Seria possível, nos dias atuais, existir uma sociedade que não usasse dinheiro?

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  • #81133
    Brasil
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    Veja o absurdo; O Sindicato dos Médicos fazendo propaganda de seus serviços junto à Justiça:http://www.simesc.org.br/BM/pagbm5.htm

    #81134
    Flag
    Membro

    Isso faz-me lembrar os tempos de Salazar em Portugal( eu não vivi esse tempo), ele podia ser ditador, mas era muito esperto, eis o que ele decidiu fazer, como Portugal estava na miséria, não faltava pessoas que queriam sair para a França e outros países para viver uma vida melhor. Então Salazar decidiu deixar sair as pessoas com o ensino escolar equivalente ao 2º ano ou superior, ou seja, ele decidiu deixar sair os "cérebros" de Portugal, deixando para trás para serem governados por Salazar os "burros" de Portugal, porque antigamente, para frequentar uma escola primaria a 1º escola que toda a gente entra, era muito díficil, devido aos  enormes probelmas financeiros.Portanto Salazar ficou a governar pessoas que devido á falta de cultura eram mais fáceis de manipular, não que fosse necessário, porque quem não tivesse contente havia de fazer contas com a pide, mas como a maioria não tinha ensinos, havia uma menor probabilidade de as pessoas de organizarem para fazer um golpe de estado.

    #81135
    Z
    Membro

    Flag, tens a certeza do que estás a dizer sobre Salazar?!É que eu tenho uma noção muito diferente da atitude de Salazar face à educação.Penso até que foi o governante que mais se dedicou ao cultivo da mente Portuguesa. Todas as escolas primárias do plano do centenários foram feitas por ele. Antes de Salazar quase não haviam escolas, e as que haviam eram só para alg$mas pessoas.Salazar considerava o ensino importantíssimo para a sustentação do próprio regime, tanto que existia um elevado culto da personalidade, todas as escolass tinham fotografias de Salazar, todas as turmas entoavam o hino e nos próprios livros se tinha que aprender que Salazar era um "herói"Salazar não precisava que as pessoas fossem burras para serem governadas, precisava que elas fossem educadas de modo a suportar o regime e colocar o valor do regime acima do dinheiro. Eu condeno a opressão e a censura exagerada do regime, mas louvo e muito a capacidade política de Salazar, o único político da europa que consegui equilibrar uma balança de comercio externo. Não digo que o quereria de volta (quem sabe :P ) mas respeito a sua pessoa.Bom, após esta divagação pelos campos do regime português extinto, em relação ao tópico, quero acrescentar o seguinte:Se não fosse o dinheiro, não haveria cursos como os conhecemos, mas haveria formação do mesmo jeito. Hoje em dia muitas pessoas tiram cursos por dinheiro. Eu digo isto porque quando existe paixão por uma determinada actividade, a formação é obtida consoante as necessidades de cada pessoa. Por exemplo, duas pessoas têm grande gosto pela medicina, um tira um doutoramento, e o outro apenas se fica pela enfermagem. Será que esta diferença exprime diferença de interesse? Eu não penso assim. É certo que a pessoa que fez doutoramento tinha mais interesse em aprender, mas não quer dizer que tenha mais interesse em exercer que o outro.

    #81136
    Flag
    Membro

    Tens razão Z, pesquisei um pouco mais, e a verdade, era que Salazar, só deixava sair pessoas com o 2º ano ou superior, mas com a intenção de transformar Portugal num país de campónios, ou seja, quem não tem muitas habilitações literárias iria trabalhar para o campo, mas no entanto faz todo o sentido o que eu disse, porque ele assim também iria ter pessoas com pouca cultura.Quanto ao facto de haver muita disciplina, e quanto ao facto de ele ter inaugurado muitas escolas, de que é que adiantava? Se não havia dinheiro nem tempo(porque as crianças iam muito novas para trabalhar) para frequentar sequer a escola primária.

    #81137

    Essa pessoa que te disse isso está certa, os alunos ficaram completamente FOLGADOS e não respeitam os professores, isso é verdade. Tem professor fazendo o que os alunos mandam, por medo de represália.

    Eis o ponto. Em minha opinião são dois os motivos desta situação:Primeiro, porque a maior parte dos professores não impõe respeito, não sabe dar aulas. Sei disso pois tive vários professores que mantinham a classe em ordem, ao passo que outros nem se faziam notar.Segundo, porque como diria minha avó, "educação vem de casa". Alguns alunos são indisciplinados simplesmente pois tiveram esta liberdade em algum lugar, principalmente em casa, e é claro que isto se tornará um ciclo vicioso. É obrigação da escola (leia-se professores) quebrar isto, pois do contrário obviamente os filhos destes tais "alunos indisciplinados" serão piores ainda.Concluindo, é claro que o Estado tem enorme responsabilidade pela situação atual do sistema educacional (principalmente divido à progressão continuada, como vc disse), mas de qualquer modo os professsores passam no mínimo umas 4 horas por dia em frente aos alunos. Não é tão difícil assim transmitir conhecimentos, mas por algum motivo eles preferem fazer os alunos copiarem paginas e mais páginas de um livro qualquer.Abraços...

    #81138
    Brasil
    Membro

    O Estado tem enorme responsabilidade pela situação atual do sistema educacional (principalmente devido à progressão continuada, como vc disse), mas de qualquer modo os professsores passam no mínimo umas 4 horas por dia em frente aos alunos. Não é tão difícil assim transmitir conhecimentos, mas por algum motivo eles preferem fazer os alunos copiarem paginas e mais páginas de um livro qualquer.

    Não é difícil e alias, eles deveriam ter aptidão para isso, pois se propuseram a faze-lo, não foram e não são obrigados.É muito importante notar que existe proteção, acobertamento e até um certo incentivo para a pratica de “corpo mole” dos professores. Se a Secretaria de Educação fizesse uma avaliação periódica dos alunos, poderia facilmente detectar a MONSTRUOSA queda CONSTANTE na qualidade do ensino e subseqüentemente, do aprendizado.Dizem que o professor aceita trabalhos escolares impressos e não verifica se o aluno realmente leu e entendeu o que está escrito, fazem-se de bobos, para não trabalhar, fingem que não desconfiam que o aluno colou e não leu nada, isso sem falar que são loucos para não administrarem aula, tudo é “motivo” para não haver aula.O problema a meu ver, é a INTIMA relação dos funcionários públicos com o PODER, com ELEIÇÕES, etc, eles têm uma força política e eleitoral muito maior, que qualquer brasileirinho pobre, desunido, despolitizado, que presta mais atenção em baboseiras do que em política e educação de massas e, com isso, o funcionalismo consegue seus privilégios e a vista grossa das autoridades do Ensinno.Até mais

    #81139

    Bem, voltando ao tema dinheiro, dêem uma olhada nesse trecho de “A Utopia”, de Thomas Morus:"Agora, caro Morus, vou revelar-vos o fundo de minha alma, e dizer-vos, os meus pensamentos mais íntimos. Em toda a parte onde a propriedade for um direito individual, onde todas as coisas se medirem pelo dinheiro, não se poderá jamais organizar nem a justiça nem a prosperidade social, a menos que denomineis justa a sociedade em que o que há de melhor é a partilha dos piores, e que considereisperfeitamente feliz o Estado no qual a fortuna pública é a presa de um punhado de indivíduos insaciáveis de prazeres, enquanto a massa é devorada pela miséria."Isto foi escrito há 5 séculos, dá pra acreditar? Se o capitalismo não nos salvou até agora, creio que seja mais fácil esperarmos "Jesuis Glória Dideus" voltar..hehehe...

    #81140
    Brasil
    Membro

    Isto foi escrito há 5 séculos, dá pra acreditar?

    hehehe, imaginem se ele conhecesse: Lobs no Congresso, na Câmara e no Judiciário, guerras que são criadas simplesmente para se vender arma$, guerras pra roubar petróleo, manipulação de massas, ameaça nuclear e bacteriológica, poluição ambiental, crime ecológico, etc, etc, etc.Abraço$

    #81141
    Brasil
    Membro

    Olá Z

    Quanto ao concordar com a abolição do dinheiro para diminuir grande parte dos problemas, exist um tópico para discutir isso.  Eu tenho certeza que dinheiro é o maior motor das hostilidades, mas não sei se eliminar o dinheiro irá mudar muito. No tópico que existe sobre este assunto está lá minha opinião.

    É verdade, sua opinião está aqui:

    Nesta sociedade "perfeita" o que seria de nós humanos? eu digo que seríamos meros robots de carne e osso.

    me desculpe mas considero o seu modelo inocentemente hipócrita. Seu modelo como o descreveu só levará a problemas diferentes dos de hoje.

    De qualquer modo, tenho certeza que sociedades perfeitas (ou até quase perfeitas) nunca existirão enquanto houver desejos.

    Eu desejo um mundo melhor para meus tataranetos e seus iguais, ou pelo menos um mundo onde seja possível viver.Viver sem hipocrisia, ao menos...Abraços

    #81142
    Brasil
    Membro

    Olá ZPodemos continuar no tópico apropriado...Outra hora escreverei algumas impressões minhas sobre o valor que as pessoas dão às coisas materiais, trocas etc, agora estou meio sem tempo.Abraços

    #81143
    Brasil
    Membro

    Olá amigos...Z, tenho certeza que você não leu o tópico todo, ou pelo menos não entendeu em que bases se daria essa referida sociedade sem dinheiro.Primeiro é importante deixar claro que a implantação desses sistema deveria ser desejado pela maioria, partindo desse princípio, não é difícil imaginar que não haveria muitos conflitos, pois a sociedade não obrigaria ninguém a permanecer nela, quem quisesse sair poderia sair, quem quisesse  pegar toda sua fortuna: dinheiro, jóias, obras de arte, tudo o que lhe pertencer e que ele acredite que tenha muito valor, e se MUDAR para onde o dinheiro seja o objetivo mais importante, LEVANDO TUDO O QUE LHE PERTENÇE, com exceção de terras e equipamentos industriais ou de vital importância para a sobrevivência da sociedade ora implantada. As pessoas que permaneceriam estariam praticamente, todas de acordo com o novo sistema.Em que consiste esse sistema? Em tornar absolutamente tudo sem valor. O fazendeiro que tivesse mais porcos, (como vc citou anteriormente neste tópico), não precisaria se preocupar com a “negociação” de seus porcos, ele apenas teria que continuar criando seus porcos com todo o afinco que sempre trabalhou, DAR seus porcos às indústrias que processarão o alimento e DARÃO aos distribuidores, para poderem distribuir a sociedade.Tudo que o criador de porcos precisasse para manter sua criação 100% produtiva, ele poderia apanhar nos distribuidores, assim como tudo o que ele precisasse para viver dignamente e com conforto. Da mesma forma procederiam seus  “empregados”, que na verdade não seriam empregados do criador de porcos, seriam OCUPADOS DA SOCIEDADE. Assim dessa maneira procederiam todos os outros segmentos da sociedade. Trabalhando, cumprindo sua parte, e tendo direito a tudo que os outros membros da sociedade teriam também, sendo que não existiria miséria, pois quem faz a miséria é a exploração, e onde não há dinheiro, não há exploração, ainda mais em se falando de uma nação tão gigantesca e cheia de recursos como o Brasil.Aí alguém pode dizer: Mas quem garante que todos cumprirão sua parte e não se acomodarão? Ficarão encostados sem trabalhar e aproveitando dos benefícios da sociedade? É claro que não? Pois essa consciência seria absorvida pela grande maioria das pessoas, sendo que poucas pessoas, somente aquelas de pouquíssimo caráter insistiriam em burlar as leis e tentarem permanecer encostados, sem trabalhar. A eles, a força e o rigor das leis.Realmente, como já dissemos anteriormente, o caráter das pessoas ninguém comanda, e é exatamente por isso que as sociedades utilizam as leis e regulamentos e, onde existem leis e regulamentos, é preciso haver juiz e autoridade policial. Porém, nessa sociedade, juiz de Direito e autoridade policial, não representariam qualquer problema a ninguém, pois esses só atuariam contra os transgressores e não contra os  cidadãos honestos e cumpridores de seus deveres.São diversos aspectos que poderiam ser observados e imaginados, mas são, hoje, na minha opinião, simples detalhes. O fato é que, os crimes e injustiças que não são originados por causa de dinheiro, continuariam a acontecer, porém, só estes e, se a gente for analisar, a gente vai chegar a conclusão que esse número de crimes e injustiças  é baixíssimo em relação aos crimes e injustiças decorrentes de conflitos e interesses originados por dinheiro. São muitos, tanto no que diz respeito a guerras como nos crimes comuns.Essa sociedade poderia realmente progredir sem maiores problemas, e é lógico que diversos problemas pequenos e detalhes que deveriam, ser acertados e regulamentados no inicio, porém depois os conflitos realmente seriam escassos acredito.Tente imaginar algum tipo de injustiça que atinja diversas pessoas e que não exista dinheiro por trás, que não exista dinheiro nos motivos, seja com objetivos finais ou iniciais.Dê sua opinião, tentando imaginar e, não dizendo que tudo são incertezas, pois TUDO que se trata no FUTURO são incertezas. Eu também não posso ter certeza de nada, mas temos imaginação e raciocínio, devemos usa-los.Imagine situações em que não valeria a pena implantar esse sistema ou até algum motivo ou condição que o inviabilize. Podemos também tentar imaginar o quão seria progressista e fraterna esta sociedade.Abraços

    #81144
    Z
    Membro

    Olá Brasil, suas citações, não tendo contexto soam à respostas directas à “sociedade sem dinheiro” o que pode provar interpretações erróneas.Vou repetir pontos de um comentário meu neste tópico apra dar contexto a algumas das suas citações minhas...

    Boas, a sociedade utópica só seria possível caso sempre tivesse existido dessa forma. Neste momento acabar com o dinheiro seria o primeiro passo para uma sociedade mais humana mas essa medida sozinha já não iria mudar quase nada.Muito antes de haver dinheiro já existia um conceito de valor e de propriedade material, o dinheiro surgiu como uma ferramenta de quantificação disso mesmo.Ponto 1 - Eliminar o dinheiro não elimina os conceitos enrraizados nas sociedades, para se viver utópicamente, teria que se abolir o significado de propriedade Concordam?Ponto 1.1 - Eliminando o conceito de propriedade, haveria à mesma o conceito de responsabilidade como por exemplo na administração e manutenção de determinado território. Logo, haveria sempre um pequeno sentimento de poder sobre o objecto administrado. Teríamos de abolir também o conceito de responsabilidade?Ponto 2 (editado hoje dia 4 de Agosto) - Pressupondo que conseguiríamos ultrapassar todas as barreiras conceituais que levam à necessidade de controlar algo. Para que nossa sociedade funcionasse sme guerras, todos teríamos de viver sem necessidade de trabalhar, ser preguiçosos... Isto porque quando algo é necessário existe mais vontade, o que influencia formas de luta, luta que ainda que muito insignificante despoleta outros objectos de luta... enfim exponencial. Sem necessidade de trabalhar nem necessidades sociais, existiriam apenas as necessidades essenciais de sobrevivência.Ponto 2.1 - Regras, viveríamos sem regras? Sem regras não haveria cuidado, sem cuidado todos nos deixaríamos morrer. Então viveríamos com algumas regras para não mencionar governo, aí alguém teria que decidir essas regras. Poderiam ser postas em causa? Se sim haveria oposição, o que acabaria novamente em sociedade bélica. Existiriam então regras invioláveis tão importantes cumprir como a sobrevivência e bem estar geral da sociedade. Com regras nunca seria uma sociedade completamente livre mas tamem não é a liberdade que está em causaPonto 3 - Imaginemos então ainda que ultrapassávamos a barreira da contestação das regras, que conseguiamos todos viver com elas sem as por em causa, regras básicas como a de não agressão.. todos cumpriam sem quaisquer pensamentos retrógados de cinismo ou hipocrisia. Atenção que nem sequer atribuí espaço à religião, desporto ou cultura, temas passíveis quer de conflito, quer de invejas, ambições, orgulho.Nesta sociedade "perfeita" o que seria de nós humanos? eu digo que seríamos meros robots de carne e osso.Isto tudo para chegar à conclusão de que a condição humana não permite sociedades utópicas ou pelo menos verdadeiramente utópicas. Eu penso que a utopia não deve ser uma meta, pois é restringidora da evolução e consequentemente da própria existência humana. No entando há muitos passos a dar na direcção da utopia para que estejamos em paralelo com ela e evoluir na direcção mais vantajosa à liberdade humana.

    Sociedade utópica sim... mas pouco...Eu sei que quando se fala em sociedade sem dinheiro não se pensa logo em sociedade perfeita.. nós apenas falamos em abolir dinheiro em busca de pelo menos melhorar um pouco nosso modo de estar no universo...

    UnVolt, eu não acho que seja monótono uma sociedade justa e baseada na virtude. Mas uma sociedade "perfeita" sem contestação o será certamente. Infelizmente duvido que alguma vez existirá sociedades perfeitas...

    Não podemos comparar com as civilizações antigas, pois essas não tinham a visão que tem a sociedade de hoje, não tinham tecnologias, infra-estrutura e nem a cultura atual. Z (4 de agosto): EXACTO nossa cultura e estrutura tem a porcaria do dinheiro já enrraizada... abolí-lo implica muitas consequências... Eu continuo achando dinheiro a mãe de nossos problemas, mas eliminá-lo não deverá por sí só resolver nada....(pela sequência de motivos que expus).continuação da citação:... a casa de cada um seria território inviolável, exceto com Mandato Judicial.... responsabilidade seria imprescindível, simplesmente não vejo COMO o administrador ou mantenedor do território usaria de “um pequeno sentimento de poder”....Absolutamente não vejo dessa maneira. Por que não haveria necessidade de trabalhar?Uma vez que todos os benefícios são provenientes do trabalho? Simplesmente iria se dar o mesmo VALOR a tudo, absolutamente tudo teria a o mesmo valor. Da mesma maneira que não podemos ir ao mercado apanhar produtos e não pagar, nessa hipotética sociedade seria a mesma coisa, só poderia ir no distribuidor (mercado) e apanhar tudo o que precisa, aquele que cumpre com sua parte, e qual é sua parte? Trabalhar.

    É este o modelo que você criou, e que eu acho que cria novos problemas e que é inocentemente hipócrita... Se vai continuar havendo o signifcado de valor e propriedade, irá haver ambições materiais, logo, hostilidades!... Contudo, se seguirmos um pouco a sociedade de Índio, em que o território é da Natureza apenas, e nossa casa é uma obra boa e não uma propriedade... aí talvez seja um modelo melhor.. Nunca perfeito, mas melhor... Mesmo assim teríamos de ir mais além, Construir algo não deveria ser para nós próprios mas para porque o próprio construir nos daria felicidade. É uma questão de consciência.. de nos sentirmos bem com felicidades interiores e não com felicidades materiais... é tudo isso que temos que abolir, não só o dinheiro...Eu estou acusando seu modelo, então devemos pensá-lo e reformulá-lo. Você diz que precisa propriedade, eu acho que teremos que abolir o conceito de propriedade.. você não concorda? Argumente comigo ;)

    #81145
    Brasil
    Membro

    Olá Z

    Eliminar o dinheiro não elimina os conceitos enrraizados nas sociedades, para se viver utópicamente, teria que se abolir o significado de propriedade Concordam?

    Não, o que seria abolido seria o valor das propriedades, porém ninguém teria que abandonar sua casa ou mansão. Simplesmente, pessoas que não têm casa, passariam a ter. Terra, não falta para construir casas. O que falta é dinheiro.

    Eliminando o conceito de propriedade, haveria à mesma o conceito de responsabilidade como por exemplo na administração e manutenção de determinado território. Logo, haveria sempre um pequeno sentimento de poder sobre o objecto administrado. Teríamos de abolir também o conceito de responsabilidade?

    Não entendi bem essa colocação, depois podemos aprofundar-nos nisto, por ora vou responder de acordo com o que entendi: Casa, residência, seria um território inviolável, assim como o é em nossa sociedade, ninguém pode invadir casa de ninguém, nem mesmo a polícia, somente com uma Ordem da Justiça. Nessa sociedade, para a Justiça determinar a invasão de determinada residência, teria que haver sérios motivos. Com certeza!Por sua vez, a Justiça seria realmente justa, pois não estaria a serviço de poderoso algum como podemos observar corriqueiramente acontecer, a Justiça estaria apoiada nas leis constituídas pela maioria, somente, e não haveria meios de ser diferente, não existiria valor nem objetos para subornar ninguém. Objetos, todos teriam tudo o que precisassem e desejassem, não havendo a menor chance de alguém se corromper, tanto pela inexistência de dinheiro como pelo fato de as pessoas não almejarem nada que já não possuíssem ou pudessem possuir livremente.

    Regras, viveríamos sem regras? Sem regras não haveria cuidado, sem cuidado todos nos deixaríamos morrer. Então viveríamos com algumas regras para não mencionar governo, aí alguém teria que decidir essas regras. Poderiam ser postas em causa? Se sim haveria oposição, o que acabaria novamente em sociedade bélica. Existiriam então regras invioláveis tão importantes cumprir como a sobrevivência e bem estar geral da sociedade. Com regras nunca seria uma sociedade completamente livre mas tamem não é a liberdade que está em causa

    A idéia de “regras a cumprir”, pode causar uma impressão de escravidão, porém, não podemos esquecer que, em nossa vida diária, nos consideramos livres e, somos obrigados a cumprir regras que muitas vezes atendem unicamente ao interesse de poucos, não é mesmo? Assim como, aumento de impostos, ou a criação de leis e manutenção de outras que visam unicamente enriquecer banqueiros, e empresários bilionários, etc., ou então participar de algumas guerras que não dizem respeito a nossa nação, assim como os estadunidenses estão sempre enfiados em outros países promovendo guerras a revelia de seu povo que, é contra e manifestam isso sem sucesso algum, etc. Na minha maneira de ver, regras são coisas boas, desde que tenham sido estipuladas democraticamente, ou seja, pela maioria. Uma vez estipulada as regras, não há motivos para não cumpri-las, além do mais , a única regra que o cidadão dessa hipotética sociedade teria que cumprir, além é claro de respeitar a vida e a dignidade dos outros ele teria que cumprir a sua parte , ou seja, a única coisa que seria exigida do cidadão seria o seu quinhão de trabalho. A sua responsabilidade de não se encostar na sociedade, não ser um aproveitador, só isso! Os seus gostos ou preferências, ninguém teria direito de proibir ou censurar. Evidentemente as leis seriam estipuladas e teriam que ser cumpridas como em qualquer sociedade. O que pode, pode  e, o que não pode, não pode!

    Imaginemos então ainda que ultrapassávamos a barreira da contestação das regras, que conseguiamos todos viver com elas sem as por em causa, regras básicas como a de não agressão.. todos cumpriam sem quaisquer pensamentos retrógados de cinismo ou hipocrisia. Atenção que nem sequer atribuí espaço à religião, desporto ou cultura, temas passíveis quer de conflito, quer de invejas, ambições, orgulho.

    Religião, desporto, cultura... qual o problema? Todos têm direito a TUDO o que  desejarem,  a extinção do dinheiro não proibiria nem impediria ninguém de praticar esporte, nem as suas religiões! A cultura seria difundida sem barrreira$, sem restriçõe$, sem privaçõe$ isto é , para TODOS e, não para poucos como as sociedades atuais fazem. Não só para quem tem muito dinheiro para pagar boas Faculdades de Ensino.O direito de expressão/contestação, também não seria proibido, as questões poderiam e deveriam ser colocadas em causa no melhor estilo democrático, por que não? Qual o problema para não se fazer isso? O que impediria? O agente que mais impede a real democracia é o dinheiro, alguém tem duvidas disso? Quem manipula os governos a seu bel prazer? Não é a força da grana? Não são os interesses dos ricos?Sobre a propriedade, entendo que o direito a viver em uma casa grande e com o conforto que todos também terão, põe fim a maiores ambições, existem pessoas que detém Kilômetros e Kilômetros de deterras vazias, sem produção, criação ou habitação alguma, PRA QUE? Só para poder guardar o dinheiro? e, eu pergunto novamente, Pra Que?Na minha maneira de ver, essa sociedade NÃO é nada utópica, utópico é tentar fazer as pessoas entenderem isso, eu diria que essa é a parte mais difícil de todas: Fazer a pessoas entenderem e aceitarem, o resto, seria muito mais fácil do que imaginamos, pois não haveria força$ com outros interesse que não fosse o bem estar de todos, desde governantes, passando pelas grandes cabeças da sociedade até o povão.

    É este o modelo que você criou, e que eu acho que cria novos problemas e que é inocentemente hipócrita... Se vai continuar havendo o signifcado de valor e propriedade, irá haver ambições materiais, logo, hostilidades!...

    Por que vc acha que vai continuar havendo significado de valor? NADA terá valor monetário, TUDO terá valor de responsabilidade. Que tipo de ambições materiais? Não entendi! Pois se, todos teriam fartura e não miséria...Cumps.

    #81146
    Brasil
    Membro

    Olá Z

    Eu estou acusando seu modelo, então devemos pensá-lo e reformulá-lo. Você diz que precisa propriedade, eu acho que teremos que abolir o conceito de propriedade.. você não concorda? Argumente comigo ;)

    Sim, eu diria que o conceito de propriedade teria que ser reavaliado.Poderia-se conceituar como, “direito de privacidade e conforto no lar”, a palavra “propriedade” soa como algo que alguém pode ter mais e outro ter menos.Cumps

    #81147
    Brasil
    Membro

    Argumente comigo ;)

    :-X :-X :-X

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