A MAGICA DAS MATEMÁTICAS

A MAGICA DAS MATEMÁTICAS

Henry Thomas

 

A estranha aritmética dos romanos

CURIOSO sistema de notação aritmética tem persistido desde o tempo dos romanos até nossos dias. Esse sistema pouco manejável, embaraçoso, e contudo dotado de extraordinária tenacidade, é ainda o habitualmente usado nos mostradores dos relógios de parede ou de bolso. Imaginai-vos fazendo vossas complicadas somas, multiplicações ou divisões, sem o auxílio dum sistema decimal! Que tal se tivésseis, fazendo o serviço de escrituração, de dividir 30.692 por 1.821, com esses números escritos assim: XXXDCXCII dividido por MDCCCXXI? Não obstante, pode ser feito e com rapidez e facilidade, se conhecerdes o jeito. Os romanos usavam esse sistema e não eram nada maus calculistas.

Os números romanos eram indicados por certas letras. A letra I representava uma unidade; V, 5 unidades; X, 10 unidades; L, 50; C, 100 (a inicial de centum cem); D, 500 e M, 1.000. Para obter números maiores do que podiam ser convenientemente indicados por essas letras, foi adotado o recurso de colocar uma barra ou risco sobre uma letra; esse risco multiplicava seu valor por 1.000. Assim X representava 10.000, e assim por diante. Ora, o meio de conseguir alguém formar números grandes era fazer uma enfiada de números pequenos. Assim 83 é representado por 50 + 30 + 3, ou LXXXIII. A exceção ocorre ao representar um número que é uma unidade menor que qualquer letra. 90 pode ser escrito assim: LXXXX, mas também pode ser escrito: XC, isto é, 100

— 10. De modo que, uma cifra menor posta à esquerda duma maior, significa que a menor deve ser subtraída da maior. Por exemplo: os romanos escreviam nove desta forma IX; 97, XCVII; 982, CMLXXXII. Imaginai-vos a escriturar as contas de vossos negócios diários com esse embaraçoso método!

Para os cálculos rápidos, usavam os romanos uma caixa ou uma ardósia, chamada ábaco, contendo certo número de pequenas pedras (calculi é a palavra latina que significa pedrinhas, da qual se derivam as palavras calcular, cálculo e outras). A caixa estava dividida em quatro colunas, encabeçada pelas letras M, C, X, e I, respectivamente. Ora, colocando o número devido de pedras em cada coluna, podemos representar certa cifra. Como exemplifica o seguinte desenho:

AS JÓIAS E OS TESOUROS OCULTOS DA TERRA – Geologia

Diamante — a mais brilhante das jóias

HÁ muitos anos, um pastorzinho bôer, da África do Sul, encontrou linda pedra num campo. Andou com ela no bolso, como se fosse um amuleto. Um dia, um vizinho, Van Niekirk , ofereceu-lhe 500 carneiros pela pedra. O rapaz aceitou a oferta, pensando que o homem estivesse maluco. Qual não foi seu espanto quando soube, poucas semanas depois, que Van Niekirk havia vendido sua pedra por 56.000 dólares! (mais de mil contos).

Essa pedra é hoje conhecida como o brilhante Dudley.

Que é um diamante? Nada mais, é maravilhoso di-zê-lo, que um pedaço de carvão. Carvão refinado ou cristalizado. A mais brilhante das jóias quando exposta a uma temperatura suficientemente elevada pode ser transformada num simples pedacinho de grafite suja.

Mas seria preciso uma quantidade imensa de calor, cerca de 6.500 graus, para operar essa transformação. Porque o diamante é o mineral mais duro que existe na natureza. A palavra diamante é derivada de adamant, do grego adamas, que significa coisa que não pode ser abrandada.