Respostas no Fórum
-
AutorPosts
-
recuperador-de-postsMembro
[html]
Brasil « Responder #36 em: Fevereiro 02, 2008, 01:50:56 »
quanto ao livro, é apenas um manual para o Ensino Médio.Exatamente por isso que eu lhe indiquei este livro.
(Não vou pedir a um colega especialista em língua portuguesa para fazer a revisão até porque no começo do tópico tem um "ezistencia" e também se houver algum erro vocês fazem a gentileza de apontá-lo para que assim meu raciocínio não fique comprometido.)Seu raciocínio não fica comprometido pelos erros de Português, mas sim pelos erros de conduta.
Sempre me arrependo quando entro nestes tópicos ditos de "Filosofia" e vejo que lá só há mero senso comum. Eu estou tentanto prestar um serviço à humanidade sempre.O arrependimento já é um bom sinal... Se você está tentando prestar um serviço à humanidade, poderia começar pelo bom exemplo, pela coerência, pela humildade, pela liberdade de expressão e também poderia poupar a humanidade de suas observações agressivas e com ares de intelectualidade, mas que na verdade só fazem eco entre rebanhos de ignorantes.Você se referiu a “atrocidades”... Mas, qualquer um pode notar que você só se presta à desdenha. Eu disse que um indigente analfabeto pode filosofar com sabedoria. Você referiu-se a bêbados, referiu-se a “falar qualquer coisa”, referiu-se a corinthians, flamengo, botequim, colocar sementes de feijões em potes bla bla bla, etc. Pô meu amigo!! Isso é que é atrocidade. Não há dúvidas de que toda a sua “filosofia” é que é pura doxografia. Você se limita a fazer citações e quer restringir o espírito filosófico a isso.Até aí, tudo bem... Faz parte... O problema é que você quer fazer isso chamando os demais de; analfabeto, patético, idiota, etc. Olha, eu vou te dar uns conselhos: Se você pensa estar ajudando a humanidade expondo os teus pensamentos, faça-o com humildade, educação, respeito e com ao menos um mínimo de consideração para com as pessoas a quem você está se dirigindo. Por mais estapafúrdia que seja a tua opinião.Essa tua opinião/mordaça, seria emitida sem o menor problema se você não tentasse diminuir as pessoas com quem conversa. Eu questionei a tua mordaça com toda a educação e você nos comparou a uma miríade de idiotas.Divergências de opiniões existem várias, mas por favor não as transforme numa guerra! Use um pouco de Filosofia... É sempre bom lembrar onde e quando começou qualquer guerra. Isso é um hábito inteligente.
.
« Última modificação: Fevereiro 02, 2008, 02:02:53 por Brasil »
Registrado
Somos os que fazemos, mas somos sobretudo, o que fazemos para mudar o que somos. (Eduardo Galeano)[/html]
recuperador-de-postsMembro[html]
Bozatski « Responder #35 em: Fevereiro 02, 2008, 10:47:48 »
Sempre me arrependo quando entro nestes tópicos ditos de "Filosofia" e vejo que lá só há mero senso comum. Eu estou tentanto prestar um serviço à humanidade sempre. Trabalhando eu tento orientar jovens para que não sejam patéticos falando sobre aquilo que não conhecem e tentando mostrar-lhes o quanto a filosofia pode mudar a existência de um indivíduo e o quanto a filosofia e os vinte filósofos precisam ser respeitados, pois eles não falam em "assuntos" do âmbito empírico, mas em questões que são atemporias, por isso não há "questões do nosso tempo". As questões acompanham a humanidade justamente por serem questões limites da Ontologia, Lógica, Ética, etc. Falar em questões do nosso tempo é desconhecer filosofia. As questões filosóficas são atemporais, é por isso que podemos usar Aristóteles ainda hoje para pensar em filosofia mas não em física, por exemplo.Eu entrei no tópico para contribuir no intuito de responder a questão tema que foi colocada no início, fui claro quanto a isso, e usei os pressupostos filosóficos válidos aqui, hoje, na Alemanha, na Grécia, há 2000 anos, etc, e fui logo sendo atacado. Levaram para o lado pessoal sim, dizendo que penso ser o único detentor do pensamento filosófico, que penso ser gênio, que sou arrogante. Sou apenas um cara que estudou e estuda filosofia e que por isso, pode falar algo citando os filósofos, assim como um advogado tem que falar com base na constituição. Quanto a questão da técnica, basta ler a Escola de Frankfurt, Heidegger e o seu "a questão da técnica", mas vou logo adiantando que não se trata de manuais, é leitura pesada.Imagine que um professor pede a um aluno para fazer uma pesquisa na net sobre filosofia, por exemplo, e usando um site de busca ele cai aqui, vai que o aluno leva como 'questões filosóficas', temas como a existência de Deus, etc, etc. E estou tentanto prestar um serviço para a filosofia. Mudem o nome do tópico de "questões filosóficas" para "opiniões diversas", e então eu nem teria entrado. E aí vocÊs podem sim, com todo o direito, falar o que quiserem, podem até expor as reflexões de um indigente bêbedo ao lado do hino do Corinthians. Meu problema, repito, não é pessoal com que eu nem conheço, é apenas com o uso indevido da palavra "Filosofia".PS.: Para quem despreza tanto a tradição, usar o argumento de que se alguém chegou recentemente num lugar e que portanto não deveria opiniar ou deveria "cair fora", me parece um grande apelo à tradição. Argumentos contraditórios não cabem no âmbito da filosofia.« Última modificação: Fevereiro 02, 2008, 11:08:07 por Bozatski »
Registrado[/html]
recuperador-de-postsMembro[html]
Bozatski « Responder #34 em: Fevereiro 02, 2008, 10:22:08 »
Não vou ficar fazendo citação de pequenos trechos que acabam ficando descontextualizados e então sem sentido, mas não fui eu quem falou que um "indigente analfabeto pode fazer flosofia".Quanto a palavra, foi de fato um deslize, eu poderia justificar que escrevi de madrugada e que estou escrevendo muito em inglês e estava com sono, e não reli o que escrevi, mas o que é um deslize em uma palavra perante a toda uma cadeia de raciocínio equivocada.Quando citei Nietzsche citei Nietzsche, não estava me referindo a mim, aliás, quando fiz isso disse que Sócrates foi gênio e eu sou nada perante estes filósofos. Não procure ler nas entrelinhas, a mensagem é clara: para falar em filosofia primeiro é preciso conhecê-la, assim como no caso de qualquer outra coisa, motor de avião, advocacia, etc. Senão é mera fofoca entre vizinhos ou senso comum.É evidente que quando alguém diz que a tradição é coisa de imbecil, aqueles que a prezam, respeitam e conhecem, até porque para examinar uma obra no intuito de refutá-la é preciso conhecê-la a fundo, sentem-se na obrigação de responder.Envolver inquisição, coisa da história católica, com filosofia no intuito de desmerecer um argumento me parece coisa de rebelde sem causa que usa camiseta do Che e sai falando mal de tudo porque acha que isso é que é ser crítico. Sou católico e não estudei a inquisição a fundo, mas creio que, guardadas as devidas proporções foi tão violenta quanto o holocausto, ou quanto falar de alguém ou de algo sem conhecer devidamente, guardadas as devidas proporções. (Não vou pedir a um colega especialista em língua portuguesa para fazer a revisão até porque no começo do tópico tem um "ezistencia" e também se houver algum erro vocês fazem a gentileza de apontá-lo para que assim meu raciocínio não fique comprometido.)« Última modificação: Fevereiro 02, 2008, 11:06:08 por Bozatski »
Registrado[/html]
recuperador-de-postsMembro[html]
Bozatski « Responder #33 em: Fevereiro 02, 2008, 10:07:13 »
Bom, como eu disse, minhas férias estão acabando. Mas sugiro que vocês criem outro tópico que verse sobre questões da neurociência ou sobre os problemas de movimentação de uma sonda em marte, já que acreditam que é possível falar de algo sem se referir aos pressupostos teóricos, ou sem conhecimento nenhum como é o caso do "indigente analfabeto".Pena que é só com a filosofia que as pessoas "acham" que podem falar com propriedade mesmo sendo analfabetas.Marilena Chauí não é "filosófa", aliás nenhuma mulher até hoje o foi, e isto não é machismo é apenas contestação empírica. Nem ela se considera filósofa mas professora de filosofia. E quanto ao livro, é apenas um manual para o Ensino Médio.Já vi profissionais de outra área lecionando filosofia com o seguinte método: Coloca-se sementes de feijões em dois potes com algodão molhado. Num pote se coloca pensamentos positivos escritos em papel, noutro, negativos, e então é só esperar para ver qual cresce mais fazendo "reflexões" sobre as sementes. continuem assim e Caetano terá cada vez mais razão quando diz que a filosofia só se faz em grego e alemão.Filosofia é reflexão sim, mas a partir de questões e pressupostos filosóficos. Questões que podem ser encontradas no Sofista de Platão, na Crítica da Razão Pura De KAnt, no SEr e Tempo de Heidegger, no Tractatus Logico-Philosophicus de Witgenstein, nas Investigações Lógicas de Hursserl e não no "Convite à Filosofia".Mas não é nada pessoal não, apenas tento mostrar com base nos filósofos de verdade que a filosofia não é mero palavreado solto ou procura por pelos em ovo. Mas enfim, não há força mais violenta que a do senso comum, e acreditar que é possível falar em filosofia sem dialogar com os grandes filósofos é mero senso comum, independentemente de gostar do que eu falo ou levar para o lado pessoal.« Última modificação: Fevereiro 02, 2008, 11:01:18 por Bozatski »
Registrado[/html]
recuperador-de-postsMembro[html]
Marcel T.O. « Responder #32 em: Fevereiro 02, 2008, 07:53:56 »
Bom, com base nas mensagens que li, creio que “meu currículo filosófico” não terá valor nenhum, porém, assim mesmo me arriscarei a tentar evidenciar algumas idéias que simplesmente não me pareceram lógicas no que foi escrito em mensagens anteriores.Talvez alguém entenda que em filosofia não se fala em Deus, pois a lógica não o permite, isto é do âmbito da teologia.Depende. Creio que Filosofia, História e Psicologia ajudam a entender mais a existência ou não de Deus do que a Teologia, o que, verdade ou não, é passível de discussão. Mas seu “argumento” só me parece mais uma imposição de idéia, como se fosse tão fácil dizer que “em Filosofia não se fala em Deus” como se diz que “cigarro faz mal a saúde”.
Desenvolver filosofia é essencialmente responder questões clássicas dentro de um sistema original e inovador.Questões clássicas? Mas e porque as questões precisam ser clássicas? Responder questões atuais não é papel da Filosofia?
Em primeiro lugar: a filosofia está essencialmente nos livros dos grandes filósofos, o que eu ou o que vocês "acham" é mera doxografia e assim, não possui relevância nenhuma.Isso é argumento de quem defende doutrina, não Filosofia. E me corrijam se eu estiver enganado, foram justamente nos momentos em que a Filosofia foi tratada dessa forma, que encontramos menos filósofos importantes em nossa história.
MAs sugiro sim a todos que leiam livros de filosofia antes de falar, pois a resposta para as suas inquietações muito provavelmente já foram dadas, basta adptar à sua contingência. É mais ou menos como não tentar re-inventar a roda.A Filosofia, me corrijam se eu estiver enganado, é reflexão e não apenas contemplação de idéias. Portanto, não pressupõe assuntos abordados por outros filósofos. Não estou falando que outros filósofos devem ser ignorados, se há o conhecimento deles, melhor, mas um bom argumento não necessita obrigatoriamente de referências. Além do mais, conhecer a História da Filosofia não serve para absolutamente nada se a pessoa não tiver o senso crítico necessário para usá-la. Só servirá para repetir citações. Já o oposto é possível (não comum, eu disse possível); com apenas um bom senso crítico, é capaz de se observar, questionar e/ou refletir sobre alguma coisa que normalmente não chama a atenção. Entre o primeiro e o segundo, creio que o mais próximo de um filósofo ideal seja o que está disposto a fugir do convencional. Minhas críticas sobre quem é ou não filósofo, seriam mais para aqueles que repetem as idéias de sua própria cultura como se fossem verdades irrefutáveis, o que limita qualquer capacidade de discussão. O uso de agressividade verbal e imposição de idéias também não são nada além de uma tentativa de pressionar o receptor a “crer” no pensamento exposto. Agindo “na ofensiva” não há argumento que chegue a tempo.
senti que o abismo precisava ser demarcado antes que mais pessoas caíssem nele. MAs enfim, as minhas férias estão acabando, e logo não terei mais tempo para escrever, não serei eu quem trará luz para uma comunidade, Estou convencido de que a filosofia pode mudar um indivíduo mas não o mundo.Apesar da falta de humildade, percebe-se um considerável conformismo. Você "tentou mudar o mundo” com a mesma argumentação que utiliza aqui? Obviamente, a única conclusão que poderia tirar com isso é estar “convencido que ...” Eu fico indignado que as pessoas próximas a mim vejam o mundo com tanta indiferença como nos dias de hoje, mas prefiro engolir meus comentários (ou até expor meu desconforto) do que utilizar expressões egocêntricas exibindo uma superioridade infundada em relação aos outros. Se o mundo não pode melhorar, não quero ser eu mais um condicionante deste fato... Até mais e bom dia/tarde/noite/madrugada a todos. Marcel TO
Registrado[/html]
recuperador-de-postsMembro[html]
Brasil « Responder #31 em: Fevereiro 02, 2008, 12:11:17 »
Infelizmente no caso da filosofia qualquer um acredita que pode sair falando atrocidades(...)Que atrocidades você viu? Se a opinião dos outros é para você atrocidades, você no mínimo não é um cara normal.
Filosofia é um assunto sério, e para DESENVOLVER filosofia é preciso ser filósofo como foi Kant e tantos outros que dedicaram a vida à filosofia, pode-se falar da filosofia como se fala do Vasco e do Flamengo, mas isto não é filosofia, é conversa de botequim.Vasco, Flamengo?? Que papo é esse? Você é que está se desdizendo desde o início!! Não está a fim de saber a opinião dos outros, sai fora!! Você não é obrigado a entrar nos fóruns para menosprezar a todos com sua arrogância infantil e impensada.
Poucos desenvolverão filosofia, nenhum brasileiro fez isto ainda, e aquele que o fizer entrará para a tradição no seleto grupo de filósofos (Que não passa de uns 20 nomes ao longo de toda a história do ocidente).Isso aí é a sua estranha opinião... Eu não penso assim... Alias, eu te aconselho a ler o livro Convite à Filosofia, da filósofa brasileira Marilena Chauí.
Devido ao aumento da tecnologia está cada vez mais difícil para um genuíno gênio da filosofia aparecer, em nosso tempo provavelmente isto não acontecerá.Outra estranha opinião: Quer dizer que a tecnologia está dificultando ou atrapalhando o raciocínio? O que você sugere? Parar de ler? As suas previsões são muito no chute: “Não acontecerá” é papo de astrólogo, bidú, adivinho, etc... O que você quer dizer com: "em nosso tempo"?
em filosofia não se fala em Deus, pois a lógica não o permite,Sobre isso eu concordei, eu só não concordo com a idéia de que o desenvolvimento da Filosofia está reservado para poucos como você, por exemplo, pois ousa opinar num ambiente onde já disse que nada que se diz tem relevância.
Continuem usando o nome da filosofia como queiram, como aqueles que enriquessem e então compram a coleção dos pensadores para enfeitar a estante. Por um lado isso é bom, como disse Nietzsche no Ecce Homo, "é mais fácil ser gênio quando todo mundo é idiota".hehehe, eu sabia! Você se considera um gênio ou pelo menos aspira ser um. Quanta prepotência! Até para ofender os outros é preciso ter sutileza, meu amigo, sob pena de se revelar um canastrão.Você deve ser aquele que comparou o Universo a uma praia, ou então aquele outro que glorificou a “Santa” Inquisição... Eu já estou acostumado com pessoas que como você; não sabem expor suas idéias sem tentar desmerecer as pessoas com quem está dialogando. A ignorância efetiva se revela nas atitudes. Ignorância de padrões de comportamento. Se para fortalecer suas idéias você precisa colocar uma mordaça nos outros, alegando que a Filosofia está travada nas palavras de 20 filósofos e que não adianta dizer nada pois nada é relevante, então acho que suas férias estão demorando muito. Alias, quero lhe desejar um bom trabalho, acho que assim, trabalhando e ocupado, você é menos inútil à humanidade do que excretando suas opiniões descabidas.
Quando eu falo que negar a tradição é o subterfúgio dos preguiçosos, também não me refiro a você, e não levei nada para o lado pessoal(...)Além de tudo é dado à mentira deslavada e despreocupada.
(...)coisa que é evidente que ocorre no caso de um analfabeto que não sabe ler(...)Espero que você esteja se referindo a você mesmo... Eu desconheço essa palavra: “metereologia”!! Acho que o correto é meteorologia. Será que estou errado?
É o caso de eu acreditar na metereologia.Já a fé é parecida com a crença, mas a diferença essencial é que a fé não precisa ser justificada. O caso da metereologia é uma crença, pois implica num processo metodológico (causa e efeito), já o adepto da fé não se importa com este rigor "científico". Um sujeito que crê num jornal, pode perder a crença se o jornal errar na previsão metereológica seguidas vezes, então o leitor se torna um incrédulo e o jornal perde a credibilidade. Já com a fé é diferente, o adepto da fé não precisa de comprovação. Substitua o exemplo da metereologia(...).
« Última modificação: Fevereiro 02, 2008, 01:22:52 por Brasil »
Registrado
Somos os que fazemos, mas somos sobretudo, o que fazemos para mudar o que somos. (Eduardo Galeano)[/html]
recuperador-de-postsMembro[html]
Bozatski « Responder #30 em: Fevereiro 01, 2008, 10:33:12 »
Você sabe porque há programas de voluntários como os "amigos da escola" e não há um "amigos do hospital"?, porque infelizmente há pessoas que acreditam que um "analfabeto pode filosofar com sabedoria". É por existir pessoas assim que ser professor no Brasil e principalmente professor de filosofia é algo muito sem prestígio e também é por isso que a educação vai mal. Até o senso comum acredita que para realizar operações no encéfalo é preciso que o sujeito estude medicina e conheça a fundo a área, por isso a medicina é respeitada. Infelizmente no caso da filosofia qualquer um acredita que pode sair falando atrocidades que está fazendo filosofia. Filosofia é um assunto sério, e para DESENVOLVER filosofia é preciso ser filósofo como foi Kant e tantos outros que dedicaram a vida à filosofia, pode-se falar da filosofia como se fala do Vasco e do Flamengo, mas isto não é filosofia, é conversa de botequim. Poucos desenvolverão filosofia, nenhum brasileiro fez isto ainda, e aquele que o fizer entrará para a tradição no seleto grupo de filósofos (Que não passa de uns 20 nomes ao longo de toda a história do ocidente). Devido ao aumento da tecnologia está cada vez mais difícil para um genuíno gênio da filosofia aparecer, em nosso tempo provavelmente isto não acontecerá.Sim, eu ultrapassei os limites da linguagem tentando apontar as armadilhas da linguagem para que outros não venham a cometer mais isso. É como ir até a beira do abismo para colocar lá uma placa informando a existência do mesmo. Talvez alguém entenda que em filosofia não se fala em Deus, pois a lógica não o permite, isto é do âmbito da teologia. Mas foi pelo título do tópico que eu resolvi escrever isto, ou seja, o correto seria apagar tudo o que já foi escrito aqui, inclusive o que eu escrevi.Sim eu entrei ontem, mas senti que o abismo precisava ser demarcado antes que mais pessoas caíssem nele. MAs enfim, as minhas férias estão acabando, e logo não terei mais tempo para escrever, não serei eu quem trará luz para uma comunidade, seja o meu bairro ou um fórum na net. Sócrates que era um gênio não consegiu, o que dirá de mim, que não sou nada. Estou convencido de que a filosofia pode mudar um indivíduo mas não o mundo. Continuem usando o nome da filosofia como queiram, como aqueles que enriquessem e então compram a coleção dos pensadores para enfeitar a estante. Por um lado isso é bom, como disse Nietzsche no Ecce Homo, "é mais fácil ser gênio quando todo mundo é idiota".PS.: Quando eu falo que negar a tradição é o subterfúgio dos preguiçosos, também não me refiro a você, e não levei nada para o lado pessoal, apenas tento defender a Filosofia de certas atrocidades como infelizmente pode acontecer de se acreditar que é possível falar em filosofia sem conhecer a história de seu desenvolvimento (coisa que é evidente que ocorre no caso de um analfabeto que não sabe ler). MAs sugiro sim a todos que leiam livros de filosofia antes de falar, pois a resposta para as suas inquietações muito provavelmente já foram dadas, basta adptar à sua contingência. É mais ou menos como não tentar re-inventar a roda.
Registrado[/html]
recuperador-de-postsMembro[html]
Brasil « Responder #29 em: Fevereiro 01, 2008, 07:06:20 »
Dizer que qualquer um que fala qualquer coisa é filosofar é o mesmo que(...)Comparar a filosofia à conversa de botequim(...)É lamentável que você coloque as coisas dessa maneira! Não foi isso o que eu disse. Isso que você está dizendo e fazendo é que é vulgarizar, menosprezar e diminuir o espírito da Filosofia, que é na verdade, muito mais importante que a opinião de qualquer filósofo, por mais prestigiado que seja, que dirá às opiniões de idiotas de plantão. Se você acha que é possível desenvolver a Filosofia, então você está se desdizendo! Não importa se só será filósofo uma dúzia de pessoas ou um milhão! De qualquer maneira você está se DESDIZENDO.Também não achei apropriado você opinar nos fóruns, uma vez que você entende que nada do que dissermos terá relevância: O discurso não é compatível com as atitudes. Ou você faz uso das palavras ao acaso?Também notei que você entrou ontem no fórum, encontrou uma divergência com a sua opinião e já está levando pro lado pessoal, uma vez que você está fazendo uma referência direta em sua assinatura no fórum, à minha assinatura, que já estava lá antes de você ingressar neste fórum.Quando digo que a tradição é o argumento dos imbecis eu não estou me referindo a você!! Por favor!!
« Última modificação: Fevereiro 01, 2008, 08:16:22 por Brasil »
Registrado
Somos os que fazemos, mas somos sobretudo, o que fazemos para mudar o que somos. (Eduardo Galeano)[/html]
recuperador-de-postsMembro[html]
Bozatski « Responder #28 em: Fevereiro 01, 2008, 04:10:18 »
Dest.: BrasilHá uma grande diferença entre estudar Filosofia e desenvolver Filosofia. Qualquer um pode estudar filosofia e sim, é verdade, 95% dos professores e estudantes de filosofia são apenas estudantes e reprodutores da história da filosofia. Desenvolver filosofia é essencialmente responder questões clássicas dentro de um sistema original e inovador. É por isso que dentre uma miríade de idiotas falando sem nenhum rigor filosófico, na Grécia Antiga por exemplo, apenas alguns poucos ganharam notoriedade e possuem validade ainda hoje. Dizer que qualquer um que fala qualquer coisa é filosofar é o mesmo que comparar um chinês montando telefones numa linha de montagem ao inventor do telefone. O mesmo que comparar um copista e falsário de um Guernica a Picasso e assim por diante. É possível desenvolver filosofia, mas não passa de uma dúzia de pensadores que surgem a cada século. Comparar a filosofia à conversa de botequim é desmerecê-la, vulgarizá-la e demonstrar pouco conhecimento sobre o legado do pensamento filosófico, o que em todos os casos é lamentável.« Última modificação: Fevereiro 01, 2008, 04:21:14 por Bozatski »
Registrado[/html]
recuperador-de-postsMembro[html]
Brasil « Responder #27 em: Fevereiro 01, 2008, 02:14:11 »
Olá ZMinha posição sobre isto é clara, considero que o homem, qualquer que seja a sua evolução, não será em nenhum momento nem mais nem menos que qualquer outro animal, uma vez que todos temos o nosso papel na natureza.Pois é, a única diferença que o torna superior, na minha opinião, é que o Homem têm a faculdade de DETERMINAR qual será esse papel, enquanto que os demais animais não.Diga-se de passagem: Ele é o ÚNICO com essa faculdade, dentre bilhões de espécies. E, o que em minha opinião é muito intrigante, é que entre as demais espécies, os parentescos tanto os mais próximos como os mais longínquos, não se diferenciam sobremaneira como o Homem se diferencia dos primatas. Os primatas estão, perante os outros animais, situados praticamente no mesmo nível de inteligência. Percebe-se que não há a similaridade encontrada em TODAS as demais espécies: Uma diferença muito pequena em seus respectivos graus de inteligência (para as que a têm, evidentemente).
« Última modificação: Fevereiro 01, 2008, 02:46:52 por Brasil »
Registrado
Somos os que fazemos, mas somos sobretudo, o que fazemos para mudar o que somos. (Eduardo Galeano)[/html]
recuperador-de-postsMembro[html]
Brasil « Responder #26 em: Fevereiro 01, 2008, 03:13:26 »
A Filosofia está SÓ nos livros? Caro amigo, se há um ramo do saber que está também fora dos livros esse ramo é a Filosofia.Até um indigente analfabeto pode filosofar com sabedoria. Nada impede uma cabeça de raciocinar, refletir, questionar e se aperceber de coisas absolutamente novas, assim como também de coisas ditas e refletidas há 3.000 anos e que ela nem sabia.Filosofia é como Poesia; qualquer um pode praticá-la. A diferença é que a Poesia procura fazer uma simetria com as palavras para expor um raciocínio de forma bela e, a Filosofia expõe um raciocínio para depois fazer uma simetria com os pensamentos, de forma lógica.Em primeiro lugar: a filosofia está essencialmente nos livros dos grandes filósofos, o que eu ou o que vocês "acham" é mera doxografia e assim, não possui relevância nenhuma.Bem, se esse pressuposto fosse adotado, então não apareceria mais nenhum outro filósofo. Os filósofos já existentes até então seriam entidades sagradas, representados por algumas correntes que determinariam a palavra final em todas as questões. Estuda-se Filosofia para saber o que pensavam os filósofos, mas isso não determina a palavra final em nenhum assunto sequer, até porque eles nunca pensaram igual.Se esse pressuposto fosse correto não se estudaria Filosofia e sim somente a História da Filosofia. O que os grandes filósofos disseram até que se adotasse esse pressuposto seria suficiente para a nossa evolução? E se esse pressuposto fosse adotado antes do Iluminismo? Ainda estaríamos escravizando pessoas e queimando os infiéis.
(...)a forma lógica da linguagem não nos permite falar em "Deus"."sobre o que não se pode falar, deve-se calar"Quanto a isso eu estou de acordo.
« Última modificação: Fevereiro 01, 2008, 03:28:36 por Brasil »
Registrado
Somos os que fazemos, mas somos sobretudo, o que fazemos para mudar o que somos. (Eduardo Galeano)[/html]
recuperador-de-postsMembro[html]
Bozatski « Responder #25 em: Fevereiro 01, 2008, 12:04:40 »
Olha, eu não li todas as discussões deste tópico mais vou classificá-las apenas como meros contra-sensos, e vou responder ao tópico com base em sua pergunta inicial, ou seja, "a existência de Deus através da filosofia".Em primeiro lugar: a filosofia está essencialmente nos livros dos grandes filósofos, o que eu ou o que vocês "acham" é mera doxografia e assim, não possui relevância nenhuma. Posto isto, vamos aos filósofos. Atualmente o debate filósofico se circunscreve no âmbito da linguagem, seja no existencialismo, na fenomenologia ou em qualquer outra divisão séria da filosofia.Na antiguidade, Platão dedicou um diálogo ao tema da linguagem, tal texto é o "Crátilo" e já neste texto antigo o autor diz claramente que os deuses possuem "nomes verdadeiros" que não são acessíveis aos mortais. Isto é, a linguagem humana é capaz de descrever apenas fatos empíricos através da interpretação e perspectiva humana. (Ou como disse Nietzsche "não há fatos, apenas interpretações, e isto é uma interpretação").Assim, como mostra Wittgenstein que é o maior filósofo do século XX ao lado de Hursserl e Heidegger, a linguagem apenas é capaz de descrever fatos empíricos, nada de metafísico. E os seres humanos apenas podem se manifestar dentro dos limites do âmbito empírico, como é o caso neste fórum, linguagem, linguagem e nada mais que linguagem. E a forma lógica da linguagem não nos permite falar em "Deus". É evidente que o místico existe e se manifesta, a própria existência da linguagem e de um quadro referencial que permite que a linguagem se refira à realidade e figure-a é um indício da existência deste místico. Contudo o que é este místico, não é passível de ser descrito, ou seja, está além dos limites da linguagem. Porque além do limite? Por que a linguagem pode descrever apenas o mundo material, ou como disse Aristóteles, apenas os "acidentes do Ser". Se Deus pudesse ser descrito, teria de ser em uma linguagem perfeita, e qual seria esta? o Latim? Ou seria o inglês? E se pudesse ser visto seria em uma cor e formas perfeitas, e qual seriam estas? O preto ou o branco? O redondo ou o oval?Assim, afirmo apoiado em 3000 anos de história da filosofia que falar em Deus é mero contra-senso ou desespero diante do assombro da finitude e da existência, ou como diria um professor que tive, mera "masturbação mental".Portanto, o correto sobre esta assunto é nada dizer, ou "sobre o que não se pode falar, deve-se calar" Tractatus Logico-Philosophicus Aforismo 7, Ludwig Wittgenstein.
Registrado[/html]
recuperador-de-postsMembro[html]
Z « Responder #24 em: Janeiro 31, 2008, 05:28:23 »
Viva malta pensadora!Há já um tempo que não passo por aqui...Não li ainda o tópico com a atenção devida mas reparei em algo que quero deixar rematado (peço perdão se isso já foi tratado).Como sempre, gosto de detectar e apresentar formas de invalidar as estruturas de raciocínio, não porque desejo matar os assuntos mas porque espero elevá-la a outro nível de compreensão.Superioridade do HomemQuando se fala em superioridade, ou não, da espécie humana face aos (outros) animais, estamos tão somente a realizar um julgamento de valor baseado em parâmetros definidos por nós.Não interessa se consideramos que superior será ser mais responsável para com a natureza ou se será a capacidade de nos adaptarmos... serão sempre critérios nascidos da nossa consciência.Se por exemplo considerarmos como sendo superiores os homens que evoluirem em função do respeito pelos outros animais, nada garante que na consciência dos outros animais (considerando que as têm em alguns moldes), esses mesmos homens sejam considerados inferiores.Isto para dizer que tal como não nos podemos considerar superiores na nossa arrogância, também não nos podemos considerar inferiores na nossa modéstia ou no nosso sentimento de culpa pelos males causados à biosfera.Minha posição sobre isto é clara, considero que o homem, qualquer que seja a sua evolução, não será em nenhum momento nem mais nem menos que qualquer outro animal, uma vez que todos temos o nosso papel na natureza. Se o homem deixar de existir de repente, talvez a natureza nem dê por isso. O mesmo se passa com outros seres, mas existem muitos outros que de certeza provocará desiquilíbrios de significativa magnitude.Se a nossa evolução restringir as restantes espécies a meros seres controlados e criados por nós, não será essa realidade que mudará qualquer coisa no panorama do valor de cada espécie. Continuaremos sempre em pé de igualdade face à ordem natural das coisas. Sim! porque quer a raça humana se estinga ou quer estinga as outras, esse futuro será responsabilidade da natureza, da qual fazemos parte, e não exclusivamente do nosso génio.Cumps.
Registrado
`-_-´[/html]
recuperador-de-postsMembro[html]
Brasil « Responder #23 em: Janeiro 30, 2008, 11:53:30 »
Ok, realmente, alguns de nós são capazes de combater tais processos de nossa ignorância. Mas categorizamos criaturas pelo que elas têm em comum entre si, certo? Se não estou enganado(e só digo isso pois não lembro claramente), categorias expõem as semelhanças de determinado grupo, então creio que não é correto nos considerarmos melhores que animais se, no fundo, quase toda nossa espécie ainda age como tal. Não podemos ser superiores só por termos alguns espécimes que fogem desse “padrão”.Se formos ver quantas pessoas combatem efetivamente o sacrifício de antílopes para o fabrico de casacos de pele caríssimos, infelizmente encontraremos pouquíssimas pessoas, quase nada. Já, se perguntarmos quantas aprovam tal atrocidade, acho que não encontraremos sequer uma pessoa, a não ser, nos mais requintados e raros ambientes. Onde quero chegar? Nem tudo o que acontece, acontece por aprovação da maioria! Daí essa minha desviada para a Política. Quando uso o termo “Política”, não estou referindo-me ao que ela representa, mas sim ao que ela deveria representar. Refiro-me à Política de Platão e Aristóteles, não à Política transformada no que ela virou; a Política de Maquiavel. A palavra “Política” sofreu uma transformação grotesca e representa hoje exatamente o contrário do que representava em sua origem.Assim como o significado da palavra “Política” foi condicionalmente transformado, distorcido e colocado no sentido contrário, os caminhos trilhados pelo Homem acabaram também sendo desviados de seu curso natural, por efetiva força de alguns poucos à revelia de uma maioria terminantemente contrária e “incapaz”. Se perguntarmos às pessoas o que elas acham do desmatamento, não encontraremos nenhuma a favor, mas o fato é que o desmatamento existe e é atualmente incontrolável.
Também questiono a idéia da forma que nos vemos como “superiores”. Somos superiores porque utilizamos um atributo com o qual já nascemos?Sim! Não nos tornamos superiores, e sim, nascemos superiores.
Bom, as aves normalmente usam muito bem suas asas, um tigre usa muito bem sua arcada dentária e nós usamos bem nosso raciocínio. E, ao compararmos estas três espécies, vemos que as aves que não voam não sobrevivem, os tigres que não mordem morrem, já os humanos que não raciocinam profundamente, têm uma vida social muito mais fácil devido à indiferença em relação ao mundo, e ao fato de que coletivamente o ser-humano segue esta tendência.É claro que, como você disse, o que caracteriza as criaturas é o que elas têm em comum entre si, mas perceba que a vontade da maioria não é nem de longe respeitada. Ou seja; erramos, mas reconhecemos os nossos erros. Se por um lado somos atualmente incapazes de resolver a curto prazo alguns problemas, por outro, somos capazes de detectar esses problemas. Isso só é possível aos humanos.Veja que, os humanos que não raciocinam profundamente, como você disse, e levam uma vida social mais fácil, agem em sentido contrário às suas reais opiniões e aspirações, ou seja; significa que de maneira imediata ELE vive feliz em detrimento da sociedade propriamente dita. Então, penso que só podemos nos auto-criticar graças a uma superioridade evidente, é óbvio que quanto mais erros encontramos em nosso comportamento individual, geral ou coletivo, indica uma auto-critica mais acirrada. Se olharmos “para trás”, quero dizer, a história do próprio Homem, veremos que já fomos muito piores.Já, os outros animais não têm esse poder; o poder de evoluir sua cognoscibilidade. E, se a evolução humana não está nos trilhos que deveria estar, isso é um outro problema que só será resolvido ou atenuado através do tempo pela via do raciocínio geral e não pela via dos interesses individuais, que é o que realmente acontece. Muito menos será resolvido ou atenuado por força dos nossos instintos animais.
O que eu estou tratando aqui, é a idéia de recebermos classificação de superiores, quando não temos requisitos suficientes para tal. Eu compreendo bem a relação de poder que existe na nossa sociedade, mas isso também existe entre os animais, e por camuflarmos tão bem nossa situação, chamamos as relações deles de “primitivas”.Claro que temos muitas críticas a nós mesmos, mas isso é positivo, ao invés de ser negativo. Como eu disse, quem confere poder às pessoas somos nós mesmos... As relações de poder entre os demais animais não mudarão nunca, já as nossas, são passíveis de mudança.Até mais
« Última modificação: Fevereiro 15, 2008, 11:23:13 por Brasil »
Registrado
Somos os que fazemos, mas somos sobretudo, o que fazemos para mudar o que somos. (Eduardo Galeano)[/html]
recuperador-de-postsMembro[html]
Marcel T.O. « Responder #22 em: Janeiro 30, 2008, 04:00:15 »
É graças ao raciocínio que você bem observou as discrepâncias cometidas por seres que na verdade não teriam a menor necessidade de praticá-las. Se animais estão sendo extintos porque sua pele é apreciada por outros animais (nós humanos), é através do raciocínio de outros animais da mesma espécie (nós humanos) que isso está sendo criticado e combatido na medida do possível condicionado.Ok, realmente, alguns de nós são capazes de combater tais processos de nossa ignorância. Mas categorizamos criaturas pelo que elas têm em comum entre si, certo? Se não estou enganado(e só digo isso pois não lembro claramente), categorias expõem as semelhanças de determinado grupo, então creio que não é correto nos considerarmos melhores que animais se, no fundo, quase toda nossa espécie ainda age como tal. Não podemos ser superiores só por termos alguns espécimes que fogem desse “padrão”. Olharmos para nós mesmos como superiores é para mim conseqüência justamente do que ainda nos liga aos animais; exploramos, comemos e maltratamos para benefício próprio, seja para “sobreviver” ou para “viver”, o que qualquer animal faz (é, existe animal que é apenas cruel também). Aqueles de nós que são capazes de lutar contra isso estão em menor número e têm menor influência. Não é nossa espécie que é superior, mas sim alguns poucos de nós que, ao invés de seguir vivendo e tratando o mundo como uma “fonte de recursos”, buscam realmente evoluir e criar novas idéias, acima (como podem, alguns mais, alguns menos) de suas necessidades pessoais. Quando este tipo de pessoa for maioria em nossa espécie, aí eu considero razoável nos classificarmos como, de fato, “superiores”. Nesse ponto, estaremos preparados para lidar com aquilo que considerarmos “inferior”. Também questiono a idéia da forma que nos vemos como “superiores”. Somos superiores porque utilizamos um atributo com o qual já nascemos? Bom, as aves normalmente usam muito bem suas asas, um tigre usa muito bem sua arcada dentária e nós usamos
muitobem nosso raciocínio. E, ao compararmos estas três espécies, vemos que as aves que não voam não sobrevivem, os tigres que não mordem morrem, já os humanos que não raciocinam profundamente, têm uma vida social muito mais fácil devido à indiferença em relação ao mundo, e ao fato de que coletivamente o ser-humano segue esta tendência. Até diria que nosso raciocínio é dependente de nosso inconsciente, pois se observarmos nossa espécie, não será raro ver pessoas defendendo a todo custo idéias que, de uma forma ou de outra, consciente ou inconscientemente, as beneficiarão. O ser-humano “defende o que faz” ao invés de “fazer o que defende". Os que fazem o que defendem são uma pequena parte de nossa espécie, e sejam “bons” ou “ruins”, estes sim são dotados de uma capacidade “superior”, pois refletem nas idéias que seguem. Então, considero que seria mais lógico tirar uma parte de nossa espécie da classificação de animais, e não todos; mas isso é discriminação, que obviamente é absurdo. Ou deixamos de herdar tendências, ou continuamos como animais. E, apesar de me sentir desconfortável com o mundo como ele é hoje, não me sinto ofendido em ser classificado como um animal, se a maioria não é capaz de agir melhor do que isso e se temos as mesmas necessidades dos mesmos, me parece razoável. Em resumo, temos benefícios intelectuais comparados à animais, mas somos tão propensos à nossas próprias necessidades (como os animais) que acho ilógico tratar nossa espécie como “superior”. Se fôssemos realmente superiores, creio que deveríamos ter no mínimo alguns milhões a mais de visitantes assíduos de fóruns como este mas, infelizmente, as pessoas são condicionadas à continuarem a cuidar de suas próprias vidas assim como, nossos colegas de espécie, os animais.O possível condicionado é o que é possível de se fazer dentro de uma concepção/consenso adotada(o) pela maioria, porém, que não interessa a alguns poucos poderosos.Ora, quem confere poder às pessoas somos nós mesmos... Então; o que você está questionando na realidade, não é a superioridade dos homens perante os outros animais e sim a nossa inferioridade perante as pessoas a quem conferimos poder. Reflita isso.O que eu estou tratando aqui, é a idéia de recebermos classificação de superiores, quando não temos requisitos suficientes para tal. Eu compreendo bem a relação de poder que existe na nossa sociedade, mas isso também existe entre os animais, e por camuflarmos tão bem nossa situação, chamamos as relações deles de “primitivas”.Até mais
Registrado[/html]
-
AutorPosts