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02/01/2002 às 21:51 #75564mceusMembro
E se a vida e suas necessidades não forem apenas diferenças daquilo que chamamos de não vida. Será que em cada planeta não exista determinados tipos, vamos dizer, de vida e de não-vida. Vamos pensar no que é vivo e tem “sentido da vida” e naquilo que não é vivo, uma rocha, pex? Qual o sentido da vida que difere do nosso conceito de vida. Qual o sentido da vida da não-vida? Será que não há? Seria o sentido da não-vida? Minha visão disso é que somos um planeta e um tipo de “rocha”(aqui vai uma metáfora com carga irônica)deste planeta somos nós mesmos. O resto continua sendo o planeta…. conosco… bom, isto vai ao encontro daquilo que eu acho do universo ser auto-contido…sem começo meio ou fim… Somos apenas algo diferente, diferente daquilo que conceituamos e que chamamos de não-vida.O que vcs acham?
Abraços a todos..03/01/2002 às 2:01 #75565Miguel (admin)Mestreolá mceus
hummmm aquilo que vc acha do universo auto-contido, sem começo meio ou fim…poderia dar uma “palinha” sobre o que vc acaba de falar, estou especialmente interessado na parte que vc diz “sem começo meio ou fim”..
acho bastante apropriado definirmos o que é vida….
uma rocha tem vida?
o ar tem vida?
a água tem vida?(falo só da água e não dos seres que nela existem, se é que isto é possível, digo, a água sem a vida que nela está contida)
não seria uma espécie de “chauvinismo humano” declararmos que se vc tem dois braços, duas pernas, um cérebro de certo tamanho relativamente ao peso do corpo, uma postura ereta, uma forma sexuada de reprodução, etc… então vc é um ser capaz de adquirir conhecimento!!!
…antes que vcs lancem pedras em mim….
…eu não quero dizer que uma pedra tenha um conhecimento de sí como eu tenho de mim.. por exemplo abelhinhas se comunicam através de um sistema elaborado por movimentos vibratórios e padrões energéticos para se comunicarem dentro do enxame que é destituído de um sistema nervoso central e de propriedades lineares de comunicação como as nossas.
outra pergunta um átomo tem vida?
ou um fóton, tem vida?
já falamos sobre não-localidade, os fótons gêmeos que interagem ao mesmo tempo, demonstrando que existe um espécie de comunicação que está além do espaço/tempo…
o planeta terra olhado a distância tem vida?
a galaxia tem vida?
o sol tem vida?
o que é vida?
abs.
04/01/2002 às 12:53 #75566mceusMembroO mundo como notamos existe apenas pelos nossos sentidos, sem eles o mundo não tem cheiro, cor, textura, sabor, odor e talvez nem espaço a ser percorrido e nem tempo para ser percebido. Vcs já perceberam pq as fezes cheiram mal, pq não a comemos? Pois esse cheiro nos afasta, nos dá nojo. Mas e o tatuzinho de jardim? Pq ele a procura e a utiliza como alimento? As fezes não cheiram mal para ele, e sim, o atraem. O prazer sexual, imaginem não tê-lo? O que seriam das propagandas de cerveja? rs. Sim, o mundo existe pelos nossos sentidos, a consciência surge quando fazemos uma imagem desses sentidos, quando detemos em conceitos as coisas. Por isso penso ou tento pensar me deslocando do que me parece mais óbvio, penso em um mundo sem início e assim sem meio ou fim, um mundo sem criadores e criados. Tentando explicar, um mundo onde a vida é algo diferente, mas não mais importante que a não-vida. Um mundo que apenas é. E que as diferenças que notamos são criações de nossos sentidos. Um mundo onde o cheiro das fezes e o prazer do sexo são sentidos para a perpetuação dos genes, dos quais somos possivelmente escravos. Um universo auto-contido. Um universo que não pode se perguntar o que existe antes do big bang ou do criador, um universo sem a pergunta do que há ao norte do polo norte. Já perceberam, até onde sabemos, que os átomos não envelhecem? O nosso corpo, a matéria, essa energia visível, é constituída desses átomos. Somos eternos portanto?! Espero não ter sido muito confuso.
Grande abraço a todos.05/01/2002 às 15:06 #75567mauricioMembroUm mundo sem início, pensando assim fico com a impressão de várias dimensões, uma com espaço-tempo definido e conhecido por nós, outra sem esse espaço-tempo, não percebido por nós e então inexistente em nossos conceitos e assim por diante. É uma hipótese interessante. Até aquela frase que nada se cria etc, tudo se transforma daria para encaixar aqui… mas qual seria o sentido da vida? Estaria agora desvinculado com a origem do universo já que este nunca teve uma origem… como entender o inicio da vida sem …. Pode ser que a vida seja apenas uma mudança na matéria que já existia? Qual seria o sentido da vida então? Pq sobreviver? Pq mantê-la? Tenho que pensar….
05/01/2002 às 20:48 #75568mceusMembroSerá que o sentido da vida não é mais uma necessidade? Desejo oriudo da incompreensão das coisas existentes e aprisionadas nos conceitos derivados dos sentidos. Como já disse, não vejo um sentido pra vida senão o próprio viver.
Abraço07/01/2002 às 12:48 #75569Miguel (admin)MestreO Porquê dos nossos Sentimentos
Argos de Arruda
Por que existem os nossos sentimentos? Nossas emoções? Por que somos seres racionais e emocionais e não apenas racionais?
A resposta a estas perguntas, embora poderá – inicialmente – soar estranha e aparentemente sem sentido ao leitor, me parece estar relacionada com um dos mais poderosos instintos inerentes ao ser humano: a sobrevivência de sua espécie.O conceito de “sobrevivência”, entretanto, deve ser mais amplo do que se supõe quando se refere a nós, seres humanos, pois comer, beber, dormir e procriar não bastam. É como se extrapolássemos estes quatro requisitos básicos para sobrevivermos. Precisamos de mais… E este mais está ligado ao nosso bem estar físico e mental, felicidade e satisfação.
Sentimentos e emoções são em grande número em nossas mentes; eles afetam nossos corpos, nosso comportamento, as nossas vidas. Não há espaço aqui para explicar um a um com base na sobrevivência de nossa espécie como animal. Darei exemplos de alguns. Importante realçar também o caráter “estatístico” deste artigo, no sentido em que estarei falando de características de populações. As características de um indivíduo pode representar uma tendência em toda uma população, uma maioria, onde as exceções não importam. Quando eu falar de algum sentimento ou emoção, o leitor deverá pensar em termos amplos, gerais. Por exemplo: se digo que o amor é o elo de ligação mais importante entre pais e filhos e que sem ele a raça humana já estaria extinta, excluo os poucos casos onde os filhos foram abandonados ao nascer ou quando criança.
A Teoria da Evolução de Darwin sempre fora mal explicada e mal vista por muita gente. No começo do século XX, aqui no Brasil, era proibido falar nela nas escolas; havia preconceito em todos os países mas entre os cientistas ela simplesmente só evoluiu desde a sua concepção no século XIX. Isto criou um abismo entre os conhecimentos da Ciência nesta área e tudo aquilo que as pessoas comuns pensam e imaginam sobre como os seres vivos se modificam, se adaptam, sobrevivem, etc. E tudo isto se relaciona apenas com os corpos desses seres; imagine quanta ignorância existe quando se entra na correspondência entre evolução e mente.
Os seres vivos mais complexos do planeta, aves e principalemnte mamíferos, possuem cérebros altamente complexos e adaptados para conseguirem sobreviver aos estímulos negativos, destrutivos do meio ambiente. Insetos, peixes e répteis nascem em um estágio de maturidade o suficiente para se locomoverem e explorarem o mundo exterior; fora isto, o número de filhotes é grande o bastante para nem todos serem devorados pelos predadores. A coisa é diferente com os mamíferos: poucos filhotes e frágeis, necessitando-se de uma longa jornada de aprendizagem sobre seu ambiente, para um dia enfrentarem sozinhos os perigos deste mesmo ambiente e procriarem. Aí que entram as emoções. Algumas são básicas e compartilhamos com seres menos complexos: o medo e a agressividade. O medo é importante pois é um sinal de alerta, de algum perigo no meio; quem sobreviveria se não tivesse medo de nada? É necessário a existência de agressividade porque nada pode ser só passivo; enfrentar algum perigo, uma ameaça, requer também respostas passando, às vezes, pela agressividade. Em especial nos seres humanos, a natureza foi “caprichosa” no aspecto emocional: sentimos alegria, tristeza, ódio, paixão, culpa, satisfação, amor, afeto, temos fé, esperança, etc.
Temos a capacidade de procurar sexo mesmo sem a intenção de procriar. Procuramos porque gostamos, porque faz bem, porque nos satisfaz. Chegamos ao ponto de nos deliciar com um prato só para nos satisfazer mesmo sem estar com fome, ou seja, sem a necessidade momentânea de sobrevivência; por puro prazer. Procuramos coisas como viajar, sair, encontrar alguém de quem gostamos, nos divertir, porque faz parte do nosso lazer, do nosso bem estar. A palavra “gostar” está sempre presente; os sentimentos estão sempre presentes.
Existe o trabalho… Ele deve ser entendido como uma atividade inerente ao ser humano, seja qual for o seu modo ou finalidade: do homem de duzentos mil anos atrás ao perseguir uma presa durante horas, ao homem de hoje em um escritório repleto de aparelhos eletrônicos a ajudá-lo em seu dia a dia, tudo é trabalho. Tudo o que for uma atividade a implicar em geração de bens ou realização de uma tarefa imprescindível à nossa sobrevivência, mesmo que indiretamente. É o caso, este último, das sociedades que se modernizaram e o fruto do trabalho passou a ser algo “simbólico”, o dinheiro, onde através dele conseguimos o que precisamos. Existiria o trabalho para nós se não gostássemos? Se não gostássemos ou se não sentíssemos nada com os seus frutos? Não existe somente o ato de trabalhar; sentimentos e emoções, conquistas que nos levam a satisfações extremamente benéficas a nós estão em jogo.
Quero dizer que vivemos procurando atividades, conquistas, coisas que nos fazem bem, para a nossa felicidade e bem estar. Se ora não conseguimos temos outras chances, temos nosso amor próprio e continuamos a viver, a procurar. Temos fé, esperança, sonhamos.
E os sentimentos negativos, as emoções violentas e negativas? Veja, nenhum sistema adaptativo como o cérebro, que visa o comando de um corpo para se perpetuar junto a ele, irá responder somente de modo positivo, no sentido de sentimentos positivos, em um meio ambiente onde os estímulos exteriores são positivos e negativos também. Ninguém gostará de um inimigo!
Para se capturar um animal faz-se necessário uma boa dose de agressividade e nós utilizamos recursos muitas vezes cruéis onde, se fôssemos parar para pensar, não comeríamos sequer um pequeno peixe do mar! Pode-se imaginar o quanto as nossas sociedades cresceram e se desenvolveram às custas de muitas mortes ou exploração, onde nossos ancestrais utilizaram e muito da capacidade humana de destruição para com os inimigos. E destruir envolve muita coisa de negativo.Este é o universo da mente. Interessante salientar o papel da consciência em todos esses processos. Por exemplo: temos consciência de que o sexo é bom; então o procuramos, como disse anteriormente, sem a intenção de procriar. E também procuramos de forma consciente para deixarmos descendentes… A consciência é que talvez nos leve a transpor àquilo que eu disse a respeito de comer, beber, dormir e procriar: seres conscientes buscam estas coisas de maneira “automática”, intuitiva. Mas procuram também para usá-las como fonte de prazer e satisfação; procriar seria exceção mas o sexo em si não; e procuram outras, como em um nível mais alto de atividade sistêmica, como o lazer, atividades prazeirosas, etc., para se sentirem bem. O sexo sem interesse de gerar filhos é talvez o ponto mais alto nessa “escala”.
A consciência, indo mais longe, precisa necessariamente de, no mínimo, dois suportes emocionais para se perpetuar; duas forças poderosíssimas: a fé e o amor próprio. Que espécie de seres conscientes conseguiria a perpetuação se não acreditassem em si mesmos? No seu trabalho, na sua luta diária? Ou, como na maioria dos habitantes do planeta, em algo divino para se apoiarem? Nem levantariam da cama! E que sistema poderia também sobreviver se não gostasse de si próprio? O que adianta um corpo forte em uma mente fraca? Talvez chegamos a um fato universal: qualquer ser consciente no cosmos terá este tipo de característica. Talvez não exista nada somente racional.
Este artigo pode dar a impressão de que refere à nossa civilização ocidental, consumista, desejosa de prazeres, poder e dinheiro; não é isso. Ele se refere àquilo que os seres humanos possuem em sua natureza íntima, de básico em suas mentes onde se criou todas as culturas e civilizações até hoje. Umas foram mais pacíficas que outras; algumas foram mais mercantilistas, enquanto outras se preocuparam com a tecnologia e produção industrial. Mas a sobrevivência do homem se deu até hoje com a combinação de um lado racional com outro emocional. E sobrevivência para o ser humano engloba, além de sua natureza racional, tudo o que proporciona satisfação, felicidade, prazer, conquistas, etc. “Estados” correlacionados com nossas emoções e sentimentos. Retire tudo isto dos humanos e verá a nossa espécie desaparecer.
07/01/2002 às 13:14 #75570carlosMembroTem gente que não gosta, mas acho que tem relevância ao que está sendo discutido aqui. Frases:
“O ato da memória é um ato de construção, não de gravação. Isto é, através da vida, nós criamos experiência e memória, em vez de nos posicionarmos como mero espectadores dos eventos em torno de nós. Remodulamos a memória à medida que vamos ganhando experiência e reconstruímos a experiência com base nas expectativas trazidas da memória”
Philip HiltsNós não conhecemos as coisas como elas são na realidade. Isto porque nossos sentidos constróem nosso mundo para nós e, assim, não apresentam, para a mente, realidades externas independentes mas apenas percepções.
Immanuel Kant-1781Sempre que você lê um livro ou participa de uma conversação, a experiência causa alterações físicas no seu cérebro. Em uma questão de segundos, formam-se novos circuitos neurais, memórias que podem até modificar sua maneira de pensar o mundo… É um tanto assustador imaginar que seu cérebro se altera ao menor ato que você pratique
George JohnsonA morte representa o súbito colapso de todo o conhecimento e de todas as expectativas. É difícil visualizar isto. Somos incapazes de imaginar que não existimos, que não estamos experimentando. Por natureza esta é uma concepção impossível. Nossas expectativas se voltam para o “como seria” estar morto e disparam para um vazio desprovido do “nós”. Assim, não há como evitar imaginar uma “vida” depois da morte. Imaginamos nossos corpos prosseguindo, mas, ao mesmo tempo, sabemos que eles não prosseguem. Logo, temos de imaginar algumas réplicas espirituais desses corpos prosseguindo por nós. Ë inevitável. Trata-se de uma conclusão que irrompe diretamente da própria máquina de mente
Philip HiltsNós sentimos que, de alguma forma, a água do cérebro físico se transforma no vinho da consciência, mas existe um “branco” total quanto à natureza desta conversão. A transmissão neural simplesmente não nos parece ser aquela coisa capaz de trazer a consciência para o nosso mundo.
Colin McGinnÉ verdade, nós sabemos que somos algo mais do apenas neurônios disparando; ou, pelo menos, é isso que pensamos ser, enquanto os neurônios estão disparando.”
Patricia Churchland22/01/2002 às 15:12 #75571ihaMembroEssa relação Acaso x Leis de um Universo Determinado me atrai. Eu particularmente acho que tudo pode (ou poderá) ser previsto. Talvez nada seja por Acaso. Inclusive se pegamos uma gripe, foi porque um vírus, lançado num quarteirão vizinho, devido ao seu peso, entrou numa corrente de vento (provocada pela diferença de pressão das nuvens!???) e veio justamente ao ar que respiramos. (um exemplo meio bobo, ainda porque se sabe a causa). Agora, numa situação mais complexa, como a Evolução, a geração diferente da anterior, tudo ligado a mudanças que a genética está se empenhando em seus estudos. (o ´cross-over´ nas ligações de DNA, etc..), e suas causas, sobre as quais Darwin desenvolve sua teoria.
continuo22/01/2002 às 15:22 #75572ihaMembroEu acho que o Sentido da Vida, sendo o Sentido a linha de desenvolvimento orgânico de espécies, é algo que num futuro breve poderá ser explicado melhor (por exemplo: daqui 30 anos, talvez veremos no Fantástico que as probabilidades de nossos filhos nascerem sem os dedinhos dos pés será de 80%; porque o dedinho é inútil e foi atrofiando, até que nosso corpo decidiu tirá-lo da ´lista de coisas que passarão para nossas crias´).
Acho que é mais ou menos nesse sentido que a discussão anda. Parece que não há mais valores para se levantar, os quais servem de motivação para a vida humana (por exemplo: o sentido da minha vida é casar e ter filhos, ou ganhar dinheiro, ou etc..).
Talvez esse último Sentido que eu falo possa também ser explicado, devido a interação do ambiente, com o modo social de criação de cada um. Alguém que more em uma casa cheia de economistas PROVAVELMENTE terá como objetivo, fim, sentido em sua vida, trabalhar na economia, etc.
Esse ´provavelmente´ que poderá, penso eu, ser explicado um dia, como um conjunto imenso de regras muito complexas. Há algum tempo foi dito que a Biologia é uma ciencia exata. Eu não duvido que esteja se tornando uma, mas vai demorar..22/01/2002 às 20:52 #75573mceusMembroGostei do que disse Iha.
Um abraço.23/01/2002 às 12:23 #75574márcioMembroCuriosidade: No modelo deterministico, voce preve o futuro com base em um equacionamento.
Pode ser um equacionamento puramente logico-teorico ou pode ser um equacionamento empirico.No Acaso, voce nao tem nenhum equacionamento (pode ser porque nao descobrimos ainda, mas de qualquer forma, voce nao tem).
Nesse caso, o maximo que voce pode fazer é simplesmente tentar descrever todos os pedacinhos do passado como se houvesse um equacionamento, mas no fundo voce nao tem esse equacionamento (como no seu exemplo da gripe).No modelo de equacionamento empirico, voce usa a experiencia do passado e tenta achar uma lei de formacao. Ai voce comeca a prever o futuro baseado nela. Em geral funciona. Mas nesse caso, voce nao entende os detalhes do fenomeno. Houve simplesmente a possibilidade de estabelecer uma correlacao.
O equacionamento logico-teorico definivamente é o bicho, mas infelizmente nao existem tantos Einsteins por ai.
Abracos
23/01/2002 às 15:27 #75575ihaMembroMas a gente pode fazer algo mais simples, e meio a grosso modo. Por exemplo, pegar um assunto: guerra. As épocas, motivo, etc. Comparar com os valores de cada época e tentar encaixar nos dias atuais. (É só um exemplo).
Essa observação do passado (como um jogo de estatísticas, igual a Mega Sena onde se vê os números que mais aparecem e são os favoritos: mas o acaso seria quando aparecesse uma dezena rara), pode nos ajudar a tentar disvendar qual o sentido que nossos valores estão tomando (processo de individualismo, etc.).Não sei pq, vou tentar colocar uma piada velha aqui, a maioria deve conhecer:
Um cientista russo, chamado Manoel, foi analisar uma aranha, e fazer um relatório sobre suas características.
Relatório 1: aranhas com 8 pernas andam.
Então ele tirou uma perna da aranha, e depois falou: “Anda aranha. Anda!”, e a aranha andou.
Relatório 2: aranhas com 7 pernas andam.
Daí ele tirou mais uma perna da aranha, e pediu que ela andasse. A aranha ´obedeceu´ e caminhou, um pouco mais lentamente dessa vez.
Relatório 3: aranhas com 6 pernas andam.
Repetiu o procedimento: tirou a sexta perna da aranha e pediu pra ela andar, constatando seu
Relatório 4: aranhas com 5 pernas andam.
E assim foi o cientista, e a aranha andava cada vez mais devagar.
Finalmente, o cientista tirou a última perna da aranha, e pediu: “Anda, aranha…. Anda aranha.. Anda!”
Relatório Final: aranhas sem pernas ficam surdas.
(tudo bem, é sem graça.. hehe)
Abraçoes05/02/2002 às 12:12 #75576ihaMembroApesar de termos agora a Vida (em geral)como produto do Acaso, claro que teremos muitas situações sociais cotidianas que são frutos do Acaso também. Porém, ainda se pode prever outras, como um andamento. Eu vejo a vida como um gráfico linear: primeiramente, uma linha apenas, guiada pelo tempo, onde todos espíritos a habitavam, e esta linha se situando acima de uma terra. De acordo com o tempo, espíritos desciam dessa linha para passar um tempo na terra, e depois voltava, como numa oscilação. (essa ida e vinda de espíritos, para mim, seriam o nascimento e a morte). Essa linha seria a lei, a Vida em seu sentido, algo muito abstrato e abrangente. Porém, acho que existem várias linhas, uma linha para cada espírito (ser humano) vivo na terra (sem falar dos demais animais e plantas). E as pessoas se conhecem quando as linhas se cruzam (fisicamente é muito fácil de se visualizar), e de acordo com as relações, essas linhas vâo tomando curvas. É isso que acho provável de se prever (em tese), a curvatura que determinada linha vai tomar. E não apenas a linha de um só indivíduo, mas dos semelhantes, em condições muito parecidas (como um estereótipo (acho que é assim que escreve)).
09/02/2002 às 20:45 #75577márcioMembroiha, voce fundamenta sua logica baseado no FATO que o ser humano (a vida biologica) estar associado a um espirito. Talvez fosse mais interessante considerar “espirito” uma hipotese ao inves de um fato. E acho que essa hipotese necessita de muita discussao. As linhas poderiam ser uma caracteristica, mas antes seria necessario esclarecer sobre a hipotese.
19/02/2002 às 16:11 #75578ihaMembroRealmente Marcio ,eu acho que me empolguei. Mas é que eu não consigo visualizar muito bem um ´sentido aleatório´, desordenado. Sua teoria com Acaso é excelente, mas eu não consigo trabalhar com o Acaso enquanto fator determinante de um todo sentido da vida. Mas estamos aqui para isso.
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