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carlosMembro
Vava (Valenic)!!! Vc voltou!!! Que saudade!! Estava lendo seus textos postados e realmente estamos ainda do lado de deus, né. Parece que não houve nenhuma evolução, não é mesmo. Ops, na verdade não pode haver evolução nas coisas em que deus fez, pois ele os fez com perfeição, portanto, vc não evoluiu em nada…Sabe que nem eu…
Mas é bom vê-lo por aqui no fórum.
Quanto ao resto, vamos expor idéias, não ficar tentando bicar a bolsa escrotal do outro. (isso não é palavrão).
De acordo com o Alex, olhos abertos….carlosMembroTexto abaixo para dar uma visão mais abrangente sobre os animais não humanos.
Uma fêmea de corvo da espécie Corvus moneduloides criada em cativeiro construiu uma ferramenta para obter alimento sem ter sido treinada previamente para executar a tarefa. Essa observação, feita pela equipe de Alex Kacelnik, da Universidade de Oxford (Inglaterra), sugere que a capacidade cognitiva da ave seria tão ou mais desenvolvida que a do macaco, animal mais próximo do homem evolutivamente. Artigo publicado em 9 de agosto na revista Science aponta que estudos comparativos entre o C. moneduloides e outros pássaros permitiriam compreender melhor como a inteligência surgiu e se espalhou no reino animal. “Acreditamos que a evolução produziu várias formas de inteligência, e não apenas uma”, diz Kacelnik à CH on-line.
Os pesquisadores mostraram a um casal de corvos dois objetos: um fio de arame reto e outro em forma de gancho. As aves deveriam escolher um dos objetos para retirar um recipiente com comida de dentro de um tubo (para que o tubo não caísse, ele foi preso com fita adesiva à superfície em que estava apoiado). Para surpresa de todos, em um dos ensaios, embora o macho tivesse apanhado o arame em forma de gancho, foi a fêmea que ficou com o alimento: ela curvou uma das extremidades do fio reto e, assim, conseguiu 'pescar' a comida.
Intrigados com o que haviam observado, os cientistas realizaram outro experimento. Novamente os corvos teriam que retirar o alimento do tubo, mas agora só haveria um objeto disponível: o fio de arame reto. Esse ensaio foi realizado 17 vezes: em sete delas, os animais deixaram o fio reto cair dentro do tubo e não puderam mais utilizá-lo; nas outras dez, as aves manipularam o arame com o intuito de obter o alimento.
O macho envergou o arame e 'pescou' a comida em apenas uma ocasião. Já a fêmea foi capaz de dobrar o fio em forma de gancho nove vezes e em oito delas pegou o alimento após dois minutos no máximo. Ela prendia uma ponta do arame com as patas ou na fita adesiva colada no tubo e, em seguida, forçava a outra a extremidade do fio até entortá-lo.
Estudos anteriores já haviam mostrado que, nas florestas, corvos da espécie C. moneduloides constroem ferramentas com folhas e cascas de árvores. Porém, a técnica adotada pela fêmea de cativeiro para dobrar o arame nunca havia sido observada e acredita-se que o método não seria eficaz se aplicado aos materiais encontrados nas florestas.
Embora já tivesse usado fios em forma de gancho, a fêmea nunca tinha visto os cientistas dobrarem o arame: mesmo sem treinamento, ela construiu um instrumento útil para obter alimento. “O C. moneduloides parece ter habilidades cognitivas extremamente desenvolvidas para fazer e usar ferramentas”, diz Kacelnik. A capacidade cognitiva dessa espécie de corvo poderia ser superior à de macacos, que só conseguiriam realizar tarefas após receberem treinamento. “Mas isso não significa que corvos e macacos têm habilidades igualmente flexíveis”, pondera. “Estamos investigando quão geral é a capacidade dessas aves de resolver outros problemas.”
carlosMembroLegal, é nisso mesmo! Software e hardware, perfeita a analogia. E com certeza, há muitas formas de linguagem, mas o “plus” está nos humanos devido a complexidade de sua sociedade e de outros fatores.
É Marcio, temos muito verde ainda, tem muita coisa ainda, mas temos isso com a população mundial atual, esses primatas, nós, estão pipocando pra tudo que é lado…não sei não…Bom, pra não deixar de por coisas bestiais aqui.. mais uma…
A companhia britânica PPL Therapeutics Plc, anunciou hoje a criação de quatro porcos clonados, cujos órgãos poderão ser usados em transplantes em humanos, já que têm menor risco de rejeição. A empresa, que em 1997 ajudou a clonar a ovelha Dolly, o primeiro mamífero clonado a partir de células adultas, anunciou que quatro leitões saudáveis, com as duas cópias do gene de rejeição desativadas, nasceram no dia 25 de julho na subsidiária da companhia em Blacksburg, Virginia. Um quinto animal morreu pouco depois do nascimento por causas desconhecidas.
O principal problema com o transplante de órgãos de porcos em humanos são os açúcares presentes na superfície dos órgãos. O corpo humano reconhece esses açúcares de imediato como estranhos e tenta destruí-los, segundo a PPL. Por isto os animais foram criados sem o gene responsável pela enzima que produz esses açúcares.
“Este avanço nos deixa mais perto da promessa de uma potencial solução para a escassez mundial de órgãos e células para transplante”, disse o chefe de operação da PPL, David Ayares.
carlosMembroE já que estamos falando tbm de linguagem…
Texto mais completo sobre o gene que possibilitou nossos movimentos de face e fala rápida etc, só isso, sem ele, que codifica uma proteina de 750 aminoácidos da qual somente dois aminoácidos são posicionados diferentemente da mesma proteína encontrada nos chimpanzés, orangotangos e outros primatas, sutil, não? Isso nos possibilitou a linguagem que conhecemos e não outra forma de comunicação mais rudimentar…
JORNAL DA CIENCIA 16/ago
Estudo de gene de linguagem na 'Nature' reforça teoria da
separação entre homens e chimpanzésChamado Foxp2, o gene regula a atividade de outros genes durante o desenvolvimento do cérebro
Nicholas Wade escreve para 'The New York Times':
Estudo dos genomas de seres humanos e chimpanzés forneceu novas idéias sobre a origem da linguagem. Um dos atributos
humanos mais distintos, a linguagem foi um passo fundamental
na cadeia evolutiva.Segundo o estudo, na escala de tempo evolucionária, a
linguagem foi um desenvolvimento muito recente, algo que
ocorreu nos últimos 100 mil anos.A descoberta reforça uma teoria inovadora, proposta por
Richard Klein, arqueólogo da Universidade Stanford. O
pesquisador argumenta que o surgimento do comportamento
humano moderno, há cerca de 50 mil anos, deu-se por
importante modificação genética, provavelmente a que levou a
aquisição da linguagem.O novo estudo se baseia na descoberta do ano passado do
primeiro gene humano envolvido especificamente na linguagem.
O estudo foi desenvolvido por Svante Paabo e colaboradores,
do Max Planck Institute de Antropologia Evolucionária em
Leipzig, Alemanha.O gene foi identificado por estudos em uma grande família
londrina, famosa entre os lingüistas. De seus 29 membros, 14
não conseguem articular a fala, mas são, de outra forma,
normais.Equipe de biólogos moleculares, liderada por Anthony P.
Monaco, da Universidade de Oxford, identificou, em 2001, o
gene que estava causando os problemas da família.Chamado Foxp2, o gene regula a atividade de outros genes
durante o desenvolvimento do cérebro. Presume-se, portanto,
que tenha um papel no estabelecimento de um circuito neural
para a linguagem, mas o mecanismo ainda não foi
compreendido.A equipe de Paabo estudou a história evolucionária do Foxp2.
Para isso, comparou as seqüências de DNA das versões do gene
em camundongos, chimpanzés e outros primatas.Em um artigo publicado online, nesta quinta-feira, pela revista
'Nature', Paabo diz que o gene Foxp2 permaneceu basicamente
inalterado durante a evolução dos mamíferos, mas sofreu súbita
mudança nos seres humanos, depois que a linha de hominídeos
separou-se da linha dos chimpanzés.As mudanças no gene humano afetam em dois pontos a
estrutura da proteína que codifica, segundo os autores. Um
deles altera ligeiramente a forma da proteína; o outro dá a ela
um novo papel no circuito de sinalização das células humanas.As mudanças indicam que o gene tem estado sob forte pressão
evolucionária nos seres humanos. A forma humana do gene,
com suas duas modificações, também parece ter se tornado
universal na população, sugerindo que confere alguma
vantagem essencial.Paabo alega que os humanos já deviam ter alguma forma de
linguagem rudimentar, antes do Foxp2 ter sofrido as mutações.
Ao conferir a habilidade de rápida articulação, o gene
aprimorado pode ter se difundido na população, dando o toque
final à linguagem.'Talvez esse gene tenha conferido o aperfeiçoamento final da
linguagem, tornando-a totalmente moderna', disse Paabo.Os membros afetados da família londrina na qual a versão
defeituosa do Foxp2 foi descoberta possuem alguma linguagem
rudimentar. Sua principal dificuldade parece estar na falta de
controle mais fino nos músculos da garganta e da boca,
necessários para fala rápida.No entanto, os membros afetados apresentam tantas
dificuldades em testes escritos quanto nos verbais, sugerindo
que o gene defeituoso causa problemas conceituais, além dos
de controle muscular.O genoma humano acumula constantemente modificações de
DNA, por mutações randômicas, apesar de raramente afetarem
a estrutura dos genes.Quando um novo gene difunde-se pela população, a diversidade
genômica no período é reduzida por certo tempo, já que todo
mundo possui o mesmo pedaço de DNA transferido com o novo
gene.Ao medir a diversidade reduzida e outras características de um
gene de vital importância, Paabo estimou a idade da versão
humana do Foxp2 em menos de 120 mil anos.Paabo diz que sua estimativa aproximada encaixa-se com a
teoria de Klein, justificando o rápido aparecimento de novos
comportamentos há 50 mil anos, incluindo arte, ornamentação e
comércio de longa distância.Esqueletos humanos desse período são fisicamente iguais aos
de 100 mil anos atrás, levando Klein a propor que alguma
mudança cognitiva de base genética deve ter estimulado os
novos comportamentos.A única mudança de magnitude suficiente, em sua opinião, teria
sido a aquisição da linguagem. (Tradução: Deborah Weinberg)
(The New York Times, Uol.com/Mídia Global, 15/8)carlosMembroIndiretamente está incluso no tema da morte, mas já que não consigo sair de minha má-filosofia (graças a deus…ops sou ateu) reducionista, diferentemente do maniqueísmo de outros… colo esta notícia da qual fiz alusão acima. Márcio, debatemos um pouco sobre isso..
Natureza dá indícios de que está se revoltando
Fatos recentes como a onda de calor em alguns pontos do planeta e as inundações que vêm devastando a Europa e a Ásia levarão o mundo a fazer uma maior reflexão durante a Cúpula da Terra, em Johannesburgo
Faltando oito dias para a reunião de Cúpula da Terra em Johannesburgo, na África do Sul – dez anos depois da reunião no RJ -, o planeta está fazendo tudo o que pode para 'enlouquecer' os seres humanos: calores insuportáveis, secas trágicas no Vietnã, inundações mortais na Ásia e na Europa Central e centenas de cadáveres. Muitos morrem por falta de água, muitos outros por excesso de água.
Tudo acontece como se as nuvens, as florestas, as monções, El Niño, as correntes marítimas e os rios se mostrassem voluntariamente em seu pior dia, com seus recursos mais repugnantes, a fim de avisar ao mundo que é urgente adotar medidas em nível mundial e que, se não se fizer isso, os transtornos climáticos atingirão níveis tão grandes que a humanidade estará em perigo.
O chato é que, em face desses transtornos, ninguém compreende nada. Não existe consenso nem mesmo quanto ao diagnóstico.
Segundo alguns, a Terra entrou num período de aquecimento global de longa duração. Mas, de acordo com outros, as desordens registradas há uma década são muito recentes para constituir uma prova.
E esses balbúcios são ainda maiores se o mundo tentar compreender as causas. Como regra geral, a culpa é atribuída (e parece justo) aos efeitos da industrialização, da destruição das florestas, do consumo exagerado, etc. Isso permite apontar o dedo para o culpado número 1: os EUA – que, entretanto, se recusaram a aceitar as orientações do Protocolo de Kyoto.
Mas está ficando cada vez mais claro que os EUA e a indústria – embora não mereçam ser absolvidos de culpa – não são os únicos réus. Existem outros culpados.
E acabou-se de descobrir um deles: no sul da Ásia, entre o Paquistão, a China e a Índia, uma nuvem de poluição, de três quilômetros de espessura, está se movimentando de um lado para outro nas alturas.
Esta nuvem é um horror: está formada de aerossóis, de óxido de carbono, de ozônio, de sujeira, de poeira. Tem dois efeitos principais: por uma parte, reduz em 10% a quantidade de energia solar que atinge o solo.
Por outra, diminui em 20% as chuvas, chegando até mesmo a 40% em algumas regiões. E ainda não é tudo: como a luz solar fica mais fraca, a fotossíntese se realiza com dificuldade e isso reduz as safras agrícolas. Enfim, as imundíces que recheiam essa nuvem estragam a saúde dos habitantes.
De fato, hoje podemos compreender o porquê de centenas de milhares de mortes prematuras e insólitas constatadas nas grandes cidades.
Por enquanto, essa nuvem contaminada se mexe apenas sobre a Ásia, o que, aliás, já é uma coisa ruim, pois esta zona compreende dois bilhões de habitantes e poderia ter o dobro disso dentro de 20 anos.
Mas os cientistas temem que isso possa causar efeitos ainda mais vastos. Essa nuvem modifica o intercâmbio entre a atmosfera e o mar, sobretudo no Oceano Índico, e isso ameaça desregular toda a circulação atmosférica e poderia agravar alguns fenômenos perigosos, como El Niño, os regimes dos grandes ventos, as correntes oceânicas, as monções, etc.
Esta nuvem tem outros motivos para o mundo se inquietar. Até agora, se acusa em primeiro lugar as grandes nações industriais pelos danos à atmosfera – a Europa Ocidental e, sobretudo, os EUA.
Contudo, a nuvem da Ásia não está sobrevoando regiões da grande indústria poluidora. Por outro lado, são regiões extremamente povoadas, com densidades populacionais enormes que estão se desenvolvendo rapidamente.
Duas consequências desse desenvolvimento industrial: por um lado, as zonas rurais estão ficando despovoadas e enormes cidades estão atraindo milhões de pobres. Por outro lado, como não é possível fornecer a todos os habitantes a eletricidade e o gás, recorre-se a meios tradicionais de aquecimento.
Ora, freqüentemente, esses meios tradicionais são ainda mais poluidores do que os meios modernos. A queima de madeira para o cozimento de alimentos e para a calefação por parte de bilhões de pessoas, por exemplo, tem efeitos às vezes mais graves do que os meios modernos de calefação. As emissões de dióxido de enxofre aumentam ainda mais rapidamente do que a população.
E assim a descoberta desta nuvem culpável mostra que não basta acusar apenas as nações superindustrializadas. Os outros países, principalmente os de população mais densa, contribuem também para o efeito-estufa e para o eventual aquecimento do planeta.
Pode-se já adivinhar os argumentos que os EUA poderão deduzir desta nuvem perversa para se recusarem, amanhã como hoje, a impor o menor sacrifício aos seus industriais.
Apesar disso, essa posição seria absurda: em primeiro lugar, não é porque um outro assassino foi encontrado e preso que se deverá proclamar inocente o primeiro homicida.
Em segundo lugar, a descoberta deste novo perigo exige que todo o planeta, os ricos e os pobres, unam suas forças para afastar esse terrível espantalho.
(Jornal do Commercio, 18/8)carlosMembroDesencana, gosto de filosofia senão nem estaria aqui, aprendi já muito e tbm com o Walace, é que as vezes é duro ouvir aquilo que não deveria ter mais lugar no mundo de hj, na cabeça do homem de hj, mas quem sou eu para achar isso? Não contenho verdade nenhuma! Sou uma máquina orgânica com um cérebro como tantos e simplesmente não gosto de vendas nos olhos, mas quem disse que tbm não as tenho? Porém muito se diz, muito se cita, mas e aí? O que se cria? O que se desvenda? Veja o deus cristão. Quão frágil são suas pernas! Tropeça em cada palavra na bíblia. Ora…
Mas é isso aí, por isso que em laboratório ninguém fica filosofando, porém se eu não me engano os pré-socráticos mais falavam de ciência do que de filosofia propriamente dita. E eles são legais, vale a pena…
FalouuuucarlosMembroNão entendi mesmo. E continuo não entendendo. Sua visão alegórica do homem é diferente de minha visão biológica e física.
Creio que o caminhar em busca da verdade seja apenas um olhar atento para o espelho e não um desgastante e mirabolante arcabouço de equivocidades contidas em livros e mais livros onde, em suma, o grande problema está na insuficiência da própria linguagem. No falar e nunca dizer nada.
Mas sem neuras. Fenômeno? Será que é tão complicado assim? Não vejo dessa forma. Vejo que complicamos! Apenas isso. Do resto, somos uma vidinha a mais nesse planetinha minúsculo e nos diferenciamos, até onde sabemos, dos animais por saber disso e tbm não entender. Daí surge bibliotecas tentando explicar e tal…
Pense no que quiser.
FalouuuuucarlosMembroCê tá doente né? Como vc acha que articulamos palavras e alguém com lesão cerebral não consegue. É…lesão numa área do cérebro, nossa, a linguagem não vem da alminha, não é mesmo. Ora, o cérebro é codificado em um DNA, ora, nos 1.6% que diferimos de um chimpanzé, temos um código para articulação e vocalização de frases etc. Ora, grande bobagem??? Meu amigo, era tbm uma grande bobagem dizer que a terra era redonda e girava em torno do sol. E isso nem é tão extraordinário assim. É bobagem tbm “injetar” no código de um vírus genes que podem “curar” uma doença cardíaca em um ser humano? Uma doença hereditária? Não. Já fizeram isso em ratos e funcionou. DNA meu amigo. Não tem nada de divino nisso, como tbm o homem e seu conhecimento que o deixa tão assustado e perplexo a ponto de dizer que “educadamente” é uma enorme bobagem. Só falta vc achar que a urina não tem sódio, potássio e que isso no mínimo é uma grande bobagem. Ora, por favor. Tua filosofia é decorrente de DNA e suas carapaças, o corpo. Se vc quer achar filosofia no ato de excretar, ache. Continuaremos excretando. Esse seu comentário, me desculpe, parece de algum crente dessas igrejas-lavagem-cerebral da vida.
carlosMembroNotícia que saiu hj. Interessante, já que falamos de evolução.
Os macacos não falam porque carecem do gene da linguagem, indica uma equipe de cientistas alemães e britânicos em um artigo que será divulgado esta noite no site da revista Nature. Conforme os cientistas do Instituto Max-Planck de Antropologia Evolutiva de Leipzig, na Alemanha, e do Wellcome Trust Center for Human Genetics da Universidade de Oxford, os primatas não têm o gene FOXP2, responsável pela fabricação de uma proteína indispensável para o funcionamento de diversas zonas da linguagem.
A identificação do gene, feita por outros biólogos, mostra que em sua ausência o homem tem dificuldades para articular as palavras e dominar a sintaxe. Na pesquisa anglo-germânica, que tinha por objetivo verificar se o gene envolvido na produção da palavra também estava presente no DNA dos animais, mostrou que nem mesmo os primo-irmãos do homem, os chimpanzés, possuem capacidade para falar.
Na espécie humana, o FOXP2, resultante da mutação de um gene muito antigo, parece ter se generalizado em uma época recente, se levarmos em conta a escala da evolução, ou seja, há uns 200 mil anos. A equipe sugere que esse gene proporcionou ao homem moderno o uso da linguagem articulada. Os macacos são incapazes de imitar a fala humana. No entanto, os chimpanzés demonstraram capacidades assombrosas mediante gestos ou linguagens artificiais à base de lexigramas.
carlosMembroEu não apostaria num índio surdo justamnte pq a surdez não existiria com uma seleção natural. Quantas lebres são surdas ou não tem olfato? Quantas vacas são cegas? Nem precismaos ir até a Africa num safari para percebemos como tudo funciona. Agora olhando para nós humanos…. Doenças e mais doenças perpetuadas através das gerações…o que será do futuro? Uma Gatacca!!! Sim, só os mais ricos terão acesso à manipulação de seus genes. Ou seja, o dinheiro será o fator “aptidão” e o grande número de excluídos??? Sabe-se que hj temos 50 milhões de brasileiros abaixo da linha da pobreza e isso aqui!! No Brasil!! O que teremos daqui 20 anos?
Concordo com vc Mceus que a seleção de certa forma continua, mas é, agora sim, espantoso como viramos a cara para o futuro da espécie. Podemos manipular? Já o estamos fazendo pela economia, filiação, força…..vide acima… São úteis esses métodos? Não. Perpetuam os doentes. (antes de mais nada, eu sou miope e faço parte desse problema).carlosMembroDesculpe-me a intromissão, mas colocar a vida em risco é consequência do suicida e não intenção dele, sua intenção e se matar, não é? E ningém é fadado ao suicídio pela sua genética e sim predisposto a cometê-lo. Isso pode estar em mim ou vc, podemos então chamarmo-nos de doentes?
Ghandi colocou em risco sua vida, mas sua intenção não era se matar…carlosMembroSim, concordo com vc em parte, mas por mais que descubramos modos de possibilitar a vida ainda assim estaríamos perpetuando genes que enfraqueceriam a espécie. Minha posição parece meio nazista, mas não é nada mais natural do que acontece na própria natureza, entre todos os animais e até vegetais. Se manipularmos o ser humano ao ponto de repararmos, geneticamente ou mecanicamente como o seu exemplo supra, não teremos mais o ser humano e sim algo diferente. Pode ser um caminho? Pode. Eficaz? Não sei. Talvez num espirro de alguém cairemos duro. Talvez não.
Deixo um texto interessante para vc.
FalouFrancis Fukuyama
especial para a FolhaAs pessoas que não vêm prestando muita atenção à discussão em torno da biotecnologia humana talvez pensem que a principal questão em pauta nesse debate diga respeito ao aborto, já que os adversários mais veementes da clonagem, até agora, têm sido os chamados defensores do direito à vida (ou seja, adversários do aborto), que se opõem à destruição de embriões. Mas existem razões importantes para que a clonagem e as tecnologias genéticas que a seguirão sejam motivo de preocupação para todas as pessoas, religiosas ou não, e sobretudo para aquelas que se preocupam em proteger o ambiente natural. Pois a tentativa de dominar a natureza humana por meio da biotecnologia será ainda mais perigosa e repleta de consequências do que os esforços feitos pelas sociedades industriais para controlar a natureza não-humana por meio de gerações anteriores de tecnologia.
Se há uma coisa que o movimento ambientalista nos ensinou, nas duas últimas gerações, é que a natureza é um todo complexo. As diferentes partes de um ecossistema são mutuamente interdependentes, de uma maneira que frequentemente não conseguimos compreender, e os esforços humanos para manipular certas partes dele vão gerar uma multidão de consequências não-pretendidas que vai retornar para nos assombrar.
Assistir hoje a um dos filmes feitos nos anos 1930 sobre a construção da barragem Hoover ou da Tennessee Valley Authority (órgão federal americano criado na década de 1930 para desenvolver o potencial hidrelétrico do rio Tennessee e que acabou construindo 26 barragens no rio e em seus afluentes) é uma experiência estranha. Os filmes têm um tom ao mesmo tempo ingênuo e ligeiramente stalinista, celebrando a conquista da natureza pelo homem e gabando-se da substituição dos espaços naturais por outros feitos de aço, concreto e eletricidade. Essa vitória sobre a natureza teve vida curta: na última geração, nenhum país desenvolvido empreendeu um grande projeto novo de hidrelétrica, exatamente porque hoje já compreendemos as consequências ecológicas e sociais devastadoras geradas por tais empreendimentos. Na verdade, o movimento ambientalista vem se esforçando para convencer a China a desistir da construção da tremendamente destrutiva barragem das Três Gargantas.
Se o problema das consequências não-pretendidas é sério no caso dos ecossistemas não-humanos, será muito pior no campo da genética humana. De fato, o genoma humano já foi comparado a um ecossistema, em razão da maneira complexa pela qual os genes interagem uns com os outros. Estima-se hoje que há apenas cerca de 30 mil genes no genoma humano, muito menos do que os 100 mil que, até recentemente, se acreditava que houvesse. Não é um número tão maior assim do que os 14 mil genes existentes na mosca-das-frutas ou dos 19 mil que possui um verme nematóide (C. elegans) e indica que muitas das capacidades humanas são controladas pela interação complexa de vários genes.
Os primeiros alvos da terapia genética serão enfermidades relativamente simples causadas por um único gene, tais como a doença de Huntington ou o mal de Tay-Sachs. Muitos geneticistas acreditam que a causalidade genética de comportamentos e características de ordem superior, tais como a personalidade, a inteligência ou mesmo a altura, é tão complexa que jamais seremos capazes de manipulá-la. Mas é precisamente aqui que mora o perigo: nós nos sentiremos constantemente tentados a pensar que conhecemos essa causalidade melhor do que a conhecemos na realidade e enfrentaremos surpresas ainda mais desagradáveis do que enfrentamos quando tentamos conquistar o ambiente natural não-humano. Nesse caso, a vítima de um experimento fracassado não será um ecossistema, mas uma criança humana cujos pais, movidos pelo desejo de dotá-la de mais inteligência, vão onerá-la com uma propensão maior a sofrer de câncer, de fraqueza prolongada na velhice ou de algum outro efeito colateral totalmente inesperado, que se manifestará muito depois.
Ouvir as pessoas da indústria da biotecnologia falarem sobre as oportunidades que se abrem com a conclusão do sequenciamento do genoma humano é, de maneira estranha, um pouco como assistir àqueles velhos filmes de propaganda da barragem hidrelétrica de Hoover: há uma confiança tingida de soberba em que a biotecnologia e a inventividade científica vão poder corrigir os defeitos da natureza humana, eliminar as doenças e, quem sabe, até mesmo algum dia proporcionar ao ser humano o acesso à imortalidade. Vamos terminar como uma espécie superior, porque compreendemos quão imperfeita e limitada é nossa natureza.
Acredito que o ser humano é, em grau ainda maior do que os ecossistemas, um todo natural complexo e coerente, cuja origem evolutiva nós nem sequer começamos a compreender. Mais do que isso: possuímos direitos humanos exatamente em função dessa natureza especificamente humana. Como disse Thomas Jefferson no final da vida, os americanos gozam de direitos políticos iguais porque a natureza não fez com que determinados seres humanos nascessem com uma sela nas costas, prontos para serem cavalgados por seus superiores. Uma biotecnologia que procure manipular a natureza humana não apenas correrá o risco de desencadear consequências imprevistas como pode solapar a própria base dos direitos democráticos iguais.
Como, então, defender a natureza humana? As ferramentas para isso são, essencialmente, as mesmas usadas para proteger a natureza não-humana: procurar, por meio da discussão e do diálogo, fixar normas a serem seguidas e usar o poder do Estado para regulamentar a maneira como a tecnologia será desenvolvida e utilizada pelo setor privado e pela comunidade científica.
A biomedicina já é, claro, fortemente regulamentada, mas existem brechas enormes nos órgãos federais americanos cuja autoridade se estende à biotecnologia. A Food and Drug Administration dos EUA só pode regulamentar alimentos, medicamentos e outros produtos médicos com base em sua eficácia e sua segurança de uso. Ela é proibida de tomar decisões com base em considerações éticas e possui jurisdição fraca ou inexistente sobre procedimentos médicos como a clonagem, o diagnóstico genético prévio à implantação (pelo qual os embriões são testados para a averiguação de suas características genéticas, antes de serem implantados no útero) e a engenharia de células da linhagem germinativa (na qual os genes do embrião são manipulados de maneira a serem herdados pelas gerações futuras).
Os Institutos Nacionais de Saúde dos EUA (NIH) criaram diversas regras cobrindo a realização de experiências com seres humanos e outros aspectos da pesquisa científica, mas sua autoridade abrange apenas as pesquisas realizadas com financiamento federal, deixando livre a indústria da biotecnologia privada. Só as empresas americanas de biotecnologia gastam US$ 10 bilhões anuais em pesquisas e empregam 150 mil pessoas.
Outros países estão se esforçando para criar legislação que regulamente a biotecnologia humana. Um dos dispositivos legislativos mais antigos é o do Reino Unido, que criou a Agência de Embriologia e Fertilização Humana há mais de dez anos, para regulamentar as experiências com embriões. Vinte e quatro países já proibiram a clonagem reprodutiva, incluindo Alemanha, França, Índia, Japão, Argentina, Brasil, África do Sul e Reino Unido. Em 1998, o Conselho da Europa aprovou um Protocolo Adicional a sua Convenção sobre os Direitos e a Dignidade Humanos com Relação à Biomedicina, proibindo a clonagem reprodutiva humana. O documento já foi assinado por 24 dos 43 países membros do Conselho. Alemanha e França propuseram que a ONU redija uma convenção global para proibir a clonagem reprodutiva.
Qualquer pessoa que acredite na importância de defender a natureza não-humana contra a manipulação tecnológica deve acreditar igualmente na importância da defesa da natureza humana. O movimento ambientalista europeu se opõe com mais firmeza à biotecnologia do que seu equivalente nos Estados Unidos e conseguiu barrar totalmente a proliferação de alimentos transgênicos no continente. Mas, em última análise, os transgênicos são apenas o primeiro tiro disparado numa revolução muito mais prolongada, e suas consequências terão alcance muito menor do que as das biotecnologias humanas que estão surgindo. Algumas pessoas acreditam que, em vista da depredação causada pelo homem na natureza não-humana, esta última merece a proteção mais vigilante. Mas, no final das contas, ambas fazem parte do mesmo todo. Modificar genes de plantas afeta só o que cultivamos e comemos; modificar nossos próprios genes afeta quem somos.
A natureza -tanto o ambiente natural que nos cerca quanto a nossa própria- merece uma abordagem baseada no respeito e no cuidado, não na dominação e no controle.
Francis Fukuyama é professor de economia política internacional na Escola de Estudos Internacionais Avançados da Universidade Johns Hopkins. Ele é autor de “”O Fim da História” (Editora Gradiva) e do recém-lançado “”Our Posthuman Future: Consequences of the Biotechnology Revolution” (Farrar, Straus, and Giroux).
Artigo originalmente publicado pelo Worldwatch Institute na revista “World Watch”, volume 15, número 4. A edição em português da revista “World Watch” está disponível em http://www.worldwatch.org.brcarlosMembroMarcio:
Seguindo seus itens:
1) 6 bilhões de mamíferos e crescendo, até na lua já se cogita morar. Sucesso?
2)Relatividade, ora, inapto quanto ao meio ambiente não modificado pelo homem e até no modificado!! Solte um cego hj na praça da sé, ou um doente mental na estação de metro. Sozinho! Ok. Por mais em que façamos coisas para melhorar a vida deles estamos melhorando a geração futura? Não.
3-Não aceitando como ela aparentemente é, gera uma coisa chamada medo, pois nossa vida e o conhecimento de tudo que provem desta, “poderá” não ser de muita utilidade depois….
4-Vá num hospital paulistano, público de preferência. Depois de uma passadinha no sertão nordestino. Lá não tem doentes cardíacos com x anos replicando seus genes e passando, quando hereditário, sua doença para gerações futuras.
5-Não, isso é fato e observável. China, lençol freático, de onde eles retiram água potável, parece-me que terá poucos anos de vida, secará com o aumento populacional da ordem de uma são paulo por ano. Entre outros…
6- Sim, porém numa visão mais ampla, mundial, não mais situado em algum lugar, tipo idade média-europa etc, e sim “globalizado”.
7- Morrerão uma pá de manés, e aos poucos, retornará, se retornar, o homo sapiens sapiens…Blz.
carlosMembroInfelizmente não deu para anexar o .doc aqui, tive que colar (excesso de kbytes). Está sem as imagens, mas vale a pena ler. Há o livro tbm para os que querem se aprofundar e desvendar o cristianismo.
Jesus histórico.
NAPOLEÃO: Monsieur Laplace! Eu li com grande interesse seu Tratado de Mecânica
Celeste – todos os cinco volumes – mas em nenhuma parte eu encontrei qualquer menção de Deus.
LAPLACE: Majestade, eu não tive nenhuma necessidade dessa hipótese.
Nosso mundo é um lugar instável. Nações sobem, e governos tombam. Pessoas desequilibradas ao redor do mundo torturam e matam uns aos outros por causa da religião ou outras causas infundadas. Terremotos, vulcões e guerras periodicamente açoitam nosso globo. Continentes deslocam-se e colidem entre si e oceanos se formam e desaparecem. Até mesmo o próprio planeta Terra tem balanços. Conforme gira em seu eixo, a Terra não é estável. Como a cavilha de centro de um topo de brinquedo, o eixo da terra gira cambaleando lentamente em um círculo e traçando a superfície de um cone duplo no espaço [veja a Figura 1].
Figura 1. Conforme o eixo da Terra lentamente desloca sua orientação no espaço, traça a superfície de um cone duplo no espaço. Devido ao balanço axial, os pontos onde o equador celestial (a projeção do equador da terra sobre a esfera celestial) intercepta a eclíptica (o caminho aparente feito pelo sol contra o fundo de ” estrelas fixas”) move também e deslocando-se no sentido horário ao redor da eclíptica olhando – se do hemisfério norte. Leva 25,800 anos para os pontos da interseção darem uma volta em torno da eclíptica.
Este movimento do eixo da Terra é chamado precessão, e ele é, acredito, um dos principais componentes das causas que há muito tempo conduziram à criação do Cristianismo. O personagem agora conhecido como Cristo, ou Jesus, não nasceu de uma virgem; ao invés disso, foi produto de uma Terra giratória e instável. Se o eixo da Terra não fizesse precessão, o personagem Cristo nunca teria sido inventado. O Cristianismo como conhecemos não existiria.
Em meu próximo livro, Inventando Jesus, espero demonstrar exaustivamente a cadeia extraordinária de causas e efeitos que conduziram de uma terra cambaleante para uma biografia divina – a assim chamada “Vida de Cristo.” Neste artigo resumido, claro, posso fazer pouco além de explicar os pontos principais desta tese e dar um exemplo da evidência que encontrei para apoiar isto.
I. “Jesus Cristo” Nunca Existiu Como Uma Figura Histórica.
É um fato curioso que os componentes mais antigos do denominado Novo Testamento, as cartas tidas como sido escritas por Saulo / Paulo, não sabem quase nada de qualquer biografia de Jesus. Nem Belém nem Nazaré são mencionadas nestes alvarás da religião Cristã. Só no bem mais recente Livro de Atos é dito que Saulo (ou Paulo) teve uma entrevista com “Jesus de Nazaré.”1 Quanto mais recente o documento, mais detalhada é a história apresentada de Jesus.
Não há nenhuma evidência convincente para fazer alguém supor que qualquer um dos evangelhos “sobreviventes” foi escrito por testemunhas oculares. De fato, o estudo dos evangelhos mostra conclusivamente que eles não foram. Por exemplo, os autores dos evangelhos de Mateus e Lucas incorporam quase o texto grego inteiro do evangelho de Marcos, adicionando declarações tomadas de outro documento (o denominado “Documento Q.”) e geralmente faz os milagres recontados por Marcos ainda mais milagrosos. Se Mateus e Lucas fossem testemunhas oculares teriam escrito por suas próprias contas, sem recorrer ao plágio.
O evangelho de Marcos, o mais velho do conjunto oficial de quatro, contém erros de geografia2 e costume3 que não teriam sido cometidos por uma testemunha ocular. O evangelho de João, o mais recente do conjunto é muito recente e muito etéreo para ser levado em conta como biografia – testemunha ocular ou não. Não há nada sobre os evangelhos para fazer alguém os levar a sério do ponto de vista biográfico: não há nenhuma boa razão para imagina-los diferente dos antigos exemplos da arte da ficção.
Se a historicidade de Jesus não pode ser apoiada pelos escritos do Novo Testamento, o que pode dizer das fontes extra-bíblicas? Algum grego ou romano ou historiador judeu observarou sua carreira e escreveu algo sobre ele? Nenhum.
Embora Josefo,4 Tácito,5 Suetonio,6 e outros autores antigos sejam citados freqüentemente como evidência para um Jesus histórico, é óbvio que suas histórias (mesmo que pudessem ser provados como autênticas) são derivadas, não originais. Josefo, o mais velho destes historiadores, nasceu pelo menos cinco anos depois da data da alegada crucificação! Não há nenhuma testemunha ocular. Além disso, os antigos relatos não-cristãos sobre Jesus foram todos escritos quando o Cristianismo já era um delírio prosperando, e nossos autores pagãos só podem ser tomados como sendo testemunhas do estado para o qual as tradições Cristãs tinham evoluído em sua época, não como testemunha de um Jesus de Nazaré histórico.
Não há nenhuma evidência acreditável indicando que Jesus tenha vivido. Este fato é, claro, inadequado para provar ele não viveu. Mesmo assim, embora seja logicamente impossível provar uma negação universal, é possível mostrar que para isso não há nenhuma necessidade de hipóteses de qualquer Jesus histórico. A biografia de Cristo pode ser considerada como obra puramente literária, astrológica e comparável a terrenos mitológicos. O princípio lógico conhecido como a Navalha de Occam nos diz que suposições básicas não devem sem multiplicadas além da necessidade. Para propósitos práticos, mostrar que um Jesus histórico é uma suposição desnecessária, é tão bom quanto provar que ele nunca existiu.
II. O Cristianismo Começou Como Uma Religião de Mistério.
Enquanto o Cristianismo moderno trombeteia sua mensagem abertamente e para todos, com pouca preocupação com os desinteressados em ouvir suas “boas notícias”, não era assim no princípio. Uma leitura cuidadosa das epístolas Paulinas e dos evangelhos (suplementados pelas modernas descobertas de documentário) mostram que o Cristianismo começou como um culto de mistério, repleto de iniciações, segredos e níveis múltiplos de doutrinação.
A palavra mistério (em grego, : 'o que é conhecido só por iniciados') ocorre vinte e sete vezes no Novo Testamento oficial e quase todas estas ocorrências demonstram a existência de uma infra-estrutura secreta no culto nascente.
E os discípulos vieram e lhe disseram, “Por que razão falas tu para eles por parábolas?” Ele respondendo lhes disse, “Porque a vós outros é dado saber os mistérios do reino dos céus, mas a eles não lhes é concedido.” [Mateus 13:10-11]
Os versos oscilantes agora costumeiramente imprimidos ao término da Epístola para os romanos (mas colocados em outros lugares em vários manuscritos antigos) contam que “aquele segredo divino ( ) foi mantido em silêncio muito tempo mas agora foi aberto…” [Nova Bíblia Inglesa]
Paulo o mistagogo é muito evidente em passagens como I Cor. 2:6ff:
Agora nós estamos falando uma sabedoria entre esses que são maduros [i.e., pronto a ser iniciado], quer dizer, uma sabedoria que não pertence a esta era, nem aos senhores desta era7 que estão a ponto de desaparecer; mas falamos da sabedoria de Deus em mistério, sabedoria que foi encoberta, e que Deus predestinou antes das eras, para contribuir com nossa glória. Nenhum dos senhores desta era conheceu esta sabedoria… Mas assim como foi escrito, Coisas que nenhum olho viu e nenhum ouvido ouviu e que não ocorreram na mente humana, coisas que Deus preparou para aqueles que o amam – Deus de fato as revelou para nós através do Espírito…8
I Cor. 4:1 fala dos “guardiões dos mistérios de Deus.”
Paulo, o futuro iniciador de novatos nos mistérios nos enrolou também desde o terceiro capítulo de I Coríntios. “Eu não posso falar a você como eu deveria falar às pessoas que têm o Espírito,” ele conta a seus não-completamente iniciados. “Eu tive que lidar com você meramente no plano natural, como crianças em Cristo. E assim eu dei a vocês leite para beber em vez de comida sólida, para a qual vocês ainda não estão prontos. Realmente, você ainda não está pronto para isto, porque vocês ainda estão no plano meramente natural.”9 Os Coríntios de Paulo ainda estavam sendo alimentados com a história superficial; eles não estavam prontos para serem ditos os significados ocultos das coisas, talvez a verdade total relativa à natureza simbólica, e não física de “Cristo.”
Que havia um evangelho secreto e uma iniciação realmente nos mistérios da religião agora conhecida como Cristianismo é dramaticamente atestado pelo “Evangelho Secreto de Marcos,” encontrado em um manuscrito, descoberto por Morton Smith em 1958, no Monastério de Mar Saba, sudeste de Jerusalém. O texto grego achado por Smith parece originalmente ter sido composto ao término do segundo século por Clemente de Alexandria.10 Clemente está respondendo a um Teodoro que estava aborrecido por reivindicações de que havia um evangelho secreto de Marcos que era diferente da versão (oficial) canônica. Clemente lhe conta que realmente há um evangelho secreto usado pela igreja de Alexandria para iniciação nos mistérios Cristãos. Ele dá vários exemplos da matéria presente no evangelho secreto mas ausente no canônico. Um dos “segredos” mais interessantes revelado por Clemente nos fala:
…Jesus rodou a pedra fora da porta da tumba. E imediatamente, entrando onde o jovem estava, ele estendeu sua mão adiante e o levantou segurando-o pela mão. Mas o jovem, olhando para ele, se encantou e começou a suplicar se poderia estar com ele. E saindo da tumba eles entraram na casa do jovem, porque ele era rico. E depois de seis dias Jesus lhe disse o que fazer e à noite o jovem vem a ele usando um pano de linho em cima de seu corpo nu. E permaneceu com ele aquela noite, para Jesus lhe ensinar os mistérios do reino de Deus.11
III. O Cristianismo Foi Derivado do Mitraismo e do Judaísmo. Entender a Origem de Mitraismo é Crucial para Entender a Origem do Cristianismo.
A religião de mistério para a qual o Cristianismo antigo parece se relacionar mais de perto é o Mitraismo. Mitra (também soletrado Mitras), uma invenção Greco-persa, nasceu de uma virgem no solstício de inverno – freqüentemente em 25 de dezembro no calendário Juliano. Sendo uma divindade solar, Mitra era adorado aos domingos [Sunday em inglês: Dia do sol.]; depois que Mitra ficou amalgamado com Hélios, ele foi descrito com um halo, nuvem, ou gloria ao redor de sua cabeça. Em alguns casos fica difícil distinguir se imagens antigas eram representações de Mitra ou Jesus. O líder do culto era chamado de Papa e ele governava de um “mithraeum” na Colina Vaticano em Roma. Uma característica iconográfica proeminente no Mitraismo era uma grande chave, necessária para destrancar os portões celestiais pelo qual se acreditava passar as almas dos defuntos. Parece que as “chaves do Reino” seguradas pelos Papas como sucessores de “São Pedro” deriva de Mitra, não de um messias palestino. Os padres Mitraicos vestiam miters, um adorno para a cabeça especial do qual o chapéu do bispo Cristão foi, derivado. (O nome latino para este chapéu Phrygian/Persian era mitra – que também era uma ortografia latina aceitável para Mithra!) Os Mitraistas consumiam uma comida sagrada (Myazda) que era completamente análoga ao serviço Eucarístico Católico (Missa). Como os cristãos, eles celebraram a morte reconciliada de um salvador que ressuscitou em um domingo. Em grande centro principal da filosofia Mitraica ficava em Tarso – Cidade natal de São Paulo – que agora é Sudeste da Turquia.
IV. O Mitraismo e o Cristianismo Têm Suas Origens na Astrologia e na Astronomia.
No ano 128 A.E.C. (antes da era comum ou cristã) o astrônomo grego Hiparco de Rhodes descobriu a precessão dos equinócios [veja a Figura 2]. Porque o eixo da terra é inclinado aproximadamente 23,5 graus da linha perpendicular ao plano de sua órbita ao redor do Sol, o Sol parece olhando-se do hemisfério norte seguir um caminho no céu (a eclíptica) o qual durante seis meses do ano está sobre o equador celestial e debaixo dele durante os outros seis meses. (O equador celestial marca os pontos na “esfera celestial” que estão diretamente em cima da cabeça de uma pessoa que está no equador da Terra.) Duas vezes por ano, quando o Sol parece se mover ao longo de seu caminho eclíptico, ele cruza o equador celestial. Quando o Sol está nestes pontos – os ditos equinócios vernal (primavera) e outonal – as durações de dia e noite são iguais.
Figure 2. Visto da Terra, o universo de estrelas parecia aos antigos estar preso à grande “esfera celestial” que tinha a Terra como seu centro. O “equador celestial” é a projeção do o equador da Terra dentro da esfera. O círculo da eclíptica é o caminho que o sol parece seguir contra o fundo de “estrelas fixas”. O zodíaco é um cinto de céu, estendendo 9º acima e abaixo da eclíptica que pode ser dividido em doze zonas de tamanho igual,cada uma caracterizada pela presença de uma constelação particularmente proeminente. A Lua e os planetas visíveis todos parecem se mover por dentro das fronteiras do cinto zodiacal. Os pontos equinociais são dois lugares onde o equador cruza a eclíptica, a um ângulo, de aproximadamente 23,5º. Por volta de 128 A.E.C., Hiparco de Rhodes descobriu que a posição dos equinócios não era constante. Ele descobriu que o equinócio vernal (primavera) esteve uma vez na constelação de Touro mas, nos seus dias, moveu (“precedeu”) por quase todo o caminho através da constelação de Áries. No começo da era Cristã, o equinócio vernal se moveu até Peixes.
Devido a Terra cambalear enquanto gira em torno de seu eixo, os pólos norte e sul de seu eixo não apontam sempre aos mesmos pontos na esfera celestial. Como conseqüência, os pontos equinociais tornam-se deslocados com respeito às chamadas estrelas fixas – inclusive as estrelas que formam as doze constelações do zodíaco. Quando Hiparco descobriu que o equinócio vernal tinha sido deslocado de Touro para Áries, ele ou alguns dos seus discípulos sentiu que eles tinham descoberto o trabalho de um deus desconhecido até aqui. (Muitos gregos sentiram que cada fenômeno natural ou força física eram de fato o trabalho de um deus particular). Por razões astrológicas, este novo deus foi identificado com o antigo deus Persa Mitra. A religião de mistério conhecida como Mitraismo nasceu assim.12 Mitra foi instalado como um Senhor do Tempo ou cronocrata, o deus que regeria a Era de Áries.
Quando Hiparco e os seus colegas Estóicos entenderam que o equinócio vernal tinha passado de Touro para Áries, o equinócio estava quase fora de Áries também. Brevemente passaria para Peixes, e se precisaria de um novo Senhor do Tempo. Da mesma maneira que movimento do equinócio para fora de Touro tinha sido simbolizado com o sacrifício de um touro13, assim também, o movimento fora de Áries viria a ser simbolizado pelo sacrifício de um cordeiro. O primeiro símbolo da religião da nova era, a religião a reinar na idade de Peixes, significativamente, seria o peixe.14 (A cruz, aparentemente, era originalmente da letra grega chi (c), o qual nos faz lembrar da interseção do equador celestial com a eclíptica em ângulo agudo.) Não é surpreendente que nos mais velhos epitáfios e inscrições de fato dois peixes foram usados para simbolizar o culto da Nova Era – fazendo o símbolo do Cristianismo idêntico ao símbolo astrológico para Peixes, em obediência ao fato que Pisces é plural: os peixes.
V. Os Magos Mencionados no Segundo Capítulo do Evangelho de Mateus Eram Sacerdotes – Astrólogos Mitraicos, Provavelmente Exploradores que Procuravam o Novo Senhor do Tempo que Iria Reger a “Nova Era” de Peixes.
O clero Mitraico se envolveu ativamente na astrologia do culto que era conhecido como Magi (magoi em grego), e são representados usando toucas Phrygian (pseudo – persa) como se supõe serem usadas por Mitra. É minha tese que alguns destes Magos, percebendo que a era de Mitra estava prestes a terminar (e que o equinócio passaria a Peixes alguma época durante o primeiro século da E.C.), teriam deixado os seus centros de culto em Phrygia e Cilicia, o que é agora Sudeste Oriental na Turquia, de cidades tais como Tarso para ir para Palestina para ver se podiam localizar não só o Rei dos Judeus, mas o novo Senhor do Tempo, o senhor da nova era de Peixes. (Considerava-se que Peixes tinha conexões especiais com os judeus.) é significante, eu acredito, que as antigas representações da visita dos Magos ao menino Jesus (incluindo um numa igreja em Belém) os mostravam usando toucas Phrygian (Mitraicas).
Enquanto fica claro que a estória da visitação dos Magos encontrada no começo do segundo capítulo do evangelho de Mateus é mais conto de fadas que história (como alguém segue uma estrela?), parece que há um núcleo de historicidade nisto. Porém, eu acredito que o texto grego foi mal entendido com respeito ao ponto de origem dos Magos e onde eles estavam quando eles viram a estrela que motivou sua viagem. A Versão do Rei Jaime nos conta que “os homens sábios do leste viram sua estrela no leste.” As traduções modernas tendem a ter os homens sábios viram “sua estrela alçando.” A palavra grega para ' leste' usada nestas duas passagens é , e realmente pode se referir ao leste ou para o alçamento de um corpo celeste. Mas também pode ser o nome de um lugar – Anatólia. Anatólia ou poderia significar a península inteira de Ásia Menor (a área chamada Turquia agora), ou uma província particular de Phrygia. Então parece que Mateus 2:1-2 deve de fato ler:
Agora quando Jesus nasceu em Belém da Judéia nos dias de Herodes o rei, observe, lá vem os Magos de Anatólia para Jerusalém,
Dizendo, Onde é que o Rei dos Judeus nasceu? Pois em Anatólia nós vimos sua estrela, e viemos adorá-lo.
Esta visita palestina dos Magos poderia ter sido o catalisador que ativou vários grupos judeus – e talvez alguns grupos não judeus – a pensar que o messias que eles tinham estado esperando já tinha vindo e não tinha sido notado. Para que isto não pareça muito forçado, deveria ser notado que até mesmo em nossa própria época sofisticada notícias da “segunda vinda” de Cristo são de ocorrência regular. Não é irracional supor que em algum lugar agora mesmo, exista algum pequeno culto que acredita que Jesus já voltou à terra.15
Está claro que as pessoas que escreveram o Novo Testamento acreditavam em reencarnação e “aparecimento de ressuscitados” de personagens como Elias. Isso tornaria bastante fácil que a visita de Magos convencesse as pessoas que o messias delas já tinha aparecido. Um exemplo particularmente ilustrativo encontra-se no evangelho de Mateus:16
Jesus… perguntou para os seus discípulos, dizendo: “Quem os homens dizem que é o Filho do Homem?”
E eles disseram, “Alguns dizem João Batista; alguns, Elias; e outros, Jeremias, ou um dos Videntes.”
Ele diz a eles: “Mas quem vocês dizem que eu sou?”
E Simão Pedro, respondendo, disse: “Tu és o Ungido, o Filho do Deus Vivente!”
E os seus discípulos lhe fizeram uma pergunta, dizendo: “Por que então as escrituras dizem 'Elias tem que vir primeiro?'”
Agora, Jesus respondeu dizendo a eles: “Elias realmente vem primeiro, e restabelecerá todas as coisas. Agora, eu digo a vocês, Elias já veio, e eles não o reconheceram, mas lhe fizeram tantos danos quanto puderam. Assim também o Filho de Homem é destinado a sofrer através deles.”
Então seus discípulos entenderam que ele disse isto a eles sobre João Batista.
Casos semelhantes de “eventos” de significado cósmico que acontecem inadvertidamente são encontrados nos evangelhos de Tomás17 e Lucas:
Ev. Tomás 51. Seus discípulos disseram a ele, “Quando ocorrerá o repouso dos mortos e quando o mundo novo virá?” Ele disse a eles, “O que você espera já veio, mas você não reconhece.”
Ev. Tomás 52. Seus discípulos disseram a ele, “Vinte e quatro profetas falaram em Israel, e todos eles falaram de você.” Ele disse a eles, “Você omitiu um vivo em sua presença, e falou só dos mortos.”
Lucas 17:20-21. Sendo questionado pelos Fariseus quando virá o reino de Deus, ele lhes respondeu, “O reino de Deus não virá com sinais a serem observados; nem eles dirão, 'Hei-lo, aqui está!' ou 'Hei-lo acolá' veja, o reino de Deus está dentro de você.”
VI. Os Judeus Estavam Prontos Para os Magos Quando Eles Vieram Visitar.
Os judeus durante os últimos dois séculos A.E.C. estavam esperando um messias, e estavam conferindo as passagens do Velho Testamento que imaginaram descrever quem, onde, por que, e como, seria a pessoa de seu messias. Os textos verdadeiros do Velho Testamento são tomados a miúdo completamente fora do contexto, distorcidos, e erroneamente citados, e havia pouco respeito aos tempos dos verbos. (Um exemplo particularmente notório da tal metodologia de escrituras distorcidas pode ser visto no evangelho de Mateus.)
As listas de itens a observar que diferentes grupos messiânicos tinham mantido tinham que ser reinterpretadas após a visita dos Magos: em vez de contar o que o messias faria, elas passaram a ser interpretadas como um registro do que ele tinha feito. As notícias que o messias já tinha chegado se espalhariam rapidamente. O fato que ninguém tinha notado a primeira vinda foi a razão do mito da segunda vinda ter sido inventada. Na verdade nada tinha sido realizado na primeira vinda – exceto no papel!
Nenhum trabalho escrito do Mitraismo é conhecido, uma vez que, como outros cultos de mistério, centrava-se ao redor de um segredo só conhecido pelas pessoas iniciadas em seus ritos. A maioria de nosso conhecimento sobre isto é derivado da iconografia de seus templos. Um elemento central neles era a representação de Mitra sacrificando um touro selvagem (Taurus).
Um exemplo de tal lista de itens foi achada entre as Escrituras do Mar Morto. Escrituras que o estudioso Theodor Gaster nos fala:
…um grupo de cinco passagens Bíblicas que atestam o advento do Futuro Profeta, o Rei Ungido e a derrota final do ímpio. Os primeiros quatro foram tirados do Pentateuco (os cinco livros de Moisés), e incluem trechos dos oráculos de Balaam. O quinto é uma interpretação de um verso do Livro de Joshua. Uma interessante característica desse documento … é que justamente as mesmas passagens do Pentateuco são usadas pelos Samaritanos como atestado para a vinda do Taheb, ou futuro 'Restaurador.' Eles evidentemente. constituíram um conjunto padronizado de tais citações, do tipo que os acadêmicos supuseram terem estado nas mãos dos escritores do Novo Testamento quando eles citaram passagens da Bíblia Hebraica supostamente confirmado por incidentes na vida e carreira de Jesus.18
VII. O Gnosticismo Ajudou a Reinterpretar as Listas de Itens e Outras Criações Literárias Pré-Cristãs, Como Documentos Que Pertencem À Vida do Não Notado Messias.
Antes que o dito Novo Testamento fosse completado, os líderes da Igreja Cristã primitiva tiveram que lutar contra uma “heresia” chamada gnosticismo. Os gnósticos são pessoas que acreditam em gnosis, um tipo de conhecimento introspectivo. De acordo com Kurt Rudolph, uma das principais autoridades em Gnosticismo, gnosis é “conhecimento dado por revelação, que só está disponível ao eleito que é capaz de recebe-la, e então tem caráter esotérico.”19 É agora conhecido como gnosticismo e é mais velho que o Cristianismo, e uma teoria pode ser proposta dizendo que o Cristianismo é uma heresia Gnóstica, ao invés do outro modo tradicionalmente ensinado.
Por “revelação” Gnósticos e outros não só poderiam decidir que estas listas de itens deveriam ser reinterpretadas, mas até mesmo que aqueles materiais completamente sem conexão ao Cristianismo estavam realmente cheios com conhecimentos ocultos de significado Cristão. Isso é de extrema importância do ponto de vista psiquiátrico, porque permitiu aos autores das biografias messiânicas se sentirem inocentes de fraude, apesar do fato que havia pouco, se é que havia, de verdade nos seus produtos. Tudo aquilo que era preciso para alguma pessoa, talvez alguém que tinha jejuado muito tempo, para ter um sentimento forte – possivelmente o resultado de um sonho, auto-sugestão, ou até mesmo alucinação – que conhecimentos estavam sendo comunicados a ele de outro mundo. Depois disso, até mesmo uma lista de ferramentas de jardinagem poderia ser convertida em um documento religioso de grande profundidade.
Dois símbolos antigos do Cristianismo eram o cordeiro e a cruz de tropos, como visto neste sarcófago do século seis.
A biblioteca Gnóstica descoberta em Nag Hammadi no Egito provê alguns exemplos de como materiais não-Cristãos poderiam ter sido destinados para propósitos Cristãos. O denominado “Apocalipse de Adão,” uma fantasia não-cristã composta de elementos Judeus, segue o mesmo esboço geral e contém muitos dos mesmos componentes como a narrativa do nascimento encontrada no décimo segundo capítulo do Livro das Revelações no Novo Testamento. Está claro que ambas as Estórias são derivadas de uma fonte mitológica comum – uma fonte que os princípios gnósticos permitiram ser adaptados para uso Cristão por “São João o Revelador.”
A “arma fumegante” da 'revelação em ação' também foi achada em Nag Hammadi, e é muito instrutiva para qualquer um que deseje entender como materiais não-Cristãos puderam ter sido transmutados nos documentos encontrados agora no Novo Testamento. James M. Robinson, o editor dos materiais de Nag Hammadi publicados em inglês, nos fala que
A biblioteca de Nag Hammadi apresenta até mesmo um exemplo do processo de Cristianização que acontece ante os olhos da pessoa. O tratado filosófico não-cristão de Eugnostos o Abençoado está cortado arbitrariamente em falas separadas nas quais são postas então na boca de Jesus, em resposta às perguntas (que às vezes não se encaixam totalmente nas respostas) que os discípulos dirigem a ele durante um aparecimento de ressurreição. O resultado é um tratado separado intitulado A Sofia de Jesus Cristo. Ambas as formas do texto ocorrem lado a lado no Códice III.20
VIII. Jesus Teve Que Conseguir Seus Nomes Antes Que Pudesse Obter Suas Vidas.
Antes pudesse ser dada a Jesus uma biografia, ele teve que receber um nome. De fato, ele recebeu vários nomes e, como nós veremos, todos os seus nomes eram realmente títulos. Assim, o nome Jesus de Nazaré originalmente não era um nome, mas ao invés era um título que significa (O) Salvador, (O) Ramo. Em Hebraico estes teriam sido Yeshua' Netser. A palavra Yeshua' significa 'salvador' e Netser significa 'broto,' 'ramo,' ou 'galho' – uma referência a Isaias 11:1, o qual pensava-se predizer um messias (lit., 'o ungido') da descendência de Jesse (o pai do Rei Davi): “E sairá uma vara do tronco de Jesse, e um Ramo crescerá fora de suas raízes…”
Enquanto esta referência para um ramo de Jesse parecerá indubitavelmente obscura aos leitores modernos, não teria sido obscura aos antigos Judeus tais como aqueles que compuseram os Manuscritos do Mar Morto (e escreveram um comentário em Isaias 11:1); nem teria estado obscuro para os antigos Cristãos. De acordo com o pai da igreja Epifânio, que nasceu em Chipre em 367 E.C. e escreveu um tratado contra os “hereges,” os Cristãos eram chamados de Jesseanos originalmente, justamente por causa dos laços messiânicos com Jesse.21
Embora para quem fala Hebraico e seu idioma primo próximo o Aramaico o sentido e o significado profético do título O Salvador, O Ramo ficaria claro, depois de mudado para o grego ou , seu significado como título deve logo ser esquecido. A parte era um nome simples ( em latim) do tipo José, João ou Manoel. A parte , porém, foi mal entendida como sendo derivada do nome de um lugar – a aldeia imaginária de Nazaré – como a palavra Parisiense pode ser derivada de Paris.
E assim, Yeshua' Netser veio ser o Jesus de Nazaré – um nome do tipo Carlos o grego, um nome que pensava-se conter informação do lugar de origem da pessoa. (Pode ter havido um período intermediário tipo Mágico de Oz, combinando um título com um nome de lugar: O Salvador de Nazaré.)
Na virada da era, não havia nenhum lugar chamado Nazaré, e não é completamente certo que o lugar agora chamado por esse nome era habitado durante o período em questão. O nome não aparece nem no Velho Testamento nem na grande literatura “intertestamental.” Nem é encontrado em Joséfo, apesar do fato que ele nomeia várias dúzias de cidades na Galiléia – lugar onde ele administrou manobras militares. Até onde posso dizer, o lugar que se chama presentemente Nazaré recebeu este nome de um Jesseano imaginativo algum tempo depois do segundo século ou inicio do terceiro século – provavelmente depois que Adriano expulsou os Judeus de Jerusalém em 135 E.C. Na virada da era, porém, Nazaré era tão mítico quanto a Maria, José e a família de Jesus que se supõe ter vivido lá.21B
É interessante notar que as mais antigas escavações arqueológicas das igrejas Judeu cristãs mais velhas naquela cidade revelaram ramos como um motivo decorativo proeminente (sombras de netser!) e também zodíaco. – alguns até cercam o símbolo de chi-rho22 de Cristo, exatamente como foram achados zodíacos em torno das imagens de Mitra. Mais adiante, as ruínas dos baptistries apoiam evidências que ritos de iniciação no antigo Cristianismo eram tão interessantes quanto aqueles do Mormonismo antes do recente expurgo.
Como Jesus de Nazaré, o “nome” Jesus Cristo também começou como dois títulos. Como nós vimos, a parte Jesus do nome realmente é o título Salvador. Mas o que dizer de Cristo? A palavra grega christos significa 'ungido,' e é o equivalente da palavra em Hebraico meshiah. Assim, Cristo e Messias são termos equivalentes, ambos se referem a prática peculiar Israelita de ungir seus reis e os altos sacerdotes com óleo. (Os gregos ao invés ungiam seus atletas.)
IX. Jesus Obteve Suas Vidas de Outros Povos e Outras Literaturas.
Há pelo menos cinco Jesuses diferentes descritos no Novo Testamento: aquele que o Apóstolo Paulo “encontrou” durante um ataque epiléptico na estrada para Damasco, e os quatro messias palpavelmente diferentes descritos nas crônicas dos evangelhos canônicos. As dimensões biográficas do messias de Paulo são tão escassas que há pouca necessidade de se falar sobre ele. Mas o que dizer das histórias contadas pelos quatro evangelistas?
Dois peixes (símbolo da Idade de Peixes) com uma âncora moldada como uma cruz é vista em detalhes de uma antiga lápide de quarto século. Na história do Cristianismo primitivo, o peixe foi conectado também com o batismo e serviu como uma acrostica grega para a frase “o Jesus Cristo, Filho de Deus, Salvador.”
Muito do material biográfico encontrado no Novo Testamento é somente uma reprodução de material tirado do Velho Testamento grego, o Septuaginto. Uma parte considerável da estrutura narrativa do evangelho de Mateus (e também de Marcos, a sua fonte) pode ser vista como uma incorporação e adaptação da lista de itens messiânica tal como minha hipótese teria formado o núcleo para uma biografia messiânica. Inúmeras vezes, eventos e circunstâncias, triviais e importantes são recontadas por Mateus e seguido pelo refrão “…que poderia ser cumprido o que foi dito pelos profetas.” Embora este refrão não apareça na narrativa de Marcos, parece claro que o esqueleto de história usado por Marcos foi construído de uma lista de aferição das “profecias” do Velho Testamento que teriam que ser cumpridas pelo messias.
As várias “declarações de Jesus” (logia) recontadas nos evangelhos poderiam, se fossem derivadas convincentemente de uma única personalidade ou fonte, ser forte evidência que um Jesus histórico existiu uma vez. Mas tal não é o caso. Um grupo de proeminentes estudiosos da Bíblia, intitulando-se “O Seminário de Jesus” e patrocinados pelo Instituto Westar em Sonoma, Califórnia, recentemente completou sua análise de seis anos de toda a logia e informou que pelo menos oitenta por cento das declarações não eram autênticas! Quer dizer, eles puderam achar explicações para sua composição que não requeriam um Jesus histórico.23 E quanto aos outros vinte por cento? Tudo que podemos dizer é que suas verdadeiras origens são desconhecidas. Não foi provado que vieram de um homem que se chamou Jesus.
Localizar todos os elementos das biografias de Jesus e as suas fontes requer um livro muito grande. Aqui nós podemos dar só alguns exemplos de como algum material foi incorporado na trança da literatura que veio a ser conhecida como “A Vida de Cristo.”
Os milagres curativos provavelmente derivam dos testemunhos dados por pessoas que pensaram ter sido curadas pelo deus grego Asklepios (Asclepius em latim). O grande veneno com o qual os antigos pais da igreja atacaram o culto deste deus pagão indica uma rivalidade próxima entre os dois cultos e um certo embaraço entre os Cristãos quando lhes era dito repetidamente que Asklepios já tinha feito todos os truques de Jesus e os tinha feito melhor.
Inicialmente no desenvolvimento das biografias, “Jesus” foi identificado com o personagem “Filho do Homem,” figura de suma importância no livros recentes do Velho Testamento e nas escritas apócrifas, como o Livro de Daniel e o Livro de Enoch. Isto permitiu amplo crescimento de material literário. É interessante notar que a literatura do Filho do Homem sofreu evolução considerável desde seu começo até de sua amalgamação com o personagem de Cristo. Originalmente, em Hebraico e Aramaico, a frase Filho do Homem significava um ser humano simplesmente – não alguma outra espécie de animal. Depois, veio simbolizar a nação Israel. Muita literatura profética que se refere ao Filho de Homem está realmente se referindo à nação Israel. (Israel era, afinal de contas, uma nação de seres humanos; o goyim ou 'nações' – gentios – não eram considerados completamente humanos.) Então, o termo foi individualizado uma vez mais e identificado como o messias esperado. Finalmente, foi enxertado – com toda sua literatura acumulada e associações – como a vita de Jesus.
Algumas partes da biografia de Jesus foram derivadas do gnosticismo pré-cristão, e um pouco do material foi incorporado da literatura da sabedoria heleno-judia. Alguns itens, como a doutrina dos logos (“a Palavra”) veio dos filósofos Estóicos. O dito “Dar é mais abençoado que receber” [Atos 20:35] é na verdade um provérbio antigo grego.24 O ditado em Mateus. 11:17, “Nós tocamos para você e você não dançou,” deriva de uma das fábulas de Aesop!25 O dito que “onde quer que esteja a carcaça, lá as águias estarão reunidas” [Mat. 24:28 = Lucas 17:37] é atestado por vários antecedentes gregos (Lucian26, Aelianus27) e latinos (Seneca28, Marcial29, e Lucan30).31
Como ilustração final de como era fácil pôr palavras na boca de Jesus, podemos considerar uma passagem na primeira carta de Saulo/Paulo para os Coríntios. No nono verso do segundo capítulo, ele cita uma escritura até então “não identificada”:
“Mas assim como está escrito, Que o olho não viu, nem o ouvido ouviu, nem jamais entrou no coração do homem, as coisas que Deus tem preparado para aqueles que o amam.”
No evangelho de Tomás (na verdade uma coleção de citações ou logia, se assemelhando ao documento-Q do qual Mateus e Lucas tiraram as supostas declarações de Jesus), isto foi refeito como logion número 17 e atribuído ao próprio Jesus:
“Eu lhe darei o que nenhum olho viu e o que nenhum ouvido ouviu, e o que nenhuma mão tocou, e que nunca ocorreu à mente humana.”32
A mesma declaração foi adaptada pelo autor do documento-Q e foi inserida no Novo Testamento oficial como Mateus 13:16-7 e Lucas 10:23-4:
“Abençoados são os olhos que vêem o que você vê e os ouvidos que ouvem o que você ouve … muitos profetas e homens íntegros desejaram ver o que você vê e não viram, ouvir o que você ouve e não ouviram.” [Material em itálico só encontrado na versão de Mateus]33
Ainda falta percorrer o Novo Testamento inteiro para extrair todo o material que supostamente contêm informações da vida de Cristo e rastreá-los até suas fontes. Também falta solucionar quais dos personagens naquele livro são históricos e os que são imaginários. Por exemplo, os doze discípulos parecem ser figuras zodiacais, mas João Batista pode ter sido real. São Paulo quase certamente era real, mas São Pedro provavelmente não era. A Virgem Maria e José foram inventados para seus papéis, mas Poncio Pilatos não.
Muito trabalho permanece a ser feito para desmascarar os cronistas de Cristo e pô-los fora do negócio, embora uma quantidade surpreendente deste trabalho já está pronta a um século atrás ou mais, mas agora está perdido ou difícil de recobrar. Este fato incitou os escritores populares Michael Baigent, Richard Leigh e Henry Lincoln a comentarem:
Cada contribuição no campo de pesquisa bíblica é como uma pegada na areia. Cada uma é coberta quase imediatamente, tanto quanto o público geral está atento, e deixada virtualmente sem rastro. Cada uma deve constantemente ser refeita novamente, só para ser coberta novamente.34
Agora é hora do vazio que é Cristo, não para as pegadas dos estudiosos, ser coberto com areia. Já passou o tempo que seres míticos deveriam ser levados seriamente. A hora chegou para os estudiosos bíblicos se levantarem na mesma fundação sólida na qual o Marquês de Laplace estava quando questionado pelo Imperador da França. Quando questionados sobre o Jesus histórico, todos devem ou podem responder: “Eu não tive nenhuma necessidade dessa hipótese.”
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Escrito em Março de 1992, revisado em outubro de 1999.
Notas
1 – Isto está em Atos 22:7ff que alegam ser a primeira pessoa que conta a conversão de Saul: ” Então eu ouvi uma voz que dizendo para mim, ' Saul, Saul, por que você me persegue? ' eu respondi, ' me Fala, Senhor quem é você. ' ' eu sou o Jesus de Nazaré, ' ele disse, ' quem você está perseguindo. ' Meus companheiros viram a luz, mas não ouviram a voz que falava para mim ” [Nova Bíblia Inglesa]
Uma contraditória, terceira pessoa que conta a conversão de Saul pode ser encontrada em Atos 9: 4ff: ” Ele caiu ao solo e ouviu uma voz dizendo, ' Saul, Saul, por que você me persegue? ' ” Diga-me, Senhor, disse quem é você, ' quem é você?. ' A voz respondeu, ' Eu sou Jesus quem você está perseguindo. Enquanto isso os homens que estavam viajando com ele ficaram em pé mudos; eles tinham ouvido a voz mas não podiam ver ninguém.” [Nova Bíblia Inglesa]
Pareceria que a versão no Capítulo 9 foi tirada de um documento mais velho que aquele do qual o conto do Capítulo que 22 foi derivado. A tradição de Nazaré não havia sido inventada quando a história do Capitulo 9 foi escrita. Voltar
2 – Um exemplo da ignorância de Marcos da geografia palestina é encontrada na história que ele reconta sobre Jesus viajando de Tyre no Mediterrâneo ao Mar da Galiléia, trinta milhas no interior. De acordo com Marcos 7:31, Jesus e sua gang foram pelo caminho de Sidon, vinte milhas ao norte, de Tyre na costa do mediterrâneo! Então de Sidon regressaria quarenta milhas, isto significa que o messias de Marcos caminhou setenta milhas quando poderia ter caminhado só trinta. Embora Marcos parece desavisado deste problema, os tradutores da versão do Rei Jaime parecem ter entendido bastante bem isto – ofuscando inteligentemente sua tradução adequadamente: ” Partindo da costa de Tyre e Sidon” Voltar
3 – Marcos 10:12 nos fala que uma esposa, se ela se divorcia o marido dela e se casa com outro, é culpada de adultério. Enquanto isto era possível em algumas sociedades pagãs, não era uma opção aberta a mulheres Israelitas. Voltar
4 – Josefos Ben Matias (ca. C.E. 37 – ca. 100), o Historiador judeu e geral. Voltar
5 – Cornelio Tacito (ca. C.E. 56 – ca. 120), orador romano, historiador, e político. Voltar
6 – Gaio Suetonio Tranquilo (ca. C.E. 69 – ca. 122), romano biógrafo e historiador. Voltar
7 – É difícil de não ver isto como uma referência para o fim do ano de 2150 da Idade astrológica de Áries no qual Mitra reinou como 'o Senhor do Tempo' ou chronocrat. Paulo estava escrevendo quase exatamente na ocasião que a era de Peixes estava começando, com Jesus como o novo Senhor do Tempo. Em grego ' governadores desta era é . Isto reverbera razoavelmente com ambos, o astrológico e os Mistérios de gnóstico. No agnosticismo, os archons são claramente regras de derivação astrológica, e os æons são regras e períodos de tempo. Também é sugestivo, que os pais da igreja de Origem, fazendo um comentário sobre esta passagem em coríntios alude a ” a astrologia dos Caldeus e Indianos ” e ” Magos ” – astrólogos Mitraicos ou Zoroastrianos [Origen De Principiis, The Ante-Nicene Fathers, Vol. IV, editado por Alexander Roberts e James Donaldson, Wm. B. Eerdmans Publishing Co, Grand Rapids, MI, 1982, pp,. 335-6.] Voltar
8 – William F. Orr, e James Arthur Walther, The Anchor Bible,: I Coríntios, Doubleday & Cia., Inc.,Garden City, NY, 1976, pp. 153-4. Voltar
9 – I Cor. 3:1-3, New English Bible. Voltar
10 – Titus Flavius Clemens (ca. C.E. 150 – ca. 211), Prominent early church father. Voltar
11 – Morton Smith, Clemente de Alexandria e o Evangelho Secreto de Marcos, Harvard Universidade Imprensa, Cambridge, Massachusetts, 1973, pág. 447. Voltar
12 – Por este entender moderno da recente e astrológica origem da religião Mitraica, eu sou fortemente dependente na redação de David Ulansey, especialmente no seu pequeno livro As Origens dos Mistérios Mitraicos: Cosmology and Salvation in the Ancient World, Oxford University Press, New York & Oxford 1989. Voltar
13 – Um olhar a Figura 2 mostrará que a constelação que Perseus é localizado sobre a constelação o Touro. Mitologicamente, Perseu se tornou amalgamado com Mitra, e a ascendência física de Perseus em cima de Touro sugeriu que Mitra-Perseu tivesse matado o touro. Voltar
14 – Muito cedo na história do Cristianismo, o símbolo de peixe recebeu uma interpretação não astrológica por meio de um inteligente acrostico. A palavra grega para peixe, ICHTHUS, pode ser formado da primeira letra de cada palavra no – ' Jesus Christ, o Filho de Deus, Salvador.' Voltar
15 – 6 de agosto de 1991, o tablóide de supermercado o National Examiner mostrada uma manchete de primeira página: ” O Vaticano Informa. Jesus Cristo à terra “. O próprio artigo, na página nove, informou isso ” Aturdidos os cientistas e os líderes religiosos acreditam que o Jesus Cristo retornou à Terra “! Havia um pouco de incerteza, porém, se a segunda vinda tivesse acontecido de uma maneira bíblica ou se Cristo tinha sido clonado cientificamente das manchas de sangue na Mortalha de Turin. Considerando o número grandes de pessoas que leram este papel, todos, exceto algumas pessoas, acreditaram em seus contos extraordinários. Voltar
16 – Matt. 16:13-16; 17:10-13. minha tradução. Voltar
17 – Helmut Koester, Ancient Christian Gospels: Their History and Development, Trinity Press International, Philadelphia, 1990, pp. 124-5. Voltar
18 – Theodor H. Gaster, The Dead Sea Scriptures, Third Revised and Enlarged Edition, Anchor Books/Doubleday, Garden City, New York, 1976, p. 393. Voltar
19 – Kurt Rudolph, Gnosis,: The Nature and History of Gnosticism, Harper & Row, San Francisco, 1985, p. 55. Voltar
20 – James M. Robinson, The Nag Hammadi Library, Third, Completely Revised Edition, Harper, San Francisco, 1988, pp. 8-9. Voltar
21 – J. -P. Migne, Patrologiae Cursus Completus, etc., Series Graeca Prior, Patrologiae Graecae Tomus XLI, S. Epiphanius Constantiensis em Cypro Episcopus, Adversus Haereses, Paris, 1863, columns 389-390,. Voltar
21B – Apesar das escavações de Franciscan B. Bagatti [Escavações em Nazareth, traduzidas por F. Hoade, Franciscan Printing Press, Jerusalém, 1969] nenhum resto de qualquer edifício datado dos primeiros séculos A.E.C ou EC foram encontrados no local da atual Nazaré, e os artefatos datados por Bagatti ao ” o Período Romano” são provavelmente todos mais recentes que o primeiro século EC. Além disso, a maioria se não todos os artefatos parecem ser mercadorias funerárias usadas em enterros de residentes de Japha (Japhia), uma cidade a uma milha aproximadamente fora do local que foi conhecido por Josefos. A primeira inscrição mencionando o nome do lugar Nazaré pensa-se estar em um fragmento de mármore acha no local da antiga Caesarea em 1962. [“Uma Lista de Cursos Sacerdotais de Caesarea,” M. Avi-Yonah, Jornal da Exploração de Israel, 12:137-9] A sinagoga na qual o fragmento de mármore foi achado parece datar do fim do terceiro ou começo do quarto século EC [The Archeology of the New Testament, Jack Finegan, Princeton Univ. Press, 1992, pág. 46], isto coloca a inscrição como uma testemunha para qualquer lugar chamado Nazaré no primeiro século.
Porém, é duvidoso que a inscrição realmente mencione Nazaré. Os vários fragmentos relacionados da inscrição eram interpretados por meio de poemas litúrgicos hebreus que datam do sexto para o sétimo século – quando Nazaré atual já era um local turístico prosperando e o nome já era famoso. As letras n-ts-r-t são formadas por pedras extremidades com quebradas (de fato, o n está só parcialmente presente), e não é certo qual letra pode ter precedido o n. Em minha opinião, o n danificado foi precedido provavelmente por um g (uma letra estreita em Hebraico, ajustando-se facilmente no espaço da hipótese dos descobridores da inscrição) e lia Gennesaret, não Nazaré. Gennesaret foi fundada em tempos helenísticos e era bem conhecida. Voltar
22 – A letra chi ( ) e rho ( ) são as duas as primeiras letras em grego da palavra Christos, e foram sobrepostas uma a outro para formar um tipo de cruz, um símbolo ainda proeminentemente empregado pela Igreja Católica Romano Voltar
23 – As regras de evidência empregadas por este time de estudiosos, junto com as suas razões por aceitar ou rejeitar um logion particular pode ser achada no O Evangelho de Marcos Edição em Letras Vermelhas, por Robert W. Funk e Mahlon H. Smith, Polebridge Press, Sonoma, Califórnia, 1991,. Voltar
24 – Koester, Antigos Evangelhos Cristãos, pág. 63. Voltar
25 – Arnold Ehrhardt, The Framework of the New Testament Stories, Harvard University Press, Cambridge, Massachusetts, 1964, p. 51-3. Voltar
26 Lucian (ca. C.E. 120 – 180), Satirista e Retórico Grego. Voltar
27 – Claudius Aelianus (ca. E.C. 170 – ca. 235), Retórico Romano. Voltar
28 – Lucius Annaeus Seneca (ca. 4 B.C.E. 1 – ca. 65), o estadista romano e filósofo. Voltar
29 – Marcus Valerius Martialis (ca. E.C 40 – ca. 103), o Poeta romano. Voltar
30 – Marcus Annaeus Lucanus (E.C. 39-65), o Poeta romano. Voltar
31 – Ehrhardt, Framework, pág. 53-8 Voltar
32 – Koester, Antigos Evangelhos Cristãos, pág. 58. Voltar
33 – Koester, Antigos Evangelhos Cristãos, pág. 59. Voltar
34 – Michael Baigent, Richard Leigh, e Henry Lincoln., The Messianic Legacy, Henry Holt, Nova Iorque, 1986, pág. 9. [Manuscrito recebido 19 de novembro de 1991. VoltarcarlosMembroIsso é interessante, vc chegou num ponto muito interessante. Vamos dizer que o homem é o maior sucesso da natureza, porém traz consigo o seu grande algoz, a sua bomba relógio, a sua doença, que é nossa capacidade de abstração. O que estamos vendo no mundo de hj? Salvamos os mais inaptos a toda hora, doentes mentais, cegos, surdos, cardíacos, míopes como eu etc etc etc… Graças ao nosso cérebro criativo e inventivo e por temer a morte e desejar a sobrevivência a todo custo. Porém junto a isso estamos enfraquecendo a própria espécie humana, estamos em desequilíbrio com a natureza, logo cessará os recursos de sobrevivência, água, comida, espaço… E o que isso gerará? Doenças, guerras, destruição e estaremos novamente em equilíbrio. Vide peste negra, idade média etc… Solução? Não sei.
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