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lvrfMembro
Não creio que essa seja a melhor solução, embora fosse a mais lógica. Acredito que a pressão que o povo fizer será usada “contra ele” como arma eleitoral. Resolver o problema da violência tira uma poderosa arma de alguns, enquanto prometer resolver e não fazer nada garante munição por muito tempo.Tendo em vista que é possível parar a violência na mentalização do ato ou no raciocínio de quem o cometerá, achar uma solução torna-se mais simples, embora não mais fácil.Brasil, se quiseres ler o tema e comentá-lo, gostaria de ouvir tua opinião.Boa tarde à todos
lvrfMembroExatamente. Tentarei colocar em termos mais literários:A opressão gerou um medo na população de modo a deixa-la muda, com medo de expressar, e agora, não exerce mais sua liberdade ( o termo está sendo usado para a liberdade que tratamos nesse tópico ). Isso gera um acúmulo de frustações que fazem o característico aperto no peito. Uma hora, todas essas frustrações serão liberadas, INDEPENDENTEMENTE do tipo de opressão. Em um "Ou vai ou racha" a opinião seria ouvida ou abafada, entende?Creio que o momento em que a panela explodir, será o momento em que mudanças começarão a ser feitas, pois aí haverá (grande) pressão em cima dos governantes.
lvrfMembroEngraçada sua expressão, um tanto quanto ambígua, mas entendi o que queria dizer.Não deixa de ser uma solução, embora muito perigosa. As consequências podem ser agressivas, a lenha tem que ser medida.Mas é uma solução mais conveniente, ao invés de esperar que alguem lá em cima tire a tampa, ou que todos esperemos pela explosão, aumentamos a agitação, explodirá mais rápido, pois já não estamos mais sem tempo. Para aumentarmos o fogo, sugiro puro e simples debate, com amigos numa roda, e pedirmos que espalhem por aí as idéias. Que pensas?
lvrfMembroAgora observo o seguinteHouve um tempo que a violência não estava na metade do que está hoje, onde foi que perdemos o rumo? Levemos em conta todos os fatores: economia, eventos históricos, medidas políticas, administração, tudo.Até agora, percebi que falamos de uma violência comum, gratuita, com motivos fracos o suficiente para ceder ao medo. Mas e quanto ao outro lado da violência? Em que, por motivos pessoais, como vingança, os medos e os riscos tornam-se despresíveis? Gostaria de saber sua opinião a respeito, pois estamos entrando num tema um pouco mais subjetivo.
lvrfMembroEsta é a única solução, o problema é:Quanto mais a pressão vai ter que subir para explodir?Quanto tempo mais vai demorar para que as pessoas fiquem conscientes da opressão?Sem respostas para essas perguntas, resolver o problema fica difícil, concorda?
lvrfMembroSim, realmente engraçado como tudo se completaNão creio que os políticos estejam muito dispostos a resolver esse problema da violência, pois é uma poderosa arma eleitoral.Mas se fossemos tomar alguma medida, creio ter maior prioridade livrar a população inocente da violência, para isso, seis meses de ação efetiva de forças policiais e julgamentos rápidos e eficientes seriam o suficiente. Pois creio precisarmos de soluções a curto prazo. Quando a violência abaixar o fogo, medidas quanto a ética, responsabilidade e consciência poderiam entrar em ação. Apesar de serem muitos os motivos que levam uma pessoa a uma vida de crimes ( em crimes, entenda violência, pois outros tipos de crimes levam mais pensamentos ) vejo marginalização e miséria como os pontos mais fortes, bem como a influência da família. Para isso, uma verba pesada para a educação e a criação rápida de empregos, mas esses investimentos só surtirão efeito a longo prazo, coisa de oito ou doze anos.Concorda?
lvrfMembroCom certeza estãoMas hoje em dia, "as apostas" estão altas, as pessoas tem muito mais a perder se arriscarem. Resultado, o medo é multiplicado.Realmente, a opressão e o medo podem ser prejudiciais tanto ao corpo quanto ao espírito, e se não me engano, podem resultar em depressão, outros problemas psicológicos, que acabam se manifestando fisiologicamente.Parece-me uma panela de pressão. Uma hora, vai acabar explodindo.
lvrfMembroInteressante que tenha se tocado na pena de morte. Creio que seria um meio eficaz para baixar a violência, embora um tanto quanto radical. Mas nenhuma medida seria eficaz se não se pudesse encontrar o transgressor da lei, prendê-lo e submetê-lo a um julgamento sério. O problema é que no Brasil a impunidade é quase TOTAL, isso abre um leque de possibilidades à violência.Quanto à consciência, e respeito automático e mútuo. Creio ser o melhor método, mais saudável, só que é uma realidade muito madura, responsável, e um tanto quanto distante. Não que não seja impossível, mas é um ponto muito difícil de ser atacado. A quantidade de motivos que leve alguem a cometer atos violentos, de todos os tipos, é incalculável, e ainda com a variante da gravidade do ato. Para eliminar a violência por esse ponto seria necessário cuidar de TODOS esses fatores. Não seria fácil.A pena de morte e certeza de que se for pego, será devidamente punido, gera a hesitação, o medo ( o mesmo que discutíamos no outro tópico ) é um motivo único e frágil; um bom golpe de medo pararia o agressor.Agora, com esse seu comentário, posso dizer que chegamos a um ponto fundamental. Todos os fatores que geram a violência, e que se eliminados, acabariam com ela são exatamente o que eu creio que sejam AS RAÍZES DA VIOLÊNCIA.
lvrfMembroDe fato, aprendermos a lutar contra nossos medos é o primeiro passo. Infelizmente, não é fácil, o passo é um tanto quanto grande.Concordo com você, pois o único caminho para perder os medos é ir enfrentá-los, mas como serve de freio, não deveríamos nos livrar deles. São úteis, mas passam a ser nocivos quando começam a "emperrar" o movimento.Para saber quando uma pessoa está emperrada, só ela pode dizer.
lvrfMembroEngraçado, esse seu exemplo foi muito bom por um outro motivo que percebi, mas não sei se você percebeu tambem. É o seguinte.Se você for em socorro de alguem, e utilizar-se de força ( não é violência ) se for necessário, pela lei é considerado legítima defesa. Um direito seu de denfender-se, ou defender outrem, de uma agressão. Quer você tivesse reagido ou não, se quem agredir sua mãe tiver consciência de que você reagirá, poderia ter ficado com medo e optado pela não-agressão. Percebe que em todos os pontos do processo, uma brecha pode resultar na hesitação de um agressor?Novamente, o medo de falhar serviu de freio, e pode atuar em qualquer uma das "etapas".Comparando agora com a realidade do Brasil. Praticamente não há possibilidade de falha para um agressor. Tem seus motivos, sabe que as chances de ser pego são muito pequenas e sabe tambem que seu alvo ( que está à sua escolha ) estará indefeso. E os porquês disso tudo? Marginalidade, proibição de porte de armas ( um assunto bem subjetivo ) justiça lenta, às vezes, corrupção.O que pensas a respeito?
lvrfMembroPerfeito raciocínioHoje em dia, como estamos sendo atacados por todos os lados por injustiças, precisamos de mudanças, que só acontecerão com o espírito que arriscar. Ou seja, não parece acontecer tão cedo.Ainda assim, o oprimido teria culpa por obedecer ao opressor? Creio que apenas em parte. Para isso, vejo dois desfechos possíveis, o oprimido se cansa e resolve lutar, ou apesar do cansaço, continuará obedecedo. De novo dependerá de cada um.Creio tambem que o espírito lutador existe em todo ser humano, mas coexiste com a razão; acelerador e freio. O medo seria um produto da razão.Mas apesar disso, existem meios de se despertar esse espírito lutador. As massas. O que acha?
lvrfMembroAí é que está.Concordo. O ideal seria que todos fossem conscientes e responsáveis, mas hoje em dia? Como seria feito?Creio que a índole do ser humano não é tão benevolente. Tentar tirar vantagem faz parte da natureza de sua natureza, ( alguns mais que outros ) creio que a psicologia explica esse fenômeno. Deve estar relacionado com instinto de sobrevivência, ou algo do gênero.Mesmo não sendo o ideal, o meio mais simples para evitar a violência seria derrubando a ponte entre a mentalização do ato e o ato em si. Me refiro a recorrer ao medo do própio agressor; para um egoísta nada é mais importante que ele mesmo. Ora, se for arriscado demais para ele, ele recuará. Bom de má vontade, mas bom de qualquer maneira.Para isso "servem" a justiça e a força policial. A impunidade, permite o trânsito da idéia para a ação, como tantos outros fatores. Pena que, a consicência não esteja ao fácil alcance. O medo parece-me mais acessível, infelizmente. Concorda?
lvrfMembroBem, então chegamos à um ponto que consiste simplesmente na decisão. O não fazer não alteraria o agora, seria como não estar presente. O fazer seria a diferença, deixar a presença marcada. Cabe aí ao ser humano decidir se vale a pena ou não.E nessa decisão, pesam o histórico da pessoa, sua experiência na área, quão informada está a respeito, a natureza de sua índole, interesses pessoais, estado emocional, e muitos outros fatores. Entres esses fatores, está tanto a coragem da agir e o desejo de arriscar, ou o medo e a vontade de conservar, entende-me?. Uma cominação de tantos fatores em intensidades diferentes gera tantas possibilidades de reação que o agir-não-agir torna-se tão subjetivo. Concorda?Adorei os exemplos que você deu de Ghandi e Guevara. O espírito empreendedor desses homens FEZ com que seus objetivos e idéias tomassem rumo. Nesses casos, vejo que HAVIA necessiade de mudanças, mas faltavam a coragem e espírito para torná-las concretas, aí está o revolucionário.Abraços
lvrfMembroBoa tarde à todosRealmente, excelente observaçãoCreio ,tambem, que a falta de conhecimento do sistema político leve a população à se afastar das decisões e cessar a participação na política. O que numa democracia, não faz sentido.E com a população afastada do campo, os governantes não tem pressão alguma, perdem o interesse ( se tinham algum ) em fazer o trabalho, e a política continua se movendo apenas por Inércia. Possibilita ainda que alguns poucos, mais espertos, tirem vantagem, com lavagem, fraude e outros.As leis sem sentido, atos adiministrativos sem fundamento, devem vir, portanto, desse desinteresse, concordam? A solução então seria uma educação forte, que em alguns anos, gerariam verdadeiros pensadores e críticos. Mas isso NÃO convém aos poucos poderosos que se beneficiam dessa ignorância, e que provavelmente, abafarão qualquer tentativa desse gênero.A mídia, por ser uma instituição "particular" pode até fazer uso das informações e lançá-las de modo a dar mais audiência. Observo que, apesar de não serem corretos na maioria das vezes, os temas que a mídia trata não ilegais, e isso torna tudo muito mais difícil. Concordam?Abraços
lvrfMembroParabens, vejo que você citou elementos importantesDinheiro, futebol, paixões; são razões que levam alguem a cometer atos violentos. Se faltasse razões, não haveria violência, mas há muitas.Talvez pudéssemos criar um conceito fixo? Tratar violência como tentar submeter alguem à sua vontade por uso de força.Podemos tambem analisar um ato violento em etapas:- A razão que dá origem ao ato- Uma análise por parte do agressor; se valerá a pena correr o risco- Prática do ato + Reação do agredidoConcorda?Acho que a partir desta análise, podemos deduzir que uma falha nesse pequeno sistema faria com que o ato fosse por água a baixo.Mas ainda poderíamos incluir aí, intervenções policiais, prisões, certezas ou não de impunidade etc. Tantos fatores que poderiam somar-se.
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