasilMembroOlá Lekso, bem-vindo ao fórum!
uma criança pode ser ensinada a filosofar
É claro que pode ser estimulada a exercitar seu pensamento! Com música, quadrinhos, etc, como sugeriu o amigo jota erre. Mas o problema é que não estamos falando só de CRIANÇAS, estamos falando de alunos do Ensino Médio. Qual a diferença?: Uma criança pode ser estimulada a exercitar e refinar seu pensamento, sem com isso sofrer qualquer indução a condicionamentos sociais e humanos diversos. Ela é estimulada a pensar, devido à sua pouca idade, em questões imediatas ao seu cotidiano como; “por que devo ser aplicado nos estudos”, ou numa idade ainda mais baixa; “por que não devo agredir meu amiguinho ou irmãozinho?”, etc. Isto é possível de se fazer, e se não houver deliberada intenção de condicionar a criança, isto não ocorrerá. (não creio que se possa chamar isso de “filosofar”, vejo apenas como um estímulo filosófico) Lá na sexta ou sétima série o aluno começa a receber informações políticas, geopolíticas, sociológicas, etc. O ensino da Filosofia, toma como referência as obras dos diversos filósofos, e eles têm concepções diferentes entre si. Então, fica a critério do professor, ou da direção da escola, ou do órgão educacional que supervisiona a escola, ou do Ministério da Educação, QUAL a indicação do filósofo que mais se deposita credibilidade, qual linha de raciocino filosófico será prestigiada. Com isso temos um condicionamento arbitrário.Mas a questão não reside aí. Há outros aspectos já colocados e, como você não entendeu perfeitamente a questão da “filosofia para crianças”, eu posso colocar novamente sem qualquer problema...A “filosofia para crianças” foi sugerida pelo amigo jota erre em contraposição ao meu argumento de que a maioria dos alunos do Ensino Médio não têm uma leitura sequer aceitável, apresentam sérias deficiências de interpretação de texto, enfim, para ler obras filosóficas, não dá... Então ele sugeriu essa coisa de “Filosofia sem leitura”, que eu achei absurdo, pois, antes de inventar qualquer parafernalha para superar a deficiência de leitura do aluno, incutindo-lhe por meio de som ou quadrinhos, pensamentos filosóficos sabe-se lá de quem, dever-se-ia ENSINÁ-LOS A LER PERFEITAMENTE.Quando o amigo jota erre começou os seus comentários, ele ressaltou o que ele entendeu como “autoritarismo” na Escola, na época do regime de governo militar. Realmente, como bem citou o amigo Miguel, houve realmente uma tentativa de condicionamento dos estudantes ao Regime através de disciplinas diferentes implantadas no Ensino. Comportamento educacional que, refletindo-se bem, eu não poderia concordar.Diante da sugestão do amigo jota erre, de se incorporar a Filosofia no Ensino Público, eu chamei a atenção para este fato: A Filosofia trata de questões políticas, não estaríamos caindo num erro parecido?Que filosofo o professor deveria indicar para a “leitura”? Marx ou Adam Smith? Nietzsche ou Kierkegaard? Ou seja; filósofos que se opõem completamente. A indução do professor seria inevitável. Nessas alturas da formação intelectual; 13 a 18 anos, a Filosofia pode ser doutrinária e condicionadora, principalmente se for administrada a alunos com baixa capacidade de entendimento de textos, pois eles não têm como buscar outras referências que se contraponham àquelas que eles OUVEM ou VÊEM na sua escola.Enfim... Esta é a dialética que, segundo o meu ponto de vista, girou em torno do assunto da “Filosofia pra crianças”.Abraço
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