Início › Fóruns › Questões sobre Filosofia em geral › Você acha que existe um Deus? › Que razoes para existir Deus ?
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13/04/2010 às 3:24 #73454AcáciaMembro
Eu não entendo por que você bate tanto nas religiões. O que há de tão necessário e urgente que a Ciência precisa fazer que se faz necessário acabar com as religiões ou, por que as religiões são um impecilho à Ciência? A fé não foi criada pela religião assim como a razão também não foi criada pela Ciência, portanto, o mérito do chamado Sobrenatural não é da religião nem da Ciência. Somos todos relativos em relação ao Absoluto. Não podemos tratá-Lo como algumas Instituições ou Denominações: “O Senhor prometeu, o Senhor tem que cumprir” ou, “Se o Senhor é o Todo Poderoso, precisa acabar com o mal”. Pelo amor de Deus estamos aqui; poderíamos não estar. Pelo amor de Deus! Estamos aqui! Poderíamos não estar mas, se estamos, façamos a nossa parte. Ama a Deus de todo teu entendimento, com todo teu coração e ama, respeita e ajuda ao teu próximo como a ti mesmo. Isto sim, chama-se evolução. Evoluir buscando as galáxias, tentando conhecer a origem do Universo na simulação do Big Bang, etc., etc., faz parte. Como disse nosso Cristo: “Nem só de pão vive o homem mas, de toda a Palavra que sai da boca de Deus”! Portanto, quais são e/ou onde estão as Palavras de Nosso Deus? É importante que AS conheçamos já que vivemos de todas elas!!!
13/02/2011 às 17:27 #73455OpiniaoBSMembroPrá mim Deus tá dando de goleada.Basta perceber nas refutações, que elas sempre decaem a pessoa e as possibilidades ao reduzir e limitar o universo humano de forma arbritrária (segundo um condicionamento e ideologia insuspeitadamente implantado) negando a existência da possibilidade de uma dimensão alcançável internamente, enfim, preferindo o incompleto ao completo. Mas absurdamente negando-se a si o exercício de suas próprias capacidades e faculdades ?A amostra. Quando alçamos vôo numa metáfora e vemos a direção apontada, i.e. lhe entendemos a lógica de ordem superior, logo depois vemos alguém lhe preferindo a literalidade e então decretando: prefiro ser galinha que àguia.Pegar uma parte corrompida para desqualificar um possível todo legítimo. Isto não seria desonesto ? Sim. Óbvia arbritrariedade. Afinal, não posso crer em alguém honesto que seja tão burro a ponto de querer desqualificar a Religião quando é tão óbvio que ela é uma coisa e as instituições são outra e que as más interpretações são apenas as interpretações possíveis dada uma mentalidade e uma abordagem. Enfim, continuem a falar de cobras falantes. Eu prefiro os egos menos auto-emburrecedores. Pô gente, somos capazes ou não ?Leiam bem a thread inteira. Tem partes em que simplesmente damos bypass e pronto. Sem mais questões, sem mais significados e significações. Amputação do significador.E prá completar, como bem disse o Haydin, a ciência não está errada. É apenas uma parte.Os aparelhos nunca visitarão aquele que sempre se esconderá no invisível e o invisível não obedecerá ao homem, mas ao contrário. E a lógica aprendida diz: "Prá quê ser escravo do invisível se posso ser Deus de tudo em que eu puder poder a mão?".Então gente. Dá prá ser submisso a Deus e à realidade completa em/de cada um, sem abrir mão do domínio que nos é proporcionado pela ciência (mas o domínio seria mais ético e menos diabólico).E melhor, os materialistas se admitissem Deus em sua ciência, eu tenho certeza que fariam descobertas bem espetaculares, potentes e vistosas. (?: Não é interessante que povos mais religiosos do passado já falassem de coisas das quais só falamos (ciência) há só 1 século ?)
14/02/2011 às 12:45 #73456massMembroEu acho um erro qualquer definição de Religião baseada em cristianismo. Isso é muito comum para nós, por sermos brasileiros, e está errado. Se queremos analisar a existência ou não de Deus e a veracidade ou não de religiões, a primeira coisa a se fazer é analisar o que são religiões e quais são elas.Hinduísmo e Judaísmo/Cristianismo/Islamismo são muito diferentes e muito parecidos, dependendo das interpretações hindús, que são muito variadas, mas algumas linhas hindús acreditam não não existência de Deus. Nem por isso deixa de ser uma religião.O próprio espiritismo, quando não ligado a um povo católico, afirma que Deus é um conceito, não uma entidade. Fale com um médium e ele lhe dirá que Deus é o todo, e que somos parte do todo, mas que Deus não existe como entidade à conversar e entrar em contato como algumas linhas cristãs tem em mente.Eu acredito que Deus seja um conceito, um conceito de tudo. Se existe algo que compõe tudo, este seria Deus. Deus não é uma entidade. Hoje não sabemos ao certo o que compõe o próton, alguns quarks up e down e outras partículas, mas e o que compõe essas outras partículas? Algum momento se chegará à uma partícula essencial, e desta poderá se criar qualquer outra partícula, inclusive elétrons desta. Muito além de transformar ferro em ouro, um futuro, indefinido quanto a tempo para chegar lá, será possível criar elétrons e prótons da mesma fonte. Sobre aparelhos nunca visitarem o que sempre se esconderá no invisível, não acredito nisso. A eletricidade já foi mistério divino. O magnetismo já foi mistério. O fogo também já foi uma expressão da fúria divida em forma de trovões de luz e estrondos amedrontadores. Acredito que algum dia entenderemos melhor os átomos, e então entenderemos melhor o universo, e poderemos ver que existe Deus, mas que é um nome para o conjunto de todo o universo, que está lá, na partícula fundamental. Mas de que será formada essa partícula? Esse é meu Deus, por enquanto o nada. Nada que é tudo.
14/02/2011 às 19:35 #73457ppauloMembroCreio que a pergunta que é o mote do tópico, já se encontra por demais contaminada e impossibilita a discussão.razões - para - existir.Parte-se do pressuposto que existir é consequência de um movimento racional ou no mínimo que é possível racionalizar algum motivo racional para a existência de algo (não algo causal, mas racional).Para mim tenho que a pergunta foi infeliz.
15/02/2011 às 3:51 #73458OpiniaoBSMembroE verdade ppaulo. Olhando pelo seu ponto concordo.Mass: O negócio de aparelhos visitarem o invisível foi uma metáfora. Um momento retórico. Um modo de dizer que algumas realidade só fazem sentido se houver um humano lá, não um eletrodo ou transdutor qualquer.Mas sua posição é justificável, uma vez que você crê que um dia poderemos criar qualquer partícula. Assim, sendo criadores de qualquer coisa, seríamos, segundo certa definição, Deus.MasEu só consigo conceber algo no máximo análogo à transformação. Se for criação, seria a partir de um nada, concebido, e apenas inferido, posto que inobservável objetivamente diretamente (tecnologicamente), que manipulado de algum modo resultasse em manifestação. Ou seja, não seria criação, mas um tipo estranho de transformação a partir de um nada que obedece a certas leis, e portanto, um nada pré-existente. Ou seja, não consigo conceber criação-humana-absoluta.Aliás, no meu ver, mass, se for prá pensar em absoluto, em um todo absolutamente abarcante, até nem se pode falar em criação. Todo existente é só transformação que sempre existiu, e assim a criação é ilusão a existência é ilusão. E a máxima que resume isso seria: Deus não criou nem foi criado. Deus é. Nada é senão Ele. E tem linhas que dizem isso e se a gente quiser, faz sentido. Mas podemos também escolher outras traduções em níveis mais palpáveis que satisfaçam.Por enquanto crêio num espaço quântico (esqueci a referência do físico), um éter dos antigos, e no colapso de onda de objetos quânticos (existentes na virtualidade dual onda-partícula).Em termos pessoais humanos (não vejo as sinapses e não vejo moléculas odoríferas, mas intento uma intenção e sinto aromas) Deus (ou Seu fio de Ariadne) é o invisível, o oculto, algo que ainda falta e a que se pode orar. Suposta origem do sentimento de divino, ou do assombro de Mistério. E se qualquer sentimento diante do existir for impossível, digo prá fora, prá que fiquem satisfeitos: uma hipótese operacional. Um jeito de fazer o nada e o mistério existir prum percebedor humano que não tem antena embutida a não ser como analogia e poder captar uma certa onda e sintonizar (analogia. O início e o fim é a velha palavra: Consciência).
17/02/2011 às 16:51 #73459massMembroMe expressei mal, OpiniaoBS. Citei como transformação para tentar construir a idéia. Na verdade, não seria criação propriamente dita, pois usaria-se um material diferente para criar outro material. Só uma transformação de materiais, não criação do 0, mas sim usando o antigo “éter”, o que quer que ele seja, ou outro material. Só transformação, também não creio em criação, e na seu conceito de universo, mas que essas partículas de luz poderão, um dia, ser decompostas e convertidas em matéria diferente. Uma lamterna poderá produzir uma placa de metal ao invés de só arrancar elétrons desta.Claro que imagino isso idealizado para um futuro distante. Mas também não acredito em criação humana, conforme tu mencionou as razões. A não ser que descobrissemos a particula essencial e que esta partícula essencial fosse o nada, e que ao criar um trecho de nada cria-se algum tipo de partícula, o que não tem nenhuma lógica e é só uma loop cerebral.ppaulo, certamente, pergunta infeliz, pelos motivos mencionados por ti mesmo.
24/09/2011 às 22:11 #73460jocaxMembroI.2-O Diabinho Azul JocaxianoJoão Carlos Holland de BarcellosNos meus muitos anos de ateísmo, aproximadamente desde os 12 anos, reuni muitos argumentos contra a existência de Deus. Alguns se referem ao Deus católico que tem propriedades bem definidas, outros, a deuses que têm uma definição mais nebulosa, e por isso mais difíceis de se analisar logicamente. De qualquer modo, em quase todos os casos, Deus sempre tem a característica de, no mínimo, ser o criador do universo, e quase sempre também, de ser dotado de consciência e inteligência.Dentre os argumentos de minha autoria, que reuni, o mais recente, e o que considero o mais 'atordoante', por ser extremamente simples e, no entanto, arrasador, é o “Diabinho Azul Jocaxiano”. A seguir, seguem os resumos dos principais argumentos e provas anti-Deus, a começar com o que leva o título deste texto. (Os nomes entre colchetes ‘[]’ ao lado de cada argumento são os nomes dos prováveis autores da idéia original ou da pessoa por quem eu tomei conhecimento da idéia.)1- Argumento: “O Diabinho Azul Jocaxiano” [Jocax]Fala-se que Deus é uma entidade necessária para responder a questão:“Como surgiu o universo?”Se respondêssemos com a mesma questão “Como surgiu Deus?”, o teísta diria que Deus não precisa de criador, pois é a causa dele mesmo, ou então que sempre existiu, ou que está além de nossa compreensão. E não adianta tentarmos contra-argumentar que podemos utilizar os mesmos argumentos trocando a palavra “Deus” por “Universo”. A mente teísta exige um criador para o universo quer se queira quer não se queira. Entretanto, atreladas a este deus-criador, embutem-se todas as outras qualificações que normalmente atribui-se a Deus como forma de satisfazer nossas necessidades psicológicas, como, por exemplo, bondade e/ou onisciência, e/ou onipotência, e/ou perfeição, entre outros. Mas, da constatação que isso não é absolutamente necessário para se criar o universo, surge o argumento do “Diabinho Azul Jocaxiano”:Se você diz que Deus criou o universo, eu posso IGUALMENTE SUPOR que não foi Deus quem o criou, mas sim o "Diabinho Azul". Só que este diabinho não é todo poderoso como Deus, não tem a onisciência de Deus, não é bom como Deus, não é perfeito como Deus e, para criar o universo, ele acabou morrendo por tanto esforço que fez.Sendo meu diabinho muito mais simples e menos complexo que seu Deus-todo-poderoso, ele deve ser PREFERÍVEL em termos da “Navalha de Ocam” a Deus! Portanto, antes de invocar Deus como criador do universo, você deveria invocar o "Diabinho Azul Jocaxiano". Caso contrário, você estaria sendo ilógico por adicionar hipóteses desnecessárias ao 'criador do Universo'.Comentário: não é necessário um criador com todas as propriedades de um “Deus” para se criar o universo, basta se ter o poder suficiente para criá-lo. Assim, a alegação de que seja necessário um “Deus” para o universo existir carece de fundamento lógico. 2- Prova: Contradição com os FATOS [Epícuro/Hume]Se Deus é Bom, então Deus não quer o sofrimento inútil.Se Deus é poderoso, então Deus pode tudo.Lógica: Se Deus pode tudo e não quer sofrimento, então pode impedir o sofrimento.Fato: 40 mil crianças morreram, recentemente, afogadas por um tsunami (morte com sofrimento).Conclusão: As hipóteses (Deus bom e poderoso) não podem ser verdadeiras, pois contradizem o fato observado.Comentário: Alguns podem alegar que o sofrimento foi necessário porque algumas pessoas precisavam “aprender”. Pode-se contra-argumentar perguntando o que as crianças aprenderiam morrendo afogadas. Contra o “pecado original” pode-se contra-argumentar se é justo que os inocentes paguem pelos culpados. Mas isso não é necessário, pois um deus bom e todo-poderoso poderia ensinar qualquer coisa a quem quer que fosse sem ter de sacrificar vidas inocentes em mortes trágicas. Se Deus precisou sacrificar tantas vidas, então não é suficientemente poderoso, ou não é bom (no sentido humano do termo). Parece que o argumento original remete a Epícuro, entretanto sua formalização se deve a Hume. 3- Prova: Contradição interna (inconsistência) [Sartre (?)]:Deus é ONISCIENTE, portanto sabe tudo o que aconteceu e o que vai acontecer.Deus deu liberdade ao homem, portanto o homem é livre para escolher.Contradição: Se Deus sabe tudo que o homem vai escolher (conhecimento factual) então o homem NÃO tem liberdade de escolha. (Tudo estava previsto na mente de Deus e o homem não poderia mudar).Vamos à demonstração [por Jocax]:Vamos supor a Existência de Deus Todo-Poderoso. Então, segue logicamente que:1-Deus é Onisciente.2-Sendo Onisciente sabe TUDO que vai acontecer.3-Sabendo TUDO que vai acontecer, sabe tudo o que você vai fazer e escolher, mesmo antes de você existir.4-Se Deus sabe tudo o que você vai fazer e escolher, então você não poderá fazer nada diferente da previsão de Deus.5-Se você não pode fazer nada diferente da previsão divina, você necessariamente e obrigatoriamente terá de segui-la.6-Se você é obrigado a seguir a previsão de Deus, então é impossível para você escolher ou fazer qualquer outra coisa diferente da previsão divina.7-Se é impossível para você escolher ou fazer qualquer coisa diferente da previsão divina você, não tem livre-arbítrio!Conforme Queríamos Demonstrar.Comentário: Desde antes de o homem nascer, mesmo antes dele se casar ou fazer quaisquer tipos de escolhas, seu destino já estaria previsto na mente onisciente de Deus. Então, nada do que o homem escolhesse seria diferente do caminho já previsto por Deus. Sendo assim, o chamado “Livre-Arbítrio” não passaria de uma ilusão. Isto quer dizer que: ou o homem não é livre para escolher, ou Deus não é onisciente. Esta é uma das mais contundentes provas lógicas contra a existência de Deus. 4-Argumento: Pela navalha de OCAM [Jocax (?)]-Não existem evidências de que Deus exista.-O conjunto {Universo + Deus} é mais complexo do que apenas o conjunto {Universo}.-Pela Navalha de Ocam, devemos então descartar a primeira hipótese, de um universo com Deus, em favor da segunda, que é mais simples, pois requer, no mínimo, uma hipótese a menos.Comentário: Esta argumentação pode ser metaforizada pelo argumento da "Fábrica de Pregos":Primeiro, devemos concordar que, se tivéssemos de escolher entre duas hipóteses para a origem de tudo, deveríamos ficar com a mais provável. E, se quiséssemos uma explicação mais científica, deveríamos ficar com uma das várias teorias da física sobre a origem do universo, como aquela que diz que o universo surgiu a partir do vácuo quântico: as partículas teriam sido criadas a partir de uma “flutuação quântica do vácuo”. Isso é só uma teoria, não pode ser demonstrada, mas é muito mais razoável do que partir da premissa de que existia uma IMENSA fábrica de Pregos (Deus) que fez todos os pregos, sendo que ninguém ousa perguntar sobre sua origem.A idéia de comparar deus com a "fábrica de pregos" é a seguinte:Você tem evidências de que existem os "pregos" (partículas elementares).Alguém diz que deve existir um criador para estes pregos, e propõe que para tanto deve existir uma enorme e complexa "Fabrica de Pregos" (Deus). Mas isso é um NONSENSE, pois além de não existirem evidências sobre a existência da “fábrica de pregos”, essa é MUITÍSSIMO mais complexa do que os pregos encontrados. Então, pela navalha de ocam, é muito mais lógico supor que os pregos sempre existiram do que a imensa “Fábrica de Pregos” sempre tenha existido e esteja escondida em algum lugar que só se consegue conhecer após a morte. 5- Argumento: Deus, se existisse, seria um AUTÔMATO [Por André Sanchez & Jocax]:- Deus é onisciente, onipotente e sabe tudo o que aconteceu e vai acontecer.- Sabe inclusive *todas* as suas PRÓPRIAS ações futuras.- Então, ele deveria seguir todas as suas ações já previstas, sem poder alterá-las, exatamente como um autômato segue sua programação.Conclusão: Deus, se existisse, não teria livre-arbítrio. Seria um robô, uma espécie de autômato que deve seguir eternamente sua programação prévia (sua própria previsão) sem poder alterá-la.Comentário: A onisciência de Deus o levaria a uma prisão tediosa na qual nada poderia sair mesmo que Ele tivesse vontade de fazê-lo. Estaria preso à sua própria e cruel onisciência. 6- Prova: Se Deus existisse, não haveria imperfeição [autor desconhecido]:Se Deus existisse e fosse perfeito, então tudo que Ele criaria seria perfeito.O homem, sendo sua criação, também deveria ter sido criado, perfeito.Mas, como um ser criado perfeito pode se corromper e se tornar imperfeito?Se o homem se corrompeu, então não era perfeito, era corruptível!Conclusão: Deus não poderia ser perfeito, pois gerou algo imperfeito.Comentário: Um ser perfeito quer a perfeição, e mesmo que tenha criado o homem com livre-arbítrio - que vimos acima ser uma ilusão - se ele fosse perfeito, faria escolhas perfeitas e não se corromperia. 7- Argumento: Origem de Deus [autor desconhecido]:A argumentação do design Inteligente segundo o qual a complexidade da Natureza necessita de um criador inteligente, cai por terra quando não se oferece uma mínima explicação sobre a origem de Deus, que por ser algo extremamente complexo e inteligente, necessitaria, segundo o argumento do design inteligente, ter também um criador inteligente, que seria o "Deus do Deus": o criador do Deus. Este "Criador do Deus", por ser mais inteligente que Deus, deveria, pelo mesmo argumento, ter também um criador extremamente inteligente o "Deus do Deus do Deus". E assim por diante, ad-infinitum, de modo que existe um NONSENSE nesta argumentação de que algo complexo precisa de um ser ainda mais complexo para criá-lo.Comentário: O Design Inteligente é o argumento mais utilizado atualmente, como se fosse ciência, para se ministrar cursos de religião em alguns estados brasileiros e norte-americanos. 8-Prova: O universo não poderia ser criado. [Por Jocax]:Vamos supor, por absurdo, que Deus exista. Se Deus tem uma inteligência infinita, ele não precisaria despender nenhum tempo para decidir algo ou processar informações. Sendo assim, ele não despenderia nenhum tempo para decidir criar o universo. Ou seja, o Universo teria de ter sido criado no momento da criação de Deus. Se Deus nunca foi criado, então o universo também nunca poderia ter sido criado.Comentário: Se existe movimento existe tempo. Se não existia tempo nada poderia se mover. 9-Prova: Deus não pode ser perfeito. [autor desconhecido]Se Deus fosse perfeito ele não teria necessidades ele se bastaria a si próprio. Entretanto, se ele decidiu criar o universo então ele tinha necessidade desta criação e, portanto, não se bastava a si próprio, era imperfeito. 10-Prova: Deus se existisse, não poderia ser perfeito. [Jocax]:Muitos crentes tomam as leis da Física e suas constantes "mágicas" como uma evidência da sapiência divina já que, supõe-se, uma pequena alteração nelas faria o universo colapsar e se destruir.Mas esquecem-se de que essas MESMAS leis, no caso a segunda lei da termodinâmica, prevê o colapso inexorável, lento e agonizante do nosso universo, mostrando que houve uma FALHA GRAVE na sua concepção, que o inviabiliza a longo prazo.Comentário: A segunda lei da termodinâmica é conhecida como a lei que diz que a entropia num sistema fechado nunca diminui. Podemos considerar o universo todo como um sistema fechado, já que nada entra nem sai dele. 11-Prova: Deus, se existisse, não poderia ser bom [Jocax (?)]Deus, hipoteticamente onisciente e onipotente, sabia de tudo que iria acontecer ANTES de resolver criar o universo. Sabia quem iria nascer e o que cada pessoa iria "escolher" em sua vida. Sabia até mesmo que um enorme TSUNAMI iria aparecer e matar 40 mil crianças afogadas. Se tivesse poder para fazer o universo ligeiramente diferente, talvez pudesse ter impedido essa tragédia. Mas, sabendo de TUDO que iria acontecer no futuro, de todas as mortes, de todas as desgraças e calamidades, colocou seu plano em prática e ficou assistindo de camarote. Isso não é digno de um ser bondoso. 12-Prova: Pela definição de Universo, Deus não poderia tê-lo criado [Jocax (?)]Segundo a definição de Universo (Houaiss):Universo substantivo masculino1 o conjunto de todas as coisas que existem ou que se crê existirem no tempo e no espaço.Então, o Universo pode ser definido como o conjunto de tudo que existe. Assim sendo, para quem acredita, se Deus existe, ele não poderia ter criado o Universo, uma vez que, por definição, deveria fazer parte dele!Comentário: O Crente poderia então apenas colocar Deus como criador da matéria/energia e não do próprio universo.13-Prova: Pelas Leis da Física atual Deus não poderia existir [autor desconhecido]A Mecânica Quântica tem como lei fundamental o chamado "Princípio da Incerteza". Segundo esta lei, é IMPOSSÍVEL, independentemente da tecnologia, saber a posição exata e a velocidade de uma partícula. Isso significa que, fisicamente, é impossível existir um "Deus Onisciente", pois este ser poderia saber a posição e a velocidade exata de uma partícula e violaria um pilar fundamental da ciência moderna.14-Prova: Deus, se existisse, seria sádico e egoísta [Renato W. Lima (?)]Pretende-se mostrar que Deus precisa criar um mundo imperfeito, caso contrário o mundo seria ele próprio. Poder-se-ia argumentar que criar um clone de si próprio seria melhor que criar um mundo imperfeito para, sadicamente, vê-lo sofrer. Contudo, saber que o mundo não é perfeito não implica que se deva negar-lhe assistência quando necessário. Desde que, claro, haja poder para isso e não se deseje que o mal aconteça (se seja bom). Se Deus, realmente, criou seres imperfeitos como nós e diferentes dele, ele está sendo egoísta, pois deseja ser o único ser perfeito e possuidor de poder. E o egoísmo, definitivamente, não é algo bom. 15-Argumento: Teorema de Igor [Igor Silva (?)]Se tivéssemos de escolher uma das duas opções abaixo, qual delas seria mais provável ou mais fácil acontecer?A- Um morto ressuscitar e subir aos céus (sem foguetes) ouB- Alguém escrever mentiras num pedaço de papel ou livro e pessoas acreditarem?A- Alguém ter feito milagres que contrariaram as leis da Física ouB- Alguém escrever mentiras num pedaço de papel ou livro e pessoas acreditarem?A- Um ser totipotente (Deus) existir e criar o universo ouB- Alguém escrever mentiras num pedaço de papel ou livro e pessoas acreditarem?Comentário: Este texto é uma simplificação do argumento do Hume:[…] nenhum testemunho é suficiente para demonstrar um milagre, a não ser que o testemunho seja de natureza tal que a sua falsidade seja mais milagrosa do que o fato que tenta demonstrar. David Hume, «Dos Milagres» (1748) 16-Argumento: Pelo Teorema de Kalam [Desconhecido]O teorema de Kalam afirma que nada pode se extender no tempo infinito passado, pois, se houvesse um tempo infinito no passado, então demoraria um tempo infinito deste passado até o nosso presente. Mas um tempo infinito significa nunca. Portanto nunca teríamos o presente. Mas isso é um absurdo pois estamos no presente. Da mesma forma, se houvesse deus com existência se estendesse à um tempo infinito no passado, então também não poderíamos ter o presente. Portanto não pode existir um deus que exista num tempo infinito no passado.17-Argumento: Pela não necessidade da Causa [Jocax]A origem do universo e suas leis podem ser explicados satisfatoriamente através do Nada-Jocaxiano (NJ). O NJ explica de maneira lógica que o cosmo poderia surgir do Nada-Jocaxiano, já que este Nada não possuiria leis restringindo o que quer que seja. Assim, devido a ausência de leis, eventos poderiam acontecer. Isso elimina a necessidade de um criador consciente como Deus para explicar nosso cosmo.18-Argumento: Pela transposição do problema [Jocax]Suponha um grupo de seres de um planeta qualquer. Suponha que estes seres comecem a se desenvolver de maneira fenomenal alterando seu próprio DNA. Suas inteligências são multiplicadas por 1 bilhão, sua força e destreza também. Se topássemos de nos com um deles, pensaríamos de onde partiram para chegar a um estágio tão avançado. Mas estes seres que se auto-evoluem, continuam sua auto-evolução. Depois de mais algum tempo, conseguem se livrar de seus corpos materiais e unirem-se todos numa espécie de plasma de alta energia de capacidade e inteligência incomensuráveis. Estes seres tornam-se deus. Agora neste nível astronômico de evolução, se topássemos novamente com Ele, ainda nos faríamos a mesma pergunta da primeira vez? Ou agora que se tornaram deus prescindem de uma origem para existir?
16/11/2011 às 20:22 #73461Claudio L.MembroOi, pessoal, sou novo no forum e esse é meu primeiro post. Fiquei feliz ao descobri este forum, e vi que a discussões aqui estão iniciadas a muito tempo. que bom. Sinal que estão ricas. Também tenho umas perguntas sobre o tempo, que organizei em forma de alegoria para tentar me guiar nas repostas. Gostaria de dividir com todos. Desde já me desculpo pela, muitas vezes, digitação precária, mas prometo reler e ir corrigindo. Abraços:ALEGORIA DO RIO. (envergonhando a Sócrates , nomeio minha alegoria e perguntas parafraseando o mestre :P)Imagine APENAS UM Rio. Podemos dizer que esse Rio forma uma unidade indivisível, já que, da mesma forma que o espaço descrito por Kant, se fosse divido em partes, as partes do Rio ainda seriam, aos olhos do observador, fragmentos daquele mesmo Rio, portanto Um Rio? É possivel afirmar isso? Podemos dizer que o Rio é uma coisa só? O Rio é a Coisa em Si?E podemos dizer que todos os elementos que compõe O Rio formam sua unidade, portanto existem em função e por consequencia da existencia do Rio em Si? Água, afluentes, peixes, limo, e até a temperatura da água, força da correnteza, margens, pertencem ao Rio em Si e até mesmo o que está sendo observado daquele Rio, pertence ao Rio, podemos afirmar isso? Podemos afirmar que os elementos que compõe este o Rio, ainda que existissem no campo das idéias ou em outros rios, Neste Rio são elementos tão unicos quanto o própiro Rio e, sendo, só existem no Rio em função do Rio, tendo a sua existência completamente dependente da existência do Rio. Podemos dizer isso? Podemos concordar que os componentes do Rio são o Rio em si? O Rio está em tudo e tudo está no Rio?Melhor: a matéria que compõe o Rio é o que nos dá a noção do espaço e tamanho do Rio, é certo isso? E as mudaças sofridas pelo Rio é o que nos dá a noção de tempo, no que se refere aquele Rio, correto?Então, não é o Rio que está no espaço e no tempo, mas sim o espaço e o tempo que estão no Rio. É certo isso? É certo dizer que espaço e tempo só existem em função do Rio? São eles elementos do Rio? Partindo da conclusão Kantiana da contradição entre espaço e tempo, e do complento vindo de Shopenhauer de que matéria une essas duas contradições, espaço e tempo, e concluindo que o Rio pode ser observado e entendido como uma idéia única: Rio; ainda quando observado externamento no espaço e tempo, espaço e tempo só existem em função da existencia do Rio, já que espaço é a máteria do rio e tempo suas mudanças, é certo isso?Sendo o Rio o conjuntos do todo que o compõe, podemos dizer que o rio está em tudo e tudo está no Rio? O Rio é Onipresente? Agora separemos os peixes do Rio. Cada unidade de peixe é única e portanto todos elementos que a formam e proprio peixe, ainda que já existam no campo das idéias e em outros cantos do Rio, são partes daquele peixe. É claro isso? E, portanto, assim como o Rio, o peixe é uma idéia que simboliza os peixes, mas no caso de UM Peixe tudo que o compões pertence Aquele peixe, e sendo o peixe parte do Rio, tudo que compõe o peixe compõe o Rio? Vale dizer isso? Vale dizer que a fome do Peixe é parte do Rio? Ainda que por um milimetro de razão, podemos afimar que a fome, o desejo de procriação, e até o sonhos, se é que os peixes sonham, pertencem sim ao peixe, mas não unicamente ao peixe, pertencem elas também ao Rio, podemos dizer que são esses sentimentos e sensações do peixe, parte do Rio? E se fosse o peixe capaz de ter idéia e abstrações, não seriam essas ideias e abstrações também parte do Rio? Não seria a razão do peixe, parte da razão do Rio? Não seria a alma dos peixe parte da alma do Rio? E não aconteceria o mesmo com os outros peixes e elementos do Rio? E a pedra que se desloca pela correnteza, acomodando outras pedras, ainda que sejam movimentos da pedra, e o movimento das correntes sejam movimentos da água e do ar (ventos), não podemos dizer que ambos são movimentos do Rio, assim como aomovimentos dos peixes?É razoavel dizer que o Rio sente e se move? É razoável dizer que a vida no Rio é a vida do Rio? É razoavel dizer que a alma e o movimento de tudo que está no Rio é o Rio em si? Podemos dizer que a BUSCA do ser vivo é se manter vivo? A BUSCA não é a rRAZÃO? Seria a razão do peixe é existir, perpetuar? Podemos dizer que a reprodução faz parte da razão de existencia do peixe, assim como água que corre é parte da razão da água, o vento soprando a razão do vento? Portanto, a razão do peixe é ser peixe, a da água ser água, do vento ser vento e que essas razões são também as razões do Rio? Explico, se as vontades dos peixes são parte do Rio, e a existencia do peixe só é possivel pela existencia do Rio, e sendo a vontade do peixe sobriviver, podemos dizer que a vontade de sobrivencia do peixe, nada mais é que a vontade de sobrevivencia do Rio? Ainda que pareça absurdo e insano, podemos dizer sem um milimetro de dúvida que o Rio tem também Razão de se manter vivo? A vontade do Rio não é ser Rio? E para o peixe ser peixe, não é preciso que o Rio seja Rio? Ou no minimo, a vontade de se manter Si Mesmo, ainda que adaptando-se as mudanças, é comum a todos elementos que mantém o Rio, da mesma forma que é presente na borda que mantém o Rio, Rio. Pode-se afirmar isso, sem passar perto do erro? Então podemos dizer que se a razão do Rio é ser Rio, e para os elementos do rio se manterem existindo é preciso que o Rio seja Rio, é razoável afirmar que a razão do Rio é onisciente?Não seria Deus a onisciencia e a onipresença? Então, nem que seja como nomenclatura, se é razoável dizer que a razão do Rio é onipresente, é razoavel dizer que a razão do Rio é uma razão divina, ainda que seja somente aos elementos do Rio, é correto? Não seria o conceito de divindade a razão onipresente e a harmonia da existência?Nesse caso, é insano afirmar que para o Rio Deus Existe? Não como o velho barbado, mas como a um Razão onipresente, é correto afirmar que este Deus existe ao Rio? E, se cada elemento do Rio conscientiza sua Razão de Se manter Si Mesmo existindo, podemos dizer que, pelo menos a razão de existir do Rio, é cosciente e onipresente aos elementos que compõe o Rio? Seria exagero que a Razão do Rio de existir é coscientizada por alguns elementos que compõe o Rio? A razão do Rio é, de certa forma, consciente? No caso do Rio podemos dizer que Harmonia consiste no Rio em ser Rio? Então, podemos dizer que a Razão do Rio tem como objetivo a Harmonia do Rio? O Ser Rio é ser Harmônico, no caso do Rio?Mas ainda que a razão do Rio seja Ser Si Mesmo, estamos chamando essa razão onipresente e onisciente aos elementos do Rio de o Deus do Rio, certamente não podemos afirmar, baseados apenas nisso, que o "Deus do Rio" criou o Rio em Si. Correto? Quem surge primeiro, a Harmonia vinda da Razão de existência do Rio, ou o Rio que após existir e ser observado nos parece harmonico? E justo duvidar que o que estou chamando de “Razão do Rio” só tenha existido após a existência do Rio? Então, como surge o Rio? Vamos partir do ponto em que o Rio surge da união caótica e aleatória de fragmentos materiais que juntos formam o Rio que, depois de existir, passa manifestar a razão do Rio em ser Rio, ou seja, a vontade de existência. Agora, se não houvessem peixes, ali ainda estaria o Rio? Senão houvesse plantas? Se não houvesse as pedras e nem mesmo bordas que contém o rio ou água do Rio em si, estaria ali o Rio? Ou melhor, antes que ali existisse o Rio, o que ali existia? Que não existisse nada, nem mesmo a vontade de continuar a Ser Rio poderia existir, já que não se pode continuar a Ser algo que não Se É. Pois bem, se nada disso existisse, ali ainda haveria o Rio? Poderíamos concluir, partindo desse preceito, que do nada forma-se algo que se torna Rio e, a posteriori, deseja se manter existindo como Rio? Se a matéria vem do nada e simplesmente existe e, já que a mateira não desaparece e apenas se transforma, é razoável dizer que a vontade da matéria é existir e se manter matéria, assim como a do rio é se manter Rio, e a do peixe se manter peixe? Então, se a matéria surgiu do nada para existir e até Ser Rio ou Peixe ou Pedra, podemos dizer que o nada é a não existencia? E se do nada surge a matéria concluímos que da não existência surge a existência? E com a existencia a vontade de existir e se manter existindo, sendo que Existir é uma Razão onipresente e onisciente a toda matéria, seja pelas leis da fisica seja pelas leias da biologia? Ainda que seja existir como rio, como peixe, como pedra, podemos dizer que existir é a Razão da unidade que existe? E podemos dizer que unidade que existe contem o todo de sua existência em si, no caso do rio os peixes? E se o peixe é fruto da matéria, não podemos dizer que a vontade de existir que gera a ação do peixe, é uma vontade de existir que se manifesta conscientemente na matéria, outrora “sem vida (bio)”? E se vida surge depois da matéria podemos dizer que vida surge na matéria e não a matéria surge na vida? Mas, no caso do Rio, o que existiu até existir o Rio? Vamos chamar a existência anterior e posterior ao Rio de Rio. Então, poderemos classificar tudo como uma unica existência, resumindo a existência do Rio em Existência. Podemos fazer essa simplificação? Digo, o vale anterior ao Rio, que desejava existir como vale, também existia, afim como a larva de magma, a esfera de pedra, e por fim o nada? O nada, sendo nada, não existia.Podemos dizer claramente que o Nada e a matéria são contraditórios, mas posso dizer o mesmo da vontade de existir? Caberia a vontade de existir, na existencia do nada? Formulando melhor: Do nada surgiu a matéria, e a vida surgiu na matéria ao acaso, correto? A vontade consciente de existir (a vida biologica) surgiu ao acaso na matéria? Se surgiu ao acaso na matéria, e a matéria é algo que surgiu do nada, é caso de internação dizer que é na vontade de existir que se cristaliza a matéria? Vou cometer uma gafe filosófica, se afirma que o nada tem como essência a vontade de existir? Se o nada gerou o tudo (no nosso exemplo o rio) é estranho dizer que essa mudança, que também gerou o tempo e o espaço, que só existem em função da matéria, foi também uma manifestação da existência, ou melhor, o existir em si? E não seria a existência uma manifestação imediata da vontade de existir? Ainda que não seja, posso afirmar que o desejo de existir se mistura com a matéria, formando a existência? É insano dizer que a matéria se cristaliza na vontade de existir, para transformar em existência a vontade de existir? E poderia eu dizer que a vontade de existir existe independente da existência e vontade do Rio, do peixe e da pedra? E posso dizer ainda que sem a matéria não existe o tempo (a mudança) e os espaço (que a matéria ocupa) , mas sendo vontade, a vontade de existir não existe no espaço e no tempo, mas assim como matéria, une espaço, tempo a matéria para, assim, poder existir? É insano dizer que isso é uma Razão onipresente e onisciente? É insano afirmar que a vontade de existir é Deus atuando em toda a matéria? É impossivel afirmar que Vontade de Existir, se Junta com a matéria e as duas formam o terceiro elemento: A Vida. É estranho afirmar que a Vontade + Matéria = Vida?E é estranho afirmar que, por ser uma vontade, a vontade de existir é racional e abstrata, como é a vontade de existir no homem? Podemos dizer que o homem que se utiliza da matéria para existir e criar existência a semelhança da vontade de existir pura, da vontade de existir que só existe na abstração, no nada, para em seguida se cristalizar em matéira? É estranho afirmar que a vontade de existir é abstrata e portanto pode ser rio, peixe e homem e por ser abstrata pode existir no nada? E estranho que Vontade de Existir é um elemento negativo da Materia, sendo, portanto, o oposto. Já que um fisico e outro um desejo? É confuso e desnecessário entender isso?Desculpe me alongar, as perguntas muitas vezes confusas, mas são realmente temas que me questiono. Depois me aprofundo mais nos temas que ficaram em aberto e pouco questionados. Continuo em busca de outras perguntas.Abraço, Claudio.
16/11/2011 às 23:26 #73462MonstrinhoMembroTodas essas questões sobre Deus não passam de exercícios de lógica e especulações teoréticas, de cunho lógico-matemáticas. Todos esses tópicos servem apenas para se estudar isso. E o pior, que tais lógicas são sempre lógicas ocidentais. Há, por exemplo, a prioris como: "Deus é justo e bom", mas "crianças morrem de fome", então está desmentido que Ele é justo e bom. Do ponto de vista da LÓGICA VULGAR sim! Do ponto de vista de OUTRAS lógicas, não! "Crianças morrem de fome" é apenas um enunciado criado a posteriori para desmentir o enunciado anterior. E daí se tiram conclusões. Mas, se se coloca como enunciado: "Justo e bom são conceitos humanos, logo, não são aplicáveis a Deus", então toda esse "maravilhoso" tratado de lógica vai para o fundo do charco... A mente, a razão humana, também é um sentido, e, segundo o mestre Descartes, "os sentidos enganam" né? ;D Isso são tudo ilusões criadas pela razão, numa masturbação intelecto-lógico-formal de egos desfilando saber na área da Lógica. Deus não pensa - como pensava Descartes - logo, não "ecxiste" :D ;) ... :o
16/11/2011 às 23:50 #73463MonstrinhoMembroEu até sei de cór a Quinta Prova da Existência de Deus, nas Meditações Metafísicas: "Eu sou um ser que pensa. E, como um ser que pensa, não é estranho reconhecer que, tenho em minha mente consciência de todas as perfeições possíveis. Assim, a razão me diz que deve haver um ser que, há em si, todas essas perfeições de que as desfruto apenas em potência, e não em ato, e, como o carpinteiro que, através das medidas matemáticas e formas harmoniosas, deixa na sua obra, os vestígios da sua existência, assim também, o meu criador deixou em mim tais idéias de perfeição a fim de eu reconhecê-lo, que ele as desfruta em Ato, e portanto, que ele é Deus." Que fantástico não!? Fantasiei isso aí durante anos ou décadas como uma verdade inabalável, mas isto aí é apenas uma construção lógica da razão. Não prova a existência de Deus e nem de nada! Como dizia Swami Vivekananda, "Se existe um Deus, você tem que vê-lo, e se existe uma alma, você tem que senti-la, pois, é melhor ser um ateu declarado do que um hipócrita". Lembrem-se que há outros métodos a partir de outros sentidos para se conhecer a Deus. Não creio que a razão seja confiável nesse mister. Se a razão fosse digna de crédito, o mundo não estaria como está. Deus não pensa, logo não existe (2)
16/11/2011 às 23:55 #73464MonstrinhoMembro1-Deus é Onisciente.2-Sendo Onisciente sabe TUDO que vai acontecer.3-Sabendo TUDO que vai acontecer, sabe tudo o que você vai fazer e escolher, mesmo antes de você existir.4-Se Deus sabe tudo o que você vai fazer e escolher, então você não poderá fazer nada diferente da previsão de Deus.5-Se você não pode fazer nada diferente da previsão divina, você necessariamente e obrigatoriamente terá de segui-la.6-Se você é obrigado a seguir a previsão de Deus, então é impossível para você escolher ou fazer qualquer outra coisa diferente da previsão divina.7-Se é impossível para você escolher ou fazer qualquer coisa diferente da previsão divina você, não tem livre-arbítrio!
Mas, é exatamente assim que as coisas se passam. O ser humano não tem nenhum livre-arbítrio. Aqui você chegou a uma conclusão correta.Se o ser humano tivesse o poder de escolher alguma coisa, a primeira delas seria a supressão da morte :o
16/11/2011 às 23:59 #73465MonstrinhoMembro2- Prova: Contradição com os FATOS [Epícuro/Hume]Se Deus é Bom, então Deus não quer o sofrimento inútil.Se Deus é poderoso, então Deus pode tudo.Lógica: Se Deus pode tudo e não quer sofrimento, então pode impedir o sofrimento.Fato: 40 mil crianças morreram, recentemente, afogadas por um tsunami (morte com sofrimento).Conclusão: As hipóteses (Deus bom e poderoso) não podem ser verdadeiras, pois contradizem o fato observado.
Isso aí é tratato-de-lógica-tupiniquim, pó-de-arroz. A pegunta correta seria: por que o tsunami "caiu" lá no Japão e não nas ilhas de Galápagos? ::)"A sabedoria dos homens é loucura para Deus" (Paulo de Tarso)
17/11/2011 às 0:04 #73466MonstrinhoMembroChega um pouco de ficar examinando um por um, os seus “teoremas”. http://www.youtube.com/watch?v=ElXlV8cI-ds No pouco que eu entendo de inglês, ele está dizendo, logo no começo do vídeo, que, "Deus só existe se existir um Eu para percebê-lo" :o
17/11/2011 às 1:10 #73467Claudio L.MembroNão acredito em nenhum argumento que submeta a logica a depreciações. A lógica é ferramenta do homem para mal para o bem…Se usam a logica para explicações falhas e equivocadas, a culpa não é da logica e sim de quem a utiliza.A filosofia tem como ferramenta a logica e a abstração.... abrir mão de uma delas, é abrir mão do filosofar para se tornar um fanático, o que não me interessa.A coisa de cinco posts acima, tentei através de perguntas lógicas, expor a existencia de Deus. Como não gosto de me reecrever ou me reexplicar, deixo a leitura acima para os que gostam da logica e da abstração, e aceito a queda dos argumentos, mas sem isso, não cabe enfrentar argumentos do genero: a logica é burra. ou a logica não me serve. primeiro porque tais argumentos não justificam o fim da logica. Ao contrário, se mostram apaixonados e pouco pensados e desprovidos de entendimento de leitura.Para os que exporem argumentos lógicos, ainda que caminhem para abstração ou metafisica, me convido ao debate com o unico objetivo de estudar "O que é" e não o que "Eu (ou outro eu) acha ser".Concordo que o argumentos egoicos ou apaixonados servem apenas para afastar e fugir das questões importantes.O grande problema da discussão sobre deus e alma é que qualquer um, menos os que nunca estudaram ou pensaram sobre o assunto, se sentem autoridades. Tendo a acreditar na existencia do deus (na forma de deus que descrevi acima) mas não teria problemas em mudar de idéia, caso alguém seja capaz de me provar o oposto, sem que seja com argumentos ateus empobrecidos, que se mostram tão pobres quanto o argumento do religioso fanático que diz "Deus existe e toda a logica é burra".Abraço, C.
17/11/2011 às 14:13 #73468MonstrinhoMembroNão acredito que nenhuma lógica irá provar a existência ou a inexistência de Deus. Como você mesmo diz, a lógica é um instrumento da Filosofia e das Matemáticas. Sim, nesse sentido ela tem a sua utilidade. Mas o que eu quero deixar claro é que não vejo utilidade nela quanto a provar ou não a existência de Deus. Além disso, quando nos valemos apenas da lógica ocidental, desconsiderando outras lógicas, fica evidente que a razão se auto-posiciona no centro do universo, quer dizer, qualquer explicação que esteja fora do seu âmbito "lógico", fora da lógica interna da ciência, é desvalida e desprovida de significado. A "lógica" da Filosofia Advaita Vedanta é tão simples, que ela passa por "senso comum", acostumados que estamos a coisas rebuscadas, a jogos de retórica e eloqüências "lógicas". "Só existe um Deus, se existe um EU para PERCEBÊ-LO". Uma coisa é perceber, ou seja, ter a experiência direta daquilo que se quer provar, seja pelos sentidos, seja pelo intelecto, seja por sentidos e faculdades da mente ainda ignorados pelo ser humano. Outra bem diferente, é a razão condicionada se valer de velhos argumentos lógicos para apenas, ficar fazendo circunlóquios em torno de temas que já estão esgotados, que já estão "malhados". Talvez essa lógica costumeira, ocidental, da razão condicionada sirva para rechaçar os argumentos pobres dos religiosos, que pensam provar a existência de Deus a partir de a prioris inamovíveis. Só que, todos os argumentos que vi por aqui, até agora, se baseiam em a prioris, ou seja, em enunciados já de antemão elaborados, mas, de antemão também, já tendo as suas conclusões prontas. É só mais uma maneira sofisticada, rebuscada e raciocinada de provar a existência ou a inexistência de Deus, mas que, no final das contas não prova nada. Perceber Deus, é diferente de dizer que se pode provar a sua existência. E, mesmo para os que O percebem, fica complicado "demonstrar" a sua existência, pois aquela, é uma experiência subjetiva. Mas a objetividade é um engodo da Filosofia e da Ciência ocidentais. É uma pretensão querer-se que haja uma objetividade. Aliás isto nem é novidade mais: é objeto de críticas pela própria Filosofia da Linguagem e também pela Antropologia. Achar que há um objeto estático lá fora, e que o sujeito se movimenta, com livre-escolha (livre-arbítrio) para sondar esse objeto, investigá-lo e conhecê-lo, isto é uma ilusão, já que o próprio sujeito é uno com o objeto, mas sem ter consciência disto, porque está iludido com o dualismo, com a separatividade, se achando desvinculado do objeto. Qualquer professor ou estudante de Metolodogia Científica sabe disso, então o que se pretende por aqui? Isolar uma variável do objeto? Isolar o próprio objeto como se ele fosse estático e destituído de movimento? Considerar que esse objeto é uma entidade ou um ente distinto que se pode conhecer, através da análise as suas características? Isto é uma ilusão! Dessa perspectiva, todos esses raciocínios lógicos ensaiados por aqui, já estão maculados pela própria lógica dualista operada pelas religiões, que consiste em localizar Deus em algum confim do Universo, e, mesmo que não seja assim, ainda aqui, se está tentando isolar o raciocínio humano como sujeito, colocando Deus como objeto passível de investigação pela razão humana, e isto é, evidentemente uma ilusão. Se tudo é parte de um Todo, pretender isolar um sujeito para observar partes desse Todo e extrair ilações peculiares de partes desse Todo, não faz sentido. Também não faz sentido dizer que, Deus sendo o Todo, somos suas criaturas, como se estivéssemos separados dele. E aí surge a questão do bem e do mal: o bem pertence a Deus, mas o mal é criação do ser humano. É a Doutrina dos Anjos Decaídos, como se estes tivessem o livre-arbítrio de escolher criar o mal. Como se poderá criar algo em cima daquilo que já existe eternamente? "Mas o mal existe", dirão. Ou será que, o que existe é a falta de compreensão de Deus? Mas para compreendê-lo, é preciso a percepção.Deus não tem forma, não tem atributos. Todos os atributos de Deus, são atribuições humanas. Se Jesus dizia que "Eu e o Pai somos um", é porque nós mesmos estamos inexoravelmente ligados a Deus, somos partes dele, somos o próprio Deus, cabendo ao ser humano tomar consciência disso, ou seja, saber que, Deus é a única existência, portanto, tudo o mais, são invólucros de Bhraman e do Atman. O próprio Universo é um invólucro de Brahman, assim como o corpo físico, o corpo sutil (chamado de perispírito pelos espíritas), o ego (Personalidade humana), a mente, são invólucros do Atman. Todas essas coisas existem como aparência, mas não são Brhaman e nem o Atman. Brahman é tudo! E o Atman está inexoravelmente ligado a Brahman, mas erro será confundir o Atman com os seus invólucros. Um desses invólucros é a mente, o raciocínio humano, que tende a se auto-compreender enquanto algo sui generis e único. Mesmo a tentativa de Descartes, de tentar aproximar o ser humano de Deus através da razão, é falha, pois, com isso, sempre se está criando atributos a Deus, que não existem. "Deus é res cogitam" (Matéria pensante). Deus não é nada disso. Se tudo o que existe são invólucros de Deus, não se pode confundir tais invólucros com o próprio Deus. Até mesmo o ser humano com todos os seus atributos é uma ilusão, é algo que só tem existência real dentro do panorama de construções e representações simbólicas da razão, que necessariamente, precisa construir tais representações para conferir inteligibilidade à existência humana e às relações sociais, ou seja, o ser humano tenta explicar o que ele mesmo é, e as idéias que se têm de Deus, são provenientes da tradição, que, milenarmente procura, outrossim, construir representações simbólicas sobre o que é Deus. Mesmo a ciência, que se diz atéia, está em busca de Deus: ela está em busca do "átomo primordial", da "partícula primordial", das origens do Big-bang, teorias da unificação da matéria, ou seja, de causas primárias para a origem de tudo.A Física Qüântica deu um passo importante, ao afirmar - mesmo que isto foi observado apenas no microcosmo da Física de Partículas - que o objeto não é estático; que ele se comporta de maneira diferente conforme a "posição" do observador.Uma metáfora interessante é a das ondas do mar. Vemos uma onda, e dizemos "é uma onda", porque ela tem forma, consistência, movimento e grandezas. Mas, quando o mar está calmo, já não vemos nenhuma onda, e descobrimos então que aquela onda era uma ilusão, era uma formação ocasionada mercê da movimentação das águas e do vento entre outros fatores. Deus é o oceano, é Brahman, enquanto que as ondas são os seres humanos, que se acreditam ondas. Mas cessada a ilusão, tais seres se confundem com o oceano, ou seja, são "unos com o Pai". As ondas são invólucros criados, aparências e que se acreditam reais. A variedade/multiplicidade/diversidade são manifestações da Realidade Absoluta, se apresentando de diferentes formas, mas nem por isso podemos dizer "eu sou uma onda e Deus é o oceano", do mesmo modo que, os jarros, pratos, e copos feitos a partir da argila, não deixam de ser argila só porque tomaram formas específicas. Deus não é um ser; Ele é O Ser. Dizer que Deus é um ser, seria enumerá-lo ao lado de outros seres, e, obviamente isto faria com que ele não tivesse nenhum poder soberano. Seria tirar de Deus a onipotência, pois que, Ele, sendo apenas um, entre vários seres, não teria controle sobre os demais. Se Deus é o próprio Ser, então tudo está nele, e é proveniente dele. Deus existe? Existe uma Realidade Absoluta que escapa aos sentidos humanos, e que, debalde, pelo raciocínio, se procura apreendê-la. Essa Realidade Absoluta ou Brahman é Deus! Agora, como provar que existe ou não essa Realidade Absoluta? É isso o que estão tentando provar por aqui? Se for, acho que estão perdendo tempo, ou como eu já disse, o máximo que estão a fazer é estudar e compartilhar aulas de lógica. Nada mais que isso - o que já é alguma coisa.Abçs,
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