Miguel (admin)

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  • em resposta a: Mulheres filósofas #74249

    Na antiguidade existem várias filósofas de menor importância, especialmente na escola cínica e epicurista, e dados sobre elas podem ser obtidos no livro “vida e doutrina dos filósofos ilustres” de Diógenes Laércio.

    Mais contemporaneamente, temos algumas filósofas de importância universal, tais como Rosa Luxemburgo, Simone de Beauvoir, Mary Wollstonecraft. Você pode achar farto material sobre elas na internet mesmo. Sugiro uma consulta ao Google ou Altavista brasil

    Boa sorte.
    Ah, no Banco de Imagens tem o link para um banco de imagens só de filósofas. Dê uma olhada lá.

    em resposta a: Os sofistas #78354

    Exatamente por a noção de verdade estar comprometida na filosofia, sobretudo a partir do século XIX, que o valor dos sofistas foi recentemente resgatado – pois até então eles eram como “vilões” na história da filosofia.

    Sem uma fundamentação absoluta da Verdade (sobretudo Deus, golpeado de morte na filosofia) , ela perde sua validação , e a verdade pode ser apenas parcial, referente a sistemas fechados, ou a conjunto de valores.

    em resposta a: Os sofistas #78353

    Sem deixar de reconhecer a importância dos sofistas, permito-me uma crítica no sentido de que os sofistas usavam a “palavra” como instrumento de convencimento, distanciando-se do compromisso da palavra com a verdade.

    A valorização da filosofia passa, necessariamente, pela valorização dos profissionais que a ela se dedicam. Em nosso País a filosofia, no meio acadêmico, sofreu as consequências de toda disciplina que estimula a crítica e o “pensar”. Após o término da ditadura militar, estávamos vivendo o ápice da globalização e da cultura utilitarista e pragmática, todos esses fatores têm contribuído para a pouca valorização da filosofia, como instrumento de crítica e de mudança de paradigmas. Vejo nesse início do século XXI, uma mudança animadora de se buscar, na filosofia, respostas ou explicações para a decadência e iniquidade do ser humano. Acho que a necessidade existencial do homem concreto o está levando a se indagar e questionar todos os valores vigentes. Acredito que esse momento de transição colocará de novo a filosofia como área de conhecimento imprescindível para o desenvolvimento do homem e da sociedade.

    em resposta a: Platão idealista? #71322

    Desculpe-me a intromissão, mas o assunto me fascina e já me levou a perguntas sem respostas. Refletindo sobre o exposto nas duas mensagens, sinto-me inclinado a concordar com o Onofre, muito embora, até então, minha interpretação era a de considerar Platão um idealista. Contudo, considerando a definição dada ao “idealismo”, é lícito afirmar que Platão não era idealista, uma vez que o “Mundo das Idéias” tinha existência concreta e objetiva, independentemente do sujeito. Por outro lado, concordo que o assunto é complexo e fascinante, e muito aprenderei se a discussão entre vocês dois puder continuar. Vale lembrar que a visão de Reali sobre Platão abriu um novo entendimento sobre aquele fascinante pensador.

    em resposta a: PT ELEITO #72085

    bom… a meu ver o pt só não chegou, e nem deve chegar em 2002 a presidência, pq vem sendo mais ou menos fiel aos seus ditames políticos( e não falo de comunismo ou qualquer ou ismo), falo de identidade com o povo brasileiro… é o partido que mais está próximo do povo.. as prefeituras do pt estão fazendo de um modo geral um bom trabalho social e administrativo.. o pt está crescendo a cada eleição desde a sua fundação… o brasileiro esta cansado de bla bla bla ideológico, pq o verdadeiro político é fiel ao bem estar de seu povo e só!!!!! o prona elegeu uma veradora em sp, quanto ao prona não sei dizer, mas sinto na campanha do prona um apelo p/ a ação efetiva do governate, alguém que brige pelo povo, nem que seja uma histérica(o) uma obs: a maioria das mães são histéricas(mas quem melhor que a mãe p/ cuidar do filho?).

    sp tem uma prefeita(UMA MULHER), que é do pt, quem sabe mais um sinal de que os paulistanos querem alguém que os protega(?)

    bom, mas como ia dizendo, o pt passa por uma fase delicada, é o caso do micro empresáro que começa a ganhar dinheiro e tem que tomar cuidado com os investimentos, pois a ambição pode levá-lo a falência….

    governo estadual, penso que ainda seja cedo, da mesma forma o governo federal… a prova de fogo são os grandes minicípios e governos estaduais que não o de são paulo…. para depois pensar no grande projeto ou na grande mudança, pois a idéia é mudar a forma de fazer política no brasil….mas isto tem que ser de mansinho…lembram da história do defunto que finge de morto????

    em resposta a: O nome da Rosa e Aristóteles #74164

    O filme aborda um período da história onde a teologia(os dogmas da fé e da revelação)era baseada nas idéias platônicas, mais precisamente, no neoplatonismo (Plotino). Nesse período, a filosofia aristotélica só era acessível a alguns poucos, pois sua leitura exigia o conhecimento do grego clássico. As idéias aristotélicas afrontavam os dogmas religiosos por seu racionalismo crítico.
    Naquela época, prevalecia a teologia de Santo Agostinho, que por sua vez foi influenciado pelas idéias platônicas. Por isso, no filme, a obra de Arsitóteles era guardada a “sete chaves” e inacessível aos demais monges. Posteriomente, já no século XI ou XII, Averróis, filósofo mulçumano, traduziu para o Latim o pensamento de Aristóteles, o que permitiu a Sâo Tomás de Aquino ter acesso às obras aristotélicas, sendo que a partir desse filósofo os dogmas da cristandade passaram a ser interpretados a partir do pensamento aristotélico.
    Sugiro a leitura dos livros “AVERRÓIS – O Aristotelismo Radical”, do Professor José Silveira da Costa, Ed. Moderna e “Tomás de Aquino – A Razão a serviço da Fé”, do mesmo autor e editora. O autor desses livros é uma das maiores autoridades em Filosofia Medieval.

    em resposta a: Os sofistas #78352

    Uma educação voltada para a ciência não é sofística, pois a ciência , na maioria dos casos, não defende o relativismo, e sim o saber racional ou empírico.

    em resposta a: Os sofistas #78351

    …mas mesmo os que tem acesso ao melhor ensino não são educados em um sentido mais sofista do que platonico(?), ou diria uma educação voltada, como disse o wagner, para a ciência e não para as idéias(?)… acredito que se levado a fundo a idéia que o wagner lança para debate, e não apenas analisando os fatores responsáveis pela falência da educação no brasil, podemos chegar a algo semelhante ao que os sofistas ensinavam no passado, pois como o onofre mesmo demonstrou os sofistas eram os educadores de seu tempo… acredito que de lá prá cá nada mudou… mesmo que se estude em uma boa escola…..o mundo é prova disto….

    em resposta a: Música #74098

    Sem dúvida a seção de música é a mais abandonada de todas, sem recebr atualizações há uns 3 anos. Isso me entristece. Eu cheguei a trabalhar em alguma coisa nova, mas o problema é que eu queria colocar MP3s e a polêmica sobre os direitos autorais anda pendendo mais para o lado das gravadoras.

    Mas como a sétima sinfonia do Beethoven que está lá não é protegida, vou passá-la para MP3 ao menos, porque o formato real audio é de baixíssima qualidade. Ouvi outro dia e é quase um insulto à música do Beethoven.

    Quanto ao Winzimp, não acompanho as atualizações. Tenho uma versão velha que funciona bem. Mas talvez o programa WinRar que descompacta tanto .zip como .rar seja mais adequado.

    em resposta a: O Mito da Caverna #73970

    Se não me engano teve uma adolescente que fez um livro com esse enfoque, mas retratando a realidade enjoada dos jovens de classe média alta que aceitam todas as imposições normativas do capital em shoppings centers.

    Há também um recente livro de José Saramago que faz associações do mito com a realidade contemporânea.

    Eu diria o seguinte: como a alegoria da caverna tem uma influência gigantesca e um tema universal, tais associações são aceitáveis.
    Porém, se você quiser tomar o mito apenas no contexto de estudo de Platão, a comparação não vale. Para fazer algo minimamente confiável você tem de ler o mito, ler algum comentador, e ler as comparações que são feitas atualmente.

    em resposta a: O Mito da Caverna #73969

    Ola, meu nome eh livia e queria saber se posso em um trabalho sobre o mito da caverna, comparar o mito com a atual alienacao imposta pela midia na sociedade moderna ?

    em resposta a: Os sofistas #78350

    Olha

    Os sofistas eram os educadores de seu tempo. Os gregos não tinham uma instituição como a escola. Os cuidados primários eram feitos pelos pedagogos (paidagogos) e após, os filhos das casas abastadas eram treinados pelos sofistas. Os sofistas eram importantes no regime democrático adotado em Atenas, pois com eles, os rapazes aprendiam a defender seu ponto de vista e seus interesses perante a comunidade, em questões de tribunais ou qualquer outras que envolvesse votação.

    Quem se insurge contra isso é justamente Sócrates, que ensinava buscando apenas o conhecimento, sem o fim mercenário dos sofistas, que podiam defender tanto um lado contra o outro. Os três maiores filósofos da Grécia combatem esse relativismo. A Academia e o Liceu, são, de certa forma, os pilares das insituições de ensino superior e das escolas.

    Dessa forma, penso que Platão e sua linhagem tem uma influência muito mais monumental do que os sofistas no processo educacional atual. O tema do ensino é constante em sua obra, como se vê em Mênon, ou no Protágoras, por exemplo. Os sofistas tiveram um valor não pejorativo resgatado somente no século XX. Talvez sua atividade possa ser relacionada a de um advogado.

    Mas eu entendo sua posição. O ensino na prática hoje, principalmente no terceiro mudo, é uma maneira de perpetuação da elite. Infelizmente, na maioria dos casos, só quem tem dinheiro consegue alguma educação decente, e acesso às vagas das melhores universidades. Mas isso acontece por causa de uma depravação do sistema. Educação é direito de todos e dever do estado. Há 50 anos, por exemplo, a escola pública era muito mais avançada, e só pagava ensino básico quem não conseguia acompanhar o ritmo da escola pública. No entanto, isso não tem nada a ver com alguma influência da sofística. É uma simples associação despretensiosa. Agora a influência de Platão no processo educacional é real. Na introdução de minha edição da República, por exemplo, a tradutora Maria de Souza diz que é diretamente derivado da República a criação de escolas públicas e ensino do saber às mulheres.

    em resposta a: Filosofia Medieval & Descartes #74099

    Sr. Edenilson: Suas dificuldades talvez se resolvam com mais facilidade que pensa. Não precisa de livros tão específicos para a sua pesquisa com o cuidado que se presume.

    Uma boa enciclopédia, com certeza, será suficiente para dar-lhe uma visão geral mais que apropriada para o seu trabalho de pesquisa.

    Procure pelos títulos 'Escolástica', 'Metafísica', 'Agostinho (Santo)', 'Tomás de Aquino (Santo)', 'Igreja','Descartes (René)' e 'Racionalismo'. Depois, procure também 'Estado' e 'Renascimento'(talvez oferecerão complementos ao seu trabalho)

    Pela quantidade de assuntos que deverá ser abordada e pela natureza de seu trabalho que se presume, se pretender maior profundidade em seu trabalho, você se complicará e correrá o risco de não fazê-lo ou, ao menos, não concluí-lo, tudo fica mais difícil. Tenha cuidado.

    em resposta a: Platão idealista? #71321

    Olá… tinha até esquecido dessa mensagem, enviada a este fórum há quase um ano. Esta é uma das vantagens do fórum em relação a listas de discussão por email: os tópicos se mantém.

    Eu já usei estes trabalhos do excelente Giovanni Reale, mas como consulta. Não comprei os livros ainda, pois são meio caros. Prometo que irei à biblioteca pegá-los para poder transmitir uma opinião mais adequada.

    Segundo André Lalande e a sociedade Francesa de filosofia no Vocabulário Técnico e Crítico de Filosofia, o termo idealista surge primeiramente no vocabulário filosófico usado por Leibniz, para comentar justamente Platão. Esta associação, portanto, parece ser mais antiga. O termo idealista é um desses conceitos seminais da filosofia que adquirem múltiplas formas e significados dependendo do autor. Mas este significa é o mais conhecido: ou seja, o idealista é aquele que reduz a realidade, ou conhecimento da realidade, ao sujeito. Identifica-se o início do idealismo geralmente no Descartes das duas primeiras meditações (antes da objetividade do mundo legitimado por Deus). É por isso que eu estranhei este mesmo significado aplicado ao Platão. O termo Idéia em Platão não traduz totalmente o equivalente grego, pois com a conotação contemporânea de Idéia pode-se pensar outra coisa.

    Com sua informação, entretanto, a questão pode ser vista sob outra luz. Não conhecia esta interpretação de um Platão monista, pregando uma substância universal. O dualismo platônico, que separa o mundo em plano sensível e inteligível se encontra bastante arraigado nos comentadores. Uma substância única me parece algo mais espinosano…

    Eu gostaria que o colega explicitasse melhor esta relação entre a substância única e um “sujeito universal”. Prometo escrever nova mensagem quando consultar o Reale. Aliás, poderia citar mais especificamente as passagens da onde ele trata disso?

    Também não conhecia essa divisão de um Platão “esotérico” e “exotérico”, à maneira de Aristóteles, que ficou conhecido por produzir textos ao público geral e aos alunos do Liceu . Eu diria, à primeira vista, que é estranho Platão transmitir o grosso de seus ensinamentos de forma oral. Porque afinal, apesar de ele escrever em forma de diálogos, e de ser adepto da dialética, empreende uma dura crítica – como observa havelock – à educação grega que era baseada na transmissão de ensinamentos orais.

    Termino agora estas notas apressadas, mas prometo voltar a escrever quando me concentrar novamente neste tema. Fui pego meio de surpresa. Abs

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