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Miguel (admin)Mestre
Walace,
Acho que quando colocamos nossas posturas e queremos convencer os outros do que estamos falando, estamos agindo como sofistas!
So que nesse fórum só tem sócrates (respeitando os limites!)
Aí vou disutir com seu “zé na pracinha da igreja”(como você mesmo fala) e o resultado ainda sai muito pior!
Às vezes não sei como agir!
Só sei que “perder la ternura jamaz”!
Miguel (admin)MestreOi J.Domingos,
Ok, concessão feita tb ao 2º paragrafo, é polêmico mas faz parte. Desnecessário dizer que eu discordaria que isso explique tudo.
O sentimento de que é inútil colocar essas opiniões aqui é bom!
O contrário seria a ilusão de que somos os donos da verdade e de que podemos convencer a todos do nosso ponto de vista. Tenho sempre insistido nessa tecla, mesmo com risco de tornar-me alvo do meu próprio argumento. Quem sabe com esse sentimento de inutilidade reforçado possamos aprender a respeitar mais o diferente… por isso corro o risco: para respeitar a dialética, como vc disse uma vez
A arrogância da nossa cultura – ou subcultura – em querer impor um critério único de interpretaçao (existem muitas formas de dominaçao além da ecônomica! a cultural e a ideológica sao apenas mais duas delas, ainda que travestidas de “verdade”) parece que nao tem limites. Nesse aspecto é que pensei que vc podia concordar: por que mesmo o ateu mais convicto nao pode aprender a respeitar as pessoas que pensam diferente, e que partilham das mesmas preocupações para com o próximo, mas que tem seu modo particular de buscar participar para uma possível soluçao? Antes de dizer que a soluçao é uma só nao esqueça que o outro poderia dizer o mesmo, e nao chegamos a soluçao nenhuma!
Da minha parte posso entender alguém que busque a justiça sem nenhuma referência ao religioso. tive que entender, conheço alguns. Da outra parte seria muito esperar o contrário?
Com relaçao a fé, visões de mundo, crenças (e a idéia de que a ciencia resolve todos os problemas é uma delas): nesse contexto de globalizaçao nao há mais lugar para a pluralidade? Criticam tanto a antiga metafísica mas buscam um mundo monolítico!
E isso sem falar das culturas nao ocidentais ou nao tecnocientíficas… só falta alguém propor colocarem os aborígenes nos zoológicos, pq o exteminio “darwiniano cultural” aqui nesse site já teve representante
Talvez assim fique mais clara a minha postura, está endereçada a vc mas nao tome contra vc.
“É um erro popular muito comum o de acreditar que aqueles que fazem mais barulho ao se lamentar a favor do público sejam os mais preocupados com seu bem-estar” (E. Burke)
[],s
Miguel (admin)MestreA questão da reserva de mercado na informática , esteve em voga, mas já foi abolida faz tempo. Há hardwares e softwares por aí a vontade.
Em termos de tecnologia de ponta, Márcio, vc pode até estar certo. Mas eu coloco a questão de outra maneira. De fato o problema não é ” quantas crianças vão ter acesso a computadores” ,mas quantas crianças , adultos, continuarão passando fome, sendo excluídos. Vc abre o mercado a um preço muito alto, no sentido social. Sim, nos não temos a curto prazo, condições de produzir sequer chips. Se nos fechássemos, talvez até ficássemos sem simples fornos de micro-ondas. Mas a questão é mais profunda que pensa, sim, sua cabecinha de classe média( eu sou da classe média alta, mas tenho a visão de terceiro mundo…um dia explico, se tiver saco, melhor isso). Ou seja , abrir mercado para dar computador a filhinhos de papai e ter gôndolas automáticas de supermercados é um preço muito alto, no sentido que não sobrarão recursos para acabar com a exclusão, a fome no país e por extensão no terceiro mundo. Que Fazer? Isolar-se? Não..a questão é mais complexa e me tornaria muito extenso se a abordasse neste instante, mas há que pressionar, procurar aliados em outras partes, como a China, por exemplo, copiar desavergonhadamente ,as patentes, os softwares que forem possíveis, numa terrível luta contra o tempo. Entrar em luta contra o Imperialismo( não uma luta frontal, mas dissimulada, inteligente). Essa é, resumidamente, a visão de um esquerdista, alguém que não quer ser lacaio para sempre. Teríamos sucesso? Difícil dizer, ainda mais com esta classe média alienada, reacionária ( da qual sou originário, mas digamos que…superei, meus condicionamentos sociais), mas acredito na luta. Daí, na dúvida todas as pessoas progressistas, que não são capachos dos EUA, dizem NÃO, a Alca.Miguel (admin)MestreOlá, Walace
Acho que ele parando no 2º paragrafo para mim, já estava tudo explicado, Pois é aí que Marx e Engels contiunua explicando como a intereção entre trabalho e primata, transformou este em homem.
Mas, como você, também estou começando achar que colocar isto é inútil!Mauricio,
valeu cara, sua mensagem ganhou um votinho meu.
A religião não me interessa muito! mas a ciência sempre.
Miguel (admin)MestreSobre a mensagem obscura e sinistra do mensagista que usa meu nome ao contrário, gostaria de comentar sobre isto que o indivíduo escreveu:
“Alguns textos apócrifos dos séculos II e III sugerem que Jesus é fruto de uma relação de Maria com um soldado romano.”
O que desejam, realmente, os incrédulos e ateus? O que buscam os humanistas, materialistas e céticos? Buscam qualquer coisa atrás da qual possam tentar se ocultar.
Se ocultar de que? Se ocultar do conflito da própria consciência que os acusa quando praticam os males. Se ocultar de Deus que lhes haverá de pedir contas.
Porém, o que fazem em oculto está sendo registrado para o Grande Dia. O Dia do Senhor. O dia em que se levantará o Dono da casa e quando dEle fugirão todos os que lhE rejeitaram o conselho, como está escrito:“Os reis da terra, os grandes, os comandantes, os ricos, os poderosos e todo escravo e todo livre se esconderam nas cavernas e nos penhascos dos montes e disseram aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós e escondei-nos da face daquele que se assenta no trono e da ira do Cordeiro, porque chegou o grande Dia da ira deles; e quem é que pode suster-se?” Apocalipse 6:15-17
Nesse grande Dia que já depressa se aproxima será a hora de dar a retribuição aos que, escravizados e enganados pelo diabo, ousam levantar o tom do bulício de suas atitudes em revolta contra o Criador.
Alguns, julgando-se sábios, cultos e independentes, se assentam confortavelmente entre as rodas daqueles que dizem: “Não há Deus”. Folheando escritos mentirosos de homens corrompidos na mente e na alma, vorazmente buscam coletar parceiros que juntamente com eles engrossam as fileiras que caminham para o inferno eterno. Homens sem Deus, sem moral e sem senso de justiça. Homens para quem o prazer é um fim e a morte é coisa a respeito da qual desejam pensar “somente mais tarde”.
Serão esses os que serão postos do lado esquerdo no grande Dia, aos quais também será dito:“Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos;” Mateus 25:41
Homens atrevidos e insolentes, julgando, loucamente, que podem afrontar a Deus e que ficarão impunes.
Nada do que dizem pode afetar a Verdade. Nada do que postulam, rotulado com a máscara da inquirição, poderá lhes servir de desculpa para a prática de seus reais intentos.
Os tais são mentirosos e se comprazem com o mal. De boca, hipocritamente, reprovam ao ladrão e ao assassino, enquanto eles mesmos, quais suicidas enlouquecidos, atentam contra a própria alma.
Pois está escrito:“O aspecto do seu rosto testifica contra eles; e publicam os seus pecados, como Sodoma; não os dissimulam. Ai da sua alma! Porque fazem mal a si mesmos.”
Isaías 3:9Valenic
Miguel (admin)MestreMauricio,
Vá estudar! Que teologo vc conhece? Debateu com quem? Pelo visto vc nao conhece muito nem de teologia, nem de filosofia, nem tampouco de história do conhecimento. Podia ter ficado no primeiro parágrafo que ainda dava para passar, seria polêmico mas… Já o resto da sua msg foi um amontoado que só demonstrou desconhecimento sobre o assunto. Teologia é curso superior, vc nao discute teologia com o Seu Zé na pracinha da igreja. (E se sim, nao imagino que seja isso que se estava a propor.) Estou começando a achar que é inutil, mas me recuso a perder a esperança no ser humano, e para nao ficar só em reclamaçao, procure se informar sobre os seguintes assuntos: filosofia primeira de Aristóteles, influencia de Occam no nascimento da ciência moderna, fundamentos do pensamento de Hegel, surgimento da noçao de individuo, hermeneutica…. resumindo: vá estudar!
E antes de se imaginar tao esclarecido:
religiao ciencia sacerdote dita a verdade cientista dita a verdade povo faz reverencia povo faz reverencia Fulano nao sabe Sicrano nao sabe Fulano acredita Sicrano acredita Fulano nao quer saber de nada que o questione Sicrano nao quer saber de nada que o questione acham que o único acesso à verdade é o seu acham que o único acesso à verdade é o seu fechamento de horizonte fechamento de horizonte Essa religiao ou essa ciencia nao me interessam!
(Mensagem editada por walace em Setembro 13, 2002)
Miguel (admin)MestreOlá Márcio…
desculpe, não o entendi…a que se refere quando diz “isso”???
abs.Miguel (admin)MestreComo um cientista afirma, isso é comprovado ciêntificamente. Como ele faz para comprovar uma teoria?
Miguel (admin)MestreJesus
Segundo o Novo Testamento, Jesus nasceu em Belém, uma cidadezinha localizada oito quilômetros ao sul de Jerusalém, filho do carpinteiro José e de uma jovem chamada Maria, que o concebeu sem macular sua virgindade. Os evangelhos de Lucas e Mateus afirmam que Jesus nasceu “perto do fim do reino de Herodes”. O texto de Lucas afirma que a anunciação aconteceu em Nazaré, onde José e Maria viviam, mas eles foram obrigados a viajar até Belém pelo censo “ordenado quando Quirino era governador da Síria”.Hoje, o que se sabe de concreto sobre Jesus é que ele nasceu na Palestina, provavelmente no ano 6 a.C., ao final do reinado de Herodes Antibas (que acabou em 4 a.C.). A diferença entre o nascimento real de Jesus e o ano zero do calendário cristão se deve a um erro de cálculo. No século VI, quando a Igreja resolveu reformular o calendário, o monge incumbido de fazer os cálculos cometeu um erro. Além disso, é praticamente certo que Jesus nasceu em Nazaré e não em Belém. A explicação que o texto de Lucas dá para a viagem de Jesus até Belém seria falsa. Os registros romanos mostram que Quirino (aquele que teria feito o censo que obrigou a viagem a Belém) só assumiu no ano 6 d.C. – 12 anos depois do ano de nascimento de Jesus. A história da viagem a Belém foi criada porque a tradição judaica considerava essa cidade o berço do rei David – e o messias deveria ser da linhagem do primeiro rei dos judeus.
A concepção imaculada de Maria é um dos dogmas mais rígidos da Igreja, mas nem sempre foi um consenso entre os cristãos. Alguns textos apócrifos dos séculos II e III sugerem que Jesus é fruto de uma relação de Maria com um soldado romano. A menina Maria teria 12 anos quando concebeu Jesus. Na rígida tradição judaica, uma mulher que engravidasse assim poderia ser condenada à morte por apedrejamento. O velho carpinteiro José, provavelmente querendo poupar a menina, casou-se com ela e escondeu sua gravidez até o nascimento do bebê. A data de 25 de dezembro não está na Bíblia. É uma criação também do século VI, quando o calendário foi alterado.
A Bíblia afirma que Jesus teve duas irmãs e quatro irmãos: Tiago, Judas, José e Simão. Mas não se sabe se esses eram filhos de Maria ou de um primeiro casamento de José. Muitos teólogos afirmam que eles eram, na verdade, primos de Jesus – em aramaico, irmão e primo são a mesma palavra. A Bíblia não fala quase nada sobre a infância e a adolescência de Jesus, com exceção de uma passagem em que, aos 12 anos, numa visita ao Templo de Jerusalém durante a Páscoa, seus pais o encontram discutindo teologia com os sábios nas escadarias do templo do monte. É quase certo, porém, que ele cresceu em Nazaré.
Jesus falava certamente o aramaico, a língua corrente da Palestina e, provavelmente, entendia o hebreu por ter tomado lições na sinagoga e por ler a Torá. Os evangelhos apócrifos o pintam como um menino Jesus travesso, capaz de dar vida a figuras de barro para impressionar os colegas e até mesmo a fulminar um menino que esbarrou em seu ombro, para ressuscitá-lo logo em seguida, depois de tomar uma bronca do pai.
Certamente José procurou iniciá-lo na arte da carpintaria e é provável que Jesus tenha trabalhado como carpinteiro durante um bom tempo. Oportunidade não lhe faltou. Escavações recentes revelaram que ao mesmo tempo em que Jesus crescia em Nazaré, bem próximo era construída a monumental cidade de Séfores, idealizada por Herodes Antibas para ser a capital da Galiléia. Séfores estava a uma hora a pé de Nazaré e é muito provável que José e Jesus tenham trabalhado ali. Em Séfores Jesus teria visto a passagem da família real de Herodes Antibas e a opulência das famílias de sacerdotes do Templo de Jerusalém. O fato de Jesus ter passado boa parte da sua vida ao lado de Séfores indicaria que ele não era um camponês rústico como já se pensou, mas tinha contato com a cultura do mundo helênico.
Aos 30 anos, Jesus se fez batizar por João Batista nas margens do rio Jordão. Segundo a Bíblia, durante o batismo João reconhece Jesus como o messias. Há registros históricos da existência de João Batista e, recentemente, arqueólogos encontraram entre o monte Nebo e Jericó, nas margens do rio Jordão, ruínas de um antigo local de peregrinação por volta do século III d.C.
Decidido a cumprir sua missão na terra, Jesus dirigiu-se então para a Galiléia, onde recrutou seus primeiros discípulos entre os pescadores do lago Tiberíades. Passou a viver com seus primeiros seguidores em Cafarnaum, cidade de pescadores próxima do lago de Tiberíades. Por dois anos Jesus pregou pela Galiléia, Judéia e em Jerusalém, proferindo sermões e contando parábolas. Segundo a Bíblia, realizou 31 milagres, incluindo 17 curas e seis exorcismos. Alguns dos mais famosos são a ressurreição de Lázaro, a transformação de água em vinho e a multiplicação dos peixes.
Cafarnaum, onde Jesus teria vivido com seus discípulos, era um povoado de cerca de 1 500 moradores naquela época. Escavações encontraram os restos da casa de um dos discípulos, provavelmente de Simão Pedro (hoje conhecido como São Pedro), além de um barco datado da mesma época da passagem de Cristo pelo lugar. Não há, porém, certeza quanto ao número de discípulos que viviam próximos de Jesus. Nos evangelhos, apenas os oito primeiros conferem – os quatro últimos têm muitas variações. A hipótese mais provável é que o número “redondo” de 12 discípulos foi uma invenção posterior para espelhar, no Novo Testamento, as 12 tribos dos hebreus descritas no Velho Testamento.
Depois de viajar por quase toda a Palestina, Jesus parte para cumprir seu destino – ou, segundo alguns especialistas, seu plano. Durante a semana da Páscoa, o principal evento religioso do calendário judeu, Jesus entra em Jerusalém montado num burro e atravessando a Porta Maravilhosa. Esse foi, certamente, um ato deliberado de provocação aos sacerdotes do Templo e à elite judaica. Jesus faz exatamente o que o profeta Zacarias afirmava na Torá que o messias faria ao chegar. Jesus estava mandando uma mensagem de provocação aos sacerdotes do Templo. No segundo dia da Páscoa, Jesus vai ao Templo e ataca os mercadores e cambistas raivosamente.
Na quinta-feira, percebendo que o cerco apertava, os apóstolos celebram com Jesus a última ceia. A imagem que ficou dessa cena, gravada por Da Vinci e outros pintores, nada tem de verdadeiro. Os judeus comiam deitados de flanco, como os romanos, e as mesas eram ordenadas em formato de U e não dispostas numa linha reta. Durante a ceia, Judas levanta-se para trair seu mestre – ou, como alguns sugerem, para cumprir uma ordem dada pelo próprio Jesus. A captura acontece no Jardim do Getsêmani, onde Jesus e seus discípulos descansavam no caminho para Betânia, onde ficariam hospedados.
Levado para o Sinédrio, o Conselho dos Sacerdotes do Templo, Jesus reafirma sua missão divina e é condenado. Existem provas da denúncia de Caifás a Pilatos. Estudiosos judeus afirmam, porém, que o julgamento perante o Sinédrio jamais ocorreu porque o Sinédrio não se reunia durante a Páscoa. Essa versão teria sido incluída tardiamente na Bíblia após a ruptura definitiva entre cristãos e judeus. Jesus foi morto pelos romanos porque era considerado um agitador político.
Na manhã de sexta-feira, na residência do prefeito Pôncio Pilatos, Jesus é condenado à morte. Ele atravessa as ruas de Jerusalém carregando sua própria cruz e é crucificado entre dois ladrões. O caminho que Jesus percorreu nada tem a ver com a Via Crúcis visitada pelos turistas hoje. Ela é uma criação do século XIV, quando a cidade esteve nas mãos dos cavaleiros cruzados. A maioria dos historiadores e arqueólogos concorda, porém, que o morro do Calvário (Gólgota), localizado ao lado de uma pedreira, foi realmente o lugar da crucificação. Concordam também que seu corpo tenha sido colocado numa das grutas próximas. O que aconteceu então depende da fé de cada um. Há varias versões: que Jesus teria sobrevivido ao martírio, que outra pessoa teria morrido em seu lugar, que seu corpo teria sido roubado ou, claro, que ele teria ressuscitado.
Miguel (admin)MestreCarlos,
Simplesmente ótimo esse link que vc colocou!
Miguel (admin)MestreFernando,
Vc já leu Marx? Parece que ele se deu ao direito de decretar o fim de muita coisa.
E sao os marxistas que acham que o fim da historia deve ser o pensamento deles, logo…
PS: vc ainda nao sabe que o marxismo está em crise?
Miguel (admin)MestreIsabel e Alex,
Há muito para se comentar sobre o que colocaram, mas agora peço licença para especular mais. Pretensao ou nao, peregrino de Nietzsche… nao sei onde vai dar, se ficar confuso, ficou. Para nao parecer plágio, nao direi que é um solilóquio; é antes relato de discusão a sós porque amontoado de idéias de vários autores. Segue:
1. Penso na vontade de potência, aquela que com uma má traduçao de Nietzsche virou vontade de poder. (Má traduçao porque leva a muitos mal entendidos da obra). Poder foi muitas vezes entendido como força. Na verdade é mais o contrário.Qd ninguem rouba numa praça, a policia tem muito poder: nao tem força, tem potência. Qd nao roubam somente qd a policia está presente, ela tem menos poder: há mais força e menos potência. Qd roubam e ela precisa prender e espancar o sujeito: ela nao tem mais poder nenhum, ficou só com a força. (Outra péssima traduçao é super-homem, mas nao vem ao caso aqui.)
Melhor entender vontade de potência como vontade de vida = vontade de viver = vontade de ser.
2. Passando à conatus de Espinosa…Segundo o mesmo, somos afetados de muitas maneiras: o que nos afeta e nos faz querer ser mais sao as paixoes alegres, o que nos afeta e nos faz querer ser menos sao as paixoes tristes. Entao:
conatus positivo = quero ser e efetivamente sou (–> vontade de potencia forte)
conatus negativo = quero ser e efetivamente nao sou (–> vontade de potencia fraca)
Outro modo de fazer a mesma pergunta: quero viver e efetivamente vivo? O que conduz a esta: O suicida está potencializando mal a sua vida?
3. O suicida – no caso restrito já explicado – quer se matar para preservar a vida, alias, preservar o seu ideal de vida antes da própria vida. Problema…Paradoxo: Nao existe vida! Vida é um conceito humano, é uma palavra humana para falar de alguma coisa interpretada como vida, ou seja: existe vida! Na cultura.
Relaçao pensamento e ser, ser e existencia, palavra e coisa. Só assim é possivel colocar o problema do suicida no devido encaixe da construçao humana!?
4. Imaginaram que desconstruindo a metafisica nao haveria maiores consequencias… doce ilusao… inocencia ou burrice?Qd um infeliz afirma: queimem todas as obras de arte, isso nao presta para nada. Está a propor que deixeimos de ser humanos. A arte é a manifestaçao objetiva da obra humana: CULTURA.
Qd um infeliz afirma: deixemos a religiao, isso é ignorancia e nao presta para nada. Está a propor que deixemos de ser humanos. A religiao é outra manifestaçao objetiva da obra humana: CULTURA.
Qd um infeliz afirma: filosofar é perda de tempo, nao produz nada de útil. Está a propor que deixemos de ser humanos. A filosofia é outra manifestaçao objetiva da obra humana: CULTURA.
Muito hegeliano isso. Paciencia, o velhinho tinha razao. (Nesse ponto, nao em todos)
Destruida base, o edificio começou a balançar… no desespero muitos querem pular. Mas paredes muito apertadas, e muitos ficam sem ar… só que jogando o prédio no chao, caimos com ele. Esqueceu-se alguma coisa…
Nao à metafisica é uma estupidez metafísica. Sempre fica.
5. Sartre: o homem é um leque de possibilidades. A vida é um lixo? As vezes até parece que ele achava. Mas, segundo ele mesmo, é a única chance que se tem de mudá-la. A morte fecha o leque. Entao: má-fé?
6. A morte é sempre solitária, pelo que momento do temor e tremor. Entretando, há mortes e mortes. O Alex recordou bem, muitos se suicidam aos poucos, e há os apressados. Há semelhança, e diferenças. A Isabel tb tem razao:O suicídio é o momento de solidão por excelência…a morte…o momento de solidão supremo em que somos confrontados com aquilo que sempre fomos: seres solitários.
Todo homem pensa que é unico, porque vive seu drama de forma única. Ele nao pode experimentar o drama do outro, o outro nao é plenamente acessivel.
O outro é aquele a quem nunca chego…aquele que nunca pode experienciar o que eu sou…
“O medo é a coisa de que mais medo tenho no mundo” (Montaigne)
procuramos, em conjunto construir qualquer coisa digna da nossa condição humana..procuramos esquecer que só somamos solidões..a minha, a sua, a do outro…
Queria citar um conto de Tolstoi, “Trabalho, morte e enfermidade”, mas é um tanto longo. Copio uma frase proxima do final, qd após diversas tentativas, Deus diz: “Se mesmo desse jeito os homens nao aprenderam onde reside sua felicidade, que eles sejam entao ensinados pelo sofrimento”.
Do outro, tal como de mim, só obtenho traços distantes…a solidão do outro é experienciada na minha própria impossibilidade de ser..de “ser-com”…
Desconstruido tudo, porque sobraria o homem?
O sentido (a havê-lo ou construi-lo…) começa e acaba na solidão…
“A verdade é a subjetividade” (Kierkegaard)
“Eu sou o outro” (Ricoeur)
Estivemos sempre sós… o suicídio é afirmação de que a vida não faz sentido. A solidão é a nossa condição e o momento do suicídio a sua aparição por excelência…
Vida é cultura, nossa cultura está doente? Quem pergunta pelo sentido da vida já nao tem vida para perguntar. Mas só quem passou pelo desespero compreenderá todo o valor da vida na eminencia da perda. Poucos tem coragem de nadar no rio-de-fogo e menos ainda sobrevivem. Nao tanto Prometeu. Muito mais Cristo.
Mistico demais! Imagino que pensarão alguns ateus. Darão mostra de que nao entenderam. Mao tb mandou queimar obras de arte. Querendo ou nao, estamos imersos na cultura. A vida de cão pode parecer exótica e atrair alguns por um tempo, mas Diógenes nao teve muitos seguidores. Posso nao gostar da pintura de Seurat mas nao destruiria suas telas. Pelo mesmo as outras obras. Alguns escrevem e pintam, outros produzem obras de arte noutro patamar, com a vida. Assim, nao julgo o suicida, mas nao gosto da sua pintura.
7. Coragem ou covardia? A covardia é a grosseria. Nao viver é o pior modo de morrer e tem mais a dizer uma morte pela vida do que uma vida morta. Mas tem mais coragem aquele que tem estofo para lutar contra o tempo e vencer a morte vivendo do que se render a vida morrendo. O primeiro é duplamente herói. Dirão alguns que tolo, duplamente tolo. O herói de um é o tolo de outros, só uns poucos conseguem unanimidade, mas já diziam que a unanimidade é burra. Mas tb há o ditado: mais vale cachorro vivo que leão morto, citaçao com a qual nao me sinto forçado a concordar, mas as vezes…O herói da vida vence em ambos os casos.
[]'s
Miguel (admin)MestreOlá Márcio Bandeira…
Não…penso que não. A verdade é-o sempre em relação a um contexto,por referência a uma área de estudo..isso confere-lhe relatividade e temporalidade. Por outro lado, falar de verdade remete, inevitavelmente, para a questão de “O que é a realidade”…sim, por que a verdade só pode sê-lo em relação a uma (à?) realidade, como já tivemos oportunidade de discutir neste tópico…
abs.
Miguel (admin)MestreO nome dele é Walace…prosaico nome! Sim, como Francis Fukuyama, ousa decretar o fim da história! Segundo ele o marxismo caiu( e não a URSS, segundo Trotsky e outros uma burocracia, um estado operário deformado, uma caricatura do socialismo), a história o julgou( como se a história não continuasse). De toda forma, mesmo sendo um regime autoritário, mesmo fazendo concessões as leis de mercado, etc, 1 Billhão e 200 mil pessoas ainda se intitulam comunistas na China. Mais o mais importante, a história segue seu curso, cheio de meandros, avanços e retrocessos, imprevistos, pois mais que um Walace diga que ela e o marxismo acabaram…é muito cedo.
Miguel (admin)Mestreoi Walace,
Sabia que de pedra, iria virar vidraça, faço isso mais para observar a dialética.
[]'s
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