Miguel (admin)

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  • em resposta a: A separação entre a ciência e a filosofia #71695

    Amigo Onofre,
    É verdade… concordo quando você diz que ainda estamos na fase das especializações, principalmente se considerarmos as recentes descobertas científicas/tecnológicas que em quase nada abordam as origens filósificas e pouco envolvem outros conhecimentos. O que espero deste processo evolutivo é que em breve haja uma reconstrução do amplo conhecimento. É certo que exigirá muito mais do ser humano, considerando a quantidade de conhecimento acumulado no decorrer dos anos, mas já podemos perceber, pela própria competitividade capitalista, que conquista destaque quem mais armazena dados+informações=conhecimento.
    A grande tecnologia atual nos disponibiliza muitas informações, e muitas delas nos são vitais para a sobrevivência. Hoje já é possível transmitir todas as edições do “The New York Times” de um lado a outro do planeta em apenas um segundo! A grande dificuldade que ainda enfrentamos é de ordenar, armazenar e utilizar estas informações para o crescimento indivudual e um benefício maior, que é atender as mínimas necessidades humanas como a fome… Enquanto o ser humano não perceber sua própria evolução, que pode ser infinitamente maior do que a tecnologica, estaremos correndo em diversas direções (se especializando) e dificilmente chegaremos ao bem estar comum!

    em resposta a: Filosofia Moderna: crises e retrocessos #74382

    Caríssimo Onofre,
    Gostaria de agradecer tão iluminada ajuda.E não querendo abusar da sua boa vontade, você poderia me dizer quais são as tecnicas de um fichamento.Parei de estudar a mais de 15 anos, e retornei agora, estou com muita dificuldade de memorização e como fiz metodologia cientifica a muitos anos, não me lembro como se faz um fichamento. Ja procurei ajuda com os professores e eles me mandam procurar em livros, trabalho o dia todo, tenho filhos pequenos e não tenho muito tempo para ficar na biblioteca, pois se faço isso perco as aulas, pois já chego na hora.Preciso recuperar o tempo perdido e não posso reprovar em Filosofia, mesmo pq teria que pagar novamente a matéria, e as minhas condições não me permitem. Desde já obrigada.

    em resposta a: Filosofia Moderna: crises e retrocessos #74381

    O período do Renascimento é considerado, segundo muitos historiadores, um período de transição, embora outros, como Michel Foucault, o coloquem como um período autônomo. No Renascimento temos tanto elementos medievais como elementos modernos. É no renascimento que vemos ressurgir a pesquisa científica, política, cultural, o florescimento das cidades.

    Politicamente, temos um autor importantíssimo, Nicolau Maquiavel, que irá se esforçar para criar, dentro do contexto da unificação da Itália, uma ciência política separada dos valores religiosos que até então predominavam. Na ciência temos o surgimento da bússola, a expansão marítima dos países ibéricos. E a teoria heliocentrista de Copérnico. Filosoficamente, um autor que é considerado o primeiro dos modernos e o último dos medievais é Fracis Bacon. Ele formula um método experimental, empirista, que buscava o avanço científico, o avanço do conhecimento, e a dominação técnica do homem sobre a natureza. Este filósofo se insurge contra o saber da antiguidade mastigado há séculos pela Igreja Católica. Especialmente Aristóteles, a cujas obras ele tentará contrapor as suas.

    René Descartes é chamado de “O pai da filosofia moderna”. De fato, na filosofia, a modernidade começa com Descartes, e com sua construção do conceito de subjetividade e com a introdução do sujeito do conhecimento – ao qual está submetida, no processo de conhecer, a ordem das razões. De fato, o cogito cartesiano é o ponto fixo sobre o qual começa a se construir um sistema, o edíficio do saber. Ligada ao cogito está a primeira verdade da onde podem ser deduzidas todas as outras. Descartes, ao contrário de Bacon, defende a dedução, e não a indução, como mais adequada ao ato de conhecer. O que está em jogo em Descartes é a construção de uma mathemas universalis, de um saber universal e unificado, que tem suas bases na metafísica, no mundo objetivo sendo legimado por Deus. Com Descartes também há o surgimento de um forte dualismo, para ele o mundo é composto de duas substâncias, a res extensa e a res corporian, ou, grosseiramente, corpo e espírito. Nas meditações ele demonstra porque a alma é mais fácil de conhecer do que o corpo. Ele também defende a razão como a faculdade da alma mais adequada para distinguir o verdadeiro do falso. Em seu discurso do método ele elabora um método para bem conduzir a razão e procurar a verdade nas ciências. Esta busca e elaboração de um método é uma herança perene de Descartes à ciência. Além de filósofo, vale lembrar que ele foi também brilhante cientista e matemático, tendo desenvolvido a geometria analítica e o plano cartesiano.

    Os filósofos modernos, tinham, portanto, esta esperança de que o conhecimento racional seria capaz de conduzir o homem até o mais alto estágio que ele pudesse alcançar. Esta esperança teve o seu ápice no otimismo dos Iluministas, no século XVIII, que buscavam afastar, através da luz da razão, as trevas do espírito causada pelos preconceitos, dogmas religiosos, intolerâncias etc. No entanto uma crítica a isso já começa a surgir no interior do próprio Iluminismo, nas Idéias de Jean-Jacques Rousseau. Rousseau argumenta que estes avanços da civilização só empobreceram o homem espiritualmente. Ele conjetura sobre o homem no estado de natureza: solitário e auto-suficiente, vivendo plenamento a sua vida. Rousseau critica a frivolidade de alguns confortos modernos.

    Esta dominação técnica e o controle da natureza também tem algumas outras consequências nefastas. Com a ascenção do capitalismo temos a natureza como a fonte de uma matéria-prima que deve ser transformada em produtos economicamente aproveitáveis. Isso implica em um aumento da pobreza, da devastação ecológica etc.

    No século XIX, esta esperança moderna de o homem antigir a verdade através da razão cai por terra, em filosofia, juntamente com a noção de verdade. Alguns acreditam que portanto vivemos uma pós modernidade, outros acreditam que a modernidade só sofreu um duro golpe, mas que pode se levantar, desde que feitas as devidas adaptações.

    em resposta a: Filosofia Moderna: crises e retrocessos #74380

    Caríssimo Onofre, se eu não estivesse com essa dificuldade provavelmente não teria pedido ajuda.Antes de tentar criticar ou dar a sua opinião sem que seja solicitada, tente pensar que existem pessoas que por algum problema solicitam ajuda. Não tire conclusões precipitadas.Se você não pode ajudar, não atrapalhe.

    em resposta a: Filosofia analitica #71722

    Wittgenstein está também em falta

    em resposta a: A separação entre a ciência e a filosofia #71694

    Muito interessante. Parece que na física, realmente, está havendo essa “mudança de paradigma” para o paradigma holístico.

    Mas eu acho que ainda estamos em fase de transição. Ainda há muita especialização e pouco saber unificado. Mesmo em filosofia. Uma pessoa pode saber bem acerca de um assunto, de um tema, mesmo que para isso tenha de dialogar com outros ramos. Ela não será especialista nos outros ramos, mas usara a parte destes que tem a ver com a sua pesquisa.

    Embora não seja o correto, ainda acho que a especialização lidera. Estamos longe daquela figura do homem do renascimento, que sabia bem todas as ciências, procurava ser enciclopédico, aplicar o conhecimento com virtude e sabedoria, cultivava o físico, o esporte etc.

    em resposta a: Alienação nas novelas #74206

    Já reparou que no horário nobre da rede Globo, o noticiário (ou a vida real maquiada) ocupa um pouco menos de uma hora, ao passo que as três novelas do horário ocupam quase três horas?

    Já reparou que na novela da globo todas as famílias tem empregadas uniformizadas (eterna reafirmação da luta de classes).

    E que não importa qual seja a trama, certos princípios são sempre obedecidos.

    Uma novela dita padrões e apresenta uma realidade colorida que querem insinuar como desejável.

    em resposta a: Banquete de Platão #74106

    Na coleção Os Pensadores este diálogo está presente, bem como naquele livro “Diálogos” da Cultrix com traduçãode Jaime Bruna. Portanto, é bem fácil de achar.

    O Banquete, ou Simpósio conta a história de uma reunião de convivas. O simpósio era basicamente uma bebelança Os convidados, dispostos em roda, são convidados cada um a fazer um discurso sobre o mais belo dos deuses (o deus do amor). Platão apresenta vários discursos antes do discurso final de Sócrates O mais interessante destes é o que faz o poeta Aristófanes. Ele apresenta um mito que descreve que os seres humanos, antigamente, tinham os dois sexos unidos, e portanto eram seres completos. Mas começaram a ficar tão poderosos que irritaram os deuses. Zeus, então, com um raio, separou-os em dois, dando origem aos sexos. O desejo dos dois sexos de se unirem é uma tentativa de recuperar aquela unidade primordial por alguns instantes.
    O discurso de Sócrates vai diferir substancialmente dos outros. Sócrates como em outros diálogos, defende a existência de “um belo em si”, princípio eterno de todas as coisas belas, que só pode ser alcançado através de uma ascese da alma (e aí que entra a dialética o método usado para se empreender esta ascese), que partindo da contemplação dos corpos (não somente dos corpos humanos, claro) belos, sobre gradualmente até a contemplação deste princípio.

    (Mensagem editada por miguel em Julho 07, 2002)

    em resposta a: A Aguia e a Galinha – Leonardo Boff #73930
    em resposta a: Filosofia e saber filosófico #73318

    Visite Armazém Literário – Curso de Filosofia para as respostas.
    O ítem 3 é meio subjetivo. Desculpe a demora, não tinha te visto.

    em resposta a: Metodologia Cientifica #73265

    A metodologia científica tem precursores, na versão moderna, em Bacon, Hobbes e Descartes. Consulte os textos referentes a estes autores na seção de filosofia moderna.

    em resposta a: O que é teoria? #73227

    Referência: Dicionário Lalande.

    A raiz grega da palavra significava uma visão de um espetáculo, uma visão intelectual, uma especulação.

    A teoria é uma construção especulativa do espírito, que liga consequências a princípios. Por oposição à prática, na ordem dos fatos: aquilo que é objeto de um conhecimento desinteressado, independente das suas aplicações.
    Por oposição à prática, aquilo que representa o direito puro ou o bem ideal, distinto das obrigações comumente reconhecidas.
    Por oposição ao conhecimento vulgar, aquilo que constitui o objeto de uma concepção metódica, sistematicamente organizada.
    Por oposição ao conhecimento certo: construção hipotética, opinião de um cientista ou filósofo sobre uma questão controversa.
    Por oposição ao pormenor da ciência, uma ampla síntese que se propõe a explicar um grande número de fatos, considerada, a título das hipóteses, verossímil pela maior parte dos cientistas de uma época.


    Da próxima vez, procure dar um prazo maior para as respostas, ok?

    em resposta a: Discurso do Método #74159

    Veja nos textos sobre Descartes aqui na Consciência, consulte também o Mundo dos Filósofos e o Site de Filosofia Moderna

    em resposta a: O que é o homem, sociedade etc #74375

    Physis potência do logos? A physis (traduzida por natureza) pode grosseiramente ser traduzida como tudo aquilo que cresce espontâneamente no chão, no mundo. A arte imita a natureza, ou a teché imita a phisys. O homem através da técnica e das construções artificiais consegue realizar seu mundo diante da natureza.

    em resposta a: Filosofia Moderna: crises e retrocessos #74379

    Você não quer que alguém redija seu trabalho para você né? Tem bastante material sobre os assuntos pedidos aqui no site, veja os textos sobre bacon e Descartes, na seção de filosofia moderna.

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