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umamartMembro
No meu entendimento o Estado e a Lei não devem interferir na decisão do aborto pois é uma questão de Livre-arbítrio para com Deus
Acácia, sempre há o livre-arbítrio. A quem quiser roubar lhe é permitido roubar, a quem quiser matar lhe é permitido matar e a quem quiser abortar lhe é permitido abortar, e assim é com todas as coisas. Porém, a toda ação sempre corresponde uma reação, esta é uma Lei universal, é Justa, portanto.A questão do Estado interferir ou não nestes assuntos, através das leis dos homens, é o que reflete o nível da consciência humana. O Estado é a representação da sociedade, o Estado representa a sociedade. O Estado só permitirá o aborto se a sociedade assim o permitir, caracterizando que a sociedade compactua com atitudes de extremo egoísmo como a morte por conveniência, numa tentativa de "varrer pra baixo do tapete" o verdadeiro problema.Certamente, a sentença final será dada pela Justiça maior, e exatamente porque nos é concedido o livre-arbítrio devemos nos posicionar como sociedade de que lado da balança vamos ficar. Quem quiser ferir, que fira, quem quiser matar, que mate, mas saibam que não serei eu a compactuar com isso, e não desejo que a sociedade, ou que a humanidade, compactue com isso.Veja, a questão do aborto não é uma questão que diz respeito somente aos pais. Essa é uma questão que diz respeito sobre a vida de um indivíduo incapaz de manifestar sua opinião. Se a vítima não pode falar, alguém deve falar por ela, e nem sempre os pais estão em condição de tomar a decisão mais sábia. Aquele ser vivo no ventre da mãe, não é propriedade da mãe, e portanto a mãe não tem direitos de decidir sobre a vida e morte dele. A sociedade, através do Estado, tem o dever de proteger a vida dos atos inconscientes de alguns.
umamartMembroPpaulo,O ponto que coloco é que a questão de quando surge o ser humano não é fundamental. A questão de quando se pode aplicar a definição de ser humano é uma questão puramente tecnica, baseada no conhecimento do que? Pra isso, antes de mais nada seria necessário definir o que é o ser humano.O que coloco como questão fundamental é a conceitualização do aborto, ou seja, o que representa o aborto, o que representa sua legalização para a sociedade, o que representam suas causas e o que representam suas consequencias.Coloco que não importa quando é o momento em que se pode aplicar a definição de ser humano, porque de qualquer forma o aborto mata algo vivo, que, mesmo se não é ainda um ser humano consciente, poderia ter sido. Com isso quero dizer que pior do que o ato do aborto em si, é a motivação egoísta, cômoda, de tirar uma vida por conveniência. Isto não deve ser tolerado.No entanto, defendo o direito do aborto no caso de estupro ou risco de morte da mãe, por piedade, por bondade. Isso porque também acredito que não é errado tirar uma vida, somente no caso de um ato de pura bondade e piedade, não por conveniência ou motivações egoístas.Da mesma forma essa questão de pesquisa com embriões. Qual é a intenção da pesquisa? Quando é justificável e quando não é? Não acredito que haja uma resposta genérica para todas as situações. Acredito que mais importante do que a questão de estar ou não matando um ser humano, é a questão do porque está se fazendo isso. É uma motivação altruísta, ou é egoísta? Essa é a questão fundamental.
umamartMembroNao existem programas de controle da taxa de natalidade no pais, como esperar, entao, que exista um programa como esse? Seria extremamente trabalhoso e caro desenvolver algo que obtivesse exito nesse sentido. Nao sou contra um projeto como esse, porem está a milhas e milhas da realidade. Ainda mais quando falamos num pais onde 90etantos% dos cidadaos sao adeptos a uma religiao.
Se a solução é cara ou trabalhosa, então simplesmente vamos desistir a adotar a medida mais cômoda e egoísta? Devemos ser comodistas e nos contentar aparando as arestas do que está aí, ou será que nosso objetivo deveria ser uma sociedade melhor, com homens evoluídos, menos egoísta. Se a realidade de um mundo bem melhor está longe da realidade atual, é justamente porque os homens não acreditam, estão conformados. Não serei eu a compactuar com isso que está aí, e sei que muitos outros também não compactuam. Por isso eu acredito.
Irresponsabilidade de quem? Apenas da mulher e de seu parceiro? E o Estado que se ausenta?Devemos caminhar para a legalizaçao, ao passo que desenvolvemos politicas preventivas que atuem nas verdadeiras causas. Criminalizar o aborto hoje é um grande absurdo, tendo em vista o modo como agimos na prevençao do problema.
Irresponsabilidade de todos, da mulher, de seu parceiro, dos pais, dos avós, do estado, da sociedade, e de cada um de nós que compactua ou que é omisso perante tudo isso.Como legalizar algo que se acredita estar errado, somente porque se reconhece a incompetência de evitar sua causa? Que tipo de futuro pretendemos para nossos filhos e netos desse jeito? Vamos perpetualizar a incompetência?O comodismo "empaca" a humanidade. Acredito que se um dia se perder toda a esperança na evolução do homem, então o homem na face da Terra perderá sua utilidade. Se esse dia chegar, o planeta se tornará uma célula cancerosa incurável, e portanto deverá ser extirpada.
umamartMembroRecentemente a Justiça brasileira autorizou um aborto... Foi o caso de uma menina de 9 ou 10 anos que foi estuprada pelo padrasto... O caso ficou famoso porque a Igreja excomungou a mãe da menina que entrou com o pedido na Justiça, o juiz que autorizou e os médicos que realizaram a interrupção da gravidez... Os “santos” e “sábios” representantes da Igreja só se esqueceram de excomungar o padrasto depravado FDP. Esse certamente mereceu o perdão dos pedóf... , ops, clérigos.
Absurdos como esse são consequencia do dogma. Dogma é inconsciência. Somente com ampliação da consciência amplia-se a compreensão da Justiça.
umamartMembroMas isso não responde a questão fundamental. Num post anterior vc disse que o ser seria "ser humano" a partir da concepção.
Ppaulo, não fiz essa afirmação, mas coloquei como possibilidade, sim. Por haver essa possibilidade, você mesmo fez uma colocação muito prudente:
Vejam bem, não sou contra o aborto por questões religiosas, mas tão somente porque sou contra exterminar qualquer ser humano. Na dúvida de quando começa o ser humano, sou contra o aborto.
E, de fato, classificar "quando começa o ser humano" pode ser muito subjetivo. Mas o que se pode afirmar com certeza é que aquela forma de vida que passa a existir logo após a concepção, ela será um ser humano e irá adquirir consciência, e ao abortar esta oportunidade lhe será ceifada. Temos nós o direito de ceifar a vida de um ser consciente, ou que virá a se tornar consciente, somente em razão da própria conveniência?
Então temos um problema técnico-jurídico se assim o for, pois não pode haver a figura do homicídio autorizado em nenhuma hipótese segundo nossa Constituição. Assim como não há penas capitais, muito menos um dispositivo legal poderia autorizá-la (no caso do aborto em caso de estupro por exemplo ou do descarte de embriões).
Então a legislação é falha. Falo de conceitos, e esses conceitos não foram levados em conta quando da redação da constituição. O dia em que esses conceitos estiverem claros pra todos, a lei deverá se adaptar a um nível maior de entedimento destes assuntos. A lei será mais justa, quanto maior for a compreensão da Justiça.
umamartMembroSe, o ser é ser humano desde a fecundação, não deveria ser permitido (o que já é) o aborto em caso de estupro ou risco para a mãe.... seria um homicídio permitido...Não sei não... essa idéia de que é ser humano desde a concepção traz enormes problemas, a começar pela manipulação de embriões, não se esqueçam que muitas vezes apenas um é utilizado e os outros descartados... então seria homicídio também...
Olá ppaulo. O absurdo é autorizar o aborto de uma gravidez fruto da irresponsabilidade, mas esse não é o caso do estupro, ou do caso de haver risco de morte para a mãe.No caso de estupro há uma violação terrível para a mulher com consequencias psicológicas dramáticas. Uma criança nascida fruto de uma concepção por estupro traz consigo toda essa carga emocional sombria. Neste caso, o aborto é justificável para evitar uma carga de crueldade ainda maior para os dois, a mãe e a criança.E no caso de risco para a mãe, no caso de ter que se optar pela mãe ou pela criança, é preferível optar por manter a vida da mãe, porque da mesma forma, é uma crueldade terrível fazer nascer propositadamente uma criança orfã. Ao contrário do senso comum, não é um ato de amor verdadeiro dar a vida pelo próprio filho. Optar por morrer para deixar o filho vivo é egoísmo. Preferimos morrer a ter que sofrer a morte do filho. Mas e ele, teu filho, vai ter que ficar aqui sofrendo com a tua morte, e desamparado, sozinho pra enfrentar o mundo.(falo de filhos pequenos). Mesmo que tenha alguém pra cuidar dele, mesmo que tenha um pai, ele não terá a mãe.E no caso de manipulação de embriões? Tudo depende de qual é a intenção e qual é a situação. Se a intenção for dar oportunidade de vida onde antes não havia nenhuma, acho válido. Mas se a intenção for criar clones humanos para servirem de doadores de orgãos, acho deplorável.
umamartMembroQue tema terrível para ser debatido! Envolve tantas "sentenças", tanto "livres-arbítrios"...
Olá Acácia. Tema terrível, sim, porém o debate é necessário já que é um tema cujo conceito não é compreendido pela humanidade, por isso mesmo é que é polêmico, não há consenso. Para que um tema polêmico possa deixar de ser polêmico um dia, é necessário que haja uma ampliação de consciência sobre este tema. E uma forma de se ampliar a consciência é através da argumentação.
Eu entendo que a questao do aborto seja referente à saude publica e pretendo explicar a razao por tras do pensamento. De fato, concordo com voce quando diz que devemos atuar nas causas e nao nos efeitos, porem a realidade do pais nos mostra todos os dias como estamos longe desse ideal. Esse pensamente deveria vigorar em todos os setores, nao só no da saude publica. Enfim, nao vejo como podemos considerar o aborto como uma questao humanitaria, quando em nosso pais milhoes de pessoas nao tem suas condiçoes basicas de saude, moradia e educaçao levadas a serio.Infelizmente, os problemas pelos quais grande parte da populaçao passa sao a fautriz de problemas maiores, como a questao do aborto. Cobrar do individuo que nao possui amparo do estado uma postura nobre como a sua é algo inviavel, segundo meu ponto de vista. Vejo que voce assume uma postura inflexivel e extremamente "responsavel" com relaçao ao aborto, porem o que voce acha da taxa de natalidade do Brasil, especialmente nas regioes mais carente do país? Existem programas de controle da taxa de natalidade nessas regioes? Eles apresentam resultados promissores? Se existem, eu nao os conheço.
Olá Sica. Olha, é um tremendo erro tentar corrigir uma falha através de outra falha. Se milhões de pessoas carecem de condições básicas de saúde, moradia, educação e ainda lhes falta esclarecimento sobre controle de natalidade, isto não é justificativa para o estado adotar uma medida conformista, que traz consequencias piores com ela do que sem ela. O estado tem o dever de resolver o problema, e não de remediá-lo. Se, por outro lado, o estado não é capaz de suprir as necessidades básicas do seu povo, e por isso não caberia esperar posturas conscientes dos mais humildes, então, ao invés de simplesmente ajudar a mulher a abortar o problema, deve ajudá-la a resolver sua situação, dando-lhe apoio psicológico, orientação familiar e talvez até apoio financeiro com supervisão para evitar o abuso.A questão é que sempre existem diversas formas de se resolver qualquer problema, só que todas elas demandam mais esforço do que simplesmente fugir dele. Acontece que legalizar o aborto NÃO extermina o problema, apenas o mascára, pois a causa raíz continuará lá. A miséria e a desorientação continuarão lá, aumentando e não diminuindo. Perpetuando uma sociedade de ignorantes.De fato, este país, como muitos outros, está bem longe do ideal. Só que não existe uma solução que não seja uma solução ideal, ou não é solução, é um paliativo que mascara, mas não resolve. O ideal deve ser perseguido. O ideal deve ser a meta, e nada menos do que o ideal deve ser tolerado. Qualquer objetivo deve ser o objetivo ideal, enquanto que o caminho até ele será passo a passo. O estado em que nos encontramos é relativo, mas só poderá ser menos relativo amanhã se o ponto final pretendido for absoluto. Se não tivermos uma visão clara do ponto aonde queremos chegar, também teremos dificuldade em encontrar o caminho certo.Não se luta pelo bem utilizando-se das armas do mal. O mal só produz mal. Só o bem pode levar ao bem.
umamartMembroE quando passamos a ser "seres humanos"?
A partir do momento em que se caracteriza um novo indivíduo, que existe e vive de forma mentalmente independente. Quem pode dizer qual é esse exato momento? Pode ser a partir do momento da fecundação do óvulo, ou depois da primeira divisão celular, ou da formação do primeiro neurônio, mas certamente muito antes do parto, o feto já existe como indivíduo, possui mente e sente. O feto tem emoções e é capaz de sentir o ambiente externo. De fato, não importa quando o feto pode ser classificado de ser humano, pois uma vez abortado, este feto nunca terá a oportunidade de se tornar um. O que é mais terrível? Matar um ser consciente, ou matar um que poderia ser consciente, caso não fosse morto?
umamartMembroSumarizando, os sofistas defendiam o poder da palavra para a manipulação.Então, pelo que entendi você defende a utilidade dos sofistas pelo mal exemplo que foram, porque assim outros, como Sócrates, tiveram a oportunidade de evidenciar o bom.Concordo totalmente, os sofistas só foram úteis para mostrar o que não se deve fazer.
umamartMembroJá percebi que minha mente não é tão expansiva assim. Desta forma, sob este ponto de vista, fui condenada ao inferno.
Já vi você se minimizar assim várias vezes. Não faça isso. Os seus posts são muito inteligentes, e se me dirijo dessa forma a você é porque reconheço enorme potencial.Você já superou muitas dificuldades, sinal da sua força. Eu sei que você não é esse patinho feio que você imagina que é.Pare de se subestimar.
umamartMembroOlha Acácia, o gênesis é uma descrição muito rica em metáforas e imagens arquetípicas. Realmente muito bonito. Certamente essas imagens eram o mais próximo que o homem de 6.000 anos atrás poderia chegar da compreensão da criação da Terra.Mas hoje nossa compreensão é bem maior e podemos formar imagens que provavelmente sejam mais próximas da realidade. Isso não quer dizer que Deus deva deixar de existir, muito pelo contrário, hoje podemos também fazer uma imagem de Deus muito mais próxima daquilo do que deve realmente ser Deus. Pela filosofia, nossa compreensão aumenta, e a imagem que podemos fazer de Deus pode ser muito maior. Não um deus pequeno, vaidoso, que "cobra louvor e adoração". Por que Deus cobraria adoração? Para alimentar seu próprio ego? Um deus egoísta? É claro que não, esse era o deus de antigamente. Hoje podemos fazer a imagem de um Deus que não uma entidade separada, que observa os mortais de "fora", de uma outra dimensão. Hoje podemos imaginar um Deus que seja a soma de todas as coisas, perceptíveis e imperceptíveis. Some tudo, toda a matéria, todas as consciências, toda a energia, todos os espaços e todas as dimensões, some a isso o incompreensível, e podemos fazer uma imagem muito maior, muito mais bela, do que aquela imagem, daquele deus, do gênesis. É o mesmo Deus, o que muda é a nossa compreensão.Essa é a utilidade da filosofia, não a de abolir idéias, mas de lapidá-las até aproximá-las da Idéia original. Ampliar consciências, afim de evoluir o homem e libertar a sociedade do dogma.
umamartMembroO questiomento que entra em vigor é o seguinte: Em meio a uma sociedade socialista, o homem iria desejar "ter mais" (pois essa é sua natureza) ou essa nova sociedade com novos valores iria moldar o homem de modo a reter essa ambiçao? Veja que voltamos a um outro ponto da discussao. (lembra-se? ;))
O "ter mais" não é somente próprio do capitalismo, é próprio da natureza humana. O capitalismo foi criado pelo homem para suprir sua própria necessidade de acumular riquezas. A razão é o próprio homem, nele está a causa, e nele está a solução. Não adianta mexer no efeito. Alterando-se o efeito através da aplicação de uma força externa, não altera-se a causa. Ao retirar a força externa, o efeito volta ao estado inicial. Portanto mexer no efeito é efêmero, passageiro. Não é definitivo.Não é possível moldar o homem através da imposição, no máximo é possível pressioná-lo a agir de acordo com padrões estabelecidos, por algum tempo. Mas através da pressão não há real mudança, porque a insatisfação gerada só fará aumentar a vontade de ter aquilo que lhe está sendo negado.
"O socialismo tenta impor valores altruístas, onde tudo pertence a todos, onde todos são iguais, muito bom, mas fazendo assim, por imposição, não muda o homem, ao contrário, apenas reprime o egoísmo que continuará latente, sob pressão." UmamartO socialismo nao nega a individualidade de cada um, pelo contrario ele a admite e a respeita. O que ele nao permite é que alguem se destaque na sociedade por possuir um acumulo de capital, ou seja, nega-se o acumulo material como forma de destaque social.
Correto, e ao negar isso, está ceifando a liberdade do individuo. O desejo pelo ter é algo exrtremamente forte e poderoso no homem. É algo intrínsico e profundo. Negar isso ao homem de hoje causa imensa insatisfação e sofrimento. É um sistema opressor que acaba tendo o efeito contrário: Ao negar a possibilidade do ter, fortalece-se ainda mais o desejo de ter mais.
Novamente temos um impasse: O egoismo ao qual o senhor se refere nao seria uma outra herença da sociedade capitalista? Pois essa é uma das consequencias do capitalismo, nao é mesmo? Somos expostos desde pequenos a uma competiçao constante, onde o melhor sempre se destaca. Essa competiçao começa na escola, passa pelo vestibular e chega até o mercado de trabalho, provocando um distanciamento entre as pessoas. Passamos a encarar alguns como concorrentes e nao como semelhantes. Talvez essa seja uma das causas do egoismo ao qual voce se refere; a falta de oportunidade a todos.
Não é o capitalismo a causa do egoísmo. O capitalismo é criação do homem. O homem egoísta criou o capitalismo. Não é o sistema que molda o homem, o sistema é criação do homem. A causa é o homem, não adianta procurar soluções "fora", tem que mexer "dentro".A causa do egoísmo não é a falta de oportunidade. Se falta oportunidade a todos, é porque existem os egoístas que negam ou não criam essas oportunidades para os outros. A causa do egoísmo é a falta de consciência. Para eliminar o egoísmo, não adianta mexer no sistema, tem que ampliar a consciência.
umamartMembroquero saber o que ele inventou de tão espetacular que ninguem mais consegue ou conseguiu fazer. certo?
Palavras são apenas palavras se não houver testemunho. Portanto se as palavras Dele encantaram o mundo e sobreviveram ao tempo, mais do que as de qualquer outro, foi porque o testemunho Dele foi o maior de todos.Ele se deu como prova viva do que Ele pregou. Certamente Ele tinha um poder de atração que nunca ninguém mais teve. Ele devia ser alguém que emanava alguma "luz", alguma "energia" por todos os poros do seu corpo que o tornava irresistivelmente atraente. E, no fim, para provar a que veio, sacrificou-se. Ele provou que realmente acreditava no que pregava, e o que Ele pregava é que é possível amar ao próximo como a ti mesmo, porque Ele amava e deu testemunho. Ele provou que é possível um mundo de amor e harmonia, porque Ele já vivia nesse mundo, aquele que Ele chamou de a casa do Pai e que poderia se fazer presente também na Terra.Hoje estamos até acostumados com os conceitos de amor, bondade e harmonia, mesmo sem tê-los incorporado. Mas a 2000 anos essas ideias eram absolutamente radicais. Hoje o homem comete mil atrocidades, mas a sociedade condena. As atrocidades são cometidas mas são repugnadas, pois entendemos um pouco melhor os conceitos do bom e do não bom. Mas naquele tempo matar com crueldade e torturar eram coisas absolutamente normais. Em um tempo em que o culto ao próprio ego era encarado como a coisa certa, vem esse homem falar de amar ao próximo como a ti mesmo!!! Aquilo foi radical demais. Certamente muitos o viram como louco, mas para muitos outros essa era uma idéia atraente demais.Depois Dele outros tantos tentaram fazer o mesmo? Claro que sim, mas Ele foi o primeiro. Se outros falaram em paz, amor e bondade depois Dele, foi porque ouviram a Ele primeiro. E se antes Dele houveram outros que tentaram algo parecido, ainda assim não puderam dar o testemunho que Ele deu.O ser humano não é só razão. O ser humano é razão e emoção. Mente e espírito. E Cristo usa nossa mente para penetrar no espírito. Portanto somente pela razão não se descobre o que Ele tem de tão especial. Pela razão podemos descortinar a verdade oculta no conhecimento hermético deixado por Ele. Mas pra realmente entender porque Ele é o maior de todos precisa abrir o coração e deixá-lo entrar. Precisa sentir, precisa gostar das pessoas e admirar a bondade.
umamartMembroAfirmar que o socialismo nao funciona por incompetencia propria é fechar os olhos para as dificuldades impostas pelo mundo capitalista. Se o socialismo é realmente um sistema fadado ao fracasso, por que nao permitem que Cuba comercialize com o resto do planeta? Por que sabotaram as frabricas de Robert Owen durante o seculo XIX? Por que impedem esse sistema de andar com as proprias pernas?
O ponto é que socialista ou não, uma nação pode até chegar ao nível de poder oferecer a todos os seus cidadãos boa educação, boa saúde, habitação de qualidade e mesa farta. Uma nação socialista pode até oferecer isso, e uma capitalista também. Se não fosse as restrições dos EUA quem sabe Cuba fosse uma Suiça, ou uma Finlândia? Só que em Cuba haveria uma diferença: Todos teriam excelentes condições básica de sobrevivência, mas seriam impossibilitados de poder ter mais do que o básico. Ótimo, caso fosse o homem um ser sem a ambição pelo poder do "ter mais". Ótimo, caso a ambição do homem fosse pelo auto-aprimoramento, pelo melhorar-se. Ótimo, caso fosse a ambição do homem o poder do "ser", e não do "ter".
A que valores exatamente voce se refere?
O socialismo tenta impor valores altruístas, onde tudo pertence a todos, onde todos são iguais, muito bom, mas fazendo assim, por imposição, não muda o homem, ao contrário, apenas reprime o egoísmo que continuará latente, sob pressão. E a pressão, ao contrário de diminuir, irá apenas fortalecer o desejo pelo ter, até o ponto em que não haverá mais condições de manter uma sociedade forçada, e novamente voltará a sociedade do capital, mais ou menos o exemplo que temos da China.
Sem qualquer defesa ao socialismo, pois como disse, o vejo com reservas, mas acho que pra chegar a esse “mundo ideal” o capitalismo é o caminho mais tortuoso.
A humanidade somente irá perceber que o poder do "ter" é ilusório quando este poder ruir por si só. Tem razão quanto ao capitalismo ser o caminho tortuoso, porque o caminho reto seria o altruísmo. Só que, como já disse, o homem só aprende quando "sente na pele". Não tenho dúvida que o capitalismo vai ruir, é inevitável, e quando acontecer vai ser uma crise como jamais vista. O dinheiro vai perder completamente o seu valor, os poderosos do ter vão cair, as pessoas vão passar frio e fome. Será o inverno mais longo que o mundo jamais viu.Neste ponto o homem verá o mal que o dinheiro fez a si próprio. Somente lá, do fundo do poço, o homem tomará consciência da ilusão do "ter", e deverá se reerguer sobre uma nova base. Pra sair do buraco, deverão se ajudar um ao outro, e aprenderão o valor do altruísmo.Talvez essa ideia possa parecer algo cruel, ou contra-intuitivo, mas não tem como consertar essa casa, porque a fundação está podre. A única saída é permitir que a casa caia, e, sob os escombros, construir novas bases. Para acabar com o capitalismo, somente dando corda a ele, para que se enforque.Utopia é pensar que alguém possa se tornar bom quando é forçado a ter boas ações. Ninguém tem o poder de mudar ninguém. As pessoas somente mudam por si só, quando tomam consciência de algo, mas, infelizmente, para a grande maioria a ampliação de consciência só ocorre quando caem no buraco cavado por eles mesmos.
umamartMembroEducação e saúde são obrigações do estado, sem nenhuma dúvida. Por conceito, o estado é uma instituição formada pela sociedade que tem por função prover à própria sociedade as condições de manutenção e evolução do bem estar comum. Por este conceito, o estado deve sim prover saúde e educação de qualidade.
É interessante ver como as pessoas vão desenrolando as suas idéias e acabam dando com a cara na parede ou caindo num precipício...Veja o que você diz abaixo:
Não importa na mão de quem está o dinheiro ou o poder. Não importa se o poder econômico está na mão do particular ou do estado.
Meu caro, o dinheiro para o Estado prover a Saúde e a Educação de boa qualidade que você mencionou no outro parágrafo, tem que sair de algum lugar, não é verdade?O Erário Público (Estado) tem apenas duas fontes de arrecadação de dinheiro:Uma é através dos impostos, taxas e tributos que pagamos e, diga-se de passagem, aqui no Brasil são bem escorchantes, principalmente à classe média. Outra são os lucros provenientes de suas empresas, as desditosas estatais.Livrando-se de todas as estatais lucrativas como a Vale, a CSN, a Petrobras, os Metrôs, o Banco do Brasil, as hidrelétricas de Itaipú, Furnas, etc., a Eletrobras Chesf, Cepel, etc., a Eletronorte, a Eletrosul, a Eletronuclear, os Correios, a Embraer, as telefonias, etc., etc., etc., de onde vai sair o dinheiro para prover a Saúde e a Educação de boa qualidade? AUMENTANDO impostos, taxas e tributos?Por que é que as pessoas têm que ter capital e o Erário Público não? Afinal, o Erário (Estado) não precisa de dinheiro para prover serviços de saúde e educação, no mínimo aceitáveis??
Em uma frase estou falando sobre deveres do estado e em outra estou dissertando sobre a natureza humana, ou do poder do dinheiro sobre o homem. São enfoques diferentes e uma não nega a outra.Não sou contra o Estado ter empresas que tenham valor estratégico para o país, como empresas de energia, por exemplo. Mas também acho que via de regra o estado é péssimo administrador e frequentemente usa suas empresas como cabides de emprego, inchando os departamentos com funcionários ineficientes.Quando você citou estas minhas palavras:
Não importa na mão de quem está o dinheiro ou o poder. Não importa se o poder econômico está na mão do particular ou do estado.
Convenientemente você omitiu uma parte importante que forma a ideia completa, portanto, fique a vontade para reproduzi-la, mas, por favor, reproduza-a completamente:
Não importa na mão de quem está o dinheiro ou o poder. Não importa se o poder econômico está na mão do particular ou do estado. O problema não é quem é o dono do dinheiro, o problema é O dinheiro. Enquanto houver dinheiro, vai haver os que têm, os que não têm, e os que farão de tudo, moral ou imoral, para ter ainda mais.
Com isso, não quero dizer que as pessoas têm que ter capital e o Erário Público não. Na verdade quero dizer que em um mundo ideal não existirá o dinheiro, e também quero dizer que a imposição de valores não contribuirá para o mundo chegar a tal estado de maturidade, mesmo que sejam valores nobres. E razão pela qual afirmo isso é um princípio filosófico que afirma que a paz é fruto da liberdade. Impossível chegar a paz se não for pelo princípio da liberdade. E, ao impor restrições, o socialismo nega a liberdade, portanto impossível o socialismo levar a um estado de paz, de harmonia. O socialismo se aplica pela repressão, e a repressão somente pode levar ao conflito, à desarmonia e a deterioração.Veja, o problema não é o socialismo em si. O problema é a repressão. Se fosse possível manter uma sociedade socialista sem que houvesse imposição, provavelmente seria o mais justo para esta sociedade. Mas para isso o homem deveria ser diferente. E por isso volto ao ponto, não adianta mexer no meio, pois somente um homem justo tem o privilégio de viver em um mundo justo.
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