Monstrinho

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  • em resposta a: O Deus do PARADOXO #88625
    Monstrinho
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    Não é a pessoa, muitas vezes, quem escolhe ser boa ou má. Foi o próprio mundo, as próprias condições de existência que forçaram fulano a ser assim, e beltrano ser assado.

    Também não escolhe ser feia, burra e sei mais lá o que dentro dos conceitos que o Ego ou Espírito assimila e visualiza tal qual a sociedade amestrada dita que é. Mas seja lá como for, o fato é que o ser humano não é livre mas tem a vontade livre ainda que, a meu ver, seja mais prudente da parte dele, conquistar a liberdade sem fazer uso do livre-arbítrio posto que este estará sempre sujeito às opções conceituais de bem e de mal criadas e moldadas pelo meio para seu uso, o que poderá levá-lo a "desaguar" no mundo de "Maya". "Relaxa e serás livre de ego e de espírito"...  :-X

    Ora, se o ser humano não é livre, logo não tem a vontade livre.Sim, deve conquistar a liberdade sem fazer uso do livre-arbítrio, uma vez que nem é possível ele usar esse livre-arbítrio, já que não tem. Claro, se seguir as noções de bem e mal socialmente criadas irá desaguar no mundo de Maya, que já está. Gostei da última frase e entendi o recado, principalmente pelo emoticon  ;) Já parei  :) To relaxado  8)Abçs,

    em resposta a: O Deus do PARADOXO #88622
    Monstrinho
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    Como ter certeza de não estar a comunicar-se com espíritos malignos disfarçados de Cordeiro???

    Os conceitos de bem e mal ("espíritos malignos") são apenas conceitos criados socialmente. O bem e o mal são criações sociais; eles não têm existência real. Vou exemplificar. Suponhamos que alguém seja pobre, burra, incapaz e feia pra car***  :D E essa pessoa vive puxando o tapete das pessoas, ela é impostora e sem escrúpulos, ela sempre está passando a perna em todo mundo, retribuindo o bem que lhe fazem com ingratidão, traição, perseguição e etc, e isso no trabalho, nas redes sociais, nos círculos de amizade. Então, comumente, de acordo com as noções sociais de bem e mal que temos, já vamos logo dizendo: "Olha, que pessoa má!". Mas não é isso o que se passa. O que acontece é que, essa pessoa tem medo do outro, tem medo daqueles que ela julga - e que muitas vezes são - mais capazes que ela; mais bonitos; mais inteligentes e assim por diante. Então, essa pessoa passa a ver o mundo e as pessoas que a cercam como uma ameaça constante, a ponto de isto virar uma paranóia - lembre-se que ela é paranóica e feia pra car***  ;D. Então, é um erro chamá-la de "má". Não! Ela apenas usa de métodos considerados menos dignos para obter posições e situações sociais que julga relevantes, por viver sob esse medo constante, que para ela surge em forma de ameaça, sempre que percebe que os mais capazes, inteligentes e bonitos que ela, poderão lhe passar na frente. Repare, que isso muitas vezes ocorre apenas na cabeça dela, e não que isto esteja ocorrendo de fato no mundo objetivo, pois, muitas vezes, essas pessoas que ela considera mais fortes, mais belas, mais inteligentes e mais capazes - e por isso mesmo ela as vê como uma ameaça e um inimigo a ser combatido - muitas vezes nem sequer estão pensando nessas coisas, ou seja, na questão da competitividade, pois, amiúde, ser bonito, inteligente, saudável, capaz e feliz, é uma coisa natural da pessoa, ou seja, ela não precisa fazer nenhum esforço para conquistar essas qualidades com as quais já nasceu. Então, repare que, certas pessoas que se vêm privadas de tais qualidades, possuem uma forte tendência em compensar essa "carência", essa "insuficiência", com um esforço no sentido de triunfar socialmente, e de sempre estar buscando lugares onde possa exercer formas de mando e de poder, que é para compensar o seu complexo de inferioridade. É, sem dúvida alguma uma doença psicológica a ser tratada. Tem cura? Tem, mas depende da pessoa, reconhecer primeiramente que está doente não é mesmo? E, é muito comum esse tipo de "desvio psicológico" na nossa sociedade. Há muito mais casos do que se imaginam. E isso é comprovado cientificamente: sempre que uma pessoa se vê em desvantagem num certo sentido, irá se esforçar num outro, para que haja uma compensação. Um exemplo, é quando um filho se vê menos amado pelos pais do que os outros irmãos. Esse filho, irá esforçar-se em várias atividades para "dizer" aos pais: "Olhem, vejam como eu sou bom nisso! Agora mereço a atenção e o amor de vocês?" E assim se dá na vida adulta também. Há pessoas que acham que só serão estimadas e reconhecidas desde que estejam ocupando cargos importantes, ou vivendo situações em que possam sempre ser o centro das atenções, pois que, de outro modo, sentem-se rejeitadas e inúteis. Osho chamou esse modo de conseguir atenção de "a mais profunda forma de mendicância". Então os conceitos de mal e bem são criados socialmente. Ninguém é bom ou mal porque é ou porque quer simplesmente.Se o mundo à minha volta se me afigura ameaçador e cruel, tendo a ser cruel e ameaçador, competitivo, agressivo. Se, por outro lado, o mundo sorri para mim, tudo dá certo, tendo a ser sorridente para todos, ser "bom", benevolente para com todos. Não é a pessoa, muitas vezes, quem escolhe ser boa ou má. Foi o próprio mundo, as próprias condições de existência que forçaram fulano a ser assim, e beltrano ser assado. Bjuxxxx

    em resposta a: O Deus do PARADOXO #88620
    Monstrinho
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    Cadê os espíritos do reino, já se mudaram para 2013

    Um deles está aqui, para te fazer companhia  :-* Bom, eu havia passado lá no meu email um tópico onde tinha umas palestras dos Maurício Crispim sobre o Pietro Ubaldi. Parece que você não assistiu, não é dona "Shanaia"??  ::) Lá diz que o ego é que cria o AS = Anti-sistema. E o mais interessante da palestra toda: o ser humano é incapaz de amar por dois motivos: quem ama é o Espírito e não o ser humano e, quem ama não encarna neste mundo - a menos de todos os religiosos e "homens e mulheres de bem" que estão neste mundo. Às vezes fico até constrangido de ter me reencarnado aqui, pois todos sem exceção de um, são "homens de bem". O ser humano, portanto, não conhece o Espírito; é da boca para fora que espíritas e espiritualistas dizem conhecer o Espírito; mesmo depois da morte, se continuamos a pensar, agir e sentir como seres humanos, continuamos a ser seres humanos, ainda que não tenhamos o corpo. Não temos o corpo, mas ainda temos outros invólucros, como o perispírito, a personalidade - chamada pelo Dr. Hernani Guimarães de "alma da personalidade", que seria um invólucro do perispírito - a mente e o ego entre outros. Sugiram que assistam a palestra http://www.youtube.com/watch?v=jgoJ-jQgo88Abçs,  

    em resposta a: O Deus do PARADOXO #88617
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    Mas ele, o ego, jamais compreenderá que é um ser humano se ele não se tornar capaz de "quebrar as leis" para deixar de sê-lo. "Ser ou não ser, eis a questão." E este não pode quebrar as leis usando o raciocínio posto que este está comprometido com a verdade do Ego e não com a Verdade de Cristo portanto, seguir a Jesus implica em despojar-se da carne como fez o próprio Jesus em sua Transfiguração. A passagem para o Reino de Deus é "Plasmática"! Só acerta com a passagem quem encontra a Chave disponibilizada por Cristo e não por Pedro posto que Pedro, é pedra: O guardião!!!

    Sim, pode quebrar as leis usando o raciocínio, pois utilizamos a linguagem para nos comunicar. Lembra-se deste conto Zen: "Por que Palavras"; em que um estudante do Zen pergunta ao Mestre: "Se a verdade já é algo consumado, pq temos a necessidade dos Sutras, das palavras? Porque, explica o mestre, da mesma maneira que o fato da Lua estar no céu é um fato consumado, e as pessoas se esquecem disto, pois sempre apontam um dedo para ela, como se ela fosse nova no céu, do mesmo modo, os sutras e as palavras são como o dedo apontando para as verdades que, apesar de sabermos existirem, esquecemos delas como fato consumado. "Cuida de olhar a Lua, sem atentar para o dedo que a aponta", concluiu o mestre, "E, de súbito, o mestre apontou para a Lua", termina o conto. E o que é o despojar-se da carne senão vencer o ego? E o que é a "chave disponibilizada por Cristo"? Será que, à maneira de crianças precisamos de mãos que nos conduzam? Ou será que a tarefa do mestre foi exatamente mostrar como nós mesmos podemos encontrar o Reino de Deus que, uma vez praticado, tudo nos será dado por acréscimo??

    em resposta a: O Deus do PARADOXO #88615
    Monstrinho
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    Quanto a quebrar a Lei, Jesus apenas A confirmou quando trabalhou no Sábado pois, o Dia Santificado ao Criador é um Dia de Júbilo para toda a Criação. O que Jesus estava a quebrar era o julgo daqueles que ainda dormem o sono do pecado original, sob o qual todos foram encerrados! A Graça nos foi disponibilizada. Resta o esforço de cada um para alcançá-La!

    Sim, concordo! Veja abaixo se concorda com o que escreviCarta aos RomanosPorque bem sabemos que a lei é espiritual; mas eu sou carnal, vendido sob o pecado.15 Pois o que faço, não o entendo; porque o que quero, isso não pratico; mas o que aborreço, isso faço.16 E, se faço o que não quero, consinto com a lei, que é boa.17 Agora, porém, não sou mais eu que faço isto, mas o pecado que habita em mim.18 Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; com efeito o querer o bem está em mim, mas o efetuá-lo não está.19 Pois não faço o bem que quero, mas o mal que não quero, esse pratico.20 Ora, se eu faço o que não quero, já o não faço eu, mas o pecado que habita em mim.21 Acho então esta lei em mim, que, mesmo querendo eu fazer o bem, o mal está comigo.22 Porque, segundo o homem interior, tenho prazer na lei de Deus;23 mas vejo nos meus membros outra lei guerreando contra a lei do meu entendimento, e me levando cativo à lei do pecado, que está nos meus membros.24 Miserável homem que eu sou! quem me livrará do corpo desta morte?25 Graças a Deus, por Jesus Cristo nosso Senhor! De modo que eu mesmo com o entendimento sirvo à lei de Deus, mas com a carne à lei do pecado.Veja aí, Su, mais um conceito do que é o ego, desta vez em Paulo de Tarso.Paulo foi genial nessa passagem. "Ora, se eu faço o que não quero, já o não faço eu, mas o pecado que habita em mim", ou seja, a lei, de que fala Paulo, são precisamente todas as leis, normas, costumes, regras e condicionamentos sociais que moldam o ser humano, fazendo dele - como dirá em outra passagem o próprio Paulo - "inimigo de Deus", uma vez que, "vive segundo a 'lei' da carne". Por outro lado, Paulo - interpretado erroneamente pela igreja católica - vem nos dizer acerca da formação do ego - claro que ele não utiliza esse termo - num mundo ameaçador em que, o ser humano desenvolve o egoísmo e todas as suas demais conseqüentes mazelas, como defesa.É uma explicação do porquê de haver o mal no mundo. O "pecado original" simboliza a própria condição desse mundo ameaçador. Veja: a criança está tranqüila, brincando e divertindo-se, e de repente, outro chega e lhe tira a chupeta da boca. Ela chora e não sabe o que fazer. Mas a mãe logo diz a ela pegar a chupeta novamente para si, criando assim, o conceito de "isto é meu", e com isto, fazendo surgir o egoísmo. Paulo quer dizer que não há o livre-arbítrio. O ser humano não é capaz de fazer escolhas entre o bem e o mal: "o bem que quero fazer, não faço, mas o mal que não quero, esse pratico". A única escolha possível é, nas palavras de Paulo, servir a Deus. Mas quem serve a Deus, não é o ser humano (= ego), é o Espírito, desde que ele compreenda, que ele não é um ser humano. Assim, não temos que nos melhorar paulatinamente como ensinam certas religiões dualistas, mas temos - nas palavras de Paulo - que matar o homem velho. E o que é esse homem velho senão o ser humano, esse ser carnal que vive sob a égide da lei, e por isso mesmo não consegue praticar o bem que almeja? Esse é também, o sentido do conceito ressurreição, que não significa reencarnação, como dizem os espíritas, mas significa que, "ressurgir da carne e do vinho", é deixar de ser humano, é desprender-se desse invólucro carnal - corpo/mente - que na tradição oriental é o ego. Por isso que, na mensagem anterior, que é uma transcrição de uma palestra do Espírito Pai Joaquim de Aruanda, este diz que a humanidade odeia Cristo. Porque, para amar a Cristo, e segui-lo, é preciso livrar-se da personalidade, do ego, desse ser carnal que vive sob a égide das leis humanas: é preciso quebrar as leis! O amor praticado pela humanidade em nome de Cristo, é só de faixada: é apenas uma maneira disfarçada de satisfazer o ego (ego = egoísmo), em que ajudam-se os pobres, trocam-se generosidades, mas todos estão preocupados em se dar bem materialmente. Quando essa preocupação é central, quem está agindo, "amando", pensando e sentindo é o ser humano, e não o Espírito. Portanto, enquanto seres humanos (seres com personalidade = ego), jamais conseguiremos fazer o bem que queremos fazer, e portanto, jamais conseguiremos seguir Cristo.Cristo disse: "Eu não sou do mundo, por isso o mundo me odeia". E é por isso que "a humanidade odeia os Jesus-Cristos", aqueles que quebram as leis, ou seja, aqueles que, em deixando de ser seres humanos, não mais compartilham dos ideais e ambições mundanas, e são vistos com reservas pela maioria; são vistos como bobos, como fracassados."As raposas têm suas tocas, as aves do céu, seus ninhos, mas o filho do homem não tem uma pedra onde reclinar a cabeça dolorida", disse Jesus a um jovem que, fervorosamente prometeu segui-lo. Quer dizer, Deus dá casa e moradia aos bichos, mas ele mesmo, que é o Mestre, não tem sequer uma uma cama e um travesseiro para dormir. Isto é, não tem posses. Mas essas posses não são somente as posses materiais, são as posses sentimentais (Eu amo) e intelecto-morais (Eu sei). Quem são, pois, os que estão seguindo Jesus?  ::)Para seguir Jesus é preciso não ter nenhum tipo de posse ou apego. Dizer que "é muito difícil seguir Jesus", é só mais uma desculpa esfarrapada dos seres humanos, uma lenga-lenga, para continuar cultivando as posses e apegos. Os que quebram as leis, são esses, que já não têm posses. Porque, se você "não tem um pardal para dar água", como diz o ditado, não tem uma casa boa para morar, não tem um carro, não tem um bom emprego, não tem muitos amigos, não tem marido ou esposa, ou seja, não tem nada, o que a sociedade pensa de você? Ela diz: "olhem lá, ele é um fracassado". E, os seres humanos, que amam o mundo, têm muito medo de se ver à volta de tal situação. Já pensou em não ter uma casa para morar? Um namorado?  ;D Um carro, ainda que seja velho? Já pensou em não ter uma família? Já pensou em não ter ninguém. Pois saiba que Jesus não tinha nada e nem ninguém!E então? Quem é que que seguir Jesus?  ::) Aí complicou né?  :DTudo está muito claro lá na Bíblia. Está muito claro nessa passagem aí das raposas e das aves do céu; está claro na passagem em que Jesus deixa a sua família. O que será que a humanidade pensa de Jesus? Tente imaginá-lo como um mendigo, porque essa era a aparência dele, e o seu modo de viver era parecido com o de um mendigo, e aí eu quero ver quem é que quer seguir Jesus. Viu como é simples?É "só" quebrar as leis!  ;)

    em resposta a: O Deus do PARADOXO #88613
    Monstrinho
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    "A humanidade ama o Cristo mas odeia aquele que quebra as leis. "Se odeia então não é ainda humano e se quebra as leis, é infrator."Eu não vim para abolir a Lei e sim, para cumpri-La!"  ::)

    Su, O texto se refere à leis humanas, ou seja, às convenções sociais que, às mais das vezes são tidas como normas divinas, ou que na melhor das hipóteses, aquelas que devem ser respeitadas. Mas o próprio Cristo quebrou essas leis, como por exemplo, ao fazer curas no dia de Sábado, o que era expressamente proibido. Por favor, releia o texto. Abçs e um Bom Ano-novo.

    em resposta a: O Deus do PARADOXO #88611
    Monstrinho
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    Já que estamos no tópico do “Deus é um paradoxo”, vou aproveitar e fazer um paródia aqui, do “Amar Jesus é um paradoxo”. João - Cap 15 – v18 “Se o mundo odeia vocês lembrem-se que me odiou primeiro.” O mundo odeia os Jesus Cristos, no plural, aqueles que vivem como Jesus viveu. É neste sentido que estou falando de hipocrisia. A humanidade diz que ama Jesus Cristo, ama o Cristo, mas odeia os Jesus Cristos. A humanidade ama o Cristo mas odeia aquele que quebra as leis. A humanidade ama o Cristo, mas é o primeiro a condenar e acusar aqueles que são pegos em flagrante delito. Mas o Cristo não fez isto. Quando a mulher adultera lhe foi apresentada, o Cristo disse: “quem não tem pecado que atire a primeira pedra”, e quando ninguem mais ficou, ele disse: “se ninguem lhe condena não sou eu que vou lhe condenar”. O mundo detesta os Jesus Cristos, detesta aqueles que não seguem rigorosamente a lei humana. Mas só que para não seguir “a lei humana”, os Jesus Cristos, aqueles que buscam o caminho que leva a Deus, praticam o perdão: “Pai, perdoa porque ele não sabe o que faz”. Mas o mundo não quer perdoar, a humanidade não quer perdoar, diz que ama o Cristo, aceita o Cristo como seu legitimo guia, pastor, mas não quer praticar o perdão. Prefere condenar, julgar e acusar a todos. E quem não pratica isto, quem não julga e quem não acusa, é chamado de bobo, de otário, mas se a humanidade diz que busca a Cristo, ela deveria, não digo nem aclamar aquele que busca viver como Cristo, mas pelo menos não odiá-lo. Pelo menos não taxá-lo com palavras que confiram títulos menosprezantes A humanidade diz que ama Cristo, mas o ser humano, mesmo os que se dizem Cristãos, estão preocupados com o que vão comer hoje, e o que vão vestir hoje. Cristo nunca teve esta preocupação. Cristo dizia: "se Deus dá o alimento aos bichos e dá a roupa às flores porque é que eu vou me preocupar com isso?" Mas aqueles que vivem assim, que deveria ser o ideal daqueles que seguem o Cristo, são taxados, são xingados, são menosprezados, são considerados bobos. A humanidade diz que ama Cristo, mas se preocupa não só com o que vestir, mas como se vestir. A humanidade pesa muito mais a aparência física do que o interior. Pesa, vê se você esta arrumadinho, se você esta limpinho, se você esta cheirosinho. Se chegasse perto do Cristo não ia se dar muito bem não. Porque Cristo nunca se preocupou com estas coisas. Aquela imagem do manto sempre branco é figura. Porque Cristo andava no meio do deserto num lugar muito quente. No mínimo era coberto de pó. A humanidade diz que ama Cristo, mas aqueles que não cumprem os rituais religiosos, a humanidade coloca na cruz, fala mal, acusa, diz que é herege. Mas Cristo se alimentou no sábado, Cristo fez curas no sábado, o que era proibido pela lei. Hoje é muito fácil para vocês, não cumprir a lei de trabalhar aos sábados, porque não acreditam mais nisto. Mas na época de Cristo, era a mesma coisa que chegar um espírita se dizendo espírita e dizer que não acredita na reencarnação. Você iria acusá-lo como os Professores do Sinedrio acusaram a Cristo. A humanidade diz que ama Cristo, mas tem como objetivo principal na sua vida realizar-se materialmente, esta preocupada em estudar, esta preocupada em se formar, para poder arrumar um emprego melhor para poder ganhar mais dinheiro, para ter mais ascensão. Cristo nunca teve esta preocupação. E se ele é o caminho, a verdade e a vida, e só através dele se chega a Deus, aquele que diz que ama a Cristo, não deveria ter estas preocupações, não deveria trabalhar estes objetivos como os primários na suas vida. E isso é que o Cristo esta dizendo. O mundo, a humanidade o odiou e continua odiando ele através dos seus seguidores. Continua criticando, continua acusando, continua fazendo dos seguidores do Cristo os “não evoluídos”. Porque eles continuam presos a uma evolução que não foi a que o Cristo ensinou, eles ainda continuam querendo exercer o poder de ser, estar e fazer enquanto o Cristo dizia: “Senhor, honra o teu nome através de Mim”. Este é o problema. A humanidade para poder se dizer seguidora de Cristo, precisa alterar os valores da sua vida. Não adianta se dizer seguidor de Cristo, e querer levar uma vida humana igual a dos outros. Porque não se chega lá. Porque só se chega lá através do exemplo deixado por ele. Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém chega a Deus a não ser através de mim. NINGUÉM CHEGA A DEUS A NÃO SER DA FORMA QUE O CRISTO VIVEU. Por isto a vida tem que ter como objetivo primário aquilo que tinha a vida de Cristo. Mas a humanidade odeia a Cristo. A humanidade odeia os Jesus Cristos. Alias, a vida Jesus Cristo é a antítese de tudo o que a humanidade sonha para si. Porque ela quer a glória, a fama e a felicidade material.http://meeu.informe.com/a-humanidade-odeia-cristo-dt190.html IN: Máscaras de Deus

    em resposta a: O Deus do PARADOXO #88610
    Monstrinho
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    MONSTRINHO: Aqui vai o link do livro http://www.4shared.com/document/trdU5Fc-/Schopenhauer__La_Cuadruple_Rai.html

    Valeu, Cláudio, já baixei o arquivo. Abçs,

    em resposta a: O Deus do PARADOXO #88608
    Monstrinho
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    Conceito Rosacruz do Cosmo: esse livro “me persegue”. São vários amigos que já o leram e me recomendam… rsrs Acho que deve ser um “aviso” para que eu o leia  :D"O Mundo Como Vontade e Representação". Esse eu tenho aqui, Cláudio, da coleção "Os Pensadores", mas não sei se o texto é completo. Jà este outro que vc mencionou, em espanhol, se puder me enviar o pdf ficarei grato: [email protected] Nesta madrugada eu estava pensando na questão do ego. Uns dizem que ele tem que ser suprimido, outros dizem, como vc, que tentar "matá-lo" é só uma artimanha do próprio ego. Talvez os egos sejam instrumentos da vontade divina, como tenho argumentado neste tópico. Vocês mesmos, já devem ter ouvido falar que o próprio Jesus era um ego que estava a serviço do chamado "Cristo solar", ou o Cristo do Sistema Solar. E me veio um insight que me levou a pensar, que, tudo e todos são mesmo apenas instrumentos da vontade divina. Não há o livre-arbítrio. Como dizia Jesus: "Eu não faço a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou". Talvez cientistas como Einstein e grandes santos e mestres como São João da Cruz, Mestre Eckart, Buda, e o próprio Jesus, não sejam senão "bobos da côrte", ou seja, apenas instrumentos para a manifestação de uma vontade maior. E é interessante notar isso no livro Obras Póstumas de Allan Kardec, em que, os Espíritos que se dizem os protagonistas da Obra, dão a ele vários conselhos como "não se orgulhar da missão que a ele foi dada". Esses Espíritos dizem que ele deve seguir estritamente as ordens superiores. Que, ele fora escolhido como o homem ideal para desempenhar tal missão, mas que, não deveria se orgulhar disso, acreditando-se imprescindível para tal mister, porque a qualquer momento a Espiritualidade Maior teria outro para colocar em seu lugar, caso ele sucumbisse. E é interessante observar como Allan Kardec se comporta apenas como um instrumento, donde se conclui que a Doutrina Espírita é uma obra dos Espíritos e não de Allan Kardec. Mas aqui falamos em termos explícitos, como está em Obras Póstumas - vide capítulo "Sobre a minha missão". Do mesmo modo, na ciência, nas artes, na religião, em todos os setores, aqueles que desempenham grandes missões, talvez não passem de instrumentos da vontade divina, não passem de "bobos da côrte" - me desculpem pelo termo, mas foi este termo que me veio à mente quando tive este insight. Assim também acontece conosco: nossos pensamentos, sentimentos e ações não são nossos, pois como observou Paulo de Tarso, "É o Senhor quem opera em nós o pensar e o fazer"; "Pois, não sois salvos pelas vossas obras, mas pela graça de Deus".

    em resposta a: O Deus do PARADOXO #88606
    Monstrinho
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    porque verdades cristalizadas e inamovíveis, são coisas de egos -

    Ou de espíritos encalhados que pedem passagem. E por que não?

    Espíritos encalhados? E Espírito "encalha"?  ::) O ego é que está criando a idéia de que está encalhado (a)  :D, pré-ocupando-se com isto  :o, e o Espírito está apenas observando ;). Os egos fazem pedidos a Deus, nas suas orações, de acordo com o que julgam relevantes para eles, como aí abaixo:

    Meditar é orar. "Senhor! Tenha misericórdia dos espíritos encanados (e dos encalhados também)!!! :mocking_mini:

    Mas, o ego não ora; o ego cria a idéia de estar orando. Então tanto faz o ego rezar ou não rezar. Como diz Pai Joaquim de Aruanda, "se rezar, resolvesse o problema, era só ficar de joelho no milho o dia inteirinho"  ;D  ;)

    em resposta a: O Deus do PARADOXO #88605
    Monstrinho
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    o objetivo das religiões não é explicar. esse é só o primeiro passo.

    Depende... Como diz o próprio Vivekananda, todas as religiões são úteis, porque elas oferecem ensinamentos de acordo com a capacidade de entendimento e compreensão de cada um.Mas de um ponto de vista geral, as religiões dualistas - quase todas - têm como objetivo explicar a existência do mal. Na verdade, a religião, até a Revolução Científica do Século XVII, tinha como papel bem mais do que isso: cabia a ela, fornecer o quadro explicativo dos acontecimentos sociais, de como e por quê a sociedade está organizada entre pobres e ricos, poderosos e fracos; de explicar a existência do mal no mundo, de justificar as desigualdades sociais e o poder. Não é preciso um grande esforço de imaginação para notar que, a instituição a quem cumpre esse papel hoje, é a ciência. Por isso diz o sociólogo da ciência Jorge Dias de Deus: "a ciência é o mito dominante na sociedade", no sentido de que ela requer exclusividade quanto ao método de explicação da realidade. Ela reinvindica o status de "instituição oficial", quanto a fornecer o quadro explicativo da vida social. Nesse sentido, a ciência cumpre o papel que cabia à religião, outrora. Veja mais aqui, neste breve texto sobre Sociologia e Ideologia da Ciência E, por outro lado, a ciência que se diz materialista, também está em busca de Deus: teoria da unificação, busca da matéria padrão (reconhecida hoje como matéria e energia escura, essencialmente predominante no Universo, segundo a ciência), origem do Big-bang, teorias sobre a expansão do universo, divisão do átomo, e a investigação da natureza como algo separado do sujeito. Como dirá Nietzsche, a ciência é cristã. Embora ela tenha lutado contra a religião, num enfrentamento secular, as bases da ciência estão fundamentadas no princípio de causalidade, em que, há supostamente um sujeito - a razão - separado da natureza (objeto), e que a observa. Outra característica cristã da ciência moderna, é que, à maneira da igreja católico-romana, a quem eram delegados destinos e outorgados direitos e deveres sobre o que ou não fazer, hoje, à ciência cumpre o papel de instituição superprotetora. Veja pois, que, a religião enquanto instituição teve - e tem ainda, se bem que menor - como função, muito mais do que explicar a origem do mal no mundo, fornecer o quadro explicativo para o funcionamento e a organização da sociedade. As religiões hoje são uma fachada, para o homem esconder-se atrás de máscaras sociais, do mesmo modo que o protestantismo, na visão de Max Weber, legitimou a acumulação de capital na época do surgimento do capitalismo mercantil.

    em resposta a: O Deus do PARADOXO #88602
    Monstrinho
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    Deus é Fiel

    É não... Fiel é o meu cão, que mesmo quando fico bravo por ele fazer xixi nos cantos das paredes, ainda assim, continua sendo fiel e abanando a cauda quando brinco com ele... ;)

    em resposta a: O Deus do PARADOXO #88601
    Monstrinho
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    Se é assim, realmente teríamos que por um fim no ego...Mas não sou a favor disso. Sou a favor de que o ego seja a ponte de ligação não mais entre o bem e o mal e sim,entre o mundo do Nosso Deus Antropomórfico e o Deus que perde as Suas características visivelmente imateriais de particularidade para assumir Sua característica material porém invisível e Universal;

    Que tal rever o conceito de ego? Imagine uma pessoa que subitamente acorda num hospital depois de sofrer um acidentede carro na estrada, e percebe que está com amnésia total. Por fora, tudo está intacto: ela tem omesmo rosto, a mesma forma, os sentidos e a mente estão lá, mas não tem a menor idéia ou omenor vestígio de memória de quem é. Exatamente do mesmo modo, não conseguimos nos lembrarda nossa verdadeira identidade, nossa natureza original. Freneticamente e na realidade apavorados,procuramos e improvisamos outra identidade, uma em que possamos nos agarrar com todo odesespero de alguém que vai cair num abismo. Essa identidade falsa e assumida em ignorância é oego .Desse modo, o ego é a ausência do conhecimento verdadeiro de quem somos, juntamente como seu resultado: um malfadado apego, mantido a não importa que preço, a uma imagem remendadae improvisada de nós mesmos, um eu inevitavelmente charlatanesco e camaleônico que estásempre mudando e que precisa mudar para manter viva a ficção da sua existência. Em tibetano, oego é chamado dak dzín, que quer dizer agarrado a um eu . O ego é assim definido como ummovimento incessante de agarrar-se em uma noção ilusória de eu e meu , desse mesmo e dooutro, e em todos os conceitos, idéias, desejos e atividades que sustentam essa falsa construção.Esse agarrar-se é fútil desde o início e condenado à frustração. Uma vez que não temnenhuma base ou verdade, e aquilo a que nos agarramos é, por sua própria natureza, impossível dereter. O fato de que precisamos nos agarrar a continuar agarrados a alguma coisa mostra que nasprofundezas de nosso ser sabemos que o eu não existe inerentemente. Desse conhecimento secretoe assustador nascem todas as nossas inseguranças fundamentais e o nosso medo. [...]E ainda que possamos ver além das mentiras do ego, estamos assustados demais paraabandoná-lo; porque sem um verdadeiro conhecimento da natureza da nossa mente, ou realidentidade, simplesmente não temos outra alternativa.LIVRO TIBETANO DO VIVER E DO MORRER. Sogyal Rinpoche IN: Máscaras de DeusEste é um dos conceitos sobre o ego.Outro entendimento seria que o ego é um invólucro do Atman (Shankara), ou seja, ele é tão ilusório quanto o corpo de carne."O ego é uma clareira, dentro da grande floresta, que a sociedade abre na tua mente, a fim de você ter uma identidade e a fim de que não se torne um problema para a sociedade" (Osho). O ego é uma personagem, um papel fictício que o Espírito representa. o Espírito é o ator, o ego é o personagem vivido pelo ator (Pai Joaquim de Aruanda). Esse texto do Osho é interessante sobre o ego: Ego - o falso centro - texto completoRepare, que estamos nos baseando no conceito de ego segundo várias tradições espiritualistas quais sejam, o Zen, a Vedanta, a Filosofia e o Misticismo oriental, cujos ensinamentos foram passados por mestres como Buda, Sócrates, Lao-tzu, Jesus, Nisargadata e Krishanmurti, mais recentemente. Estão aí os textos para se aprofundar no conceito de ego. Agora, discutir achismos e sobretudo, discutir egos - porque verdades cristalizadas e inamovíveis, são coisas de egos - já não é comigo...

    em resposta a: O Deus do PARADOXO #88599
    Monstrinho
    Membro

    Quem precisa de explicações?Penso que concordamos que não há qualquer verdade nessas afirmações (“pq ele é mau”, “pq era meu karma suportar isso”, etc.). Seria um truque linguístico.É frequente esse entendimento segundo o qual o karma seria quase como uma ferramenta do destino, ou mesmo o próprio destino! A palavra karma quer dizer, como sabemos, ação. Claro, não é qualquer ação – e sim aquela atrelada ao ego, aquela que nos conduz ao Ciclo dos Renascimentos.

    Via de regra, aqueles que sofrem, ou imaginam sofrer. Repare, que na grande maioria dos casos, o objetivo das religiões organizadas é justamente oferecer explicações sobre a questão da existência do mal no mundo. O que eu quis fazer então, foi uma espécie de provocação: a Advaita Vedanta, o Zen, também não são formas de explicar, no caso, que o mal - assim como o bem - não existem? Mas ainda que sejam uma explicação, se ela funciona, se ela faz suprimir medos e angústias, ódios e vinganças, então ela já é uma "explicação melhor". O problema é sempre aquele: todos explicam, todas as religiões têm explicações para a origem do mal e a suposta cura para o mesmo. O que nenhuma delas faz - sem exceção de nenhuma sequer - é dizer o how do it, o "como se faz"?

    Não, nem tudo é ilusão. Só a ilusão é ilusão.Eu só não lhe digo que as ações vêm sim do Nada porque as ações não vêm nem vão. Mas é propriamente “no Nada” que elas se dão, no Vazio potencial em que se dá tudo o que se dá. Chamemos Isso de Corpo de Deus, Éter, Prakriti, Binah, Espaço Eterno, etc. O Absoluto não é propriamente o agente das ações do mundo. Sua ação é não-ação. No fundo, não há movimento; no fundo, não há ação alguma.

    O que entendo por "ilusão" é são essas explicações, essas representações simbólicas e sociais que o ser humano faz em torno do mundo que o cerca e em torno de si mesmo e das suas relações pessoais/sociais, que são antes de tudo, explicações criadas, são a prioris baseados na própria lógica da razão humana. Esta última é baseada em tradições, costumes, condicionamentos etc. Se não há ação alguma no universo, o que acontece com os seres humanos então? Como se explica o Karma? Como se explica a Roda de renascimentos e mortes?

    É isso? Espíritos demandam de Deus provas de acordo com sua vontade individual, e a Deus cabe prover os meios para que esses Espíritos se submetam a elas? Não sei se entendi bem, mas me parece que o que foi dito é que todas as interações entre os seres, todos os eventos, todas as bênçãos e inundações e desvios ocorreriam em função dessas provas às quais os Espíritos se submetem, conscientemente, numa manifestação da própria Vontade de Deus. É isso?

    Aqui cabe perguntar: o que o Espírito, ou Atman "está" "fazendo" no mundo? Por que ele está neste e não em outro mundo? - uma vez que, há bilhões de mundos habitáveis, como comprova hoje, a ciência. Allan Kardec utilizou uma linguagem cabível no seu tempo: o termo evolução cunhado por Charles Darwin, logo foi deturpado e recriado com um novo significado: evoluir significa progredir, melhorar, depurar-se, caminhar adiante, ser melhor hoje do ontem e amanhã melhor do que hoje. Esse termo foi amplamente utilizado pela mentalidade capitalista-industrial, pelo Liberalismo econômico no século XIX. Na tradição oriental - Zen, Advaita-vedanta, etc - o Ser está no mundo em busca de auto-compreensão de si mesmo. Mas os Espíritos usaram uma linguagem que poderia ser assimilada à época. Assim, os Espíritos estão "evoluindo". A reencarnação tem como objetivo a evolução do Espírito. Acontece que, no Movimento Espírita, essa idéia foi assimilada assim: se o grande mal é o egoísmo - como aponta Allan Kardec - então temos que esquecer de nós mesmos e auxiliar o próximo a partir de obras de benemerência social. Fazendo isto, a cada reencarnação vamos melhorando. De um mundo de Provas e Expiações, passamos para um mundo de Regeneração; deste, para um Mundo Feliz, e finalmente, para um mundo perfeito, que é o Mundo Espiritual - repare que aqui, o Espírito saiu do Universo material e "foi" para o Mundo Espiritual, o único real, segundo Allan Kardec - onde vivem os Espíritos ao lado de Deus. Estes vêem a Deus e o compreendem. Mas há outro tipo de deturpação pelo Movimento Espírita: se eu estou no mundo sofrendo, é porque na reencarnação anterior, eu fui mal, então, colho aquilo que plantei. De outro modo, se estou feliz aqui na Terra - tudo vai bem na família, nos relacionamentos, nos negócios - é porque eu fui bonzinho na reencarnação anterior, e, esta "felicidade", é resultado da minha boa semeadura. A maioria dos espíritas pensa assim, e isto não está de acordo com o preconiza Allan Kardec em O Livro dos Espíritos, a principal obra que contém os Fundamentos da Doutrina Espírita. Segundo esta última, todas as posições sociais, estados de felicidade ou infelicidade, são provas por que passa o Espírito, e essas provas, são escolhidas pelos próprios Espíritos, "que freqüentemente sucumbem", acrescenta Allan Kardec. Na primeira questão de O Livro dos Espíritos é respondido que "Deus é a inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas". Ora, se Ele é a causa primeira de todas as coisas, todas as ações do ser humano não podem ser senão, ações de Deus. O Espírito não está praticando nenhuma ação. Aqui você tem razão: não há ação nenhuma...Os Espíritos que ditam as questões de O Livro dos Espíritos, falam em uma linguagem destinada a católicos, que se tornariam espíritas no final do século XIX e daí em diante. Restringem-se a dizer, que o corpo é uma veste, um disfarce, uma roupa, mas não é o próprio Espírito. Repare, que eles não dizem que o ego, a mente e o perispírito - Corpo Astral na filosofia Vedanta - também são invólucros do Espírito, pois a mentalidade religiosa ocidental, não tem condições de compreender tal concepção. A prova disso é que, no Fórum Espírita, que é o maior fórum espírita do mundo, há 3 ou 4 espiritualistas tentando apontar os equívocos de interpretação dos espíritas acerca de O Livro dos Espíritos, mas sem contudo, lograr êxito nesse tentâme. Tudo são provas. As provas consistem - mas aí é que tá, isso não é dito claramente no Livro dos Espíritos - em ou Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo, ou amar a si próprio, ou seja, acreditar que nós somos os artíficies do nosso destino enquanto seres humanos, e a maioria acredita nesta última. No Livro dos Espíritos é dito que é preciso "suportar as provas sem reclamar", de outro modo, o Espírito perde a prova, fracassa, sucumbe. O que seria esse "suportar sem reclamar"? Por que o fato de reclamar, queixar-se das dores e infortúnios faz o Espírito sucumbir? A Doutrina Espírita também não responde isso, mas nós sabemos a resposta, que é porque, se o Espírito passou a vida inteira reclamando, é porque não compreendeu que aquelas dores não eram senão como objetivo para ele compreender que ele não é o personagem; que, aqueles acontecimentos provêm de Deus, e que, cabe ao Espírito aceitar resignadamente, pois assim, ele tem a chance de ir se desapegando das coisas, pessoas e idéias mundanas. È dito em O Livro dos Espíritos que a riqueza é uma prova mais perigosa do que a pobreza. Mas também não se explica o porquê. É dito apenas que, a prova da riqueza suscita todos os apetites da sensualidade, do egoísmo e do orgulho. Como é mais difícil? Sabemos que o rico, acredita amiúde em que é rico, poderoso, que é superior aos outros, assim como o intelectual que é apegado às suas verdades e se acredita superior aos demais em inteligência. Contudo, diz - veladamente - o Livro dos Espíritos: em ambos os casos, o que existe são Espíritos passando por provas. E, é o próprio Espírito que escolhe a prova. Qual é o objetivo de todas as provas: provar que é capaz de amar incondicionalmente = não acreditar no dualismo. Não acreditar que existem brancos e pretos, feio e bonito, grande e pequeno, bom e mau, etc. É pairar acima das ilusões. Máscaras de Deus: quando nascemos, a sociedade nos dá um ego, que é para que não nos tornemos um problema para ela. o Espírito que é um bom ator, é aquele que sabe que ele não é o personagem, e o mau ator, é aquele que acredita que é o personagem. Repare, a coisa está posta com outras palavras em O Livro dos Espíritos. E perguntamos: pq já não se disse logo "a verdade", como encontramos em Nisargadatta, no Zen, em Krishnamurti? Porque não é fácil. A mentalidade dualista, provinda do catolicismo está arraigada, e por outro lado, o ser humano se compraz com as alegrias e prazeres deste mundo. Não sei se fui claro ou se complicou mais. Quando dizemos "a Deus cabe prover os meios para que o Espírito cumpra a prova", devemos ser hábeis em interpretar tal assertiva. Obviamente que não existe lá no mundo espiritual nenhum Deus em pessoa, em que conversamos com ele pessoalmente. Mas, como Deus é a causa primeira de todas as coisas, há outros Espíritos mais instruídos - do ponto de vista espiritual - que orientam os outros Espíritos a escolhem suas provas, e são estes, e também os Espíritos Inferiores - e tudo mais - que proverão os meios para que o Espíritos possa se submeter à prova. "Deus é fiel" nesse ponto: se um Espírito pede um prova de ser, intelectual, haverá Espíritos que proverão todos os meios para que o Espírito se torne um intelectual. Ele já nascerá numa família, num meio onde poderá desenvolver a sua inteligência. Durante sua vida inteira, esses meios serão providos, daí a gente observar, no nosso mundo, que para uns tudo dá certo, e para outros, por mais esforçados que sejam nisto ou naquilo, nada dá certo. Assim é que, se alguém quer se tornar um grande músico, mas não está dentro do seu cronograma de provas, ele não terá nenhum auxílio dos Espíritos Superiores, e além disso, os Espíritos inferiores farão de tudo para que não dê certo.

    Você acha a perda da individualidade uma questão problemática? Em que aspecto?

    Não acho nada. Os espíritas é que rejeitam todas as doutrinas espiritualistas orientais por verem nelas, formas de panteísmo. Não acho problemático, contudo, é difícil de imaginarmo-nos sem individualidade. Por que a diferença do homem para um animal, é que o homem, a partir dos 3 anos de idade, sabe que é um eu. "O eu é uma ilusão". Dizer isso é fácil, já experimentá-lo são outros quinhentos...

    O que você toma por ‘mundo bíblico’ parece-me apenas o desconhecimento da linguagem simbólica dos livros que compõem a Bíblia. Se você está compreendendo o mundo sob outro ângulo é possível que esteja pronta para subir mais alguns degraus. Sempre sugiro o estudo da Árvore da Vida judaica, porque é um esquema simples para ensinamentos profundos e que estão na base de muitas tradições esotéricas. Por exemplo, compreenderá melhor o sentido do número 7, se procurar estudá-la (7 cores do arco-íris, 7 dias da semana, 7 chakras, 7 véus, 7 notas musicais, 7 selos, 7 raios, 7 pecados ou defeitos, etc.).

    Cuidado aí meu amigo, com essa simbologia dos "7 números", porque as notas musicais são 13 e não sete; os planetas em torno do Sol são 12 e não sete; os "pecados" capitais são uma classificação obsoleta, e os 7 dias da semana são uma convenção humana  ;).

    em resposta a: O Deus do PARADOXO #88596
    Monstrinho
    Membro

    Vou explicar minha infantilidade passada.Meu mundo era totalmente bíblico. Para mim , Deus havia criado o mundo em 7 dias e feito o homem do barro, ...Quando conheci o mundo sob outro ângulo , surtei! Acácia representa bem esta minha transição, por isso não posso tê-la como domínio e sim, como memória pois meu sangue estava nela. Mas com Suzana é diferente. A fonte que sou eu, já está um pouco solidificada com o conhecimento das diversas aparências que o mundo pode ter, ainda que Graças a Deus  e com Jesus, não perdi a minha fé. Foi o que me livrou da morte.

    Todos já acreditaram nisso, Suzana... "Surtei", idem...."Mas com Suzana é diferente". Suzana é um ego! Não acredite que você é esse ego!"Graças a Deus e com Jesus, não perdi a minha fé". Será? A Fé é a coisa mais difícil de se obter. A Fé consiste na fortaleza que temos de construir para não nos abalarmos perante as ilusões. O brunopi já disse aí para trás que, se pararmos de nos concentrar nas coisas que nos cercam - e isto inclui os acontecimentos bons e ruins em nossas vidas -, paramos de enxergar tais coisas como tendo existência real (Eu ainda não consegui isso).

    Mas em termos de conhecimento , estou realmente sobrando no fórum. Não sei nada sobre as tantas religiões e filosofias orientais. Mas, lendo a Bíblia, não vejo como compactuar com o espiritismo e o islamismo mas isto não é radicalismo (fundamentalismo) e sim, meu entendimento da Palavra de Deus.

    Acho que, procurar saber mais sobre Islamismo, Espiritismo, Cristianismo, Protestantismo e outros ismos, talvez seja apenas criar uma nova verdade, para substituir aquelas que se nos afiguram ultrapassadas e obsoletas. Pelo que vejo, você está caminhando, assim como eu e tantos outros, destruindo o deus antropomórfico, para caminhar em direção ao conceito de deus criado à imagem e semelhança da razão, até superar este último, e quem sabe, se não existe novas concepções de Deus, além de tudo o que está posto e colocado no mundo? Não está sobrando. Mas, para caminhar, é preciso rejeitar as nossas verdades que cultuamos com apego e fervor... Como disse Paulo, "Examinai tudo, guardai o que for bom". Abçs,

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