Início › Fóruns › Questões sobre Filosofia em geral › Você acha que existe um Deus? › Diferença entre um ateu e um religioso igualmente piedosos
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26/03/2007 às 21:32 #83500BrasilMembro
Vc tem certeza de que não existem religiosos cujos pais eram ateus? NÃO, NÃO TENHO!Vc tem certeza de que não existem ateus cujos pais eram religiosos? NÃO, NÃO TENHO!
???
26/03/2007 às 21:38 #83501CientistaMembroBrasil,Porque razão as coisas tem de ser abolutas, tipo 8 ou 80?Quem sabe refletes um pouco mais sobre tua pergunta e minha resposta?(Vc tem certeza de que não existem religiosos cujos pais eram ateus? NÃO, NÃO TENHO!Vc tem certeza de que não existem ateus cujos pais eram religiosos? NÃO, NÃO TENHO!)SDS
26/03/2007 às 21:41 #83502BrasilMembroBrasil,Porque razão as coisas tem de ser abolutas, tipo 8 ou 80?Quem sabe refletes um pouco mais sobre tua pergunta e minha resposta?(Vc tem certeza de que não existem religiosos cujos pais eram ateus? NÃO, NÃO TENHO!Vc tem certeza de que não existem ateus cujos pais eram religiosos? NÃO, NÃO TENHO!)SDS
O que o sr quer dizer com isso?O senhor sabe a quantidade?
26/03/2007 às 21:44 #83503CientistaMembroÉ tido por quem? Pelo menos para 10% das pessoas, mais os religiosos orientais não teistas, a resposta é NÃO!
Por muitas religiões. Não explicam Deus por estar fora da nossa compreensão, mas mostram a existência.
Alem da tua experiência pessoal, quais são os fundamentos da tua discordância?
Você disse que isso vem de berço. Não é o meu caso. Nasci e cresci cético. Agora que deixei de ser.
Devo entender que estás refutando minha afirmação? Quais as razãoes que justificam esta refutação?
Exato!Das muitas religiões espiritualistas temos a segurança própria e não baseado em sociedade ou família.
Thiago,Não quero entrar em polêmicas profundas, mas...1- É altamente provável que cresceste em meio religioso (Especialmente pais).2- Não estou falando de casos pessoais.3- "temos a segurança própria" ? Que te autoriza a fazer esta generalização?SDS
26/03/2007 às 21:46 #83504CientistaMembroPermaneço logado, mas eu os deixo por umas horas!Bons diálogos! Deixo o velho Ludwig com vocês!SDS"O que foi afirmado até aqui em geral sobre a relação do homem com o objeto, mesmo no tocante aos objetos sensoriais, é válido em especial para a relação do mesmo com o objeto religioso. Na relação com os objetos sensoriais é a consciência do objeto facilmente discernível da consciência de si mesmo; mas no objeto religioso a consciência coincide imediatamente com a consciência de si mesmo. O objeto sensorial está fora do homem, o religioso está nele, é mesmo íntimo (por isso um objeto que não o abandona como não o abandonam a sua consciência de si mesmo e a sua consciência moral), é na verdade o mais íntimo, o mais próximo. Agostinho diz, p. ex., "Deus é mais próximo, mais íntimo e por isso, mais facilmente reconhecível do que as coisas sensoriais e corporais" 1. O objeto sensorial é em si um objeto indiferente, independente da intenção, do juízo; mas o objeto da religião é um objeto mais selecionado: o ser mais excelente, o primeiro, o mais elevado; pressupõe essencialmente um juízo crítico para distinguir entre o divino e o não-divino, o adorável e o não-adorável 2. E aqui vale sem qualquer restrição o princípio: o objeto do homem nada mais é que a sua própria essência objetivada. Como o homem pensar, como for intencionado, assim é o seu Deus: quanto valor tem o homem, tanto valor e não mais tem o seu Deus. A consciência de Deus é a consciência que o homem tem de si mesmo, o conhecimento de Deus o conhecimento que o homem tem de si mesmo. Pelo Deus conheces o homem e vice-versa pelo homem conheces o seu Deus; ambos são a mesma coisa. O que é Deus para o homem é o seu espírito, a sua alma e o que é para o homem seu espírito, sua alma, seu coração, isto é também o seu Deus: Deus é a intimidade revelada, o pronunciamento do Eu do homem; a religião é uma revelação solene das preciosidades ocultas do homem, a confissão dos seus mais íntimos pensamentos, a manifestação pública dos seus segredos de amor. Mas ao ser a religião, a consciência de Deus, definida como a consciência que o homem tem de si mesmo, não deve ser aqui entendida como se o homem religioso fosse diretamente consciente de si, que a sua consciência de Deus é a consciência que tem da sua própria essência, porque a falta da consciência deste fato é exatamente o que funda a essência peculiar da religião. Para sanar este mal-entendido é melhor dizer: a religião é a consciência primeira e indireta que o homem tem de si mesmo. Por isso em toda parte a religião precede à filosofia, tanto na história da humanidade quanto na história do indivíduo. O homem transporta primeiramente a sua essência para fora de si antes de encontrá-la dentro de si. A sua própria essência é para ele objeto primeiramente como uma outra essência. A religião é a essência infantil da humanidade; mas a criança vê a sua essência, o ser humano, fora de si — enquanto criança é o homem objeto para si como um outro homem..... A religião, pelo menos a cristã, é o relacionamento do homem consigo mesmo ou, mais corretamente: com a sua essência; mas o relacionamento com a sua essência como uma outra essência. A essência divina não é nada mais do que a essência humana, ou melhor, a essência do homem abstraída das limitações do homem individual, i.é., real, corporal, objetivada, contemplada e adorada como uma outra essência própria, diversa da dele — por isso todas as qualidades da essência divina são qualidades da essência humana.... Só porque tem um outro objeto, um outro conteúdo, porque se elevou sobre o conteúdo das anteriores, julga ela estar isenta das leis necessárias e eternas que fundamentam a essência da religião, julga ela que o seu objeto, o seu conteúdo é sobre-humano. Mas, em compensação, o pensador contempla a essência da religião oculta para ela mesma, para o qual a religião é um objeto, o que a religião não pode ser para si mesma. E a nossa intenção é exatamente provar que a oposição entre o divino e o humano é apenas ilusória, i.é., nada mais é do que a oposição entre a essência humana e o indivíduo humano, que conseqüentemente também o objeto e o conteúdo da religião cristã são inteiramente humanos.... Como a razão só é e só pode ser definida como finita enquanto para o homem o prazer sensual, o sentimento religioso, a contemplação estética ou a intenção moral forem tidos como o absoluto, o verdadeiro; assim também a incognoscibilidade ou indefinibilidade de Deus só pode ser pronunciada e estabelecida como dogma quando este objeto não for mais de interesse para o conhecimento, quando somente a realidade tiver sentido, quando somente o real tiver para ele o significado do objeto essencial, absoluto, divino, mas mesmo assim ainda permanecer um resquício de religiosidade em contradição com esta linha puramente material....Por isso, quando a consciência humana se convence de que os predicados religiosos são apenas antropomorfismos, i.é., imagens humanas, aí então já apoderou-se a dúvida, a descrença da crença. E é somente a inconseqüência da covardia do coração e da fraqueza de inteligência que, baseando-se nesta convicção, não parte para uma negação dos predicados e desta para a negação da essência substancial deles. Se duvidas da verdade objetiva dos predicados, deves também duvidar da verdade objetiva do sujeito desses predicados. São teus predicados antropomorfismos, será também o sujeito deles um antropomorfismo. São amor, bondade, personalidade qualidades humanas; será também a essência fundamental delas que tu pressupões a elas, também a existência de Deus, também a crença de que existe um Deus, um antropomorfismo, uma concepção inteiramente humana. De onde sabes que a fé em Deus não é uma limitação da imaginação humana? Seres mais elevados — e tu aceitas tais — são talvez tão felizes em si mesmos, tão unidos entre si que não mais se encontram em estado de tensão entre si e um ser mais elevado. Conhecer Deus e não ser Deus, conhecer a felicidade e não gozá-la é uma discórdia, uma infelicidade."A ESSÊNCIA DAS RELIGIÕES (em A ESSÊNCIA DO CRISTIANISTMO - Ludwig Feuerbach)
26/03/2007 às 21:54 #83505ZMembroCaro Cientista,Você reclama de minhas generalizações.Mas na verdade, é você que generaliza. Você não concorda quando eu digo que "Existem crentes capazes de pensar por si"Você diz que eu generalizo??Eu apenas admito, na minha qualidade de cientista, uma hipótese como válida. Você é quem acha que nenhum crente (ou muitos poucos) não são capazes de pensar por si.Me parece que você é o falacioso aqui, e que você é o dogmático aqui. Mas talvez eu seja suspeito para falar isso já que não concordo com suas posições inferiorizadoras dos crentes.Eu acho um crente tão capaz como um ateu, em termos racionais. Nenhum é mais incapacidado que outro em termos de reflexão lógica.Você não concorda? Se sim, tudo bem mas é que você tem vindo a discursar remetendo para o oposto.
26/03/2007 às 22:26 #83506BrasilMembroPara todos os deístas, Acho que vale a pena lembrar:1- Os sentimentos religiosos e místicos são fundamentalmentes alicerçados no emocional, razão pela qual é difícil para o "crente" racionalizar as questões fundamentais pertinentes ao tema.2- Estes sentimentos tem um imprinting semelhante às neuroses, por acontecerem durante a infância.
Vc tem certeza de que não existem religiosos cujos pais eram ateus? NÃO, NÃO TENHO!Vc tem certeza de que não existem ateus cujos pais eram religiosos? NÃO, NÃO TENHO!
Brasil,Porque razão as coisas tem de ser abolutas, tipo 8 ou 80?
Toda generalização é burra
26/03/2007 às 22:34 #83507Junior MartuchelliMembroMas, não raro, o jornalista é uma figura medrosa, cujos hábitos intelectuais são tacanhos e, pior de tudo, é o que vai ler isso que escrevo e vai dizer: não vale generalizar. Ora, quando alguém diz isso, então está comprovada a sua burrice. Escrever é generalizar. Principalmente na crítica jornalística, o principal instrumento, e talvez impossível de ser substituído, é a generalização. Não podemos nunca escrever bem se optamos por contar casos, picuínhas. Nem podemos escrever frases do tipo “os são paulinos são uns arruaceiros, mas o Huguinho, o Zezinho e o Luisinho, e mais o fulano X e o Y, não são”. Não faria sentido. Ou seja, quando escrevemos, generalizamos – forçadamente. O leitor inteligente sabe disso. O burro não. O burro acha que foi para ele, somente para ele, que falamos o que falamos. À vezes, até foi!
Sobre generalizações. Achei interessante e postei aqui... Retirado do blog do Paulo Ghiraldelli... (http://ghiraldelli.blogspot.com/2007/01/o-jornalista-burro.html)Aliás, acho plausível que "Os sentimentos religiosos e místicos são fundamentalmentes alicerçados no emocional".
26/03/2007 às 22:44 #83508BrasilMembroAliás, acho plausível que "Os sentimentos religiosos e místicos são fundamentalmentes alicerçados no emocional".
Eu também acho. Porém, a afirmação do Sr Cientista é categórica.Ele se refere à INFÂNCIA. Ele não sabe a QUANTIDADE de casos para poder fazer esta afirmação.Nem de forma absoluta e nem de outra meneira.
26/03/2007 às 22:54 #83509BrasilMembroEscrever é generalizar. Principalmente na crítica jornalística, o principal instrumento, e talvez impossível de ser substituído, é a generalização. Não podemos nunca escrever bem se optamos por contar casos, picuínhas.
Interessante isso, Junior...Científico não?Poderiamos abolir os números, as noções de quantidade, ficaria mais fácil de se conversar, não é mesmo?Ficaria mais fácil de se afirmar as coisas...
26/03/2007 às 23:20 #83510CientistaMembroVocê reclama de minhas generalizações. Você diz que eu generalizo??
Nem sempre generalizas, mas naquele email bastante!
Mas na verdade, é você que generaliza.
Estou tentando me corrigir.
Você não concorda quando eu digo que "Existem crentes capazes de pensar por si"
NUNCA AFIRMEI ISTO! Se queres saber, eu CONCORDO!
Eu apenas admito, na minha qualidade de cientista, uma hipótese como válida.
Bem, este ato, sem fundamento na razão, é aquilo que chamamos de CRENÇA MÁGICA! :)(À qual tens todo o direito!)Confesso que ainda não sei quais são estes fundamentos!
Você é quem acha que nenhum crente (ou muitos poucos) não são capazes de pensar por si.
Repetindo, nunca sequer pensei nisto! O que eu digo é que estatisticamente diminui esta capacidade, e que os filósofos religiosos que eu li, pareciam uns macacos sempre que misturavam religião com o motivo de sua obra.
Me parece que você é o falacioso aqui, e que você é o dogmático aqui.
Cofio na minha capacidade de lidar com a razão. Mas cometo falhas sim, ora pois!
...não concordo com suas posições inferiorizadoras dos crentes.Eu acho um crente tão capaz como um ateu, em termos racionais.Nenhum é mais incapacidado que outro em termos de reflexão lógica. Você não concorda? Se sim, tudo bem mas é que você tem vindo a discursar remetendo para o
O que quero dizer é que, como um todo, pessoas relgiosas mostram falhas em sua produção intelectual que não existem nas mentes destituidas deste sentimento. NADA MAIS DO QUE ISTO QUIS SIGNIFICAR! E é claro que não estou quantificando nada com esta afirmação.Bem, lá vamos nós para outro ciclo de refutações! (Ainda bem que estou com tempo livre!)SDS
26/03/2007 às 23:46 #83511BrasilMembroO que quero dizer é que, como um todo, pessoas relgiosas mostram falhas em sua produção intelectual que não existem nas mentes destituidas deste sentimento.
Preconceito? Ou prepotência?
27/03/2007 às 0:35 #83512BrasilMembroEu afirmo! Hick
como um todo, pessoas relgiosas mostram falhas em sua produção intelectual que não existem nas mentes destituidas deste sentimento.
27/03/2007 às 2:00 #83513BrasilMembroCientista, deixa eu dar uma forcinha pra vc, senão a tua frase vai ficar expressando a minha opinião.
como um todo, pessoas relgiosas mostram falhas em sua produção intelectual, que não existem nas mentes destituidas deste sentimento.
27/03/2007 às 2:27 #83514BrasilMembrohehehe, isso só pode ser castigo de Deus… hehehe ;D
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