A CONCEPÇÃO DA EDUCAÇÃO DEMOCRÁTICA NA OBRA “DEMOCRACIA E EDUCAÇÃO” DE JOHN DEWEY

Resumo

Este trabalho surge fundamentalmente com o objectivo de analisar o pensamento de John Dewey (1859-1952), no que concerne ao seu pensamento filosófico e pedagógico, de fundamentar o que Dewey entendeu por Educação Democrática e também avaliar a sua influência no que diz respeito à educação actual moçambicana.

Com a finalidade de atingir estes objectivos, procuramos fazer uma caracterização do seu pensamento filosófico, para depois emergir ao pedagógico, a partir do ambiente social americano do Pragmatismo, doutrina que preconiza que todo o aprendizado, todo o conhecimento deve ter um fim prático. Dewey foi o continuador do Pragmatismo filosófico iniciado por William James (1842 – 1910) e Charles Sanders Peirce (1839 – 1914), ambos também americanos. Contudo, Dewey para se distinguir do Pragmatismo concebido por James e Peirce, preferiu chamar sua doutrina como Instrumentalismo, doutrina segundo a qual, o valor da verdade, do pensamento, de uma teoria reside no seu carácter instrumental, isto é, no seu rendimento em acção. Entretanto, procuramos de uma forma sintética, apresentar as características desta corrente filosófica contemporânea surgida no século XIX.

Destacamos assim, o pensamento de Dewey no contexto do Pragmatismo americano, a fim de poder-se fazer a sua contextualização filosófica e sem deixar de lado o contexto histórico. Deste modo, o pensamento de Dewey procura centrar-se nas grandes necessidades que a sociedade americana da sua época se encontrava, é o caso da massiva industrialização encabeçada por intuitos políticos e também na existência de dois tipos de ensino, o Tradicional centrado no professor e o da Escola Nova, centrado no aluno, porém, Dewey propõe um novo tipo de ensino, o da Escola Progressista ou Democrática onde cada aluno aprende fazendo, learn by doing, e se enriquece com as experiências dos outros alunos.

A tese fundamental do pensamento deweyano parte da epistemologia que é o centro do Pragmatismo; portanto, nos cingimos neste trabalho, nas temáticas desenvolvidas na sua magna obra, “Democracia e Educação”, escrita em 1916, onde procuramos referenciar os temas que mais abordam, sugerem e sustentam a questão da Educação Democrática, tido como um tipo de Educação onde cada aluno se enriquece com a experiência do outro aluno, numa vida partilhada onde todos os alunos têm a mesma igualdade de oportunidades.

No fim, procuramos ver a importância do pensamento de Dewey sobretudo da Escola Progressita para a Educação moçambicana e as suas influências na concepção do novo curriculum, cujo agente essencial da Educação é o aluno, ao modo como concebeu Dewey na sua Escola Progressista e Democrática.

Palavras-chave: Dewey, Pragmatismo, Instrumentalismo, Escola Progressista, Educação Democrática.

Intencionalidade e Naturalismo

maravilhas das antigas civizações

Jamais
pensou a mente tanto sobre si própria. Em fins do século XX, ciência e
filosofia trilham uma cruzada em busca de compreender a consciência e suas
capacidades. Três séculos e meio após Descartes, respostas dualistas não mais
são suficientes; quer-se compreender a mente enquanto um fenômeno fisicamente
gerado, que toma parte no mundo físico. Em filosofia, esta postura denomina-se
naturalismo.

Não
obstante as exceções, algumas renomadas, como Karl Popper (1962), há muito a
forma naturalista de compreender a consciência domina a filosofia. Na tradição
que aqui abordaremos, a analítica, anglo-americana, as bases deste estudo
remontam a autores como Sellars e seu Empiricism and Philosophy of the Mind (1956),
Quine, em Palavra e Objeto (1960) e Putnam com Minds and Machines (1960).

UMA ANÁLISE DA CONCEPÇÃO DE INTENCIONALIDADE DA MENTE DE JOHN R. SEARLE,

maravilhas das antigas civizações

[download id=”43″] UMA ANÁLISE DA CONCEPÇÃO DE INTENCIONALIDADE DA MENTE DE JOHN R. SEARLE UFSJ – Universidade Federal de São João del-Rei Novembro de 2006 RODRIGO CANAL   UMA ANÁLISE DA CONCEPÇÃO DE INTENCIONALIDADE DA MENTE DE JOHN R. SEARLE Trabalho apresentado à Coordenadoria do Curso de Filosofia da UFSJ, como exigência para a obtenção … Ler mais

A MORTE DE DEUS E A IDEALIZAÇÃO DO HOMEM SEGUNDO A ÓTICA MORAL DE FRIEDRICH NIETZSCHE


RESUMO


Wilhelm Friedrich Nietzsche (1844-1900) é um dos filósofos contemporâneos que mais suscita discussões na atualidade. Concentrando nosso tema na crítica de Nietzsche ao cristianismo, temos por objetivo principal apresentar o seu pensamento acerca da religião cristã – incluindo, primeiramente, a sua crítica à filosofia, à razão e à moral – e confrontá-lo com algumas produções filosóficas que questionem e discorram acerca de suas premissas e conclusões, propondo, num desafio à obra do filósofo, que a sua constatada “morte de Deus”, e o seu anúncio a um novo tipo de homem, o sobre-homem, não nos oferecem um questionamento eficaz ao teísmo e aos pressupostos filosóficos cristãos, sendo mais válidos como denúncia do que como suporte a uma nova filosofia.



Palavras-chave: razão, moral, verdade, morte de Deus.