Início › Fóruns › Questões do mundo atual › A crise das teorias políticas de esquerda › Seria possível, nos dias atuais, existir uma sociedade que não usasse dinheiro?
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01/07/2006 às 18:51 #81103BrasilMembro
Num instante de reflexão, fazemos o mundo pararInútil é, no entanto, se isso acontece num instanteE não podemos continuarContinuar é a constanteQue não podemos alcançarOlho crianças com mãos estendidasVejo algo além da dorVejo a hipocrisia em campanhas combatidaPassar de fenômeno a entendidaSem que se tenha nenhum pudorO que elas querem eu seiBrincar depois de comerE comer depois de brincarA cola ficaria pra depois, não sei...Se ao menos elas pudessem jantarAs alucinações que a cola lhes trásDeve surtir um efeito eficazRiem a toa como bobas zombandoAndam no meio de todos brincandoAmpara-las ninguém é capazRoubam a carteira de um sujeito distraídoDepois disso vão almoçarComo se nada tivesse acontecidoPorque agora já acabaram de brincarElas estão crescendo, sabemosQuanto trabalho ainda irão darSerá que no meio delas não temosAlgumas que pudessem mudar?Mudar de caminho, bem claroPois a índole ninguém pode mudarA índole que elas buscam no amparoDe quem passa por elas a olharÉ muito difícil eu sei, deve ser...Compreender isso ou explicarPor que vemos nossa espécie apodrecerSem que nada possamos fazerA fim de poder evitarTeremos que comprar a solução? Ou teremos que vender a resposta?Dinheiro e miséria caminham juntos entãoMas ainda assim arrisco uma apostaSe a humanidade agir em conjunto e com retidãoNão ficará difícil a rima com soluçãoTemos que dar a todos tudo o que se gostaPois se de nossas cabeças sai e entra a compreensãoNão podemos ver o mundo como se fosse uma bostaNão podemos comprar a felicidade como se fosse um objetoEnquanto nossos irmãos sobrevivem sem um tetoNão podemos ajuda-los, tão pouco, pois o nosso dinheiro não nos basta Não faz mal, porém, entretanto, eles fariam a mesma coisa, se estivessem em nossa cascaO dinheiro terá que ser extintoPara que todos tenham o mesmo valorO valor que cada um tem por instintoE o empreenderá com vontade em seu laborA inteligência vai indicarQuais caminhos deveremos trilharE não a quem simplesmente devemosAgradecer pagar ou agradar.Ao invés do poder reprimirO poder será reprimidoSerá reprimido e depois transferidoPara quem de fato ele é atribuídoA maioria com certeza vai sorrirPois não haverá mais como e porque reprimirAquele que a exploração preferirNão será digno de existirSara um simples aproveitador Acostumado a enriquecer as custas da dorSerá com certeza ignoradoPois será vitima de sua própria ignorânciaO que fazer com um ex-rico, coitadoQue não consegue se livrar da ganância. A força do trabalho e a força da inteligênciaSe fundirão em uma sóA força da sabedoria adquiridaQue jamais deverá ser esquecidaSob pena de retornarmos ao pó Poema do Terceiro Milênio Autor: Brasil – 01/7/2006
02/07/2006 às 3:12 #81104BrasilMembroSe o Roberto Marinho entrou pra Academia Brasileira de Letras, :o pô...Eu posso arriscar uns versinhos...hehehe ;D :D
07/07/2006 às 3:33 #81105BrasilMembroAcho que nossa discordância está em se o dinheiro é um "meio" (minha opinião) ou "fim" (sua opinião), estou correto?Se for isto, basta considerarmos o comunismo, que prega a abolição do capital: se ele fosse efetivamente instaurado, vc não acha que em algum momento alguém acharia algum modo (além do dinheiro) de coagir seus semelhantes e obter privilégios?
Olá unVoltGostaria de retomar a questão desse ponto. Não vejo como, não usando-se mais dinheiro e nenhum objeto que represente valor, alguém acharia algum modo de coagir seus semelhantes e obter privilégios. ???Até mais
07/07/2006 às 4:01 #81106Miguel (admin)MestreOlá Brasil, tudo certo?Eu já citei anteriormente, e vc discordou. A meu ver, controle de informação, monopólio da força e acumulação de capital, que visam unicamente a subjugação social, já foram e continuam a ser utilizados. Quando a burguesia perder seu poder (dinheiro), o Estado assumirá as rédeas (em benefício da classe dos militares ou burocratas, por exemplo) por meio do monopólio da força, ou, da informação, conforme ocorreu em todos os países que chegaram perto da abolição do capital.Dê uma lida em um desses livros (calma, são pequenos..rs... ;D ), talvez vc entenda melhor o que estou dizendo:
A Revolução dos Bichos - George Orwell
1984 - George Orwell
Admirável Mundo Novo - Aldous HuxleyAbraços...
07/07/2006 às 10:55 #81107ZMembroBoas, a sociedade utópica só seria possível caso sempre tivesse existido dessa forma. Neste momento acabar com o dinheiro seria o primeiro passo para uma sociedade mais humana mas essa medida sozinha já não iria mudar quase nada.Muito antes de haver dinheiro já existia um conceito de valor e de propriedade material, o dinheiro surgiu como uma ferramenta de quantificação disso mesmo.Ponto 1 - Eliminar o dinheiro não elimina os conceitos enrraizados nas sociedades, para se viver utópicamente, teria que se abolir o significado de propriedade Concordam?Ponto 1.1 - Eliminando o conceito de propriedade, haveria à mesma o conceito de responsabilidade como por exemplo na administração e manutenção de determinado território. Logo, haveria sempre um pequeno sentimento de poder sobre o objecto administrado. Teríamos de abolir também o conceito de responsabilidade?Ponto 2 - Pressupondo que conseguiríamos ultrapassar todas as barreiras conceituais que levam à necessidade de controlar algo. Todos vivíamos sem necessidade de trabalhar, (quando algo é necessário existe mais vontade e mais preguiça o que influencia formas de luta, luta que ainda que muito insignificante despoleta outros objectos de luta... enfim exponencial), sem necessidade de trabalhar nem necessidades sociais, existiriam apenas as necessidades essenciais de sobrevivência.Ponto 2.1 - Regras, viveríamos sem regras? Sem regras não haveria cuidado, sem cuidado todos nos deixaríamos morrer. Então viveríamos com algumas regras para não mencionar governo, aí alguém teria que decidir essas regras. Poderiam ser postas em causa? Se sim haveria oposição, o que acabaria novamente em sociedade bélica. Existiriam então regras invioláveis tão importantes cumprir como a sobrevivência e bem estar geral da sociedade. Com regras nunca seria uma sociedade completamente livre mas tamem não é a liberdade que está em causaPonto 3 - Imaginemos então ainda que ultrapassávamos a barreira da contestação das regras, que conseguiamos todos viver com elas sem as por em causa, regras básicas como a de não agressão.. todos cumpriam sem quaisquer pensamentos retrógados de cinismo ou hipocrisia. Atenção que nem sequer atribuí espaço à religião, desporto ou cultura, temas passíveis quer de conflito, quer de invejas, ambições, orgulho.Nesta sociedade "perfeita" o que seria de nós humanos? eu digo que seríamos meros robots de carne e osso.Isto tudo para chegar à conclusão de que a condição humana não permite sociedades utópicas ou pelo menos verdadeiramente utópicas. Eu penso que a utopia não deve ser uma meta, pois é restringidora da evolução e consequentemente da própria existência humana. No entando há muitos passos a dar na direcção da utopia para que estejamos em paralelo com ela e evoluir na direcção mais vantajosa à liberdade humana.Utopia sim, mas pouco.Como esta resposta já está grandinha não vou falar já das grandes potências mundiais e das responsabilidades que elas têm... ou rejeitam neste mundo.cumps.
08/07/2006 às 20:09 #81108Miguel (admin)MestreBoas, a sociedade utópica só seria possível caso sempre tivesse existido dessa forma. Neste momento acabar com o dinheiro seria o primeiro passo para uma sociedade mais humana mas essa medida sozinha já não iria mudar quase nada.Muito antes de haver dinheiro já existia um conceito de valor e de propriedade material, o dinheiro surgiu como uma ferramenta de quantificação disso mesmo.
Pois é, esta é minha opinião. A mudança não pode ocorrer somente de fora pra dentro, tem de haver vontade de justiça por parte da maioria.Quanto ao restante, posso ter compreendido mal, mas vc acha que uma sociedade justa, baseada no cultivo da virtude, seria demasiado monótona? ???Até mais...
08/07/2006 às 23:36 #81109BrasilMembroAmigo ZQuero comentar suas observações:Muito antes de haver dinheiro já existia um conceito de valor e de propriedade material, o dinheiro surgiu como uma ferramenta de quantificação disso mesmo.Não podemos comparar com as civilizações antigas, pois essas não tinham a visão que tem a sociedade de hoje, não tinham tecnologias, infra-estrutura e nem a cultura atual.Ponto 1 - Eliminar o dinheiro não elimina os conceitos enrraizados nas sociedades, para se viver utópicamente, teria que se abolir o significado de propriedade Concordam?O SIGNIFICADO sim, porém, a casa de cada um eu entendo como território inviolável, exceto com Mandato Judicial.Ponto 1.1 - Eliminando o conceito de propriedade, haveria à mesma o conceito de responsabilidade como por exemplo na administração e manutenção de determinado território. Logo, haveria sempre um pequeno sentimento de poder sobre o objecto administrado. Teríamos de abolir também o conceito de responsabilidade?Claro que não, responsabilidade seria imprescindível, simplesmente não vejo COMO o administrador ou mantenedor do território usaria de “um pequeno sentimento de poder”.Ponto 2 - Pressupondo que conseguiríamos ultrapassar todas as barreiras conceituais que levam à necessidade de controlar algo. Todos vivíamos sem necessidade de trabalhar, (quando algo é necessário existe mais vontade e mais preguiça o que influencia formas de luta, luta que ainda que muito insignificante despoleta outros objectos de luta... enfim exponencial), sem necessidade de trabalhar nem necessidades sociais, existiriam apenas as necessidades essenciais de sobrevivência.Absolutamente não vejo dessa maneira. Por que não haveria necessidade de trabalhar?Uma vez que todos os benefícios são provenientes do trabalho? Simplesmente iria se dar o mesmo VALOR a tudo, absolutamente tudo teria a o mesmo valor. Da mesma maneira que não podemos ir ao mercado apanhar produtos e não pagar, nessa hipotética sociedade seria a mesma coisa, só poderia ir no distribuidor (mercado) e apanhar tudo o que precisa, aquele que cumpre com sua parte, e qual é sua parte? Trabalhar.Ponto 2.1 - Regras, viveríamos sem regras? Sem regras não haveria cuidado, sem cuidado todos nos deixaríamos morrer. Então viveríamos com algumas regras para não mencionar governo, aí alguém teria que decidir essas regras. Poderiam ser postas em causa? Se sim haveria oposição, o que acabaria novamente em sociedade bélica. Existiriam então regras invioláveis tão importantes cumprir como a sobrevivência e bem estar geral da sociedade. Com regras nunca seria uma sociedade completamente livre mas tamem não é a liberdade que está em causaPerdoe-me, mas acho que você não leu o tópico. Por que viveríamos sem regras? É preciso DINHEIRO para se fazer e cumprir regras? hehehe, realmente vc está muito amarrado no dinheiro...Leis são aprovadas em consenso, o problema todo são os privilégios e impunidades e isso quem faz é o dinheiro.O dinheiro não faz as leis ele as corrompe e burla.Ponto 3 - Imaginemos então ainda que ultrapassávamos a barreira da contestação das regras, que conseguiamos todos viver com elas sem as por em causa, regras básicas como a de não agressão.. todos cumpriam sem quaisquer pensamentos retrógados de cinismo ou hipocrisia. Atenção que nem sequer atribuí espaço à religião, desporto ou cultura, temas passíveis quer de conflito, quer de invejas, ambições, orgulho.Aqui vc continua vislumbrando uma sociedade sem regras. Isso que você está entendendo é ANARQUISMO, e não a sociedade aqui proposta.Nesta sociedade "perfeita" o que seria de nós humanos? eu digo que seríamos meros robots de carne e osso.Você acha que seriamos isso, só porque não usaríamos mais dinheiro? Caramba!!!Meros robôs de carne e osso... então nossa mente é GRANA? Nosso raciocínio é DINHEIRO? Desculpe-me, mas não estou entendendo mais nada!Isto tudo para chegar à conclusão de que a condição humana não permite sociedades utópicas ou pelo menos verdadeiramente utópicas. Eu penso que a utopia não deve ser uma meta, pois é restringidora da evolução e consequentemente da própria existência humana. No entando há muitos passos a dar na direcção da utopia para que estejamos em paralelo com ela e evoluir na direcção mais vantajosa à liberdade humana.Utopia sim, mas pouco.Bem, na verdade, quem chegou a essa conclusão foi você. Nossa condição humana não permite sociedades utópicas, enquanto elas forem consideradas utópicasQuero dizer-te que o que hoje é uma “utopia”não necessariamente será amanhã.Há 100 anos atrás, voar era uma utopia, hoje ainda o é? heheheAbraços libertos.
09/07/2006 às 1:05 #81110BrasilMembroUnVoltFarei um esforço para tentar ler ao menos um dos livros que vc indicou.Diga-me como alguém usaria monopólio da força ou da comunicação, se nem sequer existiria “monopólio”, essa palavra seria extinta... Como usar “força” no meio de uma sociedade que escolheu esse sistema e mantém Força Policial e Poder Judiciário, para garantir o cumprimento de suas leis?Chegar perto de abolir o dinheiro é a mesma coisa que continuar usando.Chegar perto de abolir o dinheiro significa o que? Que o POVO fica sem dinheiro e os governantes e burocratas FALAM pro povo que eles também não tem dinheiro enquanto suas contas nos paraísos fiscais estão abarrotadas de grana?Tente encontrar algo objetivo que realmente inviabilizaria essa sociedade, não há.Você pode me apontar alguns problemas, mas te garanto que serão problemas bem menores que os problemas que as sociedades vivem hoje. Uma vez implantado o sistema, rapidamente todos se adaptariam pois iriam comprovar que esse é o caminho.“Poderosos” seriam um problema para implantar a sociedade imaginada, porém uma vez implantada, os poderosos passariam a ser pessoas comuns do dia para a noite. Perderiam absolutamente todo o seu poder.Até mais
09/07/2006 às 1:18 #81111ZMembroUnVolt, eu não acho que seja monótono uma sociedade justa e baseada na virtude. Mas uma sociedade “perfeita” sem contestação o será certamente. Infelizmente duvido que alguma vez existirá sociedades perfeitas…Caro Brasil você tem razão, não está etendendo nada (do que eu falei) todo o meu comentário defendeu a ausência do dinheiro, não percebo porque me mencionou como agarrado ao "dinheiro"Anarquia??? onde é que eu falei de anarkia? eu nunca falei viver sem regras, eu falei viver sem que ninguém tenha problemas com as regras. São coisas bem diferentes. Mandato judicial? mas se a sociedade for fraterna e justa, para que um mandato judicial??? me desculpe mas considero o seu modelo inocentemente hipócrita. Seu modelo como o descreveu só levará a problemas diferentes dos de hoje.De qualquer modo, tenho certeza que sociedades perfeitas (ou até quase perfeitas) nunca existirão enquanto houver desejos.À cem anos, voar era um sonho, hoje continua sendo um sonho para a maioria das pessoas, com a diferença que sabem que existe avião. De alguma forma, para quem não tem DINHEIRO, voar continua sendo utopia :PCumps.
09/07/2006 às 3:18 #81112BrasilMembroUnVolt, eu não acho que seja monótono uma sociedade justa e baseada na virtude. Mas uma sociedade "perfeita" sem contestação o será certamente. Infelizmente duvido que alguma vez existirá sociedades perfeitas...Caro Brasil você tem razão, não está etendendo nada (do que eu falei) todo o meu comentário defendeu a ausência do dinheiro, não percebo porque me mencionou como agarrado ao "dinheiro"Anarquia??? onde é que eu falei de anarkia? eu nunca falei viver sem regras, eu falei viver sem que ninguém tenha problemas com as regras. São coisas bem diferentes. Mandato judicial? mas se a sociedade for fraterna e justa, para que um mandato judicial??? me desculpe mas considero o seu modelo inocentemente hipócrita. Seu modelo como o descreveu só levará a problemas diferentes dos de hoje.De qualquer modo, tenho certeza que sociedades perfeitas (ou até quase perfeitas) nunca existirão enquanto houver desejos.À cem anos, voar era um sonho, hoje continua sendo um sonho para a maioria das pessoas, com a diferença que sabem que existe avião. De alguma forma, para quem não tem DINHEIRO, voar continua sendo utopia :PCumps.
Caro Brasil você tem razão, não está etendendo nada (do que eu falei) todo o meu comentário defendeu a ausência do dinheiro, não percebo porque me mencionou como agarrado ao "dinheiro"Achei que vc é muito preso ao dinheiro, porque você disse exatamente a frase que segue: Nesta sociedade "perfeita" o que seria de nós humanos? eu digo que seríamos meros robots de carne e osso.É preso ou não?Mandato judicial? mas se a sociedade for fraterna e justa, para que um mandato judicial???Se a sociedade vai ter regras alguém terá que faze-las valer, se tem leis, tem que ter Juiz, ou não? Agora, parece-me que você também entende que não deveríamos ter leis, aí eu não posso concordar, pois, presumirmos que uma sociedade como essa venha a ser uma realidade é menos utópico do que presumirmos que TODOS os homens sejam honestos, íntegros, e conscienciosos. ISSO é utopia. A sociedade pretenderá ser justa e fraterna, nas isso não quer dizer que todos os membros da sociedade são justos e fraternos, leis são imprescindíveis.Seu modelo como o descreveu só levará a problemas diferentes dos de hoje.Poderia citar alguns objetivamente?De qualquer modo, tenho certeza que sociedades perfeitas (ou até quase perfeitas) nunca existirão enquanto houver desejos.Um tanto profético... dependendo dos desejos, ou eles podem ser liberados com regras ou liberados por completos ou proibidos, depende única e exclusivamente do desejo da maioria, isso é sociedade, isso é governo, isso é democracia.À cem anos, voar era um sonho, hoje continua sendo um sonho para a maioria das pessoas, com a diferença que sabem que existe avião. De alguma forma, para quem não tem DINHEIRO, voar continua sendo utopiaDesculpe-me, mas essa não convenceu, voar era SIM uma utopia e NÃO é mais.Não convenceu até porque eu poderia usar outro exemplo: A internet era uma utopia há cem anos atrás ou não? e agora? É preciso muita atenção ao usar a palavra “utopia”, pois como disse: O que hoje é uma utopia não necessariamente o será amanhã.desculpe mas considero o seu modelo inocentemente hipócritaBem, eu nunca conheci nenhum hipócrita inocente, mas... sua opinião é sua opinião, apesar de entender que quem não pode nem sequer imaginar-se sem dinheiro, seja mais hipócrita que eu.Em nenhum momento eu mencionei uma sociedade de HOMENS fraternos e justos, ISSO seria hipocrisia, eu falo de uma sociedade que pretenda ser fraterna e justa.Uma coisa eu te garanto, mais mal que o dinheiro faz, essa sociedade não faria, não faria mesmo.Não vejo guerras nessa sociedade, não vejo seqüestros, não vejo traficantes, não vejo pistoleiros, não vejo, corruptos, não vejo, ladrões, não vejo trabalho escravo, não vejo comércio de pedofilia na internet, não vejo crimes financeiros etc. etc. etc.Abraços hipócritas
09/07/2006 às 6:35 #81113Miguel (admin)MestreOlá amigos,
Diga-me como alguém usaria monopólio da força ou da comunicação, se nem sequer existiria “monopólio”, essa palavra seria extinta...
Bem Brasil, vc está certo, mas eu iria além: é óbvio que não existiria o monopólio da comunicação, pois provavelmente a própria comunicação, ou seja, a imprensa, não existiria. Quem é que publicaria os jornais? E com que interesse? Puro altruísmo?Isto nos leva à questão que percebi ser central: ou o governo controlaria a distribuição de bens, alimentação e etc, ou esta sociedade se basearia em trocas.Na primeira hipótese, estaríamos falando de uma sociedade comunista. Na segunda hipótese, estaríamos falando de um estilo de vida rural, onde eu troco minhas galinhas pelos seus porcos, meu milho pelo arroz de outrem, e assim por diante. Mas o que posso lhe dizer é que tal sistema seria impossível em centros urbanos, que dependem de serviços como transportes, saneamento, comunicações, energia elétrica, e etc, que são e devem ser controlados por empresas (não necessariamente privadas).
Muito antes de haver dinheiro já existia um conceito de valor e de propriedade material, o dinheiro surgiu como uma ferramenta de quantificação disso mesmo.Não podemos comparar com as civilizações antigas, pois essas não tinham a visão que tem a sociedade de hoje, não tinham tecnologias, infra-estrutura e nem a cultura atual.
Neste ponto devo concordar com Z. Se vivêssemos na sociedade em questão, sem dinheiro, a quantas galinhas equivaleria um porco? O dinheiro simplesmente deu fluidez a este tipo de operação.
me desculpe mas considero o seu modelo inocentemente hipócrita. Seu modelo como o descreveu só levará a problemas diferentes dos de hoje.
Z, não existem problemas em vc discordar dos argumentos de qualquer um neste fórum e tentar refutá-los, entretanto afirmar que eles sejam hipócritas me parece um tanto exagerado. ;)
UnVolt, eu não acho que seja monótono uma sociedade justa e baseada na virtude. Mas uma sociedade "perfeita" sem contestação o será certamente. Infelizmente duvido que alguma vez existirá sociedades perfeitas...
Só agora compreendi o que vc quis dizer.De fato, a "perfeição" seria o fim da linha, seria o momento em que todos os objetivos foram alcançados e nada há mais pelo qual se lutar. A não ser talvez a luta pela manutenção das condições da tal perfeição.De qualquer modo, como vc disse, é extremamente improvável que cheguemos à perfeição, e aqui cito o nosso amigo Brasil: "A sociedade pretenderá ser justa e fraterna, mas isso não quer dizer que todos os membros da sociedade são justos e fraternos". Uma sociedade não pode ser perfeita se os indvíduos que a formam não o são.Abraços amigáveis a todos...
09/07/2006 às 6:45 #81114Miguel (admin)MestreThe Big Moneyby RushBig money goes around the worldBig money undergroundBig money got a mighty voiceBig money make no soundBig money pull a million stringsBig money hold the prizeBig money weave a mighty webBig money draw the flies Sometimes pushing people around Sometimes pulling out the rug Sometimes pushing all the buttons Sometimes pulling out the plug It's the power and the glory It's a war in paradise It's a cinderella story On a tumble of the dice Big money goes around the worldBig money take a cruiseBig money leave a mighty wakeBig money leave a bruiseBig money make a million dreamsBig money spin big dealsBig money make a mighty headBig money spin big wheels Sometimes building ivory towers Sometimes knocking castles down Sometimes building you a stairway -- Lock you underground It's that old-time religion It's the kingdom they would rule It's the fool on television Getting paid to play the fool Big money goes around the worldBig money give and takeBig money done a power of goodBig money make mistakesBig money got a heavy handBig money take controlBig money got a mean streakBig money got no soul...
09/07/2006 às 13:13 #81115ZMembrocerto meus amigos.Quando emncionei hipocrisia quis dizer que um modelo que tenta ser justo e fraterno, não o será. Provavelmente o será mais que a sociedade de hoje, mas haverá sempre cobiça enkuanto houver o conceito de valor.Brasil, volto a dizer mais uma vez que eu não concordo com anarquia, não compreenso sua persistência...Internet à 100 anos não era utopia. Internet à cem anos não era nada, nem sequer uma imaginação. Utopia é preciso ser imaginada para o ser. Mas esta definição de utopia não tem naa a ver para o caso, eu entendi o que você disse com utopia e você a mim.Em ultima análise, uma sociedade semelhante a esta, com regras o mais justas possível sem ter o dinheiro como influência soa a uma sociedade mais justa e fraterna, haverá talvez nesta ideia menos pessoas com vontade de ter mais poder do que têm. No entanto, as poucs pessoas que forem ambiciosas por poder (nem que fosse somente social), terão mais facilidade em prevalecer porque a sociedade fraterna e justa será menos punidora a estas atitudes.A ideia de Brasil só visa alterar o status económico da sociedade mundana quando comparando com a em que vivemos. Porque socialmente, teremos problemas de injustica, leis injustas, actos e julgamentos precipitados. E tal como já disse, retirando o dinheiro não retira o conceito de valor comercial (que é o que o dinheiro representa), valor comercial que é sinónimo de poder e riqueza, quem tiver mais porcos será mais poderoso do que quem tiver menos, e se não houvesse essa diferença, ninguém se preocupava em produzir mais que o mínimo indispensável para garantir a sobrivivência pessoal e dos entes queridos.Penso que as ideias de Brasil são boas ideias para trabalhar a sociedade existente, mas nunca para isntituir um novo modelod e sociedade ou qualquer imposição a esta. São boas ideias para estar num parlamento costantemente ;)
09/07/2006 às 20:02 #81116Miguel (admin)MestreAlguns comentários sobre o anarquismo:Em primeiro lugar, tenho o anarquismo como a sociedade ideal, utópica por excelência. Seria o momento em que todos estariam conscientizados de seus direitos e deveres (apesar de que este termo seja um pouco inadequado), não havendo necessidade do Estado para impôr a paz através da força.Em segundo lugar, a própria idéia de uma revolução anarquista ruiu frente a seu próprio conceito, pois ao impôr o anarquismo já estarímos violando a liberdade daqueles que não escolheram esta forma de sociedade.De qualquer modo, esta sociedade seria, a meu ver, o estágio último de evolução do Homem, pois é o extremo oposto da condição animal, e, simultaneamente, o retorno à liberdade primitiva, com a substituição dos instintos pela razão.Abraços.[hr]Utopia: Este termo foi cunhado por Thomas Morus, e é composto pelas palavras gregas ou (não) e topos (lugar), ou seja, "lugar que não existe". Definições do Dicionário Michaelis:1 O que está fora da realidade, que nunca foi realizado no passado nem poderá vir a sê-lo no futuro. 2 Plano ou sonho irrealizável ou de realização num futuro imprevisível; ideal. 3 Fantasia, quimera.
09/07/2006 às 21:32 #81117BrasilMembroCaro unVoltQuero comentar sua observação:Isto nos leva à questão que percebi ser central: ou o governo controlaria a distribuição de bens, alimentação e etc, ou esta sociedade se basearia em trocas.O que o governo controlaria, não seria bem a “distribuição de bens”, isso se daria naturalmente, sem interferências, o que o “governo” ou Administração da Sociedade FISCALIZARIAM, tendo como princípio uma Constituição ou conjunto de leis democraticamente estipulado, o fato de cada cidadão ou membro da sociedade estar cumprindo com seu papel de TRABALHAR, desempenhando qualquer função por ele livremente escolhida e que seja ÚTIL À SOCIEDADE, é óbvio.Quando me refiro a distribuição de bens, e óbvio que não me refiro à residências, pois todos JÁ TEMOS residência, casa, lar, o que seria distribuído seria tudo que é consumido por uma sociedade que queira viver com conforto, é lógico.Às pessoas sem casa, seria fácil e rapidamente distribuído lares, casas, como a nossa sociedade (governantes) atual FINGE fazer. O que não falta aqui é terra, espaço.Quem é que publicaria os jornais? E com que interesse? Puro altruísmo?As pessoas ou membros da sociedade que se prestassem à trabalhar nos meios de mídia, ou seja, informação, diversão, entretenimento, cultura na TV, rádio etc., não teriam O QUE desejar que fosse possível eles terem e que os outros também NÃO tivessem.Eles trabalhariam pelo simples motivo e “interesse” de todos os outros membros da sociedade, desde o mais simples pedreiro ou gari, ao mais experimentado cientista ou administrador de uma grande fábrica ou faculdade de ensino. Que interesse? O de viver com conforto e num mundo sadio e principalmente com o sentimento de estar cumprindo realmente sua parte.O fato de não existir VALOR estipulado para NADA, inviabilizaria qualquer tentativa de amealhar objetos ou terras etc. Sem falar que as leis estipuladas seriam cumpridas sem distorções ou favorecimentos, pois não haveria o que se oferecer em troca, que, outros, já não tivessem acesso ou posse. Objetos, simples objetos! Sem VALOR.Não havendo dinheiro, não há como “negociar” poder. O Poder É o dinheiro.Na hipotética sociedade o poder é de fato A VONTADE DA MAIORIA.De fato, a "perfeição" seria o fim da linha, seria o momento em que todos os objetivos foram alcançados e nada há mais pelo qual se lutar. A não ser talvez a luta pela manutenção das condições da tal perfeição.A vida é uma luta observando-se que temos que lutar contra doenças, que são coisas naturais e percalços impostos pelos próprios homens. Por outro ângulo, não vejo a vida como uma luta, simplesmente uma vida. Uma vida que, de uma pessoa para outra, varia muito a maneira de perceber essa vida.De qualquer modo, como vc disse, é extremamente improvável que cheguemos à perfeição, e aqui cito o nosso amigo Brasil: "A sociedade pretenderá ser justa e fraterna, mas isso não quer dizer que todos os membros da sociedade são justos e fraternos". Uma sociedade não pode ser perfeita se os indvíduos que a formam não o são.Isso só pode querer dizer que, o que tem que ser mudado é o SISTEMA DE CONVÍVIO e não a índole e as diferentes maneiras de pensar dos seres humanos. Isso seria uma utopia.Essa idéia de que todos iriam acomodar-se e não evoluir é totalmente errônea, o ser humano é o bicho mais curioso que existe. O mundo não é uma Repartição Pública, heheheNão imagine essa sociedade como algo atrasado, temos tecnologias simplesmente BARRADAS, TRAVADAS, pelos interesses financeiros.Ex.: Existem filtros avançadíssimos para se colocar nas chaminés de indústrias altamente poluidoras, que poderiam filtrar consideravelmente os gazes nocivos à camada de ozônio. Por que eles não são usados? Por que as autoridades não obrigam o uso? Lobs na aprovação de leis, corrupção de órgãos fiscalizadores? Bem, de qualquer forma a resposta é: Dinheiro.O carro movido a ar comprimido é uma realidade, porque não é fabricado em escala? Poluição ZERO e, ninguém fabrica. “Interessante...”Quanta tecnologia útil, despoluidora, salvadora de vidas, curadora de doenças, e apaziguadoras de conflitos não seriam colocadas em prática EFETIVAMENTE e não CENOGRAFICAMENTE como tentam fazer as potências econômicas?Na minha maneira de entender, é impossível pensar na existência dessa sociedade, num curto prazo e, a longo prazo, estaremos todos nós, mortos, mas não tenho receio de errar quando digo que esse será o caminho da humanidade, ou então, estaremos fadados ao descaminho da vontade de poder em detrimento de uma vida com igual conforto, inclusive para os gananciosos.Na hipotética sociedade, os gananciosos se conscientizariam que não seria conseguido nada além do que TODOS TERIAM. Tudo que eles pudessem ter com suas fortunas, com exceção de “respeito excessivo”, “submissos”, "rituais idiotas", "idólatras fanáticos" eles poderiam ter, sem suas fortuna$.Caro ZDe qualquer forma, tenho que aceitar a hipocrisia à minha pessoa atribuída, pois todos nós somos. Todos somos hipócritas, discutir isso seria o mesmo que discutir os erros do passado. Já passou!!Continuo descordando de vc, como vc pode dizer que há 100 anos o homem NÃO pensou em um aparelho que pudesse propiciar a comunicação através de som e imagem? Isso não é exagerado? Adivinhatório? Místico?Quero comentar sua observação:A ideia de Brasil só visa alterar o status económico da sociedade mundana quando comparando com a em que vivemos.A idéia visa alterar totalmente o CONCEITO de sociedade e por conseguinte, automaticamente eliminar de nosso vocabulário o termo “status econômico”.Penso que as ideias de Brasil são boas ideias para trabalhar a sociedade existente, mas nunca para isntituir um novo modelod e sociedade ou qualquer imposição a esta.Isso é impossível! Trabalhar a sociedade existente com essas idéias seria algo inútil e ridículo.São boas ideias para estar num parlamentoIsso SIM, são boas idéias para grandes cabeças pensarem, isso sim, concordo 100%, um parlamento de inteligências e NÃO de POLÍTICOS.Abraços a todos
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