Respostas no Fórum
-
AutorPosts
-
MonstrinhoMembro
:clapping_mini:Adiôs!! :bye_mini:
MonstrinhoMembro1-Deus existe!!!. 2- Por conseguinte, Deus existir é um fato plenamente aceitável, em verdade, necessário, à compreensão por nossa razão, e que melhor explica o funcionamento das coisas. Nesse passo, Deus há de deter em si todas as perfeições de sorte a transmitir aptidões a todas as criaturas, em sua capacidade infinita de criação.
1- É mesmo? ;D 2- Você falou também aí no seu texto dos 5 sentidos. Mas, isso para nós, ocidentais. Para os orientais, a mente ou a razão é um sentido tão limitado quanto os demais, de sorte que não é possível conhecer a Deus através da razão - nenhum homem obteve essa façanha pelo meio da razão, todos sabem disso; é só consultar a história dos santos, que em muitos casos eram homens iletrados e ignorantes do ponto de vista da cultura, mas que chegaram a ter o conhecimento de Deus. Esse conhecimento de Deus foi exposto por alguns mestres como Sri Ramakrishna como a supressão da dualidade, passando a "enxergar" Deus em todas as coisas, incluindo no nosso inimigo, ou num animal perigoso, como uma onça. A esse respeito, nos lembra Swami Vivekananda e os Zen-budistas, que "o tigre também é uma manifestação de Deus (é o próprio Deus), mas nem por isso vamos abraçá-lo". Conhecer a Deus pela razão não é senão construir sistemas de lógica, como o fez Aristóteles, Tomás de Aquino, e todos os demais carolas seguidores dessa tradição, que, constróem um deus à imagem e semelhança da razão. Esse discurso seu é muito bonito e tudo mais, mas, ele é apenas um jogo lógico-retórico, nos moldes da "lei de causa e efeito": "todo efeito tem uma causa. Uma vez que o Universo não se criou a si mesmo, logo, ele foi criado por Deus". A premissa é falsa, logo é falsa também a conclusão. O efeito poderia coincidir com a causa, ou seja, o efeito é a causa. Assim, resolve-se o problema dualístico do mal e a imperfeição na Terra, ou seja, do Deus perfeito lá e nós, Espíritos decaídos e pecadores aqui. A visão monista resolve facilmente esse problema a dizer que tudo e todos são máscaras ou manifestações de Deus, mas que, somente o ser humano, devido à razão, é que constrói um mundo ilusório, a partir da sua razão. As coisas não podem ser senão o que são, logo, quando acreditamos seja no testemunho dos sentidos ou da razão, estamos apenas criando mundos subjetivos que nada tem a ver com a Realidade Objetiva ou Absoluta, Brahman ou Deus. Tampouco as provas da existência de Deus provam alguma coisa. Elas apenas constróem um deus à imagem e semelhança da razão. Invertendo o raciocínio de Descartes, os atributos de Deus, são os atributos da própria razão, que faz abstração do poder de obtenção de todas as perfeições atribuídas a Deus.
MonstrinhoMembroPor que estamos tão iludidos?
Olá,Bom post! Por que estamos iludidos? Porque a condição deste mundo enseja isto. Vivemos no mundo de Maya, o mundo das aparências. E, se a maioria está iludida, é porque toma as aparências como realidade. Se quiser debater aqui tbm http://mascarasdedeus.forumeiros.com/ ... (seja bem-vindo) Abçs,
MonstrinhoMembro"um critério de escolha racional é sempre melhor que qualquer outro critério não racional ou que não ter critério nenhum"... Urrum, claro. Se houver algum critério em questão, é quase certo que ele seja... racional. Bom, e se o universo existir à semelhança da respiração? Temporalmente falando, longos períodos de contração e expansão, a exemplo do que apontam as escrituras sagradas da Índia e do Tibet... O Big Bang poderia ser a explicação física (ainda que tão incerta) para o momento que sucedeu o último Pralaya, o momento em que o universo manifestado se encontra em suspensão. Isso a que chamamos tempo é condicionado ao espaço, e ambos existem apenas em função de um observador – como se depreende da Física Quântica, com grande atraso, inclusive, em comparação a tradições antigas como a dos egípcios, hindus, budistas, etc. O universo é vivo e se movimenta e entra em repouso. Este é o jogo do qual somos, individualmente, co-criadores.Penso que é importante perceber que a compreensão cristã de Deus não é igual à de todas as demais religiões... Dessa forma, esse entendimento de Deus como um “grande fantasma” onipotente que criou o universo em sete dias (uma semana passa tão rápido, não?) é fruto de uma compreensão equivocada da simbologia da Linguagem do Mistério. Sugiro que estude os Sutras, que tome conhecimento do que venha a ser o Tao dos taoistas, que supere a aparente barreira entre imanência e transcendência... Deus como o distante ancião arquiteto do mundo é apenas uma imagem, que não deveria ser considerada literalmente, como nas conhecidas interpretações que há séculos têm causado tanto problema. Você acha mesmo que essa incrível teoria do “grande fantasma” abarca a multiplicidade das religiões e de suas relações com Deus? Com o Logos? Com o Tao? Com a Mente Universal? Muito mal, refere-se ao Deus cristão, ignorando a profundidade do texto da Bíblia, atendo-se à superfície. Você diz: “Antes de adentrarmos na análise destas quero propor alguns critérios que as soluções propostas deveriam satisfazer. As teorias consideradas boas devem satisfazer, tanto quanto possível, os seguintes quesitos”... Por que uma proposta deveria satisfazer esses critérios? O que seria uma proposta "boa"? A navalha de Occam opta pela simplicidade para que uma proposta seja levada em consideração... E é de fato tudo muito simples, mas o intelecto humano jamais poderá compreender. Pobre linguagem, pobre lógica. O intelecto é apenas uma ferramenta, e com uso limitado. Estude os koans zen, esqueça essa estranha pretensão de achar que a palavra é capaz de dar conta de compreender o que há. O mundo não é lógico. Navalha de Occam são apenas três palavras que, juntas, encerram um sentido limitado. “As teorias naturais são preferíveis às religiosas por não pressuporem a existência de um ser de alta complexidade”. Mas... e se esse Ser for a única Realidade? E se o adjetivo ‘de alta complexidade’ não se aplicar a esse Ser, uma vez que adjetivações, meras convenções linguísticas, não podem se aplicar ao Absoluto? E se isso que chamamos ‘universo’ não passar de um reflexo na Consciência, algo semelhante a um grande sonho, o sonho da Grande Mente, supraindividual? E se um dia você descobrisse que a matéria não é a Realidade, que o cérebro é criado pela Mente, e não o contrário, que só no silêncio é possível perceber quem se é, que só ignorando essa verborragia que forra o pensamento seria possível vislumbrar o Real?
Esse negócio de "critério racional" sempre remete à centralidade do ser humano, a partir da razão, em relação ao Universo. É impressionamente como a razão sempre tem a "explicação correta" de como surgiu o univero, isso e aquilo, e todos sabemos que hoje, em oposição aos mitos, cabe à ciência e à razão fornecer o quadro explicativo não só do mundo exterior, mas do funcionamento da própria sociedade, com suas relações de poder e tudo mais. Quem está interessado em estudar os mitos e compreender o alcance das suas ricas metáforas? Como na tragédia grega, de Sófocles, em que a polaridade entre a autoridade política constituída e o universo dos deuses regendo os destinos humanos, fazem com com que o ser humano enxergue as vicissitudes - os bens e os males - com algo determinado pelos deuses (leia-se: como algo natural), e assim, criando homens fortes (Além-homem em Nietzsche) para encarar o seu destino, não como algo que pode ser controlado, mas que já está previamente estabelecido pelos deuses (Leia-se: cujos destinos estão todos traçados). Tanto é que na obra "Os Persas", não se discute a vitória da Grécia sobre os persas, mas se fala da desgraça destes últimos como algo lançado pelos deuses. Da vitória dos gregos, fala-se apenas da "impiedade" dos deuses para com os inimigos, e é a partir da guerra, da vitória dos gregos, que é construídp um Estado poderoso e rico - o século de Péricles - em que a virtude consiste nesse aceitar de bom grado as vicissitudes. Para os gregos, o homem é um ser-para-a-morte, logo todos os destinos estão selados. Os destinos de uma cidade ("Pólis") estão personificados no "herói", aquele que é tão grande quando vence uma guerra, quanto, quando é derrotado e se torna escravo misérrimo. E é isso que fazia dos gregos grandes homens, fortes, na tristeza ou na alegria. Mas algo inesperado acontece, após 434 a.C. em que o declínio dos gregos após a Guerra do Peloponeso fica patenteado: surge a filosofia, com Sócrates, e, comportamentos e atitudes antes tidos como virtuosos - como o "entregar-se ao destino selado pelos deuses" - é covardia, mas, a partir da lógica e da retórica dos sofistas, o maquiavelismo sorrateiro e os interesses puramente políticos, defendidos pela retórica sofista, são tidos à conta de virtudes.Não é a toa que Nietzche observou que todo povo derrotado, tem que construir novos "deuses" para se auto-afirmar, ou melhor, para denegrir as virtudes do povo que agora está triunfante, como o povo de Israel, que constrói a idéia de um Deus único, na figura de um salvador que virá para restaurar o reino de Israel. Desde então, a razão constrói tudo aquilo que lhe convier no sentido de produzir um mundo à sua imagem e semelhança, um mundo ilusório, e uma prepotência no sentido de negar tais virtudes de outrora; no sentido de poder gritar aos quatro ventos, que ela tem o poder de suprimir ou abrandar os males, e portanto a civilização ocidental seria auto-suficiente nesse mister. Aceitar desgraças, infortúnios, frustrações como algo normal, seria típico de homens fracos; os fortes seriam aqueles que lutariam com unhas e dentes contra tais adversidades, como se fosse anti-natural que houvesse nesse mundo de Maya, esses pares de opostos. E, com efeito, eles existem apenas de maneira ilusória, para aqueles que pensam ser possível a instauração de um um regime sob o qual, todas as sociedades pudessem demandar o paraíso terrestre. Como se discutiu aí para cima, talvez o Universo-inflacionário seja respaldado pela tese dos antigos, sobre o "grande respiro", que, em Pietro Ubaldi, figura como a eterna transformação, em ciclos espirais, no respiro do Universo, entre espírito, energia e matéria. E com isso fica "suplantada" a teoria do Universo Estacionário de Hoyle e Friedmann entre outros, que explicaria com uma só cartada, a questão da "massa que falta" no Universo, e que, a teoria do Universo inflacionário se valeu da criação da matéria adicional (energia e matéria escura) para preservar o modelo vigente e amplamente aceito pela comunidade científica. Ele é respaldado pela RCF, pela Lei de Hubble e o "redshift". É "gostoso" não é? Quando se constrói uma Teoria do Ovo Cósmico, cujo átomo gerou uma explosão e depois se "obtém" (ou se produz?) provas experimentais de que o Universo começou num átomo primordial e depois se expandiu. E talvez hoje ele esteja no final de respiro cíclico. Se a tese do universo inflacionário for verdadeira, tudo acabará congelado em alguns bilhões de anos. Não é que o Universo não tenha energia para produzir um céu luminoso à noite (Paradoxo de Olbers), mas é que, devido ao afastamento célere das galáxias, ele terminará como um um gigantesco corpo frio e escuro. Mas tudo isso são teorias, afinal, não consta que o Hubble ou os telescópios infra-vermelhos tenham observado todo o universo. E já que a razão continua sendo o centro do universo, logo todas as suas explicações são válidas.Mas reparem que sempre falamos do universo da nossa perspectiva: "se ele resfriar não haverá mais vida". Só existe essa forma de vida no Universo? Porque cargas d'água não haveria seres que pudessem viver num Universo congelado e escuro?
MonstrinhoMembroDo ponto de vista matemático, observa-se que a força de cada harmônico contribuirá para a construção da forma da vibração periódica que se relaciona com o timbre do som.Nos instrumentos musicais, exploram-se e utilizam-se harmônicos de diversas maneiras, os instrumentos de sopro obtêm harmônicos de um determinado som soprando-o com maior intensidade, enquanto que os executantes de instrumentos de corda podem fazer uma única corda vibrar em seções correspondentes a determinado harmônicos, tocando levemente em pontos de máximo que inibem harmônicos inferiores”.Teóricos musicais como Pitágoras, Arquitas, Aristoxeno, Erastóstenes se dedicaram à construção de escalas desenvolvendo diferentes critérios de afinidade. Por exemplo, valorizando os intervalos de quinta perfeitas, bem como a utilização somente de números de 1 a 4 na obtenção das frações da corda para gerar as notas da escala, Pitágoras estabeleceu uma afinação utilizando percursos de quinta para a obtenção das notas da escala.Arquitas constrói sua escala baseada em frações da corda resultantes de medias harmônicas e aritméticas daquelas encontradas por Pitágoras no experimento do monocórdio. Já Erastóstenes elaborou a diferenciação entre intervalos calculados aritmeticamente a maneira de Aristoxeno, de intervalos calculados pela razão".http://www.somatematica.com.br/mundo/musica2.phpESPERO A COLABORAÇÃO DE TODOS...VALEWSE7MUS
Não existem escalas musicais enquanto "instrumental teórico" para se compor. O que existe é a Teoria de Campo Harmônico que é baseada nos Modos gregos. O que são Modos? Como o próprio nome já diz, são modos diferentes de se percorrer a mesma escala.Assim, temos C - D - E - F- G - A - B e C onde C=dó, D= ré, E=mi, F=fá, G=sol, A=lá e B=si Em termos teóricos temos: I (Tônica) - II (Sobretônica) - III (Mediante) - IV (Sub-dominante) - V (Dominante) - VI (Relativa) - VII (Sensível) I (maior) - II (menor) - III - (menor) - IV (maior com sétima maior) - V (maior com sétima natural) - VI (menor) e VII (menor com quinta bemol).Intervalos de tom e semi-tom: C___D___E__F___G___A___B__C (Fechando a Oitava Dialética), onde, os espaços maiores são tons e os menores são semi-tons. Temos que, na mesma escala, se eu saio de dó, a sonoridade é maior; se saio de ré, é menor, assim como exposto acima. Então eu não estou usando várias escalas, mas apenas uma em que, devido a seus intervalos, ela forma o Campo Harmônico com seus respectivos acordes: C7M - Dm7 - Em7 - F7M - G7 - Am7 e Bm7/5o. (quinta bemol ou menor).É em cima desse software que são feitas todas as composições musicais que vocês conhecem, independentemente do estilo musical.Do ponto de vista filosófico a ilação é "Tudo é Um". Sobre os harmônicos: eles se dão em cordas soltas num instrumento de cordas - seja em terças, quintas, sétimas e tônicas - seja em notas digitadas, para isto, se utilizando de uma técnica de palheta com um leve toque do polegar na corda digitada, utilizada pelos guitarristas de rock. Bom, desenvolvo melhor essa teoria, a Teoria de Campo Harmônico, caso houver interesse... Isso aí que eu passei é só o be-a-bá da coisa. Abçs, PS: Todos os exemplos foram dados no Campo Harmônico de C (Dó maior). Há ainda os Campos Harmônicos das escalas Menor Harmônica e Menor Melódica, um pouco mais complicados; esses softwares são utilizados por compositores de Jazz e Bossa Nova. PS2: Antes que eu me esqueça: escalas assimétricas (como a de Dó maior exemplificada) geram Campos Harmônicos, enquanto escalas simétricas - como a Diminuta e/ou a de Tons Inteiros - não geram Campos Harmônicos. Isto remete à chamada "matemática do caos"? :o ::) - deixo então, essa para vocês pensarem :o ;D :D ;) (Adoro esses emoticons :yahoo_mini:)
04/08/2011 às 20:48 em resposta a: Fundamentos Epistemológicos da Filosofia Advaita-Vedanta de Nisargadatta Maharaj #88732MonstrinhoMembroBruno,Achei o link :D: http://www.4shared.com/dir/7720763/7463976c/sharing.html Tomara que esteja funcionando! ;)Abçs,
MonstrinhoMembroCaramba! postei errado! :mad_mini:
MonstrinhoMembroBruno, Achei o link: http://www.4shared.com/dir/7720763/7463976c/sharing.html :D ;) Tomara que esteja funcionando ;) Abçs,
04/08/2011 às 20:25 em resposta a: Fundamentos Epistemológicos da Filosofia Advaita-Vedanta de Nisargadatta Maharaj #88731MonstrinhoMembroOlá! Me desculpe por ter respondido tudo rapidamente e só agora estar dando atenção minuciosa a cada resposta sua.
‘Se praticarmos a meditação’, ‘chegará a hora em que”... Essa postergação do encontro com a Verdade que “aí está”, esse amontoado de condicionantes próprio do funcionamento da Mente é um dos fatores que nos impedem de perceber a Realidade. Uma das características do Vihangam Marg, o ‘Caminho do Pássaro’, é justamente esse delicado e resoluto salto. Não há realmente ego nenhum a ser destruído; isso é uma armadilha da linguagem.
E você pergunta lá no final do seu post "qual é o objetivo do teu fórum/site?"; o objetivo dos debates? Pois, é justamente como dar esse "delicado e resoluto salto" ::); como? boa pergunta não é?? É isso que eu busco debater lá no Máscaras de Deus. O objetivo é sair da Roda do Samsara. Será que isto é possível nesta vida ainda? ::) - Essa é a questão que nós sempre fazemos... Agora, o que me interessou aqui é esse "não há realmente ego nenhum a ser destruído; isso é uma armadilha da linguagem" :o. Não?? Você poderia explicar melhor isto? Como você vê o ego e as ilusões enquanto empecilhos para o reencontro ou tomada de consciência do EU SOU? Abçs,
04/08/2011 às 20:17 em resposta a: Fundamentos Epistemológicos da Filosofia Advaita-Vedanta de Nisargadatta Maharaj #88730MonstrinhoMembro[...] eu fiz uma nova reinterpretação de O Livro dos Espíritos, passando enxergar aquilo que está na frente dos olhos mas não vemos: se hoje somos filhos e amanhã voltamos como pais, ricos ou pobres, então não podemos acreditar que somos o personagem.
Interessante a abordagem... E aqui já levanto umas questões que me ocorreram, amparado em leituras de Nisargadatta: quem é que voltaria amanhã ‘como pais, ricos ou pobres’? Quem é este que já viveu antes e que regressaria depois? Isso que identificamos perante os outros e perante nós mesmos como ‘eu’, essa individualidade, não seria apenas uma sombra, uma criação perspectivística derivada da Mente, do tempo e do espaço ilusórios? O que há por trás dessas sombras, desses personagens, o que os anima? Creio que mais importante do que tentar responder a essas perguntas, por meio da linguagem (o que acredito não ser possível, como você já sabe), é intuir o que elas indicam e silenciar. No fundo, ‘nós’ sabemos quem ‘somos’; o esquecimento, parece, é apenas uma das regras que tornam possível a brincadeira, o Grande Jogo...
Bruno, sobre essa questão em particular, para eu não reescrever tudo novamente, sugiro que dê uma lida nesse post que fiz lá num tópico sobre Nietzsche ==> http://forum.consciencia.org/nietzsche/nietzsche-e-talvez-o-unico-filosofo-a-ser-levado-a-serio/msg20583/#msg20583 Abçs
04/08/2011 às 20:08 em resposta a: Fundamentos Epistemológicos da Filosofia Advaita-Vedanta de Nisargadatta Maharaj #88729MonstrinhoMembroOlá, monstrinho... Bom encontrá-lo por aqui. Deixe-me fazer alguns comentários.
Uma vez um amigo nosso passou um link que tinha uns 800 pdfs sobre o tema - alguns sobre auto-ajuda - para baixar.
Uau... onde está esse link?
Está lá no Fórum Espírita nas primeiras páginas do tópico "Ego e Ilusão", mas não consegui encontrar o tópico através da pesquisa. Dê uma procura por lá.
[...] eu fiz uma nova reinterpretação de O Livro dos Espíritos, passando enxergar aquilo que está na frente dos olhos mas não vemos: se hoje somos filhos e amanhã voltamos como pais, ricos ou pobres, então não podemos acreditar que somos o personagem.
Interessante a abordagem... E aqui já levanto umas questões que me ocorreram, amparado em leituras de Nisargadatta: quem é que voltaria amanhã ‘como pais, ricos ou pobres’? Quem é este que já viveu antes e que regressaria depois? Isso que identificamos perante os outros e perante nós mesmos como ‘eu’, essa individualidade, não seria apenas uma sombra, uma criação perspectivística derivada da Mente, do tempo e do espaço ilusórios? O que há por trás dessas sombras, desses personagens, o que os anima? Creio que mais importante do que tentar responder a essas perguntas, por meio da linguagem (o que acredito não ser possível, como você já sabe), é intuir o que elas indicam e silenciar. No fundo, ‘nós’ sabemos quem ‘somos’; o esquecimento, parece, é apenas uma das regras que tornam possível a brincadeira, o Grande Jogo...
Na Doutrina Espírita seria o Espírito, entidade sobrevivente após a morte que, quando encarna representa papéis fictícios. O Espírito não têm atributos humanos, mas o problema é que, uma vez mergulhado no mundo de Maya (mundo material) acredita nessas ilusões e volta para o mundo espiritual acreditando que é um ser humano. É importante notar que, o fato de o Espírito perder o corpo físico (morte) não significa que ele retoma a consciência do EU SOU, como afirmam algumas tradições e religiões orientais baseadas no panteísmo, segundo às quais, o Espírito (Atman) retornaria à fonte Brahman, confundindo-se com "este". De fato isto pode ocorrer, mas somente para aqueles que se desumanizaram, que se despiram de todas as ilusões na sua reencarnação atual.
A meditação funciona! Eu já fiz! Ela tranqüiliza a mente, e por vezes conseguimos matar pensamentos que nos incomodam, quando não os vivemos emocionalmente. Se praticarmos a meditação diariamente, chegará uma hora em que nenhum pensamento nos afetará, e essa é a conquista da liberdade, a partir da destruição do ego.
‘Se praticarmos a meditação’, ‘chegará a hora em que”... Essa postergação do encontro com a Verdade que “aí está”, esse amontoado de condicionantes próprio do funcionamento da Mente é um dos fatores que nos impedem de perceber a Realidade. Uma das características do Vihangam Marg, o ‘Caminho do Pássaro’, é justamente esse delicado e resoluto salto. Não há realmente ego nenhum a ser destruído; isso é uma armadilha da linguagem.
Sim, é um postergar, mas você não concorda então, que há vários de níveis de compreensão da realidade, via meditação (= percepção não condicionada) a serem atingidos? Do contrário na primeira meditação já teríamos o acesso a essa realidade não percepcionada pelos sentidos ou pela razão. Claro, concordo que, como diz Krishnamurti, "se antes não colocarmos a 'casa em ordem' de nada serve a meditação".
Descobri você num tópico por aí, sobre a Origem do Universo, em que você fez um bom post, questionando a razão e a linguagem como instrumental acanhado quando o assunto é percepção da realidade [...] O que eu vejo é o seguinte: depois que o Posivitismo deu o golpe fatal na Filosofia que estava voltada às questões metafísicas, o único remanescente hoje - a Filosofia ainda operante - é a Filosofia da Linguagem. Esta última está bem perto daquilo que salta das páginas das correntes filosóficas orientais. Veja ali no link que a discussão básica é em torno da capacidade da linguagem e da razão ter ou não um acesso epistemológico à realidade. os filósofos da linguagem já duvidam dessa capacidade, e aqui julgo haver um bom motivo para se retomar o debate a partir desse ponto. Aí podemos fazer uma ponte entre Filosofia Oriental, e Filosofia Clássica (ocidental). Quero dizer que, os filósofos da linguagem já duvidam da capacidade do pensamento e da razão em ter algum conhecimento sobre o mundo e a realidade. É aqui que dá para entrar com esses estudos da Filosofia Oriental, para dizer que há outros tipos de percepção que não a percepção condicionada pela própria linguagem.
Sinceramente, a filosofia ocidental me interessa muito pouco, monstrinho. Mesmo quando chega a ‘resultados’ semelhantes aos dos orientais, sempre me parece menos fresca, menos viva... Não me animo a ler autores que são essencialmente lógicos, como Wittgenstein, mesmo sabendo que há em suas obras tantos pontos com os quais concordo. Quanto à capacidade de a linguagem e a razão terem acesso epistemológico à realidade, eu fico com o Advaita (já que o espírito indiano é mais especulativo que o do Zen ou do Taoismo e, ao meu ver, mais adequado pra tratar essas questões formais): o que chamamos usualmente de conhecimento é baseado em conceitos e, portanto, não tem relação com o Real (tá, isso é também um conceito, mas vamos lá...). O conhecimento do que se é, do Eu Sou, não é condicionado pela Mente, pela linguagem, por qualquer classificação. É o próprio conhecer-se, não algo baseado em subdivisões, classificações. É o silêncio eloquente que, em potência, é a origem de todo som, que compreende todo o som. Entendo que onde há linguagem, onde há dualidade, divisão, medida (da raiz sâscrita matr, que dá origem a termos como ‘matéria’, ‘maya’, ‘matriz’ ), o Real nos escapa. No ponto em que a lógica não tem braços para alcançar, lá começa a se vislumbrar a Realidade.
Concordo com você, mas eu havia proposto essa abordagem aos que eventualmente estivessem interessados em compreender as "bases" da Filosofia Oriental...
Pois, inscreva-se lá e participe também, trazendo novos conhecimentos e/ou suscitando debates. O fórum é bem recente - tem pouco mais de 2 meses - mas tenho me dedicado de tal forma que estou conseguindo levar aquilo lá adiante - enquanto estou com tempo, é claro. Apesar de haver poucos membros, já temos 310 posts em mais de 100 tópicos.Há os sites esotéricos que divulgam a Filosofia Oriental, e se procurar, acha-se na internet blogs com resumos sobre a mesma. Para ser franco, tenho visto como uma perda de tempo, nos últimos meses, estar-me dedicando a estes assuntos, na medida em que, a falta de interlocutores muitas vezes faz a gente parar para pensar se deveríamos ficar postando coisas sérias em espaços que são virtualmente pouco vistos ou explorados. Nesse sentido talvez fosse interessante buscar escrever em revistas especializadas do ramo, ou mesmo no âmbito da publicação científica - esta sabemos que dá divulgação, e as provocações são de verdade mesmo, não como em fóruns em que as pessoas ficam escondidas atrás de nicks. ) Por ora, estamos por aqui na internet, mas já passou da minha hora de retomar certos estudos no "off-line", de uma maneira geral, com outras finalidades. Por enquanto eu ainda tenho um tempinho para escrever e dar atenção tanto aqui quanto lá no Máscaras de Deus, mas sinceramente, eu precisava de um ou uma "mão direita" para me auxiliar neste mister, de outro modo, vamos deixando de lado.De certo modo, é o que vemos acontecer com muitos aqui: sendo muitos, professores e pesquisadores em Filosofia, têm que se dedicar primeiro ao seus trabalhos profissionais - "primeiro a obrigação, depois o divertimento" - é uma frase condicionada, eu o sei, mas é uma "realidade"... Olhe lá ==> http://mascarasdedeus.forumeiros.com/t49-doutrina-do-karma-tarananda-sati. O Azuramaya acabou de postar e não há interlocutores a não ser eu mesmo e olhe lá, porque esse cara escreve e lê muito. Poderia ir lá responder, mas aí o Fórum cresce em números de posts com a "ajudinha" do próprio Admin, o que não está dentro dos meus planos.
Vou participar sim... Só queria que vc me dissesse o que espera conseguir com nossas discussões, se é que espera algo. Você poderia me dizer?Abraço e até logo.
O que eu espero é algo totalmente prático, uma vez que sozinho ainda não consigo praticar o EU SOU, não consigo ainda percepcionar essa realidade que nos escapa aos sentidos e à razão. No âmbito dos debates não há, pois, nenhuma intenção de se adquirir novos conhecimentos teóricos, de forma a "aprofundar" o nosso diletantismo... Abçs,
04/08/2011 às 4:26 em resposta a: Fundamentos Epistemológicos da Filosofia Advaita-Vedanta de Nisargadatta Maharaj #88727MonstrinhoMembroolá monstrinho... já havia dado uma olhada no mascarasdedeus, e vejo com alegria iniciativas como a sua, tão importantes para a divulgação de conhecimentos preciosos.
Pois, inscreva-se lá e participe também, trazendo novos conhecimentos e/ou suscitando debates. O fórum é bem recente - tem pouco mais de 2 meses - mas tenho me dedicado de tal forma que estou conseguindo levar aquilo lá adiante - enquanto estou com tempo, é claro. Apesar de haver poucos membros, já temos 310 posts em mais de 100 tópicos.Há os sites esotéricos que divulgam a Filosofia Oriental, e se procurar, acha-se na internet blogs com resumos sobre a mesma. Para ser franco, tenho visto como uma perda de tempo, nos últimos meses, estar-me dedicando a estes assuntos, na medida em que, a falta de interlocutores muitas vezes faz a gente parar para pensar se deveríamos ficar postando coisas sérias em espaços que são virtualmente pouco vistos ou explorados. Nesse sentido talvez fosse interessante buscar escrever em revistas especializadas do ramo, ou mesmo no âmbito da publicação científica - esta sabemos que dá divulgação, e as provocações são de verdade mesmo, não como em fóruns em que as pessoas ficam escondidas atrás de nicks. ;D) Por ora, estamos por aqui na internet, mas já passou da minha hora de retomar certos estudos no "off-line", de uma maneira geral, com outras finalidades. Por enquanto eu ainda tenho um tempinho para escrever e dar atenção tanto aqui quanto lá no Máscaras de Deus, mas sinceramente, eu precisava de um ou uma "mão direita" para me auxiliar neste mister, de outro modo, vamos deixando de lado.De certo modo, é o que vemos acontecer com muitos aqui: sendo muitos, professores e pesquisadores em Filosofia, têm que se dedicar primeiro ao seus trabalhos profissionais - "primeiro a obrigação, depois o divertimento" ;D - é uma frase condicionada, eu o sei, mas é uma "realidade"... ::)Olhe lá ==> http://mascarasdedeus.forumeiros.com/t49-doutrina-do-karma-tarananda-sati. O Azuramaya acabou de postar e não há interlocutores a não ser eu mesmo e olhe lá, porque esse cara escreve e lê muito. Poderia ir lá responder, mas aí o Fórum cresce em números de posts com a "ajudinha" do próprio Admin, o que não está dentro dos meus planos.Bom, chega agora um pouco de escrever neste fórum. Há muitos posts meus por aí, feitos ao longo de poucos dias aguardando réplicas ou respostas... Abçs,
04/08/2011 às 1:21 em resposta a: Fundamentos Epistemológicos da Filosofia Advaita-Vedanta de Nisargadatta Maharaj #88726MonstrinhoMembrojá havia dado uma olhada no mascarasdedeus, e vejo com alegria iniciativas como a sua, tão importantes para a divulgação de conhecimentos preciosos. penso apenas que não são muito comuns tópicos como este aqui no consciência. geralmente, parte-se de alguma provocação ou tema que sugira um debate. ainda agora me ocorre perguntar: e aí? algo a acrescentar, além dessa breve introdução? alguma questão que julgue interessante discutir?
Olá Bruno. Descobri você num tópico por aí, sobre a Origem do Universo, em que você fez um bom post, questionando a razão e a linguagem como instrumental acanhado quando o assunto é percepção da realidadeVeja que interessante. Nesse momento estou lendo esse debate http://forum.consciencia.org/a-verdade/e-a-verdade-objeto-da-ciencia/40/ que ocorreu, há cerca de 10 anos atrás. O que eu vejo é o seguinte: depois que o Posivitismo deu o golpe fatal na Filosofia que estava voltada às questões metafísicas, o único remanescente hoje - a Filosofia ainda operante - é a Filosofia da Linguagem. Esta última está bem perto daquilo que salta das páginas das correntes filosóficas orientais. Veja ali no link que a discussão básica é em torno da capacidade da linguagem e da razão ter ou não um acesso epistemológico à realidade. os filósofos da linguagem já duvidam dessa capacidade, e aqui julgo haver um bom motivo para se retomar o debate a partir desse ponto. Aí podemos fazer uma ponte entre Filosofia Oriental, e Filosofia Clássica (ocidental). Quero dizer que, os filósofos da linguagem já duvidam da capacidade do pensamento e da razão em ter algum conhecimento sobre o mundo e a realidade. É aqui que dá para entrar com esses estudos da Filosofia Oriental, para dizer que há outros tipos de percepção que não a percepção condicionada pela própria linguagem. Há o pessoal aí também postando versos sobre o assunto, e também esses mesmos filósofos da linguagem já interpretam esses versos que são uma crítica à ciência e ao pensamento filosófico clássico, como o Fernando Pessoa e seus heterônimos por exemplo. Então, está fácil colocar o "modo de pensar" da Filosofia Oriental - que não pensa ;D, como no Zen ;) - como alternativas a essas respostas que a Filosofia da Linguagem está buscando. A minha proposta de um debate é pois: "Filosofia da Linguagem e Filosofia Oriental". Falta porém um pouco mais de quórum neste fórum - parece que esfriou um pouco os debates...Particularmente eu não teria nenhuma provocação ou questão nova para incitar o debate, mesmo porque as questões já estão aí postas. Mas que tal começarmos com Tudo é ilusão! O ser humano não existe! - Como está colocado lá no tópico sobre o Nietzsche? Abçs
MonstrinhoMembroMeditar é orar. "Senhor! Tenha misericórdia dos espíritos encanados (e dos encalhados também)!!! :mocking_mini:
:o :o :o ;D
MonstrinhoMembroSea Of Madness (Iron Maiden) Like the eagle and the dove,Fly so high on wings above,When all you see can only bring you sadness,Like a river we will flow,On towards the sea we go,When all you do can only bring you sadness,Out on the sea of madness.
-
AutorPosts