Início › Fóruns › Questões sobre Filosofia em geral › Você acha que existe um Deus? › Diferença entre um ateu e um religioso igualmente piedosos
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20/03/2007 às 15:48 #83275jota erreMembro
Resposta ao Sr. Junior MartuchelliAté onde o império da razão predomina? Em que sentido o racional é superior ao racional? Defina os termos "superior" e inferior.De forma alguma defendo a moral irracional das religiões, até porque, tanto quanto estas, a moral possui inúmeras definições e constituições. O que é, afinal, a moral? Não existe um conjunto de regras válidas para todos os casos - qualquer um pode conhecer a história da moral.Você acredita que todos o indivíduos têm capacidade para compreender leis morais de forma racional? Um estúpido que é capaz de estuprar a filha e matar a mãe tem condições de seguir autonomamente uma moral racional? O comportamento deste homem de exemplo, ao que parece, pode ser "controlado" pela moral religiosa. As religiões têm, portanto, um papel importante a cumprir na sociedade. Mesmo com os Xintoísmos, Islamismos, Igrejas Universais e Assembléias de Deus da vida.A sociedade "organizada e educada" de que falas, isto é, perfeita, é a República platônica, cuja realização é impossível. Nela sim, não se precisaria de regras legais ou mesmo religiosas (se a hermenêutica me permite), pois cada indivíduo saberia de seus deveres morais.Com relação a "outros pontos":1. As regras da retórica, cuja linguagem humana está condicionada, não prova a supremacia da razão.2. O silogismo aristotélico, que estrutura fundamentalmente a Lógica Formal (clássica), trabalha com premissas e conclusões. Exemplo:Todo homem é mortal (Todo A é B)Sócrates é homem (C é A)Logo, Sócrates é mortal (Logo, todo C é B)A estrutura, pode (e deve) ser aplicada diretamente aos discursos3. Não estou falando de Ciência, mas de Lógica, um dos campos da filosofia, que, inclusive, norteia a própria ciência. Mas a questão é que, conquanto os lógicos o defendam, a Lógica não explica toda a complexidade da existência humana.4. A história da Filosofia começa com os gregos (Tales de Mileto - séc.VI a.c.) e desde então, abrangeu a Ciência como uma de suas parte, seguindo a tradição aristotélica. Somente no século XVII, com Galileu e Newton, foi-se ter a concepção de ciência que temos hoje, fundamentada pela hipotetização e pela experimentação.Não estou tentando definir que tipo de conhecimento é o mais importante; minha intenção foi dizer exatamente o que disseste: "há de se estudar todas".5. Kierkegaard foi um homem que viveu conforme suas convicções. Não acreditada na religião luterana de seu contexto. Fundou uma religião própria que ele chamava de "Incógnito do Religioso", na qual explica que cada ser humano é Único (com "ú" maiúsculo) e tem contato direto com Deus. Ele considerava os padres e tutores meros "canalhas".6. Concordo com o fato de que nunca explicaremos Deus de forma alguma.Oude Sapere!
20/03/2007 às 15:54 #83276CientistaMembroPara mim "a ciência" é apenas um lugar organizado onde passamos um pente fino e, para o bem da humanidade, tentamos isolar o que é falacioso, subjetivo, daquilo que corresponde a realidade. O "pensamento científico" - que não precisa estar enclausurado na ciência - atua de forma racional e organizada, mesmo sobre as subjetividades humanas, mitos, etc. Este tipo de pensador consegue atingir uma distancia segura de seu próprio emocional quando raciocina sobre o mundo exterior e mesmo o interior; mas o faz sempre sob a luz da razão. A luz da razão! Esta a ótica que defendo! O discurso "filosófico" que reflita um "mergulho louco" no turbilhão emocional e suas subjetividades nos remete a animalidade comum, da qual nos distanciamos paulatinamente, faz pelo menos 6 mil anos (150mil?). Sei que não preciso lembrar as origens da palavra "Filosofia" (Afeição ao SABER), conceito este que tem estado, por vezes, muito esquecido dos próprios filósofo, mas vale a pena refrescar nossa memória. Se a razão não é perfeita (nada é) pelo menos é o melhor instrumento que temos para auferir realidade. Qualquer ataque à razão me parece francamente temeroso! O que me parece útil, ao discutir qualquer assunto é definir o campo donde este assunto se insere. Por exemplo, se vamos discutir o conceito "Deus", não cabe pô-lo na panela das realidades objetivas, mas sim na da mitológica, das paixões humanas, sob pena de erro inicial grosseiro. Por último, gosto mesmo de pensar que a "Afeição ao saber" engloba a ciência em si, não se extiguindo nela nem excluindo-a (Tou chovendo no molhado...). Desta forma, todas as humanidades se inclui realmente nesta. Meu pai, eu e meu filho (17) somos ateus-agnósticos. Quanto a eu e meu filho, o somos porque nossos pais nos deram a liberdade e fizeram o favor de não nos formatar com religião, numa idade em que não tínhamos discernimento para rejeitar ou aceitar conceitos prontos desta ordem. Apesar de compreender bastante a religião (eu o vejo como um fenômeno das massas incultas), pessoalmente tenho uma ogeriza visceral por religião desde meus nove anos. Religão para mim é sinônimo de INGORÃNCIA, ERRO, LAVAGEM CEREBRAL, IMPOTÊNCIA, QUADRUPEDISMO, ATRASO. Tudo aquilo do qual estamos querendo nos distanciar desde muito tempo. Isto não quer dizer que eu não tenha gosto em discutir este fenômeno social em si, mas discutir a existência objetiva de deus é mais do que inapropriado pra "filósofos". Esta é uma questão mais do que morta faz uns dois séculos! Colocando um pouco de luz sobre a questão, se é que se faz necessário: A linguagem se vale de símbolos (palavras) para referir-se à objetos ou fenômenos observados. Criamos as palavras-símbolo para denominar coisas PREVIAMENTE exstentes. Não há como inventar a palavra cadeira, sem haver uma cadeira de fato. Nós a criamos para nos referir a ela de forma resumida, prática. Quando falo "cadeira", todos aqueles que já viram/sentiram uma cadeira sabem na mesma hora ao que me refiro. Há um consenso sobreo que é uma cadeira, estamos falando uma linguagem comum. A palavra "Deus", num inequívoco atestado de sua imaterialidade, foi criada ANTES que o objeto do símbolo existisse de fato e pudesse ser obervado. Resultado: Cada um faz uma idéia particular sobre "deus". Tentamos agora encaixar uma definição para a palavra, numa ridícula e esdrúxula inversão liguística.
20/03/2007 às 16:03 #83277jota erreMembroGostaria de Pedir ao Sr SCIENTIST que descreva a criação do universo (da Realidade).
20/03/2007 às 16:05 #83278jota erreMembroADENDO: em poucas linhas, por favor…
20/03/2007 às 16:11 #83279CientistaMembroJR, Imaginemos os micróbios que cobrem um gão de areia, profundamente enterrado no litoral brasileiro (enorme como é) tentando apreender a praia toda, sua origem, suas formas e dimensões! Este é o homem!
20/03/2007 às 16:17 #83280BrasilMembroApesar de compreender bastante a religião (eu o vejo como um fenômeno das massas incultas), pessoalmente tenho uma ogeriza visceral por religião desde meus nove anos. Religão para mim é sinônimo de INGORÃNCIA, ERRO, LAVAGEM CEREBRAL, IMPOTÊNCIA, QUADRUPEDISMO, ATRASO. Tudo aquilo do qual estamos querendo nos distanciar desde muito tempo.
Vc mistura religião com Deus. Todo religioso acredita em Deus, mas nem todos que acreditam em Deus, o fazem através de religiões. Nem todos que acreditam em Deus seguem algo escrito por algum humano. Eu sei que é difícil para vc compreender isso. Mas filosofando vc chega lá.Vc pode não perceber, mas quando vc fala em suprimir a palavra "Deus" do vocabulário, vc sestá sendo um fanático radical que não se importa absolutamente com nada além de suas convicções.Isso seria como suprimir a política, porque exsitem ladrões na política. Um radical despropósito.
Para mim "a ciência" é apenas um lugar organizado onde passamos um pente fino e, para o bem da humanidade, tentamos isolar o que é falacioso, subjetivo, daquilo que corresponde a realidade.
Quando vc fala em "conhecimento científico", vc se esquece que Einstein acreditava em Deus. Não creio que isso se dava pelas suas teorias científicas. Ou será que Einsten não tinha muitos conhecimentos. Será que ele era um quadrúpede ignorante e atrasado? Acho que não.
20/03/2007 às 16:30 #83281CientistaMembroBrasilzinho, Vamos lá, de novo! O saber dos mamíferos entra apenas pelos sentidos. Deus é uma hipótese, concordo! Como outra qualquer. Não considero que esteja fundamentada na razão, por isto não me interesso por ela. Não me interesso também em saber quem acreditava em deuses, Brasil. Mesmo que 7 bilhoes de humanos acreditassem em mula-sem-cabeça dourada, isto não ia tornar real o tal bicho vivo! O importante é saber que "O que depende de fé ainda não é (e o que já é NÃO depende de fé). A fé, destituida de razão é a coisa mais livre do mundo! podemos acreditar em qualquer coisa e ninguém nos pode contestar!"Deus" é um conceito furado, não há observação que o corrobore. Já inventamos mais de 10.000 deles; qual vc prefere? Que é Deus? Quem sabe o definimos primeiro, para depois tomá-lo como hipótese?
20/03/2007 às 16:31 #83282CientistaMembroepa! erro! "O saber dos mamíferos..."
20/03/2007 às 16:37 #83283BrasilMembroBrazilzinho, Vamos lá, de novo!
Protótipo de cientista Vc já disse: "Estou fora", várias vezes. Tenho que admitir que vc está certo.
20/03/2007 às 16:39 #83284jota erreMembroSr. SCIENTIST, a questão é: como a “sua” ciência explica o mundo (isto deve constituir as suas convicções)Ademais, quanto à discussão Brasil x SCIENTIST:"(...) mamíferos (...)"O Sr. está legitimando um empirismo ou um positivismo.. ou um "achismo"?
20/03/2007 às 16:47 #83285CientistaMembroTodos que aqui estamos temos os mesmas motivações básicas: Buscamos a segurança da verdade! E o fazemos por motivações mais básicas: Todos estamos em busca de viver em segurança e conforto (além de reproduzir-se, é claro.) É na busca destes fundamentos vitais universais que se orientam todas nossas acões, inclusive nosso discurso, nossa filosofia, nossa ciência. Alguns de nós chegaram a mais verdades antes dos outros, por serem mais velhos, por estudarem mais ou por terem tido uma infância melhor. O que importa não é estar na frente, mas amar a busca em si, a verdade e sua insuperável segurança; Tenho aprendido um monte com todo o conhecimento de cada um dos membros de nosso grupo. Tenho muitas falhas.Abraço grande,Luiz
20/03/2007 às 16:51 #83286CientistaMembroResposta ao JR, Refiro-em à "mamíferos" para nos lembrar que somos um deles, não um ser mágico, o centro do mundo!
20/03/2007 às 16:52 #83287CientistaMembroBrasil, Que ironia ferina! :D
20/03/2007 às 16:57 #83288CientistaMembroJR, O mundo que a ciência (que não é minha, mas da nossa espécie) "explica" é mundo que pode ser observado. Não há mágica nenhuma nisto, apenas obervação. Pessoalmente, creio que a questão da ORIGEM, FORMA, DIMENSÕES, etc do Universo, são um PAREDÃO COGNITIVO o qual não temos comos transpor. Até prova em contrário, O UNIVERSO NÃO TEM EXPLICAÇÃO.Luiz
20/03/2007 às 17:16 #83289BrasilMembroAté prova em contrário, O UNIVERSO NÃO TEM EXPLICAÇÃO.
TUDO tem explicação, mesmo que estejam longe de nosso conhecimento, TUDO tem explicação.Se eu disser que foi Deus quem criou, serei chamado de ignorante porque não provo.Por que dizer que Deus não existe, é, na sua opinião sinônimo de conhecimento, razão, racionalismo, etc? Se não tem explicação!! Baseado em que, vc considera racional não acreditar que Deus criou? Palpite? Ou é ogeriza às religiões? hehehe
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