Será Deus Perfeito? – 2

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  • #76486

    Ferris,

    ref. paradigmas .-

    mecanismo extremamente criativo compor paradigmas seguindo esse raciocínio, o delineador fica por conta dos pressupostos, das idéias, é uma forma de universalisar sem generalizar de modo a ter presente o todo e as partes do cotidiano da pessoa que está criando o paradigma, instalando eficacias tb por conta dele, e pelo que entendi esse seria o diferencial.

    laço não é nó.

    retomo a noite ….

    abs.

    #76487

    Ferris,

    ref. (30.04.02)

    Acetilcolina / Noradrenalina .-

    a acetilcolina atua tanto no sistema nervoso autônomo simpático quanto no sistema nervoso autônomo parassimpático, o primeiro localizado na porção toráxica e lombar da medula espinal, e o segundo no tronco encefálico, na porcão sacral da mesma ; a noradrenalina ativa o simpático que lida com as situações emergenciais ; o sono depende da ação de certos núcleos (rafe) do tronco encefálico, a secção da parte da ponte não dorme nunca, as conexões ascendentes dos núcleos de rafe são as responsáveis pelo sono, núcleos muito ricos em serotonina …

    Freud passou a interessar-se pelos sonhos ao
    perceber que suas pacientes começavam a contar seus sonhos, a partir desse fenômeno tentara reconstruir seu conteúdo latente ; explicações de índole fisiológica ficava por conta da teoria dos neurônios, e processos primários do sistema nervoso autônomo.

    Freud foi o primeiro a explorar empiricamente o insconciente ; inicialmente atribuia aos sonhos importância como ponto de partida para o processo de associação livre ; Jung atribuira ao sonho o correlato do que o inconsciente estivera tentando dizer, prioridade máxima para o sonho como norteador, desprezando quaisquer associações não relevantes em relação so sonho. A analítica junguiana , trabalha com mitos, sonhos, arquétipos, arte , mandalas e insconsciente coletivo, influência do misticismo oriental são relevantes nessa abordagem terapêutica.

    Para Freud, o sonho era um produto autônomo da atividade psíquica e, como função psíquica, passível de uma análise sistemática ; Jung ampliou o espectro do sonho e trabalhou com interpretações diversas .

    É conhecido o caos do químico alemão Kekulé , ao pesquisar a estrutura molecular do benzeno, sonhou com uma serpente que mordia o seu próprio rabo. O sonho fê-lo concluir que esta estrutura seria um círculo fechado de carbono .

    O que se distancia do cientificismo occidental fica mais antiquado .- (fthy)

    não saberia dizer ao certo se falar em termos de ultrapassado seria o adequado, nem vejo por quê admiti-lo como tal … hj ouvi uma expressão em relação aos ” choques da civilização occidental e oriental ” : pós-occidentalismo … num debate sobre esse assunto, será que o occidental tenderá a ficar ultrapassado enquanto tendência a pretensão da universalidade (?).

    ref. Levy .- (leitura ).

    antes de pensar em termos de inteligência colectiva, pensar sobre bases .

    abs.

    #76488

    Ferris,

    ref. 30.04.02 (7:53pm) .-

    as questões que desencontram na superfície terrestre não terão vez numa EO (fthy).-

    por conta de diferencias educativo/disciplinador, nenhuma objeção ao que diz respeito ao item disciplina, muito pelo contrário, e nada contra os voluntários de projetos que se envolvam de forma eficiente , quero dizer, que se envolvam de corpo e alma, será que seria este um ideal anacrônico (?) para os “com acesso sideral “.

    daria para explorar mais esse assunto no sentido de proporcionar informações mais abrangentes sobre essas pesquisas laboratoriais ?

    ref. espiritualidade /psique e pacote tecnológico :

    inviável.

    abs.

    #76489

    Ref. Karein, 01/05/2002 – 10:28 pm: “… daria para explorar mais esse assunto no sentido de proporcionar informações mais abrangentes sobre essas pesquisas laboratoriais?”.

    Autores “de cabeceira” para ficção científica, Isaac Asimov e Arthur Clarke.
    Um livro de Asimov, “O Despertar dos Deuses”. De ler e passar a dar atenção à Aventura Sideral. Um resumido:
    Uma base lunar. Milhares de humanos a viverem e procriarem. Já na Sexta geração de selenitas. Os nascidos na Lua não apreciam a Terra e estranham os terráqueos (os terrestres quando recém-chegados, fedem!). Os altos escalões administrativos da base são exclusivos de cidadãos terrestres. E nos postos intermediários há meio-a-meio. Há serviço de espionagem terrestres nas atividades selenitas. E os cidadãos da Lua também possuem mecanismos de contra espionagem. Há atividade científica lunar completamente independente relativa à Terra. Na superfície terrestre há instrumentos para monitorarem as atividades na Lua. Os cientistas da Terra suspeitam de que há atividade científica clandestina, fora dos acordos e regulamentações. E num momento acontece o confronto inevitável. Os selenitas informam à Terra que querem se afastar, deixar de estar como satélite, querem vagar no espaço fora da jurisdição da Terra. As autoridades inicialmente acham que há blefe, mas os selenitas dão mostra de que desenvolveram tecnologia, para construir aparelhos que gerem energia suficiente, para anular a atração gravitacional entre os dois “irmãos”. A Terra inicialmente põe-a-boca-no-trombone, de fazer ameaças, mas depois de alguns toma-lá-dá-cá, acaba por pedir tempo, e se compromete que em período de uma década construirá sua lua artificial, para substituir o satélite lunar, e então a Lua será admitida como o mais novo planeta solar. (fim)

    Eis uma história fascinante. Depois de ler esta não precisa ler mais nenhuma durante um certo tempo (há muitas outras esplêndidas).

    Mas a ficção de Asimov não vai fundo na questão do viver sem riscos de ódios, ciúmes, violências diversas. Como evitar-se-ão inconvenientes indignos? Não tem cabimento permitir que em ambiente EO se instalem quiproquós corriqueiros terrestres! Triângulo amoroso não pode! Traição amorosa em EO estaria o fim-da-picada! E necessitar de aborto, então? E outras coisas esdrúxulas!

    Mas qual o motivo que alavanca tal assunto de EO e viver extra-terrestre? Há algumas cabeças-pensantes que se flagraram que os paradigmas prevalentes na atualidade já perderam muito em performance para eficácias. Tudo vai indo mais ou menos, e nada há que indique estar a próxima década facilitada com os atuais altos&baixos. A novidade está na criação da União Européia com um recém a engatinhar paradigma de meta-democracia. E o diferencial (crescente!) entre EUA e restante do Globo, só não será desastroso para superfície terrestre, caso os norte-americanos fizerem do espaço sideral seu objetivo agudo. Estaria no colossal potencial criativo dos norte-americanos um dos motivo de instabilidades no mundo terrestre (todo mundo correr atrás, ficar pra trás!).

    O Brasil não pode deixar de se manter atualizado, mas necessita de inúmeros paradigmas renovadores, para suas questões internas exclusivas (que servirão para países vizinhos!).
    (fthy; 02/05/2002)

    #76490

    Ref. Karein, 01/05/2002 – 10:28 pm: “ref. espiritualidade /psique e pacote tecnológico : inviável”.
    K. entenderia como “inviável”? Estaria a dar uma de apressadinha?
    Convida-se K. para inteirar-se de uma entrevista da década dos 80's, Simone de Beauvoir, teórica pioneira, jornalista, escritora, filósofa, feminista:
    “A mulher ascendendo ao poder torna-se semelhante aos homens. Uma espécie de mulher-desculpa e por suas funções, uma acima mais discreta e eficaz ao homem”;
    “O espírito é mais forte que o corpo. No caso de não haver possibilidade de uma vida sexual apreciada eu não tinha desejos sexuais. Eu só os tinha na medida que eram críveis”;
    “O pior para as mulheres é encontrar uma felicidade na sexualidade que leva-as a se tornarem mais ou menos escravas do homem”;
    “Não tive filhos, casada com Sartre, mas morava em bairro distante, cada um na sua casa, se faziam visitas”;
    “Os homens tem arraigada a idéia de sua superioridade e não estão preparados para se livrarem, de renunciar, há uma necessidade de se valorizarem, de ter a mulher como inferior”;
    “As relações mãe-filha que vejo à minha volta são catastróficas, são no máximo suportáveis, jamais amorosas e ternas”;
    “A velhice é mais atroz para o homem que perde o poder. Tudo está relativo ao poder. As mulheres por ficarem ao largo do poder quando vêem que o homem ao seu lado está sem o poder, ela o assume, tudo fica mais fácil para a mulher”.

    Reparar que cada frase permite gerar dois paradigmas:
    a) quanto ao modo de que as coisas estariam;
    b) quanto a um modo adiante, de como poderiam vir a ficar.

    Quanto daqueles de SB, poderiam mexer na psique feminina (principalmente!)? Muitos, todos!

    A Psique (obra de Jung!) está composta assim: Ego, Consciente, Inconsciente, Self. Ego e Consciente estão campos que já são favas contadas para processos por educação. Quanto Inconsciente, o melhor a fazer é não ir diretamente sobre ele.
    Mas o Self estaria um ótimo flanco, que poderia ser “explorado” através de paradigmas apurados e em profusão.
    Uma educação paradigmatizada “adentraria” pelo Self e daria “toques de leve” no Inconsciente.

    Eis conceito de Self de Jung:
    “O arquétipo da totalidade e o centro regulador da Psique; poder transpessoal que transcende o Ego”;
    “O Self não é somente o centro, mas também a circunferência total que abarca tanto o consciente como o inconsciente; é o centro desta totalidade, assim como o Ego é o centro do Consciente”;
    “Como todo arquétipo, a natureza essencial do Self é incognoscível, mas suas manifestações são o conteúdo de mitos e de lendas”;
    “As experiências do Self possuem uma numosidade, característica das revelações religiosas. Por isso, Jung acreditava que não havia nenhuma diferença essencial entre o Self enquanto realidade experimental e psicológica e o conceito de uma divindade suprema”;
    “O Self poderia ser chamado de 'Deus Interior' da pessoa”.

    Cada indivíduo imitaria Cristo! Algo impensável na superfície terrestre, mas nada impossível num ambiente de EO.

    Incrível, né?
    (fthy; 02/05/2002)

    #76491

    Ref. Karein, 01 de Maio de 2002 – 10:06 pm:

    Com a Psique de Jung: Ego + Consciente + Inconsciente + Self + Processos Psicológicos, e com as Funções de Jung: Intuição + Pensamento + Sensação + Sentimento, pode-se afirmar (sem ruborizar!) que durante lidamentos adiantados em ambiente informático, as coisas ficam facilitadas para analogizar (parece coisa de mentiroso, mas está correto falar assim!).
    Mas também no condicionamento de jogadores em concentração, há facilidades! E também enquanto na prancha de surf, sob aquele solzão amigo, dentro daquele marzão amigo, no aguardo da Grande Onda! Reitera-se que não se está a debochar nem a blefar nem a armar laço!

    Com estilo junguiano, cada mente carrega consigo o instrumental para deliciar-se, encarar-se, maneirar-se, corrigir-se, censurar-se, recuperar-se, propor-se. Pelo contrário, o estilo freudiano é uma pedrona amarrada no pescoço!

    Inconsciente: “Jung atribui uma função criativa, no sentido de que apresenta à consciência, conteúdos necessários à saúde psicológica, não é superior à consciência, suas mensagens em modo de sonhos, impulsos, devem ser mediadas pelo ego, o inconsciente é inútil sem a mente humana, entre o consciente e o inconsciente se estabelece o jogo do martelo&bigorna sendo que no ferro paciente está a ser forjado o indivíduo”. No estudo junguiano, o misticismo (puro!) proviria do inconsciente.

    K.: “pós-ocidentalismo, debate …será que o ocidental tenderá a ficar ultrapassado enquanto tendência a pretensão da universalidade (?)”.

    No fundo inexistiria tal pensar, não está com nada pensar se fica ou não ultrapassado, no fundo deixa-se pra lá tal questão. O que importa é que o modo ocidental de fazer as coisas não pára, não dá folga (para si!), não tem nada que o trave (internamente!). O ambiente sideral coloca o Ocidente como Sistema Aberto. Muitas coisas da superfície deverão ser versionadas (Estado!), muitas estão a passar por percalços de percurso (democracia, religiosidade!), mas nada de mais, assim é que sempre foi (ainda bem!).

    Dois casos de “sistema aberto” (a contingência está fator de abertura!):
    Caso 1: – o primeiro trigo domesticado pelo humano cruzou-se por acaso (8 mil anos atrás!) com uma gramínea, e produziu um híbrido que dobrou o número de cromossomos passando de 14 para 28; – este híbrido com 28 cromossomos se tornou o “trigo para macarrão”; – com mais um cruzar com gramínea, resultou num de 42 cromossomos, o “trigo para pão”.
    Caso 2: – o homem de Neanderthal (200 mil a 40 mil anos) vivia em média 29 anos; – na época da Descoberta do Brasil, a idade média estava em 38 anos; – atualmente está em 79 anos nos países nórdicos.

    O Ocidente está sistema aberto graças à Aventura Espacial (nada contingencial enquanto nas essencialidades!).

    K.: ” antes de pensar em termos de inteligência colectiva, pensar sobre bases”.
    A Inteligência Coletiva já existiria, e estaria a ser paulatinamente complexada numa Mente de Gaia.
    (fthy; 02/05/2002)

    #76492

    Ferris,

    Dizia Beauvoir que o pior crime é tentar destituir outro ser humano de sua humanidade, referindo-se a como as mulheres eram enredadas na má fé dos homens, desculpa mas vou usar o termo machos ; entretanto a má fé não haveria de explicar a falta de liberdade das mulheres, seria necessária também a cumplicidade da vítima, vou ser justa … fêmeas . Círculo vicioso : cada um tem o seu sonho irrealizável ; cada um olha para o outro para solucionar seu conflito interno; cada um culpa o outro, como deve, quando essa estratégia falha ; é o cenário sartriano do sádico e do masoquista.

    O antídoto é obvio : a mulher deve rebelar-se … afirmar-se profissionalmente tal como o homem, negar a maternidade, casamento, lar e o seu próprio ser sexual. O ato sexual, dizia B., obriga a mulher a se colocar como objeto passivo.

    vida dúplice : ser dura na profissão e depois transformar-se , à noite, em alguém doce ; pode exercer tb a função masculina, dificilmente encontrará um homem que possa tolerar sua superioridade ; pode desistir de manter um relacionamento permanente, conquistadora, o êxito nunca será dela …

    A mulher de Beauvoir deve ultrapassar a carícia sartriana, a mão masculina proprietária , e a penetração do macho ativo no ato sexual “no sentido do seu próprio prazer “. Ela se dá para si mesma ; será tb ativa. Para que isso aconteça , porém , o homem deve encarar a mulher como seu “semelhante” . Uma vez que a mulher seja vista “como” homem – isto é , como um sujeito – então é possível a reciprocidade no ato sexual . Dois sujeitos iguais agora se defrontam , dão-se um ao outro, desfrutam um ao outro.

    O existencialismo de Beauvoir extrapolava tanto o socialismo quanto o capitalismo para situar a dinâmica da opressão ;

    ref. aos dois paradigmas .-

    quanto ao modo de como as coisas estariam e de como poderiam a ficar , prevalecem ano 2002.

    um “novo” paradigma : amor como experiência espiritual mais elevada .-

    alinhando a humanidade sem sujeito de S.B , desarticulando o desejo sexual de Sartre enquanto reação-impasse do eu/outro ; uma reciprocidade aparentemente impossível no contexto existencialista : alternação de papéis (amantes)/Sartre versus igualdade mais satisfatória ( Beauvoir ).

    ref. Self

    paradigma espiriual em ambiente EO , discordo da expressão “cada um imitaria Cristo ” ….

    com estilo junguiano cada psique instala eficácias … pelo contrário estilo freudiano é uma pedrona no pescoço, não estaria a exagerar um pouco ?

    (…)

    abs.

    #76493

    Ferris,

    ressalva da última pergunta refere-se ao estilo freudiano a exagerar … ; dizia Freud que um homem considerado sadio ( não neurótico) seria aquele capaz de amar e trabalhar … simplista (?)

    (…)

    #76494

    Ferris,

    parece que , ao tempo que o inconsciente junguiano mostra-se criativo o freudiano mostra-se um receptor de tudo aquilo que é reprmido, alias tem-se como o insconsciente o protótipo do que é reprimido, mas o que está inconsciente não coincide necessariamente com o reprimido ; segundo Freud, tudo que é reprimido é inconsciente , mas nem todo que é inconsciente é reprimido … em termos de criatividade não vejo distinção entre ambas . (…)

    reflito sobre a questao dos sistemas abertos e fechados em relação as duas abordagens, em relação à junguiana, é fácil perceber-se disso, mas na leitura freudiana não me resulta tão evidente assim.

    ref. ciência ficção .- Asimov.

    quando fiz ref. à informações pensava em algo mais experimental, ja que foi utilizado o termo “experiências laboratoriais “…. vou ver se acho esse livro.

    abs.

    #76495

    Ref. 03 de Maio de 2002 – 1:38 am, Karein: “… pedrona no pescoço, não estaria a exagerar um pouco?”.

    Certamente que sempre exagera-se, ora mais ora menos. Ainda bem que vaivém permite redundar, analogizar, burilar, varrer pra debaixo-do-tapete!

    Jung e Freud. Como já foi dito Jung facilita que cada indivíduo carregue numa mochila um instrumental para chegar à totalidade. Nada a ver com Lévy naquela “totalidade universal ou coletiva”. Acontece que Jung acessabiliza a outros: Sócrates, Cristo, J. Campbell, F. Pessoa, M. de Assis, Voltaire, K. Popper, Isaac Asimov. Já leitura freudiana, interdita!. Com abordar junguiano a História está com tudo em sentidos! (freudiano não!).

    Olha só que legal, de colocar na mochila ir pra praia, extraído de livro* sobre Jung:
    “Para Jung, a Bíblia era um registro da evolução do conceito divino formulado pela humanidade, ao longo de sua existência histórica. Quando falava de Deus da Bíblia, ele estava querendo dizer 'Self', o “deus interior”. A vivência do “deus interior” pode assumir a forma de crença literal em Jesus ou Buda, até o fervor religioso dos reformadores sociais e cientistas. Jung asseverava que o zelo dos cientistas em descobrir os cernes do mundo é essencialmente uma crença religiosa encoberta.” (* “Guia Prático de Psicologia Junguiana”, R. Robertson, Cultrix, SP, 1995).

    K.: “falta de liberdade das mulheres, seria necessária também a cumplicidade da vítima …”.

    Para corroborar a “cumplicidade” eis de livro ** de Odete Lara, imperdível:
    “Um amante é pouco para mim. Não dá para consumir todas as energias que me consomem. Somente na fase aguda de uma paixão é que um só amante me satisfaz. O atual que ando é potente, viril, satisfatório total. Porém a simples lembrança de gestos na alcova já me enervam todo o corpo e mente. Só penso em mais amar, aqui e agora. Não entendo. Em vez de me aplacar, a repetição me excita. Preciso de mais homem, com mente mais complexa, mais inquieta … A vida de artista é intolerável, inexiste a artista pessoa, só há a artista objeto, o público só se interessa pela vida levada extra profissional … minha profissão quase que me leva à mendicância … vejo-me atirada num abismo … não consigo pegar no sono … muitas vezes vivo fases nauseabunda …a angústia me persegue o tempo todo …”.
    (** “Eu Nua”, Odete Lara, Ed. Rosa dos Tempos, SP, 2002; um autobiografia da atriz brasileira, anos 50-60's, e alguns trechos de seu diário pessoal; atualmente Lara está a lidar com misticismo oriental).

    O que interessaria é entender que Lara e Beauvoir estariam em época de esgotamento de modêlo, e consequentemente, numa transição para novo modo de atuar. Há tempos atrás, FSP fez uma reportagem com casais de segundas núpcias, de SP e RJ, que residiam em apartamentos afastados, e se visitavam, e tudo ia às mil maravilhas.

    O fórum é “Será Deus Perfeito?”. Mas os assuntos abordados tem tudo a ver com um perfeicionismo; chega-se lá … lá adiante.

    Eis um trecho de Bernardo Soares (F. Pessoa), de lascar, de tirar o fôlego:
    “Conselho às Mal-casadas. Digo que “as mal-casadas” são todas as mulheres casadas e a maioria das solteiras. Livrai-vos sobretudo de cultivar sentimentos humanitários. O humanitarismo é uma grosseria. Escrevo a frio, raciocinadamente, pensando em vosso bem-estar, pobres mal-casadas. A arte toda, toda a libertação, está em submeter o espírito o menos possível, deixando ao corpo, que se submeta à vontade. Ser imoral para as vistas, não vale a pena, porque diminui, aos olhos dos outros, a vossa personalidade e a banaliza. Mas sejais imoral dentro de si, cercada do máximo respeito alheio. Ser esposa e mãe corporeamente dedicada, e ter, porém, contatos inexplicáveis com todos os homens da vizinhança, desde o merceeiro até o sacerdote – eis o que maior sabor tem a quem realmente quer gozar e alargar a sua individualidade, sem descer ao método da criada de servir, nem da honestidade rigorosa e estúpida. Todo o prazer é do cérebro, todos os crimes que se dão é só em sonhos que se cometem”.

    E por ai vai adiante, há muito mais, mas basta nesta mensagem.
    (fthy; 03/05/2002)

    #76496

    Ref. 03 de Maio de 2002 – 1:38 am, Karein: “deve ultrapassar a carícia sartriana, a mão masculina proprietária”.

    Aqui, tentou-se, e tentou-se, mas desistiu-se … impossível extrair algo de “O Ser e o Nada” de Sartre … literalmente impossível. Caso alguém demonstre alguma curiosidade:
    ( http://educom.fct.unl.pt/proj/por-mares/sartre-moscas.htm )

    K.: “novo paradigma: amor como experiência espiritual mais elevada…”.
    O feminino não estaria para ambicionar Poder, estaria voltado a deter Saber. O tal de Poder que permaneça com o masculino. Mas com Saber, o feminino dociliza o Poder (instala plasticidade, flexibilidade, maleabilidade). Porém para dispor de Poder está compulsório o Saber. Então o feminino com Saber, compulsoriza ao masculino um correr atrás de Saber para assegurar-se do Poder. Com um Saber consistente o feminino administra o Poder, sem exercer o Poder!
    Parece que ficou bem assim, hein?

    K.: “mulher deve rebelar-se, afirmar-se profissionalmente tal como …”.
    Pensa-se que não estaria assim que autora francesa encararia tempos vindouros, idem Lara, Bernardo Soares e casais com novos estilos.

    K.: “discordo da expressão 'cada um imitaria Cristo' …”.
    Assim interpretar-se-ia:
    – Cristo se dizia “filho” do “pai divino” que estava interno a ele;
    – o Saber adquirido por Cristo (12 aos 30, junto ao misticismo oriental) lhe preparou para o Poder;
    – após batismo Cristo assimilou um Poder, o Divino;
    – se Cristo não dispusesse de Poder não iria partir para Querer;
    – após o batismo até a crucificação Cristo viveu pelo Querer.

    Reparar que para “imitar” Cristo não está a ser exigido exorbitâncias. Atualmente as condições vivenciais sociais estão diretrizadas:
    – há bolsões de miséria mas está bem caracterizado “eis uma indignidade”;
    – esteja questão mal conduzida ou complexa demais, porém está caracterizada;
    – deficiências crescem, proliferam, mas toda mente sã se certifica do não-feito;
    – isto quer dizer que a mensagem de Cristo está implantada, mas não concluída;
    – há esforços para reduzir faltas-em-humanidades, sempre faltam esforços;
    – “imitar” não quereria dizer “sair por aí individualmente a fazer o bem”;
    – “imitar Cristo” estaria como ícone e “cada um com seu jeito” geraria funções.
    (fthy; 03/05/2002)

    #76497

    Ferris,

    ref. 05.03.02 (7:00)

    Freud /Jung /religiosidade/sexualidade .-

    A divergência entre Jung e Freud é absoluta, enquanto para o primeiro a religiosidade se apresenta como fenômeno universal, genuino, trabalha com o arquétipo Deus , como função natural inerente à psique , encontrada desde os tempos mais remotos, inclina-se ao estudo da atitude religiosa não as crenças, ele mesmo diria numa entrevista : ” Desde que experimento minha colisão com um poder superior dentro de meu próprio sistema psíquico , eu tenho conhecimento de Deus “, um confrontar-se com um fator desconhecido em si, ao qual denomina-se Deus, o que era interesse do eu estudo, era as diversas manifestações de fenômeno religioso e sua importância dentro do funcionamento da psique ; para Freud a religião era derivado do complexo paterno e uma das possíveis sublimações do instinto sexual, assim o que para Freud a religião estava delimitada como fator patológico, para Jung seria considerada instinto.

    O delimitar freudiano consistia em que o desconhecido dos processos psíquicos tinha por base a aceitação da sexualidade infantil, a teoria freudiana fundamenta-se nesse pressuposto não valorizando o inconsciente dado que procurava segurança numa consciência conhecedora. Nesse sentido, pode ser encarada como dogmática, a leitura fica restrita e direccionada , mas por outro lado, a psicanálise direccionou seu interesse para o comportamento anormal, e nesse ponto que , por enquanto, ainda discordo em considera-la como sistema ultra-fechado, pode parecer incongruente na medida em que se ignora o aspecto espiritual, mas como pratica terapêutica não vejo assim .

    Segundo o psicanalista Renato Mezan :

    ” A Psicanálise é simultâneamente um método de investigação do sentido dos atos e produções psíquicas do ser humano , uma teoria geral do homem baseada nos resultados desta investigação, e uma forma de tratamento de problemas mentais e emocionais derivada do método e da teoria mencionados . É aproximadamente assim que Freud a define em 1924, e esta definição conserva toda a sua validade”. ( Caderno Mais – Folha de São Paulo, 21.11.93).

    ref. Odete Lara e S. Beauvoir .- modelos esgotados, interpreto como pontos de certa forma extremos, a primeira consome-se a segunda se consomem enquanto sujeitos , uma no sentido unilateral outra a um nível igualitário … como mulher, reflito o quanto é difícil ser humanamente homem e mulher nessa existência.

    o viver em apartamentos afastados, é contingencial, haveria de analisar o modo de atuar da relação.

    F.Pessoa sempre nos surpreende e nesse caso é tirar o fôlego mesmo …. humanitarismo é grosseria, sim , sem dúvida alguma se se considerar na relação como a “humanitária ” para contrapor tal atitude faz-se necessário contatos inexplicáveis …. acredito ser um jogo dialetico arriscado o tal de ser imoral para si … nem todos os crimes são cometidos em sonhos.

    abs.

    (…)

    #76498

    Ref. Karein, 01 de Maio de 2002 – 10:06 pm: “Acetilcolina / Noradrenalina .- a acetilcolina atua tanto no sistema nervoso autônomo simpático quanto no sistema nervoso autônomo parassimpático …”; “Seleções/maio/2002: – cérebro enquanto consciente (acordado!) está banhado com duas substâncias: acetilcolina, noradrenalina …”.
    Eis para um mesmo assunto, o senso comum geral – Seleções -, e o senso comum científico – texto de K.

    Ref. 03/05/02 – 1:47 am, Karein: “dizia Freud … homem considerado sadio ( não neurótico) seria aquele capaz de amar e trabalhar … simplista (?)”.
    Simplista demais, completamente! Outra do mesmo: “A anatomia é o destino”.

    Entende-se que abordar assunto freudiano/junguiano sempre propicia clima pisar-sobre-ovos. Há linha divisória, que pareceria um canyon: lado freudiano e lado junguiano, antagônicos com excludência absoluta, caso adotar um estilo de pensar há automático interditar do outro pensar, abordar freudiano estigmatiza até fim-do-mundo como “freudiano”, idem para “junguiano”. Aqui assimilou-se enfoque junguiano, portanto qualquer ruidinho freudiano já está na mira como tempestade a abortar (automaticamente!).

    Ref. 03/0502 – 2:17 am, K.: “… segundo Freud, tudo que é reprimido é inconsciente, nem todo que é inconsciente é reprimido … não vejo distinção entre ambas (F. e J.)”.

    Vai-se sintetizar. Jung facilitou “sistema aberto” quando colocou o Inconsciente e o Consciente como “parceiros”. Com o Ego a “consumir” o Consciente, este correria risco de ser sobrecarregado pelo Inconsciente. Jung instalou então o Self para travar o Inconsciente. Assim somente Ego entra em inflacionamentos, o Consciente não. Ao Inconsciente os sonhos, ao Consciente a Razão, e ao Ego os Feitos&Desfeitos.
    E qual o papel do Self? Segundo Jung: “Um modelo interior que estipula a pessoa em quem possivelmente nos tornaremos, como um objetivo sempre mais adiante e jamais plenamente alcançado, e mais ainda, é um 'deus interior', a maior aproximação psicológica possível do que seja a divindade”. Mas o Self também cumpre com uma função: “é a função transcendente que constela a totalidade e a ordem no cerne da Psique”. Mas onde está o Self? Jung: “só conseguimos encontrar o Self olhando profundamente dentro de nós, o Self emerge do Inconsciente”. Por haver apresentado o Self como realidade psicológica paralela ao conceito de Deus, Jung foi criticado tanto pelos religiosos como pelos materialistas, Jung ficou num fio-de-navalha. Jung agüentou uma barra pesadíssima e não titubeava: “Se existisse Deus, o único meio de humano de vivenciar divindades seria através da função psicológica tal como sugeria o Self”. Já pensou no quiproquó?

    K.: “sistemas abertos e fechados em relação as duas abordagens, em relação à junguiana, é fácil perceber-se disso, mas na leitura freudiana não me resulta tão evidente assim”.
    Na época de Jung/Freud inexistia “sistema aberto e fechado”, coisa das últimas décadas do século XX. Acontece que a teoria junguiana assimila (ou não interdita!) as novas abordagens provindas da Teoria da Informação/ Cibernética/Informática.

    Caso a teoria freudiana estivesse a contendo em cientificidades, deveria ter absorvido já nos tempos iniciais, o caso que acabou por justificar ruptura definitiva entre “pai” e “filho”:
    “Diante de um caso, paciente Miller, Freud (pai!)reduzia as fantasias e imagens de sonhos ao complexo de Édipo, enquanto que Jung (filho!) ampliava as imagens para variadas mitologias de diversas culturas e eras e conseguiu detectar padrões que levavam a psique para adiante esquizofrenia”.
    Jung esteve certo (depois de muitos ajuizamentos!), e logo que Freud reconheceu estar batido, optou (não titubeou!) por romper grosseiramente, violentamente, com Jung. Durante o resto da vida Jung foi isolado, obrigado a trilhar solitariamente um caminho.
    fthy, 04/05/2002

    #76499

    Aviso aos navegantes: o fórum está “Será Deus Perfeito?”, mas para chegar lá, coisa que se anteve como para prolongadíssimo devir, entende-se que vale a pena dar voltas, nada de voltinhas à êsmo, mas sim no estilo daquelas primeiras hélices contínuas, que serviam para elevar a água ao alto, em reservatórios.

    Ref. Karein, 04/05/02 – 1:46 am: “… discordo em considerá-la como sistema ultra-fechado, …”.
    Evidente que houve exagero no “ultra”, devido que no calor de elaborar texto, até palavrão às vezes parece admissível. Entende-se que nem a “esquisitice” dos fundamentalistas está fechada total, eles dispõem de flancos abertos.
    Há um truque que adota-se de modo exaustivo, assim:
    – considerar linha com três pontos;
    – da esquerda situar grau extremado “negativo”, e no da direita um grau extremo “positivo”, e no do meio interpretar como ponto-de-viragem;
    – exemplo: ódio no à esquerda e amor no da direita, e no ponto do meio, um grau zero, nem ódio nem amor.
    No caso do “exagerar”, situou-se “freudiano” num extremo “negativo” (fechado, opressor!) e junguiano no extremo oposto “positivo” (aberto, liberdade!). Está como mero truque para facilitar inferir, mas sempre propenso a apuros, nada de definitivos, sempre com bastante especulativos.

    K.: ” a religião … para Jung seria considerada instinto”.
    Fica tudo facilitado com diretivas junguianas. Ficam disponíveis seguir caminhos nos campos do mitológico (Campbell!) e da ficção científica (Clarke, Asimov!). Estaria muito mal obrigar-se a ignorar essas duas vertentes para imaginar e conhecer. Além do que há acesso às virtualidades que vicejam nas atividades humanas.

    K.: “Segundo o psicanalista R. … é um método de investigação do sentido …, uma teoria geral do homem … , e uma forma de tratamento … definição conserva toda a sua validade”.
    Reparar que somente aborda-se esta questão freudiano e junguiano em modo de senso comum geral, nada a ver com senso profissional ou senso científico. Utiliza-se proceder junguiano pragmaticamente, para deslimitar ambientes, climas, perspectivas, âmbitos, contextos, campos, espaços. Vale a figura de “mochila de acampar” cheia de instrumentalidades psicológicas.

    K.: ” ref. Odete Lara e S. Beauvoir .- modelos esgotados”.
    Certamente esgotados há muito tempo passado. Já estariam fora de época quando dos registros!
    Entende-se que o saber adquirido de modo empírico exclusivo, pela atriz brasileira, interditar-lhe-ia uma consistência em discrenimentos.
    A escritora francesa teria perdido as leituras de época, anteriormente ao ano de 1968, do “proibido proibir” em Paris, e que propagou para metrópoles ocidentais, todas as gerações, menos a corrente, estariam a rumar para o baú da história.

    A respeito de artista em geral, entende-se que eles, todos das artes de representar, sempre se expresariam de modo artificioso, falariam através dos complexos assimilados decorrente da atividade de representar profissionalmente. Entende-se que essas pessoas teriam dificuldade de discernirem sem resquícios de representação, enquanto em expressamentos com veicular público. Quanto mais viajados, calejados, e reconhecidos profissionalmente, mais estariam privados de compreender as coisas do mundo que os rodeiam, apesar de se permitirem representar sobre todas as coisas do mundo.
    Todos seus externamentos estariam num senso comum geral superficial, nos assuntos fora da profissão. Entende-se que o profissional de maior status artístico se recusaria falar sobre assunto fora de sua arte (evitaria sair com besteirol!).
    (Nota. Coloca-se uma questão assim: exagera-se?)

    Referente ao livro “Eu nua” de Odete Lara, estaria válida uma leitura de oportunidade (de lances e extraír trechos) para enriquecer memória sobre épocas nacionais próximas passadas, para adensamentos sobre avanços que desembocaram na atualidade.

    K.: “… acredito ser um jogo dialético arriscado o tal de ser imoral para si”.
    Segue com “Livro do Desassossego”, BS/FP:
    “Acredito que sabereis, vós do sexo feminino, compreender o que escrevo. Todo o prazer é do cérebro, todos os crimes que se dão é só em sonhos que se cometem. Lembro-me de um crime belo, real, que não houve nunca. São belos os que nós só sonhamos. Pessoalmente os meus sonhos dão de império e glória; não são sensuais de modo algum. Proponho-me ensinar-lhes como trais o seu marido em imaginação. Acreditem-me: só as criaturas ordinárias traem o cônjuge realmente. O pudor é uma condição 'sine qua non' de prazer sexual. O entregar-se a mais de um parceiro sexual, mata o pudor. Concedo que a inferioridade feminina precisa de macho. Acho que, ao menos, se deve limitar a um macho só, fazendo dele, se disso precisar, centro de um círculo de raio crescente de machos imaginados”. (Nota. Transcrição 'ipsis literis' ao livro; e tem muito mais!)

    Interpreta-se assim:
    – enquanto imaginativamente … tudo pode;
    – imaginativo estratégico significa dispor mas não revelar;
    – a imaginação pode ser externada, modo de fenômeno, que não fica revelada;
    – em relação humana – masculino e feminino, a recepção deve saber receptar;
    – saber receptar quer dizer que fenômeno deve ser acolhido como fenômeno;
    – estar fenômeno a envolver a ambos;
    – em momento de amor/felicidade sempre é assim;
    – o texto destaque sugere que o indivíduo pode imaginativamente estradular, cogitar o incogitável, mas nunca revelar, só fenomenizar;
    – e com jeitinho, moderar para gerar fenômeno, e assim começar tudo como se fosse outra primeira vez, tudo acordado tacitamente no casal;
    – há acrescer em deleites, se casal a sós represente, ora a bancar atores ora a estar platéia (não é mágica!), consigo a si.

    (Nota. Os textos destas mensagens se pareceriam com estruturas idealizadas; a realidade estaria como tais estrutura “ajeitadas” às condições existentes).
    (fthy; 04/05/2002)

    #76500

    Ferris,

    ref. 03.05.02 – 8:03pm .

    Sartre .-

    quer falar do homem concreto no mundo concreto ; o conceito de intencionalidade da consciência situa a consciência fora de si … reiterando o paradigma dos encontros humanos é o encontro casual de dois soldados inimigos, cada qual ameaçando a vida do outro, cada qual tentando subjugar o outro ; tal concepção extende-se para a descrição das relações íntimas entre amantes e amigos, e em geral para todos os relacionamentos : o amor entre consciências é impossível ; Sartre nos diz que se tratando de subjetividade , o que surge é um eu em transformação, o homem é necessariamente livre ; a situação original da consciência sartriana é de estar só … nesse sentido , a historicidade da experiência humana seria suficiente para pensar a história ?

    ref. paradigma SPQ em relacão homem/mulher . –

    parece que ao menos teoricamente estaria bem sim, pois parece haver uma disposição para complementariedades.

    Imitar Cristo .-

    compreendido está como ícone o qual geraria funções e caso fosse novos paradigmas ; Jurandir Freire Costa aborda duas idéias que acarretariam o nem cogitar-se pensar em tais processsos :

    – a idéia de alheamento em relação ao outro ;
    – a idéia de irresponsabilidade em relação a si.

    O estado de alheamento , segundo Winnicott, a grosso modo, implicaria em um estado em que a impiedade não é reconhecida como tal. Anula-se o outro. (coisificação/banalização)

    Por outro lado, ninguém dá o que não tem, salvo, como dizia Lacan, quando se trata de ilusão amorosa.

    Há esforços sim … como Abraão , somos chamados a “esperar contra toda esperança “.

    abs.

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