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09/07/2008 às 14:07 #79150cdp2xMembro
Prefiro usar minha subjetividade para permanecer livre das amarras do "crer/não crer" e poder voar nas asas do "não saber".
Eu sinceramente não sei a quais amarras você se refere... Muito menos quais são as “asas” do não saber. Acho que isso é excesso de subjetividade.
As amarras a que me refiro são as condições de CRER e ponto final e a de NÃO CRER e ponto final. Ao meu ver optando entre essas duas condições a mente fica estagnada.NÃO SABER e não querer explicar é fluido, mantém a mente aberta.
não acho que você esperava encontrar uma prova da existência ou inexistência de Deus neste fórum.
Não mesmo, mas tem gente tentando fazer isso !
Não quero provar a inexistencia de deus, só não aceito alguém querer dizer ele existe somente pela incapacidade de explicar a origem do universo.
Isso é ambivalente... Pois, eu não tenho a pretensão de provar a existência de Deus, mas não aceito alguém dizer que Deus não existe, diante de tantas perguntas a serem respondidas, simplesmente por não saber responde-las.
Então estamos na mesma...
09/07/2008 às 14:15 #79151cdp2xMembroOlá cdp2x
eu consegui enxergar áquelas 3 respostas e optar pela mais libertadora para mim: 1)CRER na existencia de deus; 2) NÃO CRER na existencia de deus; 3)NÃO SABER sobre a existencia de deus.Escolha a sua.
"Crer" e "saber" são coisas distintas. "Crer" e "não crer" são opções. "Saber" é condição. Não há como optar por saber ou não saber.
Concordo. Mas eu não sou obrigado a CRER ou NÃO CRER em algo, então tem que existir a terceira opção: eu denominei de NÃO SABER...tavez poderia ser NEM CRER E NEM NÃO CRER... se voce tiver um nome melhor para essa terceira opção...aceito sugestões.Ou voce acha que não pode haver essa terceira opção ?
09/07/2008 às 15:56 #79152BrasilMembroNÃO SABER e não querer explicar é fluido, mantém a mente aberta.
Desculpe, mas isso vai contra TODOS os mais básicos princípios científicos e filosóficos.Levado a cabo representaria o Niilismo na sua mais flagrante condição.
10/07/2008 às 15:36 #79153BrasilMembroo que leva um humano (dito) cientista vir contar ao público que descobriu a origem do universo(com essa história de Big-bang), quando na verdade somente conseguiu( no máximo) explicar um estágio dele(o de concentração máxima e insustentável)
Na verdade, amigo cdp2x, a Ciência NUNCA sequer insinuou que descobriu ou que pode explicar a origem do Universo. Muito menos afirmou isso.O que acontece é que as pessoas colocam muito de seus próprios conceitos e vontades, naquilo que é perene e pouco entendido.A Ciência anuncia que acredita, segundo os conhecimentos que atualmente dispõem, e que estes podem estar parcialmente errados, ter entendido, parcialmente, como provavelmente, se daria o surgimento de uma galáxia...Daí em diante as pessoas começam a falar as mais desencontradas bobagens com as mais variadas motivações; desde interesses publicitários e midiáticos passando por interesses pessoais e sentimentais e finalmente interesses eclesiásticos, religiosos ou anti-religiosos.A Ciência comete enganos, não tolices. Isso fica a cargo da mídia e da ignorância humana.
10/07/2008 às 16:22 #79154thiedriMembroPois então amigo Thiederi, esse tal de Big-bang foi só mais uma história bonita inventada pela (pseudo-)ciencia humana a fim (de mais uma vez) querer estabelecer conceitos e definições sobre assuntos misteriosos.
Na verdade, o big-bang veio da teoria da relatividade de einstein.Ele é muito aceito hoje pois a teoria da relatividade ainda sobrevive e a cada dia se prova mais e mais. Ela tem alguns floreios (para funcionar com a Física Qüantica, por exemplo), mas é ainda a mesma.É a teoria da relatividade, que como já disse, cada dia mais ela é provada, que nos faz chegar ao big-bang, sendo portanto matemática e não inventada e ainda ela faz sentido. Muito sentido.Na verdade ninguém criou o big-bang, mas chegaram a ele através da matemática.
Para mim a ingenuidade está longe de fazer parte dos motivos deste cientista. Mas a vaidade seria um forte motivador, considerando-se a melhor das hipóteses($$$).
A ciência humana pode errar, mas ela não é pseudo e tão pouco quer provar nada. Ela trabalha do big-bang para frente. Contexto completamente fechado.Dentre estes cientistas, o iniciador (que não acreditava no big-bang, mas a sua teoria o criou) é o Einstein.Abraços!
10/07/2008 às 22:43 #79155cdp2xMembroBoa noite a todos.Voces já assistiram uma série de 12 videos que há no You Tube sob o título de "Quem somos nós?" ?Há em DVD também.Eu achei que tem muito material lá para ser discutido, tem muita metafísica, mecanica quantica e pelo que eu vi, muita subjetividade também.Talvez sirva para darmos uma alavancada nas discussões.Digitem lá :Quem somos nós... assistam.
NÃO SABER e não querer explicar é fluido, mantém a mente aberta.
Desculpe, mas isso vai contra TODOS os mais básicos princípios científicos e filosóficos.Levado a cabo representaria o Niilismo na sua mais flagrante condição.
Bom...o niilismo é uma corrente filosófica e para flagrar seus conceitos é preciso conhecer muitos princípios científicos e filosóficos.Na história humana já vimos diversas vezes que uma idéia contrária ao senso-comum pode sobrepujá-lo e então tornar-se o novo senso-comum, entrando em um ciclo vicioso.O que nos leva a pensar no quão pouco digno de atenção deveria ser essa busca por respostas e explicações.Acredito que deveriamos nos concentrar mais em "apenas ser", sem deixar de lado "os comos?" e "os porques?", mas não fazer da nossa existencia uma busca desenfreada por respostas que atropela sem misericórdia a unidade essencial da vida(o presente).
11/07/2008 às 17:24 #79156BrasilMembroo niilismo é uma corrente filosófica e para flagrar seus conceitos é preciso conhecer muitos princípios científicos e filosóficos.
Nem tanto... Basta saber o significado da palavra niilismo: Redução ao nada.Sabendo-se isso e tendo-se uma boa percepção ou um comportamento mais observador, não é difícil flagrar pensamentos e comportamentos niilistas. Alias o niilismo já é uma constante entre os humanos, mesmo entre muitos que nem sequer ouviram falar nele. O niilismo é uma conseqüência da interminável sobreposição de valores que o Homem inventa e descarta. Isso confunde as pessoas e acaba gerando o sentimento niilista.Porém o niilismo PLENO é impraticável. Ele se contradiz o tempo todo. Ninguém neste mundo consegue ser um pleno niilista.Se você gosta de alguma coisa, se você vê beleza em alguma coisa, se você sente emoção em alguma coisa, então você não é um niilista. O niilismo nega todos os valores morais, éticos, estéticos, políticos, sociais e individuais.Então não dá pra ser niilista gostando de futebol, música ou motociclismo, por exemplo.O niilista não poderia dizer que determinada música é “bonita”, ele não preza e nem considera valores... Seria mais uma contradição niilista entre tantas outras.
14/07/2008 às 1:27 #79157cdp2xMembroNão esqueceu do meu motociclismo hein Brasil, hehehehConcordo que na vida cotidiana é mesmo quase impossível ser niilista o tempo todo, em todas as suas ações, mas não é impossível no plano conceitual. Eu sempre me surpreendo analizando os mais corriqueiros fatos como desprovido de qualquer sentido, reduzindo-o ao nada.Então não vejo o problema em ser um niilista conceitual e ao mesmo tempo ser "demasiadamente" humano.Já não é o que fazemos nós todos ? Quem é que não dissocia os pensamentos das ações ?Somos mais pensamentos do que ações, por isso somos humanos e não animais.Se um niilista radical quiser praticar o niilismo plenamente ele chega a conclusão de que terá 2 escolhas: A opção covarde que é se tornar um ermitão e a opção corajosa que é se suicidar.No entanto, como voce bem disse o niilismo é contraditório e desprovido de qualquer valor, então o niilista retornará(como num ciclo vicioso) à essencia do nada e perceberá que não há sentido algum em optar por qualquer uma daquelas escolhas.Ao meu ver o niilismo maduro é praticado no plano conceitual, mas não(ou muito pouco) no plano das ações e emoções. Acredito que a aceitação plena da nossa condição é o niilismo puro. Qualquer negação ou exaltação de um fato foge da redução ao nada.Um abraço.
15/07/2008 às 16:12 #79158BrasilMembroConcordo que na vida cotidiana é mesmo quase impossível ser niilista o tempo todo, em todas as suas ações, mas não é impossível no plano conceitual.
Em se tratando de incoerências, tudo é possível!
não vejo o problema em ser um niilista conceitual e ao mesmo tempo ser "demasiadamente" humano.
Um niilista “conceitual” seria alguém que dá valor ao que lhe interessa e não dá valor ao que não lhe interessa? Se for isso, então tem outro nome, chama-se comodista: Aquele que avalia as coisas de acordo com a sua comodidade em detrimento do que ou quem quer que seja.Veja, esse termo “demasiadamente humano” foi cunhado por Nietzsche, se não foi cunhado por ele próprio, foi com as suas idéias que esse termo ganhou significado. Em minha opinião, esse termo consiste num ledo e perigoso engano. Pois, se não formos demasiadamente humanos seremos o que? Se somos humanos, então é bom que o sejamos o máximo possível! Não é mesmo? Ou será que queremos ser outra coisa?
Já não é o que fazemos nós todos ? Quem é que não dissocia os pensamentos das ações ?
Sim! E quem foi que disse que isso está certo? Quem foi que disse que isso é apropriado? Quem foi que disse que esse é o caminho?
Se um niilista radical quiser praticar o niilismo plenamente ele chega a conclusão de que terá 2 escolhas: A opção covarde que é se tornar um ermitão e a opção corajosa que é se suicidar.No entanto, como voce bem disse o niilismo é contraditório e desprovido de qualquer valor, então o niilista retornará(como num ciclo vicioso) à essencia do nada e perceberá que não há sentido algum em optar por qualquer uma daquelas escolhas.
Pois é... Aí ele percebe que todos aqueles conceitos que o levaram a fazer apologia do niilismo, não passavam de um ingênuo engano. Começa-se então a “remendar” o niilismo. Começa-se a falar em niilismo conceitual, niilismo passivo, ativo, completo, incompleto, puro, impuro, maduro, imaturo, etc. O fato é que o Homem, assim como acreditava Nietzsche, é um criador de valores. Sendo assim, em minha opinião, “destruir os valores” não é coisa a ser feita com uma bomba atômica e sim com uma pinça cirúrgica, se possível, nanocirúrgica. Pois, sendo criar valores, algo tão vital ao Homem, não poderíamos viver sem todos eles. Então, se temos que destruir apenas alguns valores, resta identifica-los. E aí não cabe mais o niilismo... Para identificar quais valores devem ser eliminados, usaremos os valores que permanecerão. Nietzsche, assim como você, eu acho, considera o niilismo útil e necessário à medida em que destrói os valores vigentes. Ele fala em “transmutação de valores”, você eu não sei... Mas o fato é que para se transmutar é necessário manter algo do que será transmutado, senão não seria transmutar e sim destruir e, substituir ou não substituir.Transmutando mantém valores. Destruindo e não substituindo vira ermitão ou se mata. Destruindo e substituindo cria novos valores.Então pra quê o niilismo? Se os argumentos que se usa para destruir os valores vigentes impossibilitam a criação de novos valores. Não há coerência nessa idéia!Abraço
19/07/2008 às 1:43 #79159cdp2xMembroEm se tratando de incoerências, tudo é possível!
Foi isso que me atraiu no niilismo: a possibilidade de ser incoerente sempre (incoerência ilimitada).A contradição ininterrupta gera a aceitação plena( o despojamento).Quer mais liberdade do que isso ?
Um niilista “conceitual” seria alguém que dá valor ao que lhe interessa e não dá valor ao que não lhe interessa?
Não. Eu quis dizer que na prática não tem que fazer nada de diferente, pode continuar sendo o humano que se é... o processo de aceitação dos acontecimentos no dia-a-dia se passam todos no plano mental que pode ser antes, durante ou após o fato ocorrido.
Veja, esse termo “demasiadamente humano” foi cunhado por Nietzsche, se não foi cunhado por ele próprio, foi com as suas idéias que esse termo ganhou significado. Em minha opinião, esse termo consiste num ledo e perigoso engano. Pois, se não formos demasiadamente humanos seremos o que? Se somos humanos, então é bom que o sejamos o máximo possível! Não é mesmo? Ou será que queremos ser outra coisa?
Voce tem toda razão, temos que ser plenamente humanos pois é o que somos e isso inclui também esses devaneios de evolução espiritual, busca da verdade, da origem de tudo, se existe deus ou não e tudo mais...Só não vejo qual é o perigo do termo...“demasiadamente humano”
Já não é o que fazemos nós todos ? Quem é que não dissocia os pensamentos das ações ?
Sim! E quem foi que disse que isso está certo? Quem foi que disse que isso é apropriado? Quem foi que disse que esse é o caminho?
Ninguém. Mas ninguém disse também que não está certo, nem apropriado e que não é o caminho. Pois sendo desse modo estaremos sendo apenas humanos e sendo de outro modo, também. Não faz diferença nenhuma.
Se um niilista radical quiser praticar o niilismo plenamente ele chega a conclusão de que terá 2 escolhas: A opção covarde que é se tornar um ermitão e a opção corajosa que é se suicidar.No entanto, como voce bem disse o niilismo é contraditório e desprovido de qualquer valor, então o niilista retornará(como num ciclo vicioso) à essencia do nada e perceberá que não há sentido algum em optar por qualquer uma daquelas escolhas.
Pois é... Aí ele percebe que todos aqueles conceitos que o levaram a fazer apologia do niilismo, não passavam de um ingênuo engano. Começa-se então a “remendar” o niilismo. Começa-se a falar em niilismo conceitual, niilismo passivo, ativo, completo, incompleto, puro, impuro, maduro, imaturo, etc. O fato é que o Homem, assim como acreditava Nietzsche, é um criador de valores. Sendo assim, em minha opinião, “destruir os valores” não é coisa a ser feita com uma bomba atômica e sim com uma pinça cirúrgica, se possível, nanocirúrgica. Pois, sendo criar valores, algo tão vital ao Homem, não poderíamos viver sem todos eles. Então, se temos que destruir apenas alguns valores, resta identifica-los. E aí não cabe mais o niilismo... Para identificar quais valores devem ser eliminados, usaremos os valores que permanecerão. Nietzsche, assim como você, eu acho, considera o niilismo útil e necessário à medida em que destrói os valores vigentes. Ele fala em “transmutação de valores”, você eu não sei... Mas o fato é que para se transmutar é necessário manter algo do que será transmutado, senão não seria transmutar e sim destruir e, substituir ou não substituir.Transmutando mantém valores. Destruindo e não substituindo vira ermitão ou se mata. Destruindo e substituindo cria novos valores.Então pra quê o niilismo?
Para a aceitação total, de tudo.Para aceitar tudo precisamos transformar o "tudo" em "nada".Ao transmutar valores ou ao criar novos valores surge uma nova situação para o niilismo novamente reduzi-la ao nada e entra-se no ciclo vicioso que eu havia mencionado.Então pra que o niilismo ? Pra nada.Pra tudo.Se por acaso alguém chegar a uma resposta dita absoluta, o niilismo pode destruí-la, despoja-la de todo o seu valor e a "nova" situação se desenrolará da mesma forma que a anterior e assim por diante, ininterruptamente. Isso é liberdade!Um Abraço
22/07/2008 às 12:20 #79160BrasilMembroVoce tem toda razão, temos que ser plenamente humanos pois é o que somos e isso inclui também esses devaneios de evolução espiritual, busca da verdade, da origem de tudo, se existe deus ou não e tudo mais...Só não vejo qual é o perigo do termo...“demasiadamente humano”
Caro amigo, um dos motivos que fazem-me ficar próximo ou gostar da Filosofia é o fato de ela ser insistentemente objetiva. Perceba: O termo “demasiadamente humano” não apenas sugere, mas diz claramente que é EXCESSIVAMENTE humano.“Demasiado” também quer dizer supérfluo, desnecessário. "Demasiadamente humano", diz que é humano DEMAIS.O que é humano DEMAIS, deve ser desumanizado! Então os valores humanos são desnecessários? Interessante essa sua opinião... Você reconhece os “devaneios”, mas não peza, não considera, não avalia os outros valores humanos, nesta sua avaliação... Isso é muito confuso pra minha cabeça... Agora reflita um pouquinho e depois me responda alguma coisa com relação a isto, por favor. (Obs.: Estive demasiadamente atarefado por estes dias e não pude acessar o fórum. Em breve responderei com relação às outras questões) Abraços
23/07/2008 às 14:42 #79161BrasilMembroFoi isso que me atraiu no niilismo: a possibilidade de ser incoerente sempre (incoerência ilimitada).A contradição ininterrupta gera a aceitação plena( o despojamento).Quer mais liberdade do que isso ?
A possibilidade de ser incoerente sempre está disponível a qualquer um; desde um religioso que pratica atos reprováveis por sua própria religião, ou alguém que não se interessa por política e fala em "hipocrisia do Estado", até um niilista que valoriza o motociclismo.Qualquer um está livre para ser incoerente! Resta se perguntar até aonde isso interessa à Humanidade, às sociedades, às comunidades e às famílias.Somos seres sociais! Nunca se esqueça disso. ;)
24/07/2008 às 20:41 #79162boberttusMembroacredito q ele nao seja uma alienaçao mas deus nao é um ser poderoso mas um ser te tinha a compreençao de q os humanos nao seriam civilizados o suficiente para permanecer por muito tempo na terra sem uma forma de aducaçao de bom samaritano !!nao sao as duotrinas dele q fazem um homen feliz mas ir contra o q ele disse seria ter uma visao de q nada é bom o bastante!!
08/01/2009 às 20:28 #79163brennerMembroolá cesarnão é mais facil eu te perguntar se você crêr na teoria da evolução ou da criação?porque eu posso lhe mostrar os dois postulados, darei as duas visões dentro do dominio da ciência e dentro de tudo isso você mesmo ira tirar sua próprias conclusões.espero falar com vcum abraço
27/03/2009 às 13:40 #79165LubezerraMembroCaro Loth "Não existe escuridão, mas ignorância". É isso mesmo: tateamos no escuro por nossa própria ignorãncia! Exigimos provas de algo que já conhecemos! Escondemo-nos do que é mais óbvio porque não é necessário demonstrar... Você diz: "A história dita que muitas foram as torturas feitas em nome de Deus, que muitos morreram e sofreram em virtude de um credo." Concordo: a fé cega é a fonte de todo fanatismo. De ambos os lados: daqueles que torturam e daqueles que são torturados. A única fé que deve prevalecer é aquela que sobrevive ao crivo da razão. A fé cega é aquela que diz: "Credo quia absurdum est". É essa que se organiza no poder temporal das Igrejas e fanatismos religiosos. Voltaire dizia: "Se Deus não existisse, teríamos que inventar." Dostoiévski: "Se não existe Deus, tudo é possível." Entre um e outro, trafega nossa ignorância. Mas uma coisa é certa, meu amigo: quando olhamos para fora de nós mesmos ou para nosso interior, não conseguimos ver o nada - pois o nada não existe... O próximo passo é admitir a existência de Deus, nem que seja como Pascal.
Se digo que algo não existe, é porque, existiu, existe ou tende a existir. O que leva alguem a dizer que alguma coisa não existe? Foi a busca por esta coisa. A própria negação do que existe é porque existe. O nada ocupa um espaço e se ocupa um espaço ele existe. Um nada foi preenchido com a crença em um Deus. Não nos sentimos autosuficientes para caminharmos sem esse mito que graças às religiões ficamos presos a ele. Sem esse deus nos sentimos abandonados, sem poder, sem forças para superar o vazio que fica. Deus é um mito, mas ainda não consegui me desvencilhar deste mito, meu amigo. No nada tento mergulhar para buscar a mim mesma, a cada dia me liberto um pouco deste monte de besteiras que dizem ser Deus. As respostas não podem estar com ele pois é um ser imaginário, foi criado para alienar, submeter e inferiorizar o homemAs respostas estão em cada ser. Estou na busca. Mas ainda não posso provar nada. Acho que a física um dia fará isso.
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