Início › Fóruns › Questões sobre Filosofia em geral › Você acha que existe um Deus? › O Deus do PARADOXO
- Este tópico está vazio.
-
AutorPosts
-
01/06/2011 às 14:29 #88553brunopiMembro
Com toda sobriedade. Podemos, com todas estas demonstrações quânticas, considerando os fenômenos (realidade) perceptíveis aos nossos sentidos, levar à cabo que o corpo como ente de minha própria percepção não ser alimentado pelos nutrientes (outros fenômenos) e, ainda sim, não tirar a sua fome, para então viver em harmonia eterna com os outros fenômenos (natureza)? – O que diríamos sobre a morte?Queria responder um pouco melhor esta questão. Partamos da afirmação de que o corpo é comida. Não sei se você já ouviu falar ou se já percebeu os ciclos setenários pelos quais passamos. A cada sete anos, em média, 'completamos' um ciclo, que consiste num movimento de renovação bastante abrangente. Emocionalmente, por exemplo, é fácil perceber essas transformações. Não sei quantos anos você tem, mas veja se essas idades aproximadas lhe trazem alguma recordação: 7 anos, 14 anos, 21 anos, 28 anos... São geralmente emblemáticas nas vidas das pessoas. Pois bem, o corpo, acredita-se, acompanha esse ciclo. Já li que o processo de renovação celular humano se dá de sete em sete anos – ou seja, isso que chamamos de ‘nosso corpo’ e ao qual nos apegamos tanto será praticamente todo ele uma outra coisa nesse breve lapso de tempo. A Impermanência, um dos mais basilares ensinamentos do Budismo, deve responder esse seu primeiro questionamento. Já falei aqui sobre a Mudança Eterna, o Movimento que faz parecer que há as coisas e que nunca se fixa. Eis as palavras de Buda, no Sutra do Diamante: “Todos os fenômenos assemelham-se a sonhos, bolhas, sombras. São como orvalho, como relâmpago. Como tal devem ser contemplados”; e no Sutra da Sabedoria: “Este mundo é impermanente. É como o reflexo da lua na água. Todas as nossas realizações serão devastadas pelos ventos da mudança”. A morte de seu corpo será a morte de sua consciência individual, ou seja, do ‘seu mundo’, dessa construção que você erigiu aparentemente ao longo de anos, mas a harmonia eterna, como você mesmo disse, é eterna, existe eternamente com suas raízes no Abismo, na Realidade. Entendo que há uma bela chave aqui: tudo flui e se transforma, nada permanece... o que permanece é o Absoluto, é a Realidade. Entende o que quero dizer? Note-se que, não assistindo às necessidades, o corpo, minuciosamente, propende à morte. Logo, podemos dizer que: "O que mantém o nosso físico a esta realidade ‘concreta’ são os alimentos" e não a nossa mente (abstrato ou o "vazio"). OU a Quântica tem algo a dizer com o poder da mente; se tudo deve-se ao fato de uma simples observação. Como deveríamos nos comportar diante dessa descoberta?O corpo é comida. Mas o que é ‘corpo’? O que é ‘comida’? São constructos da mente. São criações mentais, simplesmente observadas, sob a luz da Consciência. Como se comportar? Não sei. Os taoistas, pelos quais tenho profunda admiração e respeito, buscam se comportar de maneira ‘natural’. Agir como o Tao, de acordo com a Natureza, como o vento, o rato, a pedra no fundo do rio. Parece-me razoável.Que meus rabiscos sirvam ao entendimento.Um abraço.
02/06/2011 às 19:37 #88554SE7MUSMembroEstou sem tempo no momento… O trabalho me sequestrou. Aguarde só um momentinho.
07/06/2011 às 18:14 #88555brunopiMembroHum…
10/06/2011 às 19:06 #88556SE7MUSMembroNo começo não acreditei que você estivesse falando sério; depois senti que minha permanência nesse fórum se justificou.Então... Essa teoria unificadora (também chamada de Teoria da Grande Unificação ou Teoria de Tudo), como eu disse, ainda não existe. A ideia, grosso modo, é encontrar um modelo teórico simplificado que seja aplicável a todas as interações básicas da natureza: a força gravitacional, a eletromagnética, a força nuclear forte e a força nuclear fraca. Pelo que sei, a teoria que mais chega perto disso é a Teoria das Cordas. Se você não conhece, recomendo essa série de vídeos aqui: http://www.youtube.com/watch?v=uEbzBQHTxRk.É um pouco longa, mas é conduzida por um dos cientistas que estão à frente das pesquisas, que tenta traduzir esse ‘ninho de vespas’ para a compreensão de leigos como nós. Acredito que ficará impressionado com o que esses caras estão fazendo.
Pode crer... estou falando sério. E agradeço a Deus por ter te encontrado nesse mundo cibernético que está cheio de pessoas surtadas. Pretendo crescer em conhecimento. Mas, quando debati contigo, o caso mudou, agora, mais do que nunca estou convicto de mais um mundo amplo que devo conhecer urgentemente, do contrário, ficaria falando besteiras o tempo todo contra a religiosidade. VALEU...!A prova de que estou de coração aberto, vamos ao caso. Quanto à teoria das cordas eu já assisti e é muito interessante. Vou tornar assitir.
Veja bem, meu irmão, não sei até que ponto você está disposto a mudar sua compreensão acerca de Jesus, nem sei se tenho esse direito. Observo os textos que antecedem sua assinatura e vejo a importância que ele tem em sua vida. No entanto, com relação a essa questão da Teoria Unificadora, eu só vejo um aspecto em que Jesus se encaixaria, mas talvez isso fosse alterar substancialmente seu entendimento sobre Cristo. Esse aspecto refere-se ao Verbo. Quero deixar claro que respeito todas as crenças e que não sou detentor da “verdade última sobre a Bíblia” ou algo assim. Mas, pelo que aprendi e pelo que me dizem algumas fontes que considero seguras, assentei minha crença nisso que vou lhe contar. Só quero ressaltar que, claro, é apenas minha crença, que não necessariamente reflete os profundos ensinamentos das doutrinas que eu venha a citar.
Para o conhecimento de Cristo? VALE TUDO exceto dizer que ele está alidado com mau, ou trevas, ou possui uma parceria com o diabo, etc. Como se o bem fosse complementado com o mal o dependente dele. No decorrer da discussão vai ficar mais claro.
É comum a compreensão de que o “Verbo feito carne” se refere ao “Deus feito homem”, e talvez esse seja seu entendimento.
Sim...!
Há alguns anos eu comecei a estudar, por minha conta, alguns temas que para mim eram cruciais. Esses temas diziam respeito ao Sagrado, ao Mistério. O caminho a mim oferecido foi o de buscar não a contradição nos textos sagrados, mas a intercessão entre eles. Não foi nada consciente, do tipo: “ah, vou buscar a Verdade que é comum a todos os textos sagrados...”, sabe? Aconteceu de, conhecendo os princípios básicos de diversas tradições espirituais (especialmente as orientais), eu topar com inúmeras semelhanças e convergências. Uma das primeiras dessas convergências diz respeito justamente à questão do Verbo.
Nunca parei para verificar a respeito de Jesus o "Verbo" em outras crenças. Deve ser muito interessante. Você está abrindo cada vez mais meus olhos e dando-me coragem para verificar isso em "desbravamento das etnias religiosas". Mas, não há um "pilar" para que possamos amarrar a "alma" para não se perder no caminho? - Verbos e seus "verbos".
Não sei se você conhece algo sobre Sanatana Dharma, a religião que se costuma chamar de Hinduísmo.
Já ouvi falar. Mas não conheço a doutrina.
Essa frase sânscrita é geralmente traduzida como A Lei Eterna. É uma tradição mais aberta do que o que costumamos chamar de religião no Ocidente, e penso que seja assim em função de sua antiguidade, do caráter do povo que a mantém, e por causa da própria natureza de sua sistematização. Bem, nessa teia absurdamente rica e complexa que é a religião tradicional hindu também há uma compreensão tripartida de Deus. Eles a chamam de Trimurti.
Hum...
Não equivale à trindade cristã, pois trabalha com outras características de Deus – poderíamos chamar de aspectos de Deus. Deus para eles é um só, ao contrário do que muitos pensam. Os três aspectos são: Brahma (o aspecto criador), Vishnu (o aspecto preservador) e Shiva (o aspecto destruidor). Repare que realmente Deus está em tudo, que no fugaz instante que compõe o presente imediato em que de fato existimos, você, por meio da consciência, percebe a permanente criação de incontáveis formas e sensações, que, tão imediatamente quanto surgem (a criação, Brahma), são também devoradas, extintas (a destruição, Shiva). No entanto, é justamente esse Movimento infinito de criação e dissolução que dá origem a tudo, um Movimento que se mantém por meio da Lei (Dharma) e que garante que o que existe siga existindo (o aspecto preservador, Vishnu).
Perfeito...! - O Eu Sou preservado.
Claro, a síntese que fiz nesse parágrafo é absurdamente concisa e cheia de buracos, mas é por aí. Bem, isso tudo eu disse para ressaltar o aspecto representado em Vishnu. Existe uma sílaba sagrada entre os hindus, que você já deve ter ouvido falar, que é o AUM. É o mantra mais importante do Sanatana Dharma, porque está associado ao Som Cósmico (ou Vibração) que origina o universo. Nunca tentei entender de que maneira uma vibração poderia gerar o universo, mas desde que ouvi falar disso sempre me pareceu estar certo. Bem, esse AUM tem um simbolismo profundo. Cada um de seus três caracteres (ou sílabas) representa diferentes conceitos – em uma das Upanishads, por exemplo, é dito que se referem aos estados de vigília, sono e sonho.
Per'aí... Como devo chamar esta ciência, já que não se refere a Quântica? Não me diga que seria mais uma doutrina religiosa, pois soaria "clube" dos Hindus e suas perspectivas.Eu já ouvi dizer sobre o AUM em alguns filmes, novelas, seriados que acentuam sua aplicação no YOGA. Sei que meu conhecimento sobre a religião oriental é paupérrimo (perdão).
As sílabas do AUM também simbolizam, veja só, os três aspectos da Trimurti: Brahma, Vishnu e Shiva, nesta ordem. O Som Cósmico, que a tudo origina, que "esteve com o Pai desde o princípio”, raio primeiro derivado do Absoluto Insondável, este é o Verbo. Essa é minha compreensão: Jesus, um avatar nascido com corpo do sexo masculino em uma região árida deste planeta, elevou sua consciência a este Princípio, identificou-se com Ele, tornou-se Ele – ou, melhor dizendo, regressou conscientemente a Ele. [/QUOTE]Não, essa afirmação de que Jesus regressou conscientemente a Ele vai de encontro as afirmações de Paulo: "Porque foi do agrado do Pai que toda a plenitude nele habitasse, Colossenses 1:19". Ou seja, em Jesus já habitava a plenitude.
Mais especificamente, Jesus estaria relacionado de modo particular com o aspecto de Vishnu, o preservador. Se você estudar a história de Krishna (avatar de Vishnu), verá as incríveis semelhanças entre detalhes da história de sua vida e a de Jesus. Voltando à Teoria de Tudo, arrisco a dizer que isso que os cientistas estão tentando deduzir em fórmulas matemáticas Jesus via claramente. Certamente não com os olhos de carne, talvez não com o intelecto, mas com o Grande Olho. Sugeri que você assistisse aos vídeos sobre a Teoria das Cordas, mas vou lhe adiantar uma coisa aqui, por julgar pertinente e capaz de fundir seus miolos como fundiu os meus. A Teoria das Cordas sustenta que os menores elementos constituintes do universo, aquilo que está na base de todas as partículas, são filamentos fibratórios de energia – as Cordas. Os diferentes padrões vibracionais (ou seja, as diferentes frequências com que essas Cordas vibram) dão origem, segundo essa teoria, a todas as diferentes partículas subatômicas. O quê? Uma vibração de energia estaria na origem de tudo o que percebemos, tão solidamente, como matéria? Sim, uma vibração, um Som Cósmico, um Verbo.
O papo tá cada vez mais interessante. Gostaria de saber de quê posso chamar essa doutrina (se é que seja uma). Creio que, se fosse tão relevante Jesus haveria de mencioná-lo, a final, Ele não é o Mestre?
Olha, alguns segmentos do Budismo, por exemplo, apresentam um entendimento de que percebemos o mundo por meio de oito consciências. Cada uma das faculdades dos sentidos (tátil, olfativa, gustativa, visual e auditiva) está relacionada a uma consciência. Além dessas, há a consciência atrelada à chamada faculdade mental (decodificadora dos estímulos sensoriais); a consciência de Manas, que é o centro do pensamento e está vinculada ao eu individual; e a de Alaya, o “depósito” de todas as nossas experiências, do karma, que originaria todas as outras. Ou seja, não ‘seríamos’ apenas os cinco sentidos dialogando, mas toda essa estrutura mais complexa. Claro, tudo isso é fruto da Dualidade e, por isso mesmo, não é Real. Como lhe disse, a linguagem não dá conta disso. Não somos o Vazio, literalmente. De forma mais acurada, mas ainda assim incorreta, podemos dizer que o Vazio existe no Absoluto e com Ele se identifica. Você é o Absoluto; logo, o Vazio está em você e com você se identifica. Mas acredito que sua intuição está correta quando diz “Se o vaso é o Vazio (realidade), logo minhas mãos são o vazio com a mesma qualidade do vaso”.
Essa foi boa: "audição, visão, olfato, gustação, tato [amarrados] na consiência [Manas, Alaya e o Karma]"As coisas estão se repetindo, mas na forma Hindu.
Curioso como essa sua descrição em muito se assemelha à presente no Livro Tibetano dos Mortos (o Bardo Thodol). O termo Bardo significa, ao pé da letra, “entre dois”, no sentido de "estado intermediário", e refere-se a seis estados particulares pelos quais transita a Consciência: o estado natural do Bardo durante a concepção (o nascimento); o Bardo do estado onírico (o sonho); o Bardo do equilíbrio extático (meditação profunda); o Bardo do momento da morte; o Bardo da experiência da Realidade (experiência pós-morte, momento em que nos dissociamos do corpo físico); o Bardo do processo inverso da existência sansárica (grosso modo, o retorno a um corpo físico). Onde você usou o termo ressurreição, um budista usaria talvez renascimento. Este é um dos objetivos do Budismo: romper esse ciclo de nascimento e morte e alcançar a Libertação.[...] Aquele que testemunha tudo o que se dá, ou seja, o Absoluto, o Insondável, é o autor, os atores e o palco. Esse nosso diálogo é apenas mais uma pequena fala em seu Teatro Infinito.
Neste último ponto de vista não estaria despersonalizando Deus? Ou Deus nesse ponto não tem personalidade, mas personalidades?Porque o espírito da Bíblia separa perfeitamente o Criador (Vibração) com sua Criatura (átomos) e seu livre arbítrio (consciência).
[...] [Respondo: d]A Mente. É o que ela faz: vagueia e divide e compartimentaliza e, com isso, cria TUDO. Ela cria o que você chama de mundo (e que existe dessa forma apenas para ‘você’, a consciência egóica). Dessa maneira surge a aparência, compreende? A Realidade não está aí, na multiplicidade, mas no mais simples, naquilo que os neoplatônicos chamam de Uno.
A Mente? Uau... isso vai dar muito "pano para manga". O que seria a realidade?Estou cansado.... posso superar isso simplesmente ignorando minhas limitações e positivamente posicionar-me mentalmente para conseguir finalizar uma tarefa difícil sem notar o desgaste?Mentalmente posso renovar minhas forças? - sendo que no meu corpo tenho sintomas da exaustão que me convida a deitar-me em um acolchoado acochegante... ahhh!... que preguiça.Ah!... me lembrei de Sansão: Como pode uma força "espiritual estar ligado ao cabelo pela aliança de um voto (não cortar o cabelo) do contrário seria um homem comum" que tipo de mensagem seria esta?OU que motivação seria esta?Não apelo pelo milagre, pois até o milagre tem sua sensatez e sobriedade. Somos racionais e temos a mente para associar o Amor de Deus com a realidade.
[somos o que somos] Veja que nem precisei reordenar o discurso: suas próprias pontuações já dão conta do recado. A esse tipo de ‘coincidência’ dão o nome de sincronicidade. Esse trecho contém um dos ensinamentos mais profundos da Bíblia, do que eu tenho conhecimento: o EU SOU. Preste atenção a isso: quando você acorda, antes de se situar no tempo e no espaço, antes de lembrar que está num corpo, que tem atividades para fazer durante o dia, que está com dor de dente etc., existe uma sensação sutil de presença. Ela jamais lhe abandona, por mais que não esteja atento a ela, àquela sensação de que se existe, 'anterior' ao conhecimento de quem é que existe. Essa sensação, que é a própria raiz da Consciência, é o EU SOU. É o Ser. É o que você é de fato, você e eu e tudo o que há, é Aquilo do qual tudo deriva. Na verdade, creio que o que somos mesmo está para além desse EU SOU, mas, como já disse, a linguagem não dá conta. Por exemplo, a simples presença de um EU nessa construção já denota algum tipo de ‘individualidade’, por mais etérea que seja, o que já implica erro. Recomendo que procure estudar os diálogos com Nisargadatta e também que repare no papel deste EU SOU no discurso de Jesus, presente no livro de João.
Sobre o Ser, Jesus sempre tem respeitado a condição que cada um tinha em torno da realidade que Deus-Pai determinou, por isso Ele sempre diz: "Vai" a tua fé te salvou e em outros casos ele diz "Segue-me" e te farei pescadores de homens, e para todos que creêm diz: Vós "Sois" a luz, o sal, o pequenino, etc. O SER sempre foi o ponto marcante que Jesus acentuou. Até porque ainda, sobre a manutenção da vida, Jesus disse: que não só de "pão" viverá o homem (o pão tanto pode ser referido à alimentação quanto ao relacionamento com o próximo), mas de toda "Palavra" que sai da boca de Deus (porque isso é o que dá sentido à vida).De modo, que se eu estiver com barriga cheia, com os amigos, com minha família e não tiver o "Sentido" de tudo isso (que é o valor do ponto de vista de Deus) nada disso me aproveitaria. A passagem de 1 Corintios 13 que nos diga sobre isso...!A Palavra de Deus é o que mantém o Ser como realmente é (pecador) e como deve SER (redimido).
Imagino que, a essa altura, você tenha uma outra compreensão sobre este texto de Hebreus... Mas esqueça um pouco a Física Quântica. É um grandioso esforço humano, sem dúvida, mas uma pálida luz se comparada com os conhecimentos que nos trazem muitas tradições milenares. Nada mais que um ramo da Ciência tentando comprender o Mistério com o limitado intelecto. Mas me diga: será que o aparente é feito do Real?
Bom... se esqueço da Quântica lembro-me do quê?[quoteOlha, Nisargadatta diz que o “corpo é comida”. Mas não foi preciso um grande mestre como ele lhe dizer isso para que você percebesse a mesma coisa. Se o corpo não se alimenta, ele perece, por mais que leve gerações – como tem ocorrido com o corpo físico de santos em diversas partes do mundo e de diversas tradições religiosas, que permanecem incorruptos (http://www.acemprol.com/viewtopic.php?f=16&t=1502). Mas essa harmonia eterna à qual você se referiu não depende do corpo, embora haja quem a experimente ainda no corpo físico (como os jivanmukta).
Devo aprender mais sobre "O corpo como alimentação".
Achei que estivesse claro: o tempo é uma ilusão. Antes de Buda ou depois de Cristo são meras convenções linguísticas. Além disso, Buda não é o nome de um homem ou uma personalidade. O termo Buda significa ‘o desperto’, ou aquele que está acordado. Geralmente quando se fala em Buda, refere-se a Sidarta Gautama, um príncipe que atingiu, por seus próprios meios, a compreensão suprema e cujo ensinamento reformador ajudou a moldar o pensamento oriental como é hoje. Compreenda que sua afirmação carece de sentido. O Cristianismo costuma atribuir a Cristo uma condição superior à de qualquer outro mestre, por tomá-lo como Filho Unigênito de Deus. Bem, eu não vejo dessa maneira.Esqueçamos os nomes, as subdivisões, os pensamentos, as sensações, as projeções e as memórias... assim seremos como Jesus, seremos como Sidarta, apenas seremos.
Perfeito. Mas, só tem uma coisa. Jesus sempre se identificou aos olhos alheios como um doido o como um Deus. Entendo como o segundo e sendo sua afirmação do SER independentemente de religião.
Finalizo com uma tradução do segundo capítulo do Tao Te Ching, um dos mais importantes e concisos textos sagrados da China:Quando o mundo percebe que a beleza é a beleza, a feiúra é criadaQuando percebe que o bem é o bem, o mal é criadoAssim o ser e o não ser geram um ao outroO difícil e o fácil trazem um ao outroLongo e curto revelam um ao outroAlto e baixo suportam um ao outroMúsica e voz harmonizam um ao outroFrente e trás seguem um ao outroPortanto o sábioconsegue trabalhar sem agir e ensinar sem palavras Trabalha com inúmeras coisas, mas não as controla Cria, mas não possuiAge, mas não tem expectativasTem sucesso, mas não se apega ao sucessoE é porque não se apega ao sucessoque dura eternamente
Nele (Cristo) percebo o que é o que de fato É.SE7MUS
13/06/2011 às 21:25 #88557brunopiMembroEu penso que essa será minha última resposta a você neste tópico, SE7MUS. Talvez eu tenha ido um pouco longe demais com o que disse. A Verdade se apresenta ininterruptamente, e cada um abre os olhos na medida que suporta ou deseja. Entendo que as informações que dei aqui já serviram para suscitar questionamentos importantes. Quero apenas esclarecer algumas questões sobre as quais não gostaria que restassem dúvidas.Para o conhecimento de Cristo? VALE TUDO exceto dizer que ele está aliado com mal, ou trevas, ou possui uma parceria com o diabo, etc. Como se o bem fosse complementado com o mal o dependente dele. Bem e Mal? Supere isso. No Velho Testamento o bem e o mal têm origem na ação do homem (como não poderia deixar de ser) e não em Deus e no diabo, respectivamente. Como diz o Tao Te Ching, naquele trechinho com que fechei meu último comentário: o que chamamos Bem existe em função do Mal, e vice-versa; isso que compreendemos como claro existe em função do escuro, e vice-versa. Se um deles não existisse, o outro seria inconcebível – ou melhor, inconcebido (pois aquilo que nunca foi imaginado existe como potência). Percebe? Compreenda que Deus não ‘criou’ realmente o Mal. Como isso seria possível? O Mal é criado na medida em que se cria o Bem. São apenas valores relativos, conceituais. Para um tigre selvagem que devora um filhote de cervo não há Mal, nem mesmo crueldade em sua atitude. Isso são conceitos humanos, existem apenas em nossas mentes. Uma tempestade que mata uma criança inocente não é uma injustiça de Deus, não é uma maldade, percebe? Você caminhando também destrói milhares de vidas diariamente, sem nem se dar conta disso. Mas não há Mal algum nisso. Você é apenas uma forte chuva chovendo, que ao cair, em seu esplendor, acaba com inúmeras vidas. Como sabemos, nada permanece. Assim é. A Verdade está para além de Bem e de Mal. Ao “comer o fruto” da Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal (ou seja, dos opostos, da dualidade, do conhecimento objetivo), o ser humano inicia seu caminho de retorno consciente a Deus. É parte do Jogo Cósmico. Para ganhar o Si é preciso perder a si. Pode acreditar que Cristo sabia disso, SE7MUS. Uma pulga para você coçar, se tiver vontade: e se toda a criação for apenas Deus brincando de esconde-esconde consigo mesmo?Nunca parei para verificar a respeito de Jesus o "Verbo" em outras crenças. Deve ser muito interessante. Você está abrindo cada vez mais meus olhos e dando-me coragem para verificar isso em "desbravamento das etnias religiosas". Mas, não há um "pilar" para que possamos amarrar a "alma" para não se perder no caminho? - Verbos e seus "verbos".Em primeiro lugar, fico feliz de que esteja se imbuindo de coragem para conhecer a si mesmo, e imagino que logo você vai descobrir se é preciso mais coragem ou mais atenção em sua busca. Em segundo lugar, não sou eu que estou abrindo seus olhos, e isso em breve você deverá perceber, se o quiser. Bem, há diversos pilares nos quais podemos “amarrar” nossas almas. Creio que você está falando de segurança e de seguir o “caminho correto”. Adianto que se sentir seguro é agradável, mas não é de modo algum necessário, posto que não há perigo Real. Só não tenha medo: o medo existe apenas porque somos apegados a essa passageira construção de nós mesmos: o ‘eu’ minúsculo. Apegar-se, além de inútil, é causa de sofrimento. Portanto, com relação a esse “amarrar”, uma sugestão: é claro que você pode amarrar, mas não esqueça onde e como amarrou, para poder se soltar quando for necessário. Emancipação é algo muito importante nesse contexto, ao meu ver. Não se apegue à segurança que Jesus porventura lhe inspire; em vez disso, esmere-se para agir em acordo com o que lhe diz Jesus, não nas palavras escritas, mas no coração. Assim não tem erro, pode acreditar.Nos primeiros passos de minha busca, me mantive seguro na certeza de que Jesus não permitiria que eu me enganasse. Pedia isso a ele recorrentemente. Era um de meus “pilares”. De fato, foi assim que comecei a caminhar, o que ainda estou aprendendo a fazer. Mas posso dizer que Jesus me mostrou que é mesmo preciso deixar na margem a canoa com a qual se atravessou o rio. Em que “pilar” se apoiar? Tudo depende de sua crença. Aconselho que se dispa de todo preconceito e que ouça seu coração. Tente pensar menos e sentir mais. Aprendi à minha maneira que todos os pilares, mesmo os mais sublimes, são apoios aos quais podemos recorrer para chegarmos à Meta, mas que não devem ser confundidos com a própria Meta. Esses pilares podem ser grandes mestres, antigos tratados sobre o Espírito ou técnicas de Realização, a observação do fluxo dos fenômenos da Natureza, os ensinamentos de seu Mestre Interno – o que os hindus chamam de Satguru, etc. Sim, os hindus.Per'aí... Como devo chamar esta ciência, já que não se refere à Quântica? Não me diga que seria mais uma doutrina religiosa, pois soaria "clube" dos Hindus e suas perspectivas.SE7MUS, esse assunto sobre o qual estou tratando aqui com você não é ciência nem doutrina religiosa, embora ambas se ocupem de questões relativas a ele. Veja bem: aquele ramo da ciência sobre o qual falei um pouco é chamado de Física Quântica. O que este ramo da ciência está descobrindo, a custo de muito trabalho, por meio de fórmulas, experimentos e alta tecnologia, é algo que os homens já estudam há séculos, nos mais variados locais da Terra (e fora dela). O Mistério apresenta muitos rostos. O que quis dizer foi que isso que a ciência está descobrindo hoje, tradições milenares já o sabiam muito antes de escreverem em pergaminhos. A Física Quântica é um grande avanço para a ciência materialista, na medida em que rompe com alguns ‘dogmas’ tão caros a nós, ocidentais; porém, não traz muitas novidades para o pensamento oriental. De péssimo gosto essa alcunha de “clube dos hindus”. Note que não tenho falado aqui apenas do ponto de vista dos indianos. Aliás, hindu é o modo como nós, ocidentais, nos referimos ao povo do subcontinente indiano, embora eles mesmos não se chamem assim. Importa saber que o Budismo, embora tenha surgido naquela região, floresceu também em outras partes do mundo, como a China e o Japão, e adquiriu nesses lugares feições próprias. O Zen Budismo japonês, por exemplo, abre mão do rebuscamento do Budismo Mahayana, da Índia, e fixa-se na mais profunda simplicidade. O Taoismo é chinês. A Cabala é judaica. De todo modo, certamente os hindus são um povo muito avançado, e detentores de muitas chaves para a compreensão do Mistério. Respeito-os muitíssimo. Por exemplo, você sabia que os números arábicos são uma criação hindu e não árabe? Vou lhe dar uma sugestão: preste muita atenção ao que esse povo tem a dizer e, se puder, estude seus livros sagrados. São inúmeros os tesouros que eles guardam com amor.Respondendo à sua pergunta “como devo chamar esta ciência?”, eu lhe digo: não chame de nada. Ela não precisa de um nome. Não, essa afirmação de que Jesus regressou conscientemente [ao Logos, ao Uno] vai de encontro às afirmações de Paulo: "Porque foi do agrado do Pai que toda a plenitude nele habitasse, Colossenses 1:19". Ou seja, em Jesus já habitava a plenitude.Eu tenho algumas ressalvas quanto ao Novo Testamento, em virtude da interferência romana nos textos que o compõem e na própria escolha destes textos (certamente você já leu a respeito do Concílio de Niceia, e do papel de Constantino nos rumos do Cristianismo). De todo modo, não vejo em que aspecto o que eu disse entra em conflito com o que diz Paulo. É claro que a plenitude habita em Cristo, assim como habita em absolutamente tudo o que existe. Me parece é que, novamente, você esbarrou na barreira do tempo. Digo isso por causa daquele já que você usou (“em Jesus já habitava a plenitude”). Habitava antes, habitava depois, habita agora... Entenda de uma vez por todas: o tempo não se aplica à Plenitude. Ponto. Abra seu coração ao entendimento. O papo tá cada vez mais interessante. Gostaria de saber de quê posso chamar essa doutrina (se é que seja uma).Creio que, se fosse tão relevante Jesus haveria de mencioná-lo, afinal, Ele não é o Mestre?Mais uma vez lhe digo: não queira nomear as coisas. As coisas já têm nomes demais, SE7MUS. O Tao Te Ching (livro chinês, não hindu) diz: “O nomear é a mãe das dez mil coisas”. Essa compreensão de que o mundo é tecido pelo Som Cósmico está em inúmeros textos sagrados antigos, de diversas tradições, em várias partes do mundo, sob muitos nomes. Apenas ouça sua intuição. O que eu disse soa verdadeiro para você, em seu íntimo? Soa falso? Basta prestar atenção e você mesmo vai saber. Há muitas coisas relevantes sobre as quais Jesus não falou a seus discípulos, por não poder, e muitas outras que, embora tenham sido registradas por eles, não chegaram a todos nós. Basta ler os Evangelhos Apócrifos, excluídos do Novo Testamento pelos bispos romanos a mando de Constantino, para entender o que quero dizer. A mensagem de Jesus é mais profunda do que muitos supõem, por desconhecimento. Um desconhecimento, aliás, justificado historicamente, por séculos de perseguições e torturas. Quanto a isso, só mais uma coisa: Jesus não é o Mestre; é um Mestre. Não tenho interesse em convencê-lo disso. Acredite no que quiser.Essa foi boa: "audição, visão, olfato, gustação, tato [amarrados] na consiência [Manas, Alaya e o Karma]" Pode ter sido boa, mas eu não falei nada disso; isso é o que você entendeu. Não há nada amarrado a nada. O que eu disse foi que alguns ramos do Budismo compreendem que os oito sentidos citados estão relacionados, cada um deles, a uma consciência. O karma não é relacionado a uma consciência. Eu não disse isso. Disse que Alaya é, entre outras coisas, uma espécie de 'depósito' do karma. As oito consicências relacionam-se à visão, à audição, ao olfato, ao tato, ao paladar, à faculdade mental, a Manas e à Alaya. Entendeu por que conhecimentos como esses não podem ser transmitidos sem o devido preparo? Você não entendeu o que eu disse. E se resolvesse acreditar no que entendeu equivocadamente? Ou, pior: se resolvesse ensinar isso a outros? Imagine o prejuízo. Por isso acredito que fui longe demais com o que disse a você aqui – e por isso muitos ensinamentos profundos não são postos tão às vistas, tão às claras, pela grande possibilidade de não serem devidamente compreendidos e gerarem ainda mais confusão. Por tudo isso, peço desculpas.As coisas estão se repetindo, mas na forma Hindu.“Forma hindu”? A verdade é uma só, meu irmão. Quem tiver ouvidos, que ouça.Neste último ponto de vista não estaria despersonalizando Deus? Ou Deus nesse ponto não tem personalidade, mas personalidades?Porque o espírito da Bíblia separa perfeitamente o Criador (Vibração) com sua Criatura (átomos) e seu livre arbítrio (consciência).SE7MUS, você acha que Deus é uma pessoa? Veja, persona é uma palavra que os gregos usavam para se referir às máscaras usadas no teatro. A máscara oculta quem está atrás dela. Essencialmente, uma pessoa também é isso: essas aparentes individualidades que ocultam o Absoluto que há “por trás” delas. Despersonalizar Deus é, ao meu ver, uma atitude bastante razoável. Deus é o que há e o que não há, SE7MUS, inclusive todas as personalidades. E, ao mesmo tempo, não é nenhuma delas.O “espírito da Bíblia”? Ou sua interpretação dela? Novamente aqui você criou conceitos baseado em sua interpretação do que eu disse. 1) A vibração criadora que mencionei não é o “criador”, no sentido bíblico. Inclusive porque, no Velho Testamento, a palavra hebraica que se costuma traduzir como “criador”, Heloim, é na verdade uma palavra plural. Uma tradução mais correta seria “criadores”. Recomendo que estude a respeito. A vibração cósmica está mais próxima do que chamamos de criação – mas não como algo acabado, finalizado, mas sempre novo e em movimento. O próprio ato (Verbo) de criar, sendo ele mesmo o que é criado; 2) Achar que as “criaturas” são átomos é perceber apenas seu aspecto material. O homem possui vários corpos, e só um deles é feito do que chamamos átomo. 3) O Livre-Arbítrio é a Vontade de Deus ser exatamente como é. Não é o mesmo que consciência, nos termos que eu vinha tratando aqui, que se refere mais ou menos á capacidade de sentir ou de se perceber. A Mente? Uau... isso vai dar muito "pano para manga". O que seria a realidade?Não se pode dizer o que é a Realidade. Você pode chegar mais perto dela por meio da negação. Os hindus (eles mesmos) têm uma expressão para isso: “Neti, neti”. Quer dizer algo como “não é isso, nem é isso’. Nada que você consiga conceber é a Realidade. Não é a Mente, não é o Espírito, não é a Alma, não é o Pai, não é a Vida. Está na lacuna entre os pensamentos. É a causa de tudo, sem fazer absolutamente nada. Sustenta tudo sem esforço. Wu wei. Estou cansado.... posso superar isso simplesmente ignorando minhas limitações e positivamente posicionar-me mentalmente para conseguir finalizar uma tarefa difícil sem notar o desgaste?Mentalmente posso renovar minhas forças? - sendo que no meu corpo tenho sintomas da exaustão que me convida a deitar-me em um acolchoado acochegante... ahhh!... que preguiça.Quem está cansado e com preguiça? O fantasma? Renovar o quê? Que forças? Você lê, mas não quer entender.Jesus sempre se identificou aos olhos alheios como um doido o como um Deus.Ele é identificado como doido por muita gente, mas acredito que nunca tenha se identificado como doido. As pessoas pensam muitas coisas, e até algumas tolices não é mesmo? Mas Jesus não tem nada a ver com isso. Deus? Sim, ele era um com Pai. Mas não mais do que você e eu e a Acácia e o Jaime e a avó do meu vizinho e aquela árvore ali fora... Somos todos 'um com o Pai'. Um dos ensinamentos capitais de Cristo é que a unidade com Deus pode ser obtida por meio do Amor. Amor mesmo, aquele que dissolve as linhas, que tudo abarca, bênção em movimento, claridade abissal. É um caminho, embora não o único, de se realizar a unidade com o Absoluto. A Palavra de Deus é o que mantém o Ser como realmente é (pecador) e como deve SER (redimido).Entendo que você, por ter se instruído na tradição católica, tenha essa compreensão do pecado como algo inerente ao homem (uma condição). Na tradição judaica, por exemplo, o pecado é toda violação à Lei de Deus; um erro, e não uma condição. Para os judeus, não existe tal coisa como o pecado original. Para um oriental criado de acordo com suas tradições ancestrais, então, deve ser até difícil entender uma coisa destas. Graças a Deus, não tenho do que “me redimir”, posto que sou, essencialmente, a própria Luz Eterna. E por falar em Luz, vou lhe propor algo. Encare como uma experiência. Você ora a Deus? Quer dizer, você destina um momento de seu dia a fazer uma oração? Imagino que sim. Eis minha proposta: em vez de conversar com Deus, agradecer ou pedir perdão, tente ficar em silêncio por alguns minutos. Claro, não pode ser um silêncio qualquer, tem que ser um silêncio sagrado. Vá para um canto sossegado de sua casa, ou mesmo em algum templo, e sente-se quieta e confortávelmente. Apenas fique ali sentado, sentindo a presença de Deus. Não espere sentir, apenas sinta o que estiver sentindo. Se entre você e Deus se interpuser aquele palavrório que a mente sempre cria, não faça nada. Não tente parar a mente, pois isso não será possível. Apenas deixe as frases e as imagens mentais passarem, sem que você lhes dê a atenção habitual. Não junte as frases uma à outra, pois é assim que o mecanismo da mente funciona. Fique alerta. É só isso. Com alguma regularidade (ao menos uma vez por dia) você logo sentirá algumas diferenças .Fique bem.
16/06/2011 às 21:30 #88558AcáciaMembroSE7MUS, kd você? Olá para todos!Como falei em outro post, estou com um "espinho na carne" mas só percebo esta "amarração" quando estou em 3D. Como estou em "cativeiro", isso é uma constante...
Em primeiro lugar, fico feliz de que esteja se imbuindo de coragem para conhecer a si mesmo, e imagino que logo você vai descobrir se é preciso mais coragem ou mais atenção em sua busca. Em segundo lugar, não sou eu que estou abrindo seus olhos, e isso em breve você deverá perceber, se o quiser. Bem, há diversos pilares nos quais podemos “amarrar” nossas almas. Creio que você está falando de segurança e de seguir o “caminho correto”. Adianto que se sentir seguro é agradável, mas não é de modo algum necessário, posto que não há perigo Real. Só não tenha medo: o medo existe apenas porque somos apegados a essa passageira construção de nós mesmos: o ‘eu’ minúsculo.
Eu não vejo assim. Há sim o perigo real pois se Jesus não estivesse por perto, Pedro teria morrido afogado! No entanto, quando buscamos "amarrar" as nossas almas buscando segurança, é sinal que estamos enfraquecendo na fé pois a alma do verdadeiro cristão é e deve sempre estar livre! Lembre-se: "entrarás e sairás". Não receba o peso que a "falsa consciencia" quer lhe conferir pois é assim que os justos pagam pelo pecador!
Bem e Mal? Supere isso. No Velho Testamento o bem e o mal têm origem na ação do homem (como não poderia deixar de ser) e não em Deus e no diabo, respectivamente.
Concordo! Portanto será também pela ação do homem que o bem e o mal será superado e não por adquirir mentalmente esta crença! Ele só retornará ao Paraíso se ele for capaz de agir , extrapolar seus próprios limites. Limites estes impostos a sua alma pela sua desobediência.Estando nós na modernidade, poderíamos usar os exemplos de Matrix: Entre a pílula azul e a vermelha, prefira as duas ou nenhuma afinal, como vou saber quem é o autor das 2 únicas opções?Lendo assim parece fácil. Mas não é. Não devemos adquirir o peso da´"falsa consciência" mas não temos competência para preservarmos nossas almas por si mesmos, pois esta pertence a Deus e apenas Ele conhece o verdadeiro estágio de cada uma."Esforça-te que Eu te ajudarei!" Mas não se esforce vendo em Deus um inimigo como sugere os que amam o proselitismo e sim :rose_mini:, caminhando pelo exercício da fé!
17/06/2011 às 14:46 #88559brunopiMembroEm primeiro lugar, fico feliz de que esteja se imbuindo de coragem para conhecer a si mesmo, e imagino que logo você vai descobrir se é preciso mais coragem ou mais atenção em sua busca. Em segundo lugar, não sou eu que estou abrindo seus olhos, e isso em breve você deverá perceber, se o quiser. Bem, há diversos pilares nos quais podemos “amarrar” nossas almas. Creio que você está falando de segurança e de seguir o “caminho correto”. Adianto que se sentir seguro é agradável, mas não é de modo algum necessário, posto que não há perigo Real. Só não tenha medo: o medo existe apenas porque somos apegados a essa passageira construção de nós mesmos: o ‘eu’ minúsculo.
Eu não vejo assim. Há sim o perigo real pois se Jesus não estivesse por perto, Pedro teria morrido afogado! No entanto, quando buscamos "amarrar" as nossas almas buscando segurança, é sinal que estamos enfraquecendo na fé pois a alma do verdadeiro cristão é e deve sempre estar livre! Lembre-se: "entrarás e sairás". Não receba o peso que a "falsa consciencia" quer lhe conferir pois é assim que os justos pagam pelo pecador!Acácia, que bom que veio nos tirar do diálogo para o triálogo. Deixe-me fazer uma primeira pergunta: se Jesus não estivesse por perto, Pedro teria tentado caminhar sobre as águas? Creio que não. Fique tranquila, não há perigo.Os eventos parecem sempre estar alinhavados uns aos outros. Quem sente que corre perigo é apenas o ‘eu’. Você sabe, o pequenino ‘eu’, essa brevíssima criação que julgamos ser quem somos, um conjunto de memórias e projeções, a soma abstrata dos eventos que testemunhamos e dos quais participamos, como indivíduos, diante do Outro. Por isso eu coloquei “perigo Real”, com letra maiúscula: o perigo de andar por uma rua deserta num bairro violento existe, mas não é Real. Na Realidade não dual, que está para além da consciência e do pensamento, da qual tudo aflora, não há perigo. Todo aparente perigo é fruto da ignorância, do apego. Todas as almas, mesmo a dos que não são cristãos, são livres. Sempre foram livres e sempre serão. Como não seriam, se correspondem à centelha divina nos homens? Basta aos cristãos e aos não cristãos perceber isso e viver de acordo essa liberdade.Não compreendi muito bem o que você quis dizer com “falsa consciência”, mas está claro para mim que não tem nada a ver com a Consciência à qual estava me referindo. Assim são as palavras, não é? Sempre abertas a dubiedades e interpretações diversas. Bem, penso que não tem a ver com o que eu falava por uma razão simples: a Consciência não confere nada. Quem confere algo é a Mente. A Consciência, como o nome diz, é a faculdade de se estar ciente. É o próprio sentir-se. Daí o Budismo atribuir a existência de oito consciências, uma para cada sentido, especificamente. O sentir-se pelo tato, o sentir-se por meio da visão, o sentir-se através do paladar, etc. Compreende? E não é o sentir do indivíduo, mas sim o simples sentir, até mesmo aquele que não diz respeito ao corpo. Não há peso no próprio sentir. O peso aparente deriva da Mente e de suas construções fantasiosas.
Bem e Mal? Supere isso. No Velho Testamento o bem e o mal têm origem na ação do homem (como não poderia deixar de ser) e não em Deus e no diabo, respectivamente.
Concordo! Portanto será também pela ação do homem que o bem e o mal será superado e não por adquirir mentalmente esta crença! Ele só retornará ao Paraíso se ele for capaz de agir, extrapolar seus próprios limites. Limites estes impostos a sua alma pela sua desobediência.Adquirir mentalmente esta crença, como pode ver, é também uma ação. Acaba dando no mesmo. Mas concordo com você. Permanecer dentro dos confortáveis limites dos conceitos não é uma atitude que facilita o livre caminhar. É como dizem: uma coisa é falar; outra é fazer. Assumir que tal postura é correta e agir de outra maneira é se enganar (um engano exposto em 1 João 1:6, como está explicado no começo deste tópico, em resposta ao SE7MUS).Devo admitir que a última pessoa a quem desobedeci foi minha mãe, e isso já faz muitos anos. Não há nada nem ninguém a quem eu deva me submeter, logo, à “minha” alma não se pode impor tais limites. Entendo a criação como Deus agindo em toda a sua glória, Eterno Presente. O poeta persa Omar Khayyam tem uma frase linda sobre o que podemos chamar de Paraíso: “O Céu é, para mim, um instante de paz”. Este instante de paz é eterno, é o fogo de seu próprio coração, mas as distrações da vida são muitas e você não o percebe. O Paraíso está pouco acima dos nossos olhos. Criamos os espinhos na carne, como a chuva cria a poça. Você e chuva são os dedos de Deus em ação, bem como a poeira e a dor também são, pondo a roda a girar. Bem e Mal? Meros conceitos humanos, coisa muito recente na história do mundo...Estando nós na modernidade, poderíamos usar os exemplos de Matrix: Entre a pílula azul e a vermelha, prefira as duas ou nenhuma afinal, como vou saber quem é o autor das 2 únicas opções?Há diversas formas de se saber quem é o autor das pílulas, até mesmo de saber se o autor é confiável ou não, sem dúvidas. Mas não sou eu quem vai lhe contar.Lendo assim parece fácil. Mas não é. Não devemos adquirir o peso da "falsa consciência" mas não temos competência para preservarmos nossas almas por si mesmos, pois esta pertence a Deus e apenas Ele conhece o verdadeiro estágio de cada uma."Esforça-te que Eu te ajudarei!" Mas não se esforce vendo em Deus um inimigo como sugere os que amam o proselitismo e sim :rose_mini:, caminhando pelo exercício da fé!Não só temos competência para preservar nossas almas por nós mesmos, como é da nossa natureza mais íntima ser dessa forma. Há quem faça isso com unhas e dentes e armas, o que creio ser desnecessário, embora até nossos instintos conduzam a isso muitas vezes. Há também quem observe calmamente o rio correr, pois sabe que, por mais curvas que faça, o rumo é invariavelmente o mar de inesgotável paz. Às vezes, é apenas uma questão de fé.As almas não pertencem a Deus. São Deus, sob alguns véus. Os limites entre criador e criatura são, ao meu ver, dogmáticos e irreais. Ver em Deus um inimigo é um dos mais tristes exemplos de ignorância que eu consigo imaginar, mas não costumo ver no proselitismo essa atitude. Ao contrário, me parece bastante característico de quem quer convencer alguém de que sua doutrina é a mais incrível dizer que seu deus é perfeito, todo-poderoso, o mais bondoso, generoso (dá carro, emprego, sucesso financeiro, etc.), amoroso, cuidadoso e tudo o que há de bom... Mas só o que há de bom, claro. O que há de ruim está "fora dele" (como isso seria possível, sendo Ele o Absoluto?), e é criação de um filho rebelde. Quando o termo ‘proselitismo’ (proselytos) surgiu, entre os gregos, referia-se à conversão dos pagãos ao Judaísmo. Hoje, você sabe, o termo se revestiu de um sentido pejorativo, geralmente utilizado para apontar aquele ‘ativismo selvagem’ dos que querem converter os outros a seu pensamento, à sua crença. A carapuça não poderia cair sobre minha cabeça (posto que nem tenho uma), mas, por via das dúvidas, deixo claro que minha intenção neste tópico não é converter ninguém, mas mostrar que Deus é UM e que a mensagem dos grandes mestres espirituais de todas as religiões tem o objetivo de indicar os inúmeros caminhos que conduzem a Deus. Sem paradoxos, com harmonia.Amém.
17/06/2011 às 23:22 #88560AcáciaMembrose Jesus não estivesse por perto, Pedro teria tentado caminhar sobre as águas?
Interessante a pergunta. Não sei se a resposta se adequa mas, mesmo sem conhecer a Jesus talvez Pedro precisasse caminhar sobre as águas...
18/06/2011 às 22:09 #88561AcáciaMembro:angel_mini: Amados:Não encontro forma mais perfeita e honesta de seguir a Deus senão seguindo o convite do Espírito de forma apaixonada e inflamada de desejos. Assim, recordo as palavras: "Ninguém vê este vento soprando, ninguém vê, ele sopra onde quer, força igual tem o Espírito quando..."Abraços fraternos!
23/06/2011 às 22:27 #88562RussellMembroOla amigo Brunopi,Tenho lido suas colocações e concordo com a maioria delas. Também percebi que é uma pessoa estudiosa e motivada a encontrar a verdade sobre temas variados como o tópico em debate. Como eu tenho a mesma tendência que você e também ligo a F. Q. com a espiritualidade, gostaria estabelecer um dialogo para debater alguns pontos.Para dar inicio me gostaria perguntar-lhe: Para você qual é a essência do homem, a consciência ou a mente? Y Por quê? Um abraço...
24/06/2011 às 16:13 #88563SE7MUSMembroEu penso que essa será minha última resposta a você neste tópico, SE7MUS. Talvez eu tenha ido um pouco longe demais com o que disse. A Verdade se apresenta ininterruptamente, e cada um abre os olhos na medida que suporta ou deseja. Entendo que as informações que dei aqui já serviram para suscitar questionamentos importantes. Quero apenas esclarecer algumas questões sobre as quais não gostaria que restassem dúvidas.
Que isto!?... está se despedindo?... Tenho algumas perguntas [creio que seja as últimas]. Sei que estou sendo criança ainda presa no TEMPO e ESPAÇO. Ainda não me habituei na observação atemporal/espacial; talvez seja a educação Aristotélica {A Lógica e suas nomeações e posições} que tenho me impregnado. Fico satisfeito que todas as suas respostas tem sintonizado com aquilo que já presumia em mim mesmo acerca deste "Ponto de Vista". Peço desculpas se fui precipitado nos meus raciocínios, deve ser meus anseios.Quando disse que a "verdade se apresenta ininterruptamente" soa tão como VERDADE que é impossivel negar ou contra-argumentar. Nessa luz... lembro-me das palavras de Jesus que diz: "Ide e pregai o evangelho" - Está mais que óbvio que Cristo não está convidando seus discípulos a serem CHATOS, mas apenas com a presença deles em algum lugar já diz alguma coisa (pois, são luz do mundo e sal da terra) demonstrando que eles já tem em si a demonstração da verdade sem o surto das retóricas e palestras ou em palavras de sabedoria, a qual (sabedoria) Paulo diz: "Para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria dos homens, mas no poder de Deus". 1 Coríntios 2:5. Poder de Deus que "se apresenta ininterruptamente".Bem e Mal? Supere isso. No Velho Testamento o bem e o mal têm origem na ação do homem (como não poderia deixar de ser) e não em Deus e no diabo, respectivamente [...] Isso são conceitos humanos, existem apenas em nossas mentes. Você é apenas uma forte chuva chovendo, que ao cair, em seu esplendor, acaba com inúmeras vidas. Como sabemos, nada permanece. Assim é. A Verdade está para além de Bem e de Mal. Ao “comer o fruto” da Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal (ou seja, dos opostos, da dualidade, do conhecimento objetivo), o ser humano inicia seu caminho de retorno consciente a Deus. É parte do Jogo Cósmico. Para ganhar o Si é preciso perder a si. Pode acreditar que Cristo sabia disso, SE7MUS. Uma pulga para você coçar, se tiver vontade: e se toda a criação for apenas Deus brincando de esconde-esconde consigo mesmo?Essa foi legal. Estou sentindo o caminho estreito por causa da minha cultura do BEM e MAL. Jogando fora esses conceitos que tende somente separar aquilo que está harmonicamente junto e se percebendo, sigo adiante com muita coragem debatendo comigo mesmo que a dualidade é apenas unissidade ou plurissidade mútua [espero que disse alguma coisa sólida].Bem, há diversos pilares nos quais podemos “amarrar” nossas almas. Creio que você está falando de segurança e de seguir o “caminho correto”. Adianto que se sentir seguro é agradável, mas não é de modo algum necessário, posto que não há perigo Real.Perfeito. Sinto me em cima das águas com Pedro, sem barco, sem âncora, sem pilares, torres, estrelas, em fim sem nada, apenas a coragem e a superação para aquilo que Cristo convida "VEM" não se sabe para onde e para quem (pois, os discípulos esperavam que era um fantasma que estava conversando com Pedro).[quote Só não tenha medo: o medo existe apenas porque somos apegados a essa passageira construção de nós mesmos: o ‘eu’ minúsculo. Apegar-se, além de inútil, é causa de sofrimento. Portanto, com relação a esse “amarrar”, uma sugestão: é claro que você pode amarrar, mas não esqueça onde e como amarrou, para poder se soltar quando for necessário. Emancipação é algo muito importante nesse contexto, ao meu ver. Não se apegue à segurança que Jesus porventura lhe inspire; em vez disso, esmere-se para agir em acordo com o que lhe diz Jesus, não nas palavras escritas, mas no coração. Assim não tem erro, pode acreditar.Novamente perfeito. Onde amarrar e como amarrar, os contextos são apenas contexto, o que importa é o NOSSO contexto, do qual Cristo lida conosco que se endereça apenas no coração e a Bíblia acaba sendo apenas uma informação e não uma regra onde amarrar a alma... Perfeito mesmo. Lanço-me no vácuo Cheio de Atmosfera. Nos primeiros passos de minha busca, me mantive seguro na certeza de que Jesus não permitiria que eu me enganasse. Pedia isso a ele recorrentemente. Era um de meus “pilares”. De fato, foi assim que comecei a caminhar, o que ainda estou aprendendo a fazer. Mas posso dizer que Jesus me mostrou que é mesmo preciso deixar na margem a canoa com a qual se atravessou o rio. Em que “pilar” se apoiar? Tudo depende de sua crença. Aconselho que se dispa de todo preconceito e que ouça seu coração. Tente pensar menos e sentir mais. Aprendi à minha maneira que todos os pilares, mesmo os mais sublimes, são apoios aos quais podemos recorrer para chegarmos à Meta, mas que não devem ser confundidos com a própria Meta. Esses pilares podem ser grandes mestres, antigos tratados sobre o Espírito ou técnicas de Realização, a observação do fluxo dos fenômenos da Natureza, os ensinamentos de seu Mestre Interno – o que os hindus chamam de Satguru, etc. Sim, os hindus.Pelas "barbas dos profetas"...! Estou nú. Depois desta vou refletir até mesmo nos meus objetivos, pois eles podem se tratar apenas de mais um "pílar' para chegar à Meta. Que maravilha...!Olha... sou pequeno neste assunto, mas pretendo pegar o "jeito" da coisa para amadurecer.
O Mistério apresenta muitos rostos. O que quis dizer foi que isso que a ciência está descobrindo hoje, tradições milenares já o sabiam muito antes de escreverem em pergaminhos. A Física Quântica é um grande avanço para a ciência materialista, na medida em que rompe com alguns ‘dogmas’ tão caros a nós, ocidentais; porém, não traz muitas novidades para o pensamento oriental.
OK...!
De péssimo gosto essa alcunha de “clube dos hindus”.
Perdão, foi o que escrevi para delimitar um "grupo" que foi apresentado de forma grotesca a mim. Percebo que tens alguma estima por eles.
[...] embora eles mesmos não se chamem assim. [...] Respeito-os muitíssimo. Por exemplo, você sabia que os números arábicos são uma criação hindu e não árabe? Vou lhe dar uma sugestão: preste muita atenção ao que esse povo tem a dizer e, se puder, estude seus livros sagrados. São inúmeros os tesouros que eles guardam com amor.
Novamente peço perdão. Estou pouco familiarizado com essa "Visão" e com este povo, sempre tem comentado a mim pessoas que dizendo a respeito dos indianos e orientais em geral diz que é povo PAGÃO e IDÓLATRA.
Respondendo à sua pergunta “como devo chamar esta ciência?”, eu lhe digo: não chame de nada. Ela não precisa de um nome.[...] As coisas já têm nomes demais, SE7MUS. O Tao Te Ching (livro chinês, não hindu) diz: “O nomear é a mãe das dez mil coisas”. Essa compreensão de que o mundo é tecido pelo Som Cósmico está em inúmeros textos sagrados antigos, de diversas tradições, em várias partes do mundo, sob muitos nomes. Apenas ouça sua intuição. O que eu disse soa verdadeiro para você, em seu íntimo? Soa falso? Basta prestar atenção e você mesmo vai saber. Há muitas coisas relevantes sobre as quais Jesus não falou a seus discípulos, por não poder, e muitas outras que, embora tenham sido registradas por eles, não chegaram a todos nós. Basta ler os Evangelhos Apócrifos, excluídos do Novo Testamento pelos bispos romanos a mando de Constantino, para entender o que quero dizer. A mensagem de Jesus é mais profunda do que muitos supõem, por desconhecimento. Um desconhecimento, aliás, justificado historicamente, por séculos de perseguições e torturas. Quanto a isso, só mais uma coisa: Jesus não é o Mestre; é um Mestre. Não tenho interesse em convencê-lo disso. Acredite no que quiser.
Melhor ainda - Sem nome é mais caracteristico no que ensina. Agora, nas palavras de Cristo não seria AMOR sem as definições de dicionários, ou opiniões, ou críticas de pessoas que pensam que sabe, mas não sabe nada.Digo Amor por causa de Paulo que diz : "Sem amor nada seria". Todos os fenômenos ou buscas sem Amor seria um "Sem-objetivo" da Vida. Agora parece que temos algo a tratar que não seja tanto misterioso [espero].[quoteEssa foi boa: "audição, visão, olfato, gustação, tato [amarrados] na consiência [Manas, Alaya e o Karma]" Pode ter sido boa, mas eu não falei nada disso; isso é o que você entendeu. Não há nada amarrado a nada. O que eu disse foi que alguns ramos do Budismo compreendem que os oito sentidos citados estão relacionados, cada um deles, a uma consciência. O karma não é relacionado a uma consciência. Eu não disse isso. Disse que Alaya é, entre outras coisas, uma espécie de 'depósito' do karma. As oito consicências relacionam-se à visão, à audição, ao olfato, ao tato, ao paladar, à faculdade mental, a Manas e à Alaya. Entendeu por que conhecimentos como esses não podem ser transmitidos sem o devido preparo? Você não entendeu o que eu disse. E se resolvesse acreditar no que entendeu equivocadamente? Ou, pior: se resolvesse ensinar isso a outros? Imagine o prejuízo. Por isso acredito que fui longe demais com o que disse a você aqui – e por isso muitos ensinamentos profundos não são postos tão às vistas, tão às claras, pela grande possibilidade de não serem devidamente compreendidos e gerarem ainda mais confusão. Por tudo isso, peço desculpas.As minhas molequices estão ainda em mim. Pretendo crescer. Aguardo o momento certo para aprender essa parte. Valeu.
SE7MUS, você acha que Deus é uma pessoa? Veja, persona é uma palavra que os gregos usavam para se referir às máscaras usadas no teatro. A máscara oculta quem está atrás dela. Essencialmente, uma pessoa também é isso: essas aparentes individualidades que ocultam o Absoluto que há “por trás” delas. Despersonalizar Deus é, ao meu ver, uma atitude bastante razoável. Deus é o que há e o que não há, SE7MUS, inclusive todas as personalidades. E, ao mesmo tempo, não é nenhuma delas.
Bom... Devo dizer francamente que creio que Deus seja uma pessoa. Mas, neste pondo de vista parace-me também razoável, pois se digo que conheço Deus e aborreço os homens, fiz-me mentiroso e não conheço Deus [tomo as palavras das cartas de João].
O “espírito da Bíblia”? Ou sua interpretação dela? Novamente aqui você criou conceitos baseado em sua interpretação do que eu disse. 1) A vibração criadora que mencionei não é o “criador”, no sentido bíblico. Inclusive porque, no Velho Testamento, a palavra hebraica que se costuma traduzir como “criador”, Heloim, é na verdade uma palavra plural. Uma tradução mais correta seria “criadores”. Recomendo que estude a respeito. A vibração cósmica está mais próxima do que chamamos de criação – mas não como algo acabado, finalizado, mas sempre novo e em movimento. O próprio ato (Verbo) de criar, sendo ele mesmo o que é criado; 2) Achar que as “criaturas” são átomos é perceber apenas seu aspecto material. O homem possui vários corpos, e só um deles é feito do que chamamos átomo. 3) O Livre-Arbítrio é a Vontade de Deus ser exatamente como é. Não é o mesmo que consciência, nos termos que eu vinha tratando aqui, que se refere mais ou menos á capacidade de sentir ou de se perceber.
Estudarei melhor.
Ele é identificado como doido por muita gente, mas acredito que nunca tenha se identificado como doido. As pessoas pensam muitas coisas, e até algumas tolices não é mesmo? Mas Jesus não tem nada a ver com isso. Deus? Sim, ele era um com Pai. Mas não mais do que você e eu e a Acácia e o Jaime e a avó do meu vizinho e aquela árvore ali fora... Somos todos 'um com o Pai'. Um dos ensinamentos capitais de Cristo é que a unidade com Deus pode ser obtida por meio do Amor. Amor mesmo, aquele que dissolve as linhas, que tudo abarca, bênção em movimento, claridade abissal. É um caminho, embora não o único, de se realizar a unidade com o Absoluto.
Perfeito.
E por falar em Luz, vou lhe propor algo. Encare como uma experiência. Você ora a Deus? Quer dizer, você destina um momento de seu dia a fazer uma oração? Imagino que sim. Eis minha proposta: em vez de conversar com Deus, agradecer ou pedir perdão, tente ficar em silêncio por alguns minutos. Claro, não pode ser um silêncio qualquer, tem que ser um silêncio sagrado. Vá para um canto sossegado de sua casa, ou mesmo em algum templo, e sente-se quieta e confortávelmente. Apenas fique ali sentado, sentindo a presença de Deus. Não espere sentir, apenas sinta o que estiver sentindo. Se entre você e Deus se interpuser aquele palavrório que a mente sempre cria, não faça nada. Não tente parar a mente, pois isso não será possível. Apenas deixe as frases e as imagens mentais passarem, sem que você lhes dê a atenção habitual. Não junte as frases uma à outra, pois é assim que o mecanismo da mente funciona. Fique alerta. É só isso. Com alguma regularidade (ao menos uma vez por dia) você logo sentirá algumas diferenças .Fique bem.
Eu andava fazendo isso, mas indiretamente [motivado pelos filmes chines de Kung Fu]. Foi ai que eu encontrei a mim mesmo e me perdi quando entrei na onda da religião, a qual estragam isso.Pois é... parece-me que estamos em uma despedida, mas creio que as informaçoes obtidas aqui serve muito para refleetir e tornar aprender entrando em um novo "Gênesis" da minha vida.Que a paz esteja contigo, meu irmãoCordialmenteSE7MUS
27/06/2011 às 20:44 #88564brunopiMembroOlá, Russel, seja muito bem vindo.Não sei se não seria o caso de abrirmos outro tópico. Qual é a essência do homem? Hum, uma pergunta e tanto. Poderia entender que a essência do homem é aquilo que nele é o mais profundo e o mais simples, o mais para além e o mais presente. Se for isso, penso que a essência do homem não é nem a Consciência nem a Mente. A Mente deriva da Consciência; logo, não poderia ser ela esta essência (no âmbito do indivíduo, se não há este que sente, também a mente não há). A Consciência refere-se ao sentir-se, e o que buscamos identificar aqui refere-se ao Ser; logo, também a Consciência não pode ser esta essência. Penso que a essência é aquilo que chamam Atman, o Absoluto em nós. Aquela instância incompreesível em que se liquefazem as discriminações da Mente, em que não há dois, em que apenas se É.Mas não sei se é bem isso a que você se refere. Talvez esteja se referindo àquilo que mais basicamente faz do homem o homem. E isso eu não consigo responder, porque não sei o que é o homem. Talvez o homem seja uma espécie de evento.
27/06/2011 às 23:24 #88565RussellMembroOlá, Brunopi, obrigado pelo “bem vindo”.Para mim seria melhor abrirmos outro tópico e desta forma teríamos mais liberdade sobre os temas a tratar. Brunopi pelas suas colocações me parece que você é meio filósofo. Para mim, um filósofo é uma pessoa que procura realidades implícitas nas realidades explicitas. Eu sou assim.Com respeito às respostas:
Qual é a essência do homem? Hum, uma pergunta e tanto. Poderia entender que a essência do homem é aquilo que nele é o mais profundo e o mais simples, o mais para além e o mais presente. Se for isso, penso que a essência do homem não é nem a Consciência nem a Mente. A Mente deriva da Consciência; logo, não poderia ser ela esta essência (no âmbito do indivíduo, se não há este que sente, também a mente não há).
Brunopi, para mim, a essência do homem é a Consciência e concordo com você que a mente é dependente dela. O homem é uma espécie de animal e o único que possui Auto-Consciência com potencialidade de perceber, discernir e o mais importante refletir, raciocinar e deduzir. Em outras palavras com “potencial” de evoluir intelectualmente (em conhecimentos) e transformar-se num Ser Humano (que se preocupa com a humanidade) que é sua meta.Brunopi o que estou colocando não é uma idéia é uma dedução onde entra F.Q. e Biologia. Como este não é o tópico adequado para demonstrar minha dedução sugiro-lhe que em vez de sua resposta ser dada aqui, abra outro tópico. Se lhe parece bem o nome poderia ser “Filosofando sobre Filosofia”.Um abraço..
28/06/2011 às 13:43 #88566brunopiMembroHum… Me diga: o que é um animal? Você pode estar confundindo um conceito que o homem criou (e por meio do qual ele consegue classificar a si mesmo) com o que o homem de fato é. O homem é um animal ou “animal” é um conceito criado pelo homem e que se refere ao próprio homem?Não compreendo o que faz você acreditar que o homem é o único ser que é capaz de se perceber, de se sentir ou mesmo de refletir ou discernir. Julga você que um peixe não se sente? Que um camaleão, capaz de adquirir a coloração do ambiente em que se encontra, não se percebe? Ou que um gato, muito mais astuto do que você e eu juntos, não consegue refletir? Os animais podem não discernir por meio de pensamentos articulados, como os nossos, mas certamente têm discernimento. Esse entendimento me parece ser baseado naquela velha ideia, mais ou menos comparativa, de que o homem pensa e os animais "agem por instinto". Crê nisso?Pelo que entendi, você avalia que a meta do ser humano é se tornar um Ser Humano, maiúsculo. Queria saber o que você entende por Ser Humano, além de ser a.
28/06/2011 às 16:06 #88567RussellMembroHum... Me diga: o que é um animal? Você pode estar confundindo um conceito que o homem criou (e por meio do qual ele consegue classificar a si mesmo) com o que o homem de fato é. O homem é um animal ou "animal" é um conceito criado pelo homem e que se refere ao próprio homem?
Não estou confundindo nada, o homem é um animal porque pertence ao Reino Animal.
Não compreendo o que faz você acreditar que o homem é o único ser que é capaz de se perceber, de se sentir ou mesmo de refletir ou discernir. Julga você que um peixe não se sente? Que um camaleão, capaz de adquirir a coloração do ambiente em que se encontra, não se percebe? Ou que um gato, muito mais astuto do que você e eu juntos, não consegue refletir? Os animais podem não discernir por meio de pensamentos articulados, como os nossos, mas certamente têm discernimento.
Gostaria-me saber em que parte do que eu postei, eu estou negando as coisas que você esta sugerindo.
Esse entendimento me parece ser baseado naquela velha ideia, mais ou menos comparativa, de que o homem pensa e os animais "agem por instinto". Crê nisso?Pelo que entendi, você avalia que a meta do ser humano é se tornar um Ser Humano, maiúsculo. Queria saber o que você entende por Ser Humano, além de ser a.
Para mim, Ser Humano é um ser que tem como base para sua ações o AMOR. Os poucos homens que evoluíram para Ser Humano, os canonizaram. Y para você?
-
AutorPosts
- Você deve fazer login para responder a este tópico.