mauricio

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  • em resposta a: Cristianismo #75142
    mauricio
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    Vá estudar?! OK. Irei. Olhe-se no espelho e solte esta pergunta: Quem sou eu? Depois vá procurar a resposta no seu dicionário de filosofia. Antes, de uma passadinha no banheiro, depois na cozinha, pegue um copo de água, e continue procurando suas respostas e suas verdades no seu dicionário de filosofia. Saia na rua, veja uma moça bem afeiçoada e sinta desejo, presumindo que goste de moças, e depois vá procurar no seu dicionário de filosofia o porque desse desejo. Pq vc dorme? Pq vc come? Pra quê? Pq vc escreve nesse fórum? Pq vc sente desejo? Pq sente dor? Pq vc respira? Pq vc acha que tenho de estudar? Pq vc acha que tenho de estudar o que vc pensa ser importante? Vc está inseguro? Pq eu estou errado? Vc está certo? Será? O que é a sua verdade? Talvez esteja tudo entre os filósofos. Aristóteles? Talvez vc tbm devesse dar uma lida nele. Nesse grande cientista.
    Vou estudar, faço isso todos os dias. Vá viver. Seria o meu conselho.
    Obrigado pelo seu.

    em resposta a: Cristianismo #75136
    mauricio
    Membro

    Um editorial infeliz e ingênuo do jornal britânico Independent recentemente pediu uma reconciliação entre ciência e “teologia”. Dizia que “As pessoas querem saber o tanto quanto possível sobre suas origens.” Com certeza, eu espero que elas queiram, mas o que diabos faz alguém pensar que a teologia tem algo de útil para dizer sobre esse assunto?

    A ciência é responsável pelas seguintes informações sobre nossas origens. Nós sabemos aproximadamente quando o universo surgiu e porque ele é, em sua maioria, de hidrogênio. Nós sabemos porque as estrelas se formam e o que acontece no interior delas para converter hidrogênio em outros elementos, e, conseqüentemente, dando origem à química em um mundo físico. Nós sabemos os princípios fundamentais de como um mundo químico pode se transformar em biologia através do aparecimento de moléculas auto-reprodutoras. Nós sabemos como o princípio da auto-reprodução deu origem, através da seleção darwiniana, a toda a vida, incluindo os humanos.

    Foi a ciência e apenas a ciência que nos ofereceu esse conhecimento e, além disso, o ofereceu em detalhes fascinantes, preponderantes e que se confirmam mutuamente. Em cada um destes aspectos, a teologia tem mantido uma visão que é comprovada conclusivamente como errada. A ciência erradicou a varíola, pode imunizar contra a maioria dos antes mortais vírus, pode matar a maioria das antes mortais bactérias. A teologia não tem feito nada a não ser falar das doenças como punições para nossos pecados. A ciência pode prever quando um cometa em particular irá reaparecer e, de quebra, quando o próximo eclipse irá ocorrer. A ciência colocou o homem na Lua e lançou foguetes de reconhecimento ao redor de Saturno e Júpiter. A ciência pode dizer para você qual a idade de um fóssil específico e que o Santo Sudário de Turim é um embuste medieval. A ciência sabe as instruções precisas no DNA de vários vírus e irá, durante a vida de muitos leitores presentes, fazer o mesmo com o genoma humano.

    O que é que a teologia já disse que tivesse qualquer valor para alguém? Quando a teologia disse algo que foi demonstrado como verdade e que não seja óbvio? Eu tenho ouvido os teólogos, lido o que eles escrevem, debatido com eles. Eu nunca ouvi algum deles dizer algo que tivesse algum uso, qualquer coisa que não fosse ou trivialmente óbvio, ou categoricamente errado. Se todas realizações dos cientistas forem apagadas do mapa no futuro, não haverá médicos, e sim xamãs; não haverá meio de transporte mais rápido que o cavalo; não haverá computadores, nem livros impressos e, muito menos, agricultura além das culturas de subsistência. Se todas realizações dos teólogos forem apagadas do mapa no futuro, alguém iria perceber a mínima diferença? Até mesmo as realizações negativas dos cientistas, como as bombas e navios baleeiros guiados por sonar funcionam! As realizações dos teólogos não fazem nada, não afetam nada, não significam nada. Afinal, o que faz alguém pensar que “teologia” é um campo do conhecimento?

    em resposta a: A questão do suicidio #75816
    mauricio
    Membro

    Em “O Instinto da Linguagem”, o pesquisador e discípulo de Chomsky
    Steven Pinker defende que as estruturas gramaticais têm bases
    biológicas

    Folha de São Paulo, domingo, 25 de agosto de 2002

    + livros

    A seleção natural da sintaxe
    João de Fernandes Teixeira
    especial para a Folha

    Falar sobre linguagem pode se tornar uma tarefa bastante estranha.
    Afinal de contas, estamos confinados na nossa própria linguagem e não
    podemos falar dela a não ser usando-a, ou seja, falar sobre como ela
    funciona já a pressupõe. Tentar traçar suas origens, isto é, contar a
    história de sua aparição também só pode ser feito por alguém que já
    possua alguma linguagem. Usar a linguagem para falar dela ou montar uma
    história de suas origens pode tornar-se apenas um exercício de
    imaginação, pois a sua aparição não foi precedida por nenhum tipo de
    fóssil linguístico ou pré-linguístico que pudéssemos um dia descobrir.
    Tudo se passa como se estivéssemos num pequeno bote em alto-mar, sem
    poder desmontá-lo para saber como foi construído.

    Falar das origens da linguagem e de como ela funciona é a tarefa a que
    se propõe Steven Pinker neste livro que acaba de ser editado no Brasil.
    O autor é um jovem pesquisador do departamento de ciência cognitiva e
    neurociência do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts). Um homem
    que impressiona por seu trajar quase sempre em negro e pelos cabelos
    armados, o que lhe confere por vezes um ar de príncipe russo. Isso sem
    falar de sua eloquência, também impressionante, que tive oportunidade de
    presenciar numa palestra na Universidade Harvard em 1998. Pinker foi
    discípulo de seu colega no MIT, Noam Chomsky, esse Galileu da
    linguística, hoje mais conhecido por suas opiniões irreverentes acerca
    da sociedade globalizada. E, como bom discípulo, soube manter sua
    independência intelectual, discordando do mestre em alguns pontos
    cruciais.

    O grande mérito de Chomsky foi mostrar que os processos pelos quais
    geramos e identificamos sentenças têm uma estrutura profunda, a
    estrutura de uma árvore, com seu tronco e ramos, e que gerar sentenças
    não é apenas alinhar sons ou símbolos. Seu livro clássico, “Estruturas
    Sintáticas”, publicado em 1957, investiga a natureza dessas estruturas,
    analisando os possíveis algoritmos para gerar e reconhecer sentenças nas
    linguagens naturais. Chomsky nunca se arriscou a identificar essas
    estruturas com algum tipo de circuito cerebral, limitando-se apenas a
    sugerir que elas seriam, de alguma forma, inatas.

    Pinker concorda com o inatismo de Chomsky, mas, contra o mestre,
    sustenta que a investigação da natureza da linguagem não pode se limitar
    a uma análise de estruturas e sistemas formais. A gramática é um sistema
    normativo, mas deve ser vista como um fenômeno natural, biológico. A
    linguagem é um produto da evolução, um fator decisivo que nos diferencia
    de todos os outros seres vivos. Possuímos essas estruturas inatas ou
    essa gramática universal, e esta está no nosso cérebro, sendo o
    resultado de um longo processo evolucionário ao qual a espécie humana
    esteve submetida. Nossa faculdade linguística -ou as estruturas da
    gramática universal- é, para usar os termos de Pinker, “instintiva”:
    nossa linguagem é essencialmente um instinto de nossa espécie. “Sabemos
    falar da mesma maneira que as aranhas sabem tecer suas teias” (pág. 10).
    Ou, para invocar ainda outra passagem, Pinker nos diz que “a sintaxe é
    um órgão darwiniano, extremamente perfeito e complicado” (pág. 148).
    Neste sentido, ele teria dado um passo além de seu mestre, ao fazer
    considerações acerca da origem e da razão de ser dessas estruturas que
    os linguistas têm copiosamente se dedicado a descrever, valendo-se de
    uma explicação através dos processos de seleção natural.

    Tais afirmações -em que pese serem corretas ou não- têm o mérito de
    ressaltar a necessidade da linguística se tornar, cada vez mais, uma
    investigação interdisciplinar. Uma ciência da linguagem tem de se situar
    no cruzamento entre psicologia, neurociência, biologia evolucionária e a
    própria teoria linguística. A ciência da linguagem não pode se limitar a
    ser uma análise empírico-formal das estruturas profundas subjacentes aos
    fenômenos linguísticos. Ou seja, é preciso retomar a conhecida sentença
    de Roman Jakobson (1896-1982), que dizia que o trabalho do linguista não
    pode nem deve ser alheio às investigações que se realizam em todas as
    suas áreas afins. Algo que soa hoje como um eufemismo, mas que ainda
    encontra muita resistência em alguns meios acadêmicos de orientação
    chomskiana. Uma situação quase paradoxal, se considerarmos que Chomsky é
    frequentemente lembrado como um dos pais da ciência cognitiva, um
    empreendimento científico que, nas últimas décadas, caracterizou-se como
    essencialmente interdisciplinar.

    Outro mérito de Pinker é o fato de seu texto proporcionar ao leitor
    universitário uma visão geral da linguística, além de uma introdução a
    tópicos importantes da ciência cognitiva e da biologia evolucionária.
    Usando um estilo coloquial, Pinker nos arrasta por essa aventura
    fascinante, percorrendo temas como a gramática gerativa, léxico,
    morfologia, fonética e outros. Há também capítulos acerca da aquisição
    da linguagem, suas bases biológicas (genética e ontogenética) e sua
    evolução. O capítulo sete (“Cabeças Falantes”), que discute a
    possibilidade de automatizar alguns aspectos da linguagem natural, é
    particularmente instigante para aqueles que se interessam por
    inteligência artificial e suas possíveis aplicações na área de
    processamento linguístico.

    Resta saber se podemos concordar integralmente com as teses de Pinker.
    Terá ele, ao tentar naturalizar a teoria de Chomsky -mesclando-a com
    teoria da evolução e seleção natural-, dado um passo além no sentido de
    desvendar a origem de nossas faculdades linguísticas? O que terá surgido
    primeiro, a linguagem ou a evolução? Seria possível formular algo como a
    teoria da evolução sem usar algum tipo de linguagem? Não estaríamos
    andando em círculos ao afirmar que a evolução selecionou a linguagem e
    que, ao mesmo tempo, foi a partir da linguagem que pudemos falar de
    evolução? Pois não será a teoria evolucionária apenas uma grande e
    genial metáfora a partir da qual pudemos organizar e buscar alguma
    compreensão de nosso possível passado filogenético? Esta parece ser uma
    pergunta inevitável a ser formulada para aqueles que lêem este livro com
    olhos filosóficos.

    em resposta a: A questão do suicidio #75801
    mauricio
    Membro

    A mente é o lugar do pensamento, crenças, memórias, desejos, esperanças, análises, etc. A mente é considerada pelos dualistas como uma substância imaterial, capaz de existência como uma entidade consciente, independente de qualquer corpo fisico.

    Materialistas metafisicos, por outro lado, consideram-na como ou o cérebro ou uma entidade separada de mas tornada possivel pelo trabalho do cérebro. Esta doutrina tem o nome de epifenomenalismo. Para uma “mente” materialista é um termo geral para o conjunto de processos ou actividades que se podem reduzir a processos cerebrais, neurologicos e fisiologicos.

    Os behavioristas consideram “mente” um termo para um conjunto de comportamentos.

    Provavelmente, nada há de mais fascinante em filosofia ou neurologia que a mente ou consciência. Contudo, apesar da mente humana ter tornado possivel ganhar compreensão do mundo e de nós, é pouco compreendida. Não há modelo de acordo comum sobre qualquer função principal do cérebro. Por exemplo, a memória é algo que todos temos num grau ou noutro. Contudo, não compreendemos a natureza da memória e vários modelos são plausíveis. Modelos da mente e da consciência continuam a ocupar os cérebros dos nossos melhores filósofos. Mas, apesar da chave da compreensão da mente estar no estudo do cérebro, muitos filósofos e psicólogos, continuam a ser guiados pela crença de que a mente pode ser compreendida independentemente do cérebro. Esta crença da mente como uma substância que existe independente do cérebro, embora implausivel, parece ser requerida pela maior parte das religiões, bem como por noções da Nova Era e das suas terapias.

    em resposta a: Cristianismo #75112
    mauricio
    Membro

    Recebi e-mails furiosos porque ousei profanar a Bíblia. Ameaçaram-me até com o inferno eterno. Fiquei com medo. Achei melhor seguir os sábios ensinamentos do Livro Santo. Afinal de contas, a Bíblia foi escrita sob inspiração divina e tudo que diz é verdade incontestável. Como pode Deus errar?

    Resolvi seguir o Levítico, o terceiro livro do Antigo Testamento, que ensina como fazer um sacrifício a Deus. Comprei um carneiro bem bonitinho e coloquei-o em uma mesa comum, porque não possuo uma mesa de holocausto, como a usada na Santa Missa.

    Esquartejei-o cruelmente, conforme recomendado pelo Levítico e o coloquei sobre uma fogueira, para que fizesse bastante fumaça, que é muitíssimo apreciada por Deus (estranho Deus esse, que gosta do cheiro de carne queimada). Um vizinho, de mentalidade estreita, pensou que eu estava fazendo churrasco.

    Recolhi o sangue em um vaso e o espirrei pelo chão, para purificar minha casa. Só o sangue purifica!

    Minha filha ficou horrorizada e me censurou amargamente. Consultei o livro santo para saber o que fazer com ela. Conforme manda o livro, concluí que deveria vendê-la como escrava. Infelizmente, não achei compradores.

    Meu filho também quis me impedir de sacrificar o cordeiro. Consultei o livro santo, onde aconselha matá-lo a pedradas, fora dos limites da cidade. Com um detalhe: minha mão teria que atirar a primeira pedra.

    Como meu vizinho estava suspeitando da fidelidade de sua esposa e também do procedimento de sua filha, convidei-o a levar ambas ao local do sacrifício. Assim, mataríamos três de uma vez, cumprindo os desígnios do Senhor. Infelizmente, não consegui a adesão de meu vizinho e meus filhos ameaçaram telefonar para o 190. Está cada vez mais difícil manter a fé neste mundo corrompido.

    Desesperado por não poder seguir os santos ensinamentos da Bíblia, fui ao Mercado para comer um delicioso chouriço. Lembrei-me que comer sangue é proibido pelo Santo Livro. Acabei comendo uma mandioca frita, com jiló. Por acaso, encontrei-me com um velho amigo, que exibia orgulhosamente uma tatuagem no braço. Comuniquei-lhe que estava em pecado, pois também é proibido fazer marcas no corpo. E agora? Como sair do pecado?

    Como estava difícil seguir o Antigo Testamento, resolvi pular para o Novo Testamento e seguir os conselhos de Jesus, o doce cordeiro de Nazaré. No entanto, assustei-me de início. Abri logo em um versículo que dizia: “Vim estabelecer não a paz mas a espada. Pois vim causar a divisão: o homem contra seu pai, e a filha contra sua mãe, e a jovem esposa contra sua sogra”. Credo!

    Assustado, pulei para outro versículo. Não tive sorte. Esbarrei com este conselho sinistro, de ninguém menos que Jesus: “Quem se chegar a mim e não odiar seu pai, e mãe, e esposa e filhos, e irmãos, e irmãs, sim, e até mesmo a sua própria alma, não pode ser meu discípulo”. Nestas alturas do campeonato, desisti de seguir o Livro Santo. Prefiro continuar a ser um ímpio! Sem odiar nem matar ninguém.

    em resposta a: Cristianismo #75106
    mauricio
    Membro

    A religião é regida ainda hoje, por princípios de milhares de anos atrás, onde os costumes, as condições sociais, o desenvolvimento, e principalmente, o conhecimento, eram muito diferentes dos dias atuais. A religião não se preocupa apenas com os aspectos puramente teológicos ou ligados à fé. Ela também se preocupa em ditar normas de comportamento, de valores éticos, morais e educacionais, de acordo com seus próprios interesses. Nossos filhos são muito diferentes de nós, assim como nós somos diferentes dos nossos pais, nossos pais de nossos avós, e assim sucessivamente. Imagine agora nós nos transportarmos para uma época há mais de 2000 anos atrás, com uma população mundial completamente desinformada, onde só os nobres e alguns poucos privilegiados eram alfabetizados. O mundo evoluiu muito, podemos citar como exemplo, os meios de transportes, onde no início, os pés eram o principal meio de transporte do homem, depois o cavalo, as caravelas, o navio, o automóvel, o avião e hoje já estamos na época das espaçonaves, em viagens interplanetárias, conquistando outros planetas. Outro exemplo são os meios de comunicação, que no início, o homem utilizava a fumaça, os tambores, o telégrafo, o telefone, o fax, e hoje já vivemos na era do micro chip com a internet. Outro exemplo importante é o da questão energética, que já foi gerada pelo vento, pela água, pelo carvão, pelo petróleo, e hoje nos encontramos na era do átomo. Como pudemos ver acima, as diferenças nas questões da informação e do conhecimento, evoluíram de uma forma impressionante.

    Mas voltando a questão do crescimento religioso, este fato é marcado de uma maneira bastante expressiva pelo povo judeu, que eram nômades e habitavam a região da Palestina. Este povo sempre foi muito oprimido e humilhado, e hoje mesmo usamos a expressão judiar no sentido de maltratar, castigar, que se origina da saga do povo judeu. Depois de centenas de anos de destruições de sua cidade, de seus cativeiros, a única alternativa que julgaram possuir, era a esperança bíblica que dizia que Deus enviaria um salvador. Na época, apareceram dezenas de candidatos a salvador, mas João Batista escolheu e batizou Jesus Cristo, que era descendente d Davi, e isto causou uma cisão entre as várias facções de judeus, que entendiam que o salvador deveria ser descendente de Abraão. Apesar da história possuir a biografia de milhares de personagens históricos, existem poucos registros sobre a vida de Jesus Cristo, a não ser de seus últimos 4 a 6 anos de vida, e mesmo a bíblia, faz poucas referências a Jesus Cristo, a não ser nos evangelhos e epístolas. Deu-se início então a um período de perseguição ao cristianismo, que era considerado uma ameaça ao poder constituído da época, até aparecer um imperador chamado Constatino, que era um jovem possuidor de muita coragem e inteligência, que sempre foi muito admirado e até hoje é motivo de muitas pesquisas. Esse jovem imperador possuía um pequeno exército e quando conquistava uma cidade, ao invés de destruí-la, castigar e matar seus inimigos, ele os tratava com elegância e educação, dividia parte das riquezas com a população, e desta forma, o povo e os soldados desta cidade se tornavam seus admiradores e seguidores, aumentando o seu exército, e assim ele conquistou praticamente todo o mundo da época (350 DC). Neste período ela funda a cidade de Constantinopla, transfere a capital do império d Roma para Constantinopla, depois de ter uma visão de uma espada iluminada, pois ele entendeu ser isso uma mensagem divina, e se converte ao cristianismo, instituindo essa religião como sendo oficial e obrigatória, e este fato marca o início do que conhecemos como idade média.

    Mesmo na idade da pedra, na idade do bronze, na idade antiga, as civilizações tiveram grandes desenvolvimentos na fabricação de ferramentas, na agricultura, arquitetura, astronomia, matemática, etc., porém, a idade média é conhecida como a idade das trevas, do total desconhecimento e involução, e é justamente o período de grande desenvolvimento do cristianismo, que promoviam verdadeiros massacres aos que não concordavam com os seus mandamentos religiosos, promovendo inquisições, cruzadas, etc..

    Eis que no início d 1400, surgem sinais de mudanças com relação ao mundo, pois os portugueses inventam as caravelas, que permitiriam viagens inter oceânicas, e o infante D. Henrique, funda a Escola d Sagres, para formação de navegadores. Este fato é de grande importância comercial e inicia-se o período dos grandes descobrimentos. Em 1455 um ourives alemão chamado Johann Gutemberg tem um invento que transforma completamente a trajetória e história da humanidade. Ele inventa a imprensa, e seu primeiro trabalho foi imprimir 200 bíblias, cada página da bíblia demorou um dia para ser montada. Este invento traz enorme impulso ao conhecimento.

    No início d 1500 surge um personagem que promove um duro golpe na Igreja Católica, chama-se Martin Lutero, formado em artes, atravessa uma grande crise existencial, com a perda repentina de seu melhor amigo, e de ter escapado por pouco da morte, quando quase foi atingido por um raio. Resolve então estudar teologia, e em seguida, quando residia em Roma, revolta-se com os baixos valores morais do clero, com a vida profana levada pelos líderes religiosos e com a venda de indulgências. Quando é iniciada uma campanha para a construção da Basílica de São Pedro, com venda de indulgências (pedaços do manto sagrado de Cristo, pedaços de madeira da cruz de Cristo, etc.), Lutero rompeu com a Igreja Católica, e pregou suas 95 teses d ensinamento religioso, na porta da Igreja de Todos os Santos, em Wittemberg, na Alemanha, onde determina que a igreja, os padres e os sacramentos, são inúteis para a salvação da alma, que o homem só se salva pela fé, pela obediência à bíblia. Lutero admite apenas dois sacramentos, o batismo e a eucaristia, e não os sete da Igreja Católica. Condena a hierarquia da igreja, o voto de celibato, a invocação de santos, as peregrinações e as relíquias religiosas. Lutero é excomungado pelo papa Leão X, mas rasga em praça pública o documento de excomunhão, sendo então considerado um fora da lei, podendo ser condenado à morte. É então refugiado, protegido e escondido, por um príncipe alemão amigo, e em 1522 traduz do grego para o alemão o Novo Testamento, e em 1534 o Velho Testamento, tornando assim, acessível à população, a leitura da bíblia. Lutero funda então, o Protestantismo. Toda essa trajetória de Lutero só foi possível porque interessava muito aos nobres, aos reis e à burguesia, o confronto com a Igreja Católica, para que assim recuperassem suas propriedades. Portanto, havia as condições ideais na Alemanha, para o rompimento com a Igreja Católica. Há, porém, uma passagem extremamente negativa na vida d Lutero, houve uma revolta por parte dos camponeses, que apoiaram Lutero e não tiveram suas terras apropriadas pela nobreza de volta. Então Lutero recomenda aos nobres, o extermínio dos camponeses, porque eles representavam uma ameaça para os nobres, e assim houve o massacre de mais de cem mil camponeses, tendo sido o líder Thomas Munzer, decapitado.

    Paralelo às pregações de Lutero, surge o movimento que determinaria a transição da idade média para a idade moderna, que além de promover grandes transformações, também mudaria o destino da humanidade e enfraqueceria de forma crucial a Igreja Católica, que foi o Renascimento. Num mesmo período, viveram e impulsionaram as artes, a cultura e a ciência, Leonardo da Vinci (Monalisa, Santa Ceia…que é o quadro mais reproduzido no mundo), Michelangelo (Capela Sistina), Nicolau Copérnico (Teoria Heliocêntrica), Galileu Galilei (Leis do Movimento), William Harvey (Pai da Circulação Sangüínea…todos pensavam ser o fígado o responsável pela circulação), André Vesalius (Pai da Anatomia), William Shaskepeare(Maior Escritor da História), etc.. Cabe aqui, uma observação sobre os antagonismos existentes entre a ciência e a religião, pois existem muitas controvérsias sobre essa questão, e como exemplo, destacamos a teoria geocêntrica, q entendia q tds os planetas giravam em torno da terra, defendida pela igreja e também por Ptolomeu (sujeitinho teimoso esse Ptolomeu!), contra a teoria heliocêntrica, que determina que todos os planetas giram em torno do sol, repelida pela igreja e comprovada por Copérnico, que já era defendida por Pitágoras 600 AC e também por Eratóstenes 300 AC, que como ilustração irei descrever: As cidades de Alexandria e Siena ficavam sob o mesmo meridiano, e Eratóstenes sabia o ângulo formado pelo sol às 12 horas em cada uma das cidades. Medindo a distância entre as duas cidades em passos e usando a teoria das triangulações, calculou que o ângulo formado pelas duas cidades tendo o vértice do sol era de 7,2º e dividindo pelo ângulo da circunferência (360º), em cálculo azimutal, determinou q a circunferência da Terra era a distância entre Alexandria e Siena multiplicada por 50. Tendo determinado então 44.000 km, e errou por pouco, pois a circunferência da Terra é d 40.000 km.

    Mas continuando a questão religiosa, a Igreja Católica, tomou providências para neutralizar a sua desmoralização com o surgimento do Renascentismo e o avanço do Protestantismo, restabelecendo a inquisição, colocando como comandante, o militar espanhol, Inácio de Loyola, que criou a instituição militar, Companhia de Jesus. Isto fez com q à exceção da Inglaterra e da Alemanha, a Igreja Católica não perdesse o seu poder e o seu patrimônio, principalmente na Itália, Portugal e Espanha.

    Na Inglaterra, o rei Henrique VIII, querendo se apossar das terras e de outros bens materiais da Igreja Católica, rompe com a mesma, e funda a Religião Anglicana, que no fundo era bem semelhante ao catolicismo.

    Outro personagem importante é João Calvino, francês refugiado na Suíça, que também se volta contra a Igreja Católica, e estabelece ensinamentos religiosos para agradar à nobreza, já que Henrique VIII ganhava muitos lucros com a comercialização de lã. Calvino exaltava as atividades econômicas, dizia que só os eleitos vencem na vida e que vencer na vida significava acumulação de riquezas. Ensinava também que Deus destina a alguns a vida eterna e a outros a eterna danação. Calvino também não se contentava que os cultos de Lutero eram mais freqüentados que os seus, e espionando Lutero, descobriu que Lutero introduzia cânticos em seus cultos, já que o mesmo tinha grande conhecimento sobre música, e este era um dos motivos do sucesso dos cultos de Lutero.

    Segue-se então o êxodo europeu para a América do Norte, onde os emigrantes que ali se instalavam, sentiam-se livres da imposição religiosa, e estimulados a seguirem a crença que quisessem, começaram a fundar as mais diferentes seitas, como: batistas, presbiterianos, congregacionais, mormons, adventistas, testemunhas de jeová, etc.. Mas o grande salto do segmento protestante, foi sem dúvida, o desenvolvimento do pentecostalismo, a partir da suposição do pregador William Seymour, 1906, de que a emissão de sílabas incompreensíveis (glossolalia) por parte dos fiéis, significa um sinal de batismo no espírito santo. Isto impulsionou deforma impressionante o movimento pentecostal, que possui suas bases no recebimento do espírito santo e nos seus dons, falar em línguas estranhas, profetizar e na cura divina. Dá para acreditar??? E hoje o segmento pentecostal já é representado por mais de 400 seitas.

    Enfim, considero que a religião não convive de forma harmoniosa com a questão racional, que ela cria um mundo irreal e abstrato de amor, esperança, igualdade e fraternidade, para muitas pessoas que na realidade são completamente opostas a esses sentimentos, embora reconheço a importância das religiões. Penso que as pessoas podem ser extremamente generosas, resolverem seus conflitos e praticarem ações positivas, sem necessariamente, pertencerem a algum segmento religioso. Amém!!!!!!!!!

    em resposta a: Por que "deus deve ser bom"? #75664
    mauricio
    Membro

    Ser ateu é provocar grande polêmica, mesmo nos dias de hoje. Se considerarmos que toda a crença em entidades não fisicamente observáveis exige uma aceitação não racional de sua existência (fé), acredito que se deva tomar uma opção coerente com relação à aceitação ou não-aceitação de todas elas. Esse argumento chave tentará, seguindo premissas lógicas, mostrar porque a opção do ateísmo e do ceticismo é mais lógica do que a fé ou do que a dúvida.

    Antes de entrar no argumento principal gostaria de comentar que ninguém realmente se preocupa se uma pessoa é católica, budista, espírita ou evangélica. Ter uma religião, qualquer que seja, parece ser um comportamento bem aceito na sociedade de hoje. Entretanto, a falta de religião é vista como um radicalismo extremo, algo impensado e sem razão, afinal, como uma pessoa pode viver sem ter fé? O paradoxo é que é a fé que exige a falta de razão de um indivíduo.

    A fé é a crença máxima que uma pessoa pode ter sem que, para isso, necessite de qualquer prova ou fundamento. Eu posso ter fé que Adão e Eva existiram ou que existe o coelhinho da páscoa, papai-noel ou Deus. Em que esses exemplos são diferentes? No ponto de vista de um cético, nada. Afinal várias pessoas afirmam já terem visto papai-noel ou Deus, entretanto não temos qualquer prova física e irrefutável da existência (ou não-existência) de nenhum deles. Acho que a principal queixa contra o ateu é o fato de que os crentes os vêem como uma pessoa maligna e sem princípios, esquecendo-se que é possível ter uma moral e uma ética sem ter uma religião.

    Observando a história da humanidade podemos ver que muitos fenômenos naturais, antes de serem explicados cientificamente, eram tidos como obras de Deus. Em tempos mais remotos, os homens rezavam para que o sol nascesse no dia seguinte, índios dançavam para os Deuses da chuva e se amedrontavam com a fúria deles durante eclipses e outros fenômenos naturais. De fato, se você realizar bastante a dança da chuva, com certeza irá chover algum dia (mas será mais fácil se você o fizer no verão).

    Diversos mitos também foram aos poucos caindo por terra, logo que ficavam ridículos e completamente fora da realidade de seus tempos. Quem, nos dias de hoje, acreditaria realmente em uma pessoa que viu um duende, um minotauro, um elfo ou a fada sininho? A única coisa que as pessoas hoje em dia podem acreditar ou ver, para ao menos serem levadas em consideração, são espíritos e alienígenas (ou OVNIs). Mas há uma boa diferença entre esses dois seres. Os espíritos se enquadram no mesmo grupo onde já estão os duendes, unicórnios, dragões, papai-noel e Deus, ou seja, não se pode provar que existam ou que não existam. Já os alienígenas são realmente mais bem cotados, pois podem existir fisicamente e, portanto, não exigem que formulemos novas leis e conceitos científicos ou psicológicos para explicar sua existência. Entretanto parece que a grande maioria dos relatos sobre OVNIs e alienígenas são bastante incompletos e inconclusivos, o que os leva, nesse momento, para dentro do mesmo grupo anterior, constituído daqueles seres nos quais não se prova, ainda, a existência ou inexistência.

    Portanto considero que a escolha do ateísmo é, por si só, uma escolha coerente. Por que acreditar em Deus, mas não acreditar em elfos, duendes, fadas, vampiros, no capeta ou qualquer outro ser que eu acabar de inventar? Para todos eles não há nada que comprove ou não suas existências. Acredito que uma pessoa com um mínimo de coerência vai concordar que existem apenas duas opções racionais nesse caso: ou acredita-se em tudo pela fé, ou duvida-se de tudo até que alguém prove o contrário.

    Portanto chegamos agora a um ponto chave da questão do ateísmo. Da mesma forma que não se pode provar que Deus existe, não se pode provar, por outro lado, que Ele não exista. Devemos abrir um parêntese nesse momento para discutir a dificuldade que existe em provar uma negação. Poderíamos facilmente provar que dragões existem se, para isso, encontrássemos apenas um exemplar em algum lugar e pudéssemos examiná-lo de forma completa, certificando não se tratar de uma fraude. O que é realmente impossível provarmos é a não existência de dragões, já que eles poderiam existir em qualquer lugar ainda não explorado, seja aqui mesmo na Terra, nas luas de Júpiter ou Saturno, ou em algum lugar fora do sistema solar. A questão intrigante que se observa nesse fato é que os crentes sempre exigem que o ateu lhes dê uma prova da inexistência de Deus, sendo que, o mais simples, seria provar a sua existência.

    Mesmo considerando que seria mais fácil provar a existência do que a inexistência não temos, no momento, qualquer prova de nenhuma das duas e, portanto, poderíamos pensar que a opção ideal e mais inteligente fosse, simplesmente, não ser nem ateu, nem crente, poderíamos ficar em cima do muro, não acreditando nem desacreditando. Essa filosofia de vida tem um nome, é a agnose. O agnosticismo está relacionado à negação das crenças e o agnóstico é um indivíduo que está definitivamente em cima do muro e não toma qualquer partido de uma ou outra causa.

    Entretanto gostaria de argumentar que o ateísmo é realmente uma opção mais racional do que o agnosticismo. O agnóstico está sim em cima do muro com relação à existência de Deus, mas, se for coerente, deve também estar em cima do muro com relação a todos os outros seres místicos dos quais não se prova a existência ou não, incluindo o papai-noel.

    É importante notar que, quando digo ateísmo, não estou me referindo ao ateísmo dogmático, aquele em que o indivíduo nega a existência de Deus de forma categórica e radical (se igualando, de forma contrária, aos teístas). Defendo o ateísmo não-dogmático, que duvida da existência de Deus até que se encontre alguma prova irrefutável desta. Se algum dia me apresentarem de uma prova irrefutável de que Deus existe desistirei de meu ateísmo e me tornarei crente.

    Acho que o mais fundamental com relação às crenças é o fato de se tomar uma atitude coerente com relação a todas elas, pois, na verdade, elas se baseiam no mesmo princípio. Portanto, parece-me que a opção mais coerente é manter-se cético com relação a qualquer tipo de crença não comprovada, até que essa crença seja de fato comprovada. Afinal, se um dia eu for capaz de ver um velhinho voando num trenó, puxado por renas, vestido de vermelho, cheio de presentes e falando “Hohoho”, minha crença mudará automaticamente e acreditarei na existência do papai-noel.

    em resposta a: Será Deus Perfeito? – 2 #76435
    mauricio
    Membro

    Sou a consequência do Dr. Valenic, meu raciocínio é o que dá equilíbrio ao peso Valenic. Nunca fui chamado de satanás na minha vida, nem pelo mais fervoroso religioso com o qual conversei. Ambiente internet é novidade para mim. Valenic é novidade para mim. Não quero convencê-lo de nada. Estou apenas começando a me divertir.

    em resposta a: Será Deus Perfeito? – 2 #76430
    mauricio
    Membro

    Alguns advogados cristãos – alguns juízes eminentes e estúpidos – disseram e ainda dizem que os Dez Mandamentos são o fundamento da lei.

    Nada poderia ser mais absurdo. Muito antes de esses mandamentos serem dados havia códigos legislativos na Índia e no Egito – leis contra o assassinado, o perjúrio, o furto, o adultério e a fraude. Tais leis são tão antigas quanto a sociedade humana; tão antigas quanto o amor à vida; tão antigas quanto a indústria; quanto a noção de prosperidade; quanto o amor humano.

    Nos Dez Mandamentos todas as idéias boas são antigas; todas as novas são tolas. Se Jeová fosse civilizado, teria dispensado o mandamento sobre guardar os sábados para o santificar, e em seu lugar diria: “Não escravizarás o teu próximo”. Teria omitido aquele sobre o juramento, e diria: “Não terás senão uma única esposa, e a mulher não terá senão um único marido”. Teria deixado de lado aquele sobre imagens esculpidas, e diria: “Não provocarás guerras de extermínio e não desembainharás tua espada senão em legítima defesa”.

    Se Jeová fosse civilizado, quão melhores seriam os Dez Mandamentos.

    Tudo que chamamos de progresso – a emancipação do homem, o trabalho, a substituição da pena de morte pela prisão e da prisão pela fiança, a destruição da poligamia, o estabelecimento da liberdade de expressão, os direitos de consciência; em suma, tudo que favoreceu o desenvolvimento da civilização humana; todos os frutos da investigação, da observação, da experimentação e do livre-pensamento; tudo que o homem conquistou em benefício do próprio homem desde o fim da Idade das Trevas – tudo isso prescindiu do Velho Testamento.

    Permitam-me ilustrar a moral, a misericórdia, a filosofia e a bondade do Velho Testamento:

    A história de Acã

    (Cf. Josué 7)

    Josué tomou a cidade de Jericó. Antes da queda da cidade ele declarou que todos os despojos deveriam ser entregues ao Senhor. Apesar dessa ordem, Acã escondeu uma capa babilônica e um pouco de prata e ouro.

    Posteriormente, Josué tentou tomar a cidade de Ai. Ele fracassou e muitos de seus soldados foram mortos. Josué procurou a causa de sua derrota e descobriu que Acã havia escondido uma capa babilônica, duzentos siclos de prata e uma cunha de ouro.

    Diante disso, Acã confessou.

    Então imediatamente Josué tomou Acã, seus filhos, filhas, esposa, bois e ovelhas, apedrejou-os todos até a morte, e então queimou seus corpos.

    Nada indica que seus filhos e filhas haviam cometido qualquer crime. Certamente, os bois e ovelhas não deveriam ser apedrejados à morte pelo crime de seu proprietário. Essa foi a justiça, a clemência de Jeová!

    Após Josué ter cometido esse crime, com a ajuda de Jeová, ele capturou a cidade de Ai.

    A história de Eliseu

    (Cf. II Reis 2:23-24)

    “Então subiu dali a Betel; e, subindo ele pelo caminho, uns meninos saíram da cidade, e zombavam dele, dizendo: Sobe, calvo; sobe, calvo!”

    “E, virando-se ele para trás, os viu, e os amaldiçoou em nome do Senhor. Então duas ursas saíram do bosque, e despedaçaram quarenta e dois daqueles meninos.”

    Esse foi a obra do bom Deus – do misericordioso Jeová!

    A história de Daniel

    (Cf. Daniel 6)

    O rei Dario honrou e exaltou Daniel, e os príncipes nativos estavam enciumados. Então persuadiram o rei a assinar um decreto – válido por trinta dias – que condenaria à cova dos leões qualquer homem que pedisse algo qualquer deus ou homem, salvo o rei Dario.

    Posteriormente, esses homens descobriram que Daniel, com a face voltada a Jerusalém, rezava três vezes ao dia para Jeová.

    Por isso, Daniel foi atirado à cova dos leões; uma pedra foi colocada sobre a boca da cova e ela foi selada com o selo real.

    O rei teve uma noite inquieta. Na manhã seguinte foi à cova dos leões e chamou por Daniel. Daniel respondeu e disse ao rei que Deus havia enviado seus anjos e fechado as bocas dos leões.

    Daniel foi libertado vivo e ileso, e o rei converteu-se e passou a acreditar no Deus de Daniel.

    Dario, sendo então fiel ao verdadeiro Deus, mandou os homens que haviam acusado Daniel, suas esposas e filhos para a cova dos leões.

    “…e foram lançados na cova dos leões, eles, seus filhos e suas mulheres; e ainda não tinham chegado ao fundo da cova quando os leões se apoderaram deles, e lhes esmigalharam todos os ossos.”

    O que as esposas e crianças fizeram? Que ofensa cometeram contra o rei Dario – o fiel de Jeová? Quem protegeu Daniel? Jeová! Quem deixou de proteger as esposas e crianças inocentes? Jeová!

    A história de José

    (Cf. Gênesis 41)

    O faraó teve um sonho, e este sonho foi interpretado por José.

    De acordo essa interpretação, haveria no Egito sete anos de fartura, seguidos de sete anos de fome. José aconselhou ao faraó comprar todo o excedente dos sete anos de fartura e armazená-lo para os anos de fome.

    O faraó nomeou José como seu ministro – ou agente –, e ordenou que comprasse a produção excedente de grãos dos anos de fartura.

    Então veio a fome. O povo pediu ajuda ao rei, o qual disse que deveriam procurar por José e fazer o que ele ordenasse.

    José vendeu trigo aos egípcios até que seu dinheiro se esgotasse – até ficar com todo ele.

    Após o dinheiro ter acabado, o povo disse: “Dê-nos trigo e lhe daremos nosso gado”.

    José deu-lhes trigo até que todo o gado, os cavalos e os carneiros fossem dados a ele.

    Então o povo disse: “Dê-nos trigo e lhe daremos nossas terras”.

    Então José deu-lhes trigo até que todas terras fossem dadas a dele.

    Mas a fome continuou, e assim os pobres infelizes venderam a si mesmos, tornando-se servos do faraó.

    Então José lhes deu sementes e fez um pacto com eles, segundo o qual deveriam eternamente dar um quinto de tudo que produzissem ao faraó.

    Quem permitiu a José interpretar o sonho do faraó? Jeová! Ele já sabia antecipadamente que José usaria aquela informação para extorquir e escravizar o povo do Egito? Sim. Quem produziu a fome? Jeová!

    É perfeitamente nítido que os judeus não viam Jeová como o Deus do Egito – como o Deus de todo o mundo. Era o Deus deles, e tão-somente. Outras nações tinham deuses, mas Jeová era o maior de todos. Ele odiava outras nações e outros deuses, detestava todas as religiões exceto aquela que o adorava.

    em resposta a: A questão do suicidio #75714
    mauricio
    Membro

    Realmente olhando pelo ponto de vista da adaptação ao cativeiro, podemos deduzir que é uma forma de suicídio. Muito interessante. Mas com certeza a complexidade humana gera muitas formas de suicídio, talvez o que vc quis dizer com “cativeiros intelectuais” seja isso. Realmente um cão não se mataria porque a bolsa teve queda. Mas se mataria, e ai pela fome, por estar distante do dono de que é muito chegado. O que os homens fazem é inventar milhares de formas de se matar, como veneno, enforcamento, tiro de revólver entre outros. Deve haver uma dependência entre a criatividade de que fala com o processo do suicídio.
    Mas pq há o suicídio? O que isso pode trazer de bom para o que chama de espécie ou para o grupo social em que o suicida vive?

    em resposta a: O que quer dizer Deus para a filosofia ? #71946
    mauricio
    Membro

    “será que isso nao se deve a limitacao da linguagem e do entendimento humano ? e por sermos incapazes de explicar entao refutamos a ideia? pra mim isso é arrogancia do homem que se recusa a cogitar a possibilidade de existir algo que seja superior a ele, pode uma obra explicar o seu autor ? ou pode um cego de nascença entender o que sao cores? analogamente o homem pode se recusar a aceitar Deus so pq é incapaz de explica-lo ”

    Leia o que vc escreveu! Será que não sabendo explicar as coisas precisamos então criar um Deus? Um criador? Ora, de onde veio seu criador? Senão da ignorancia em conhecer as coisas! Do seu limitado raciocino. O pior é que vc responderia: Ora o criador é eterno, ele sempre existiu… E pq não o universo então? Ah, pq ele é perfeito, os planetas tem sua orbita perfeita, a vida, nossa a vida, que perfeicao!! Perfeito no seu conceito né…
    Deus para filosofia significa fuga pelo caminho mais fácil, dificuldade de raciocinar e observar o mundo como ele é. Medo da morte e de não existir mais consciencia apos isso.

    em resposta a: Por que "deus deve ser bom"? #75640
    mauricio
    Membro

    Estas afirmações que determinadas coisas acontecem e a ciência não consegue explicar determina algo de metafisico e demasiado perigoso. Imagino que antes da penicilina àqueles que sobreviviam tinham algo de extraordinário e que as rezas possuiam poder de cura. Há muitos fatores influenciadores na recuperação de enfermos, muitos são conhecidos, outros ainda não são. Quando forem será ciência, e ela explicará. Na possibilidade de um deus existir, apesar que nada leva a crer sobre sua existência ao meu ver, acho extremamente relativo a bondade de deus, bom para quem e como, seriam as indagações preliminares. Se coisas boas acontecem com quem é bom apenas e o “estado de espírito” é fator para que o bom ocorra, basta no ato a pessoa pensar, sentir que faz a coisa boa, seu estado de espírito será bom e então, pex, um terrorista islâmico tem em seu estado de espírito algo de bom ao fazer o que faz, deve com ele acontecer coisas boas. Deus será bondoso com ele. Creio que há uma relatividade imensa no que se trata de bom e mau, deus faz parte dessa relatividade pois é recheado por nossas emoções e sensações do que ele é. Se não hovesse nesse mundo animais com um neocortex como o nosso, o que seria de deus, nenhum outro ser vivo parece acreditar nele.

    em resposta a: Qual é o sentido da vida (cont.) ? #75567
    mauricio
    Membro

    Um mundo sem início, pensando assim fico com a impressão de várias dimensões, uma com espaço-tempo definido e conhecido por nós, outra sem esse espaço-tempo, não percebido por nós e então inexistente em nossos conceitos e assim por diante. É uma hipótese interessante. Até aquela frase que nada se cria etc, tudo se transforma daria para encaixar aqui… mas qual seria o sentido da vida? Estaria agora desvinculado com a origem do universo já que este nunca teve uma origem… como entender o inicio da vida sem …. Pode ser que a vida seja apenas uma mudança na matéria que já existia? Qual seria o sentido da vida então? Pq sobreviver? Pq mantê-la? Tenho que pensar….

    em resposta a: Qual é o sentido da vida (cont.) ? #75508
    mauricio
    Membro

    Realmente, se entendi o que o Mceus disse, um criador é algo de que precisamos para nos confortar perante as dificuldades da vida. Sem dúvida o ser humano é levado a acreditar em um criador e outras mazelas não aferidas cientificamente por sofrer como toda vida sofre para se adaptar melhor ao meio vivente. É difícil crer em um criador apenas por termos inventado, desculpando a palavra, um. Como faremos? Nunca vimos esse deus, tudo que se fala dele não pode ser aferido ou comprovado, o que sobra é algo denominado fé, que é acreditar cegamente ou intuitivamente em algo. Mas como tirar desse algo todos os nossos desejos como falou o Mceus. Não sei, chegaremos num sentido da vida que queremos, que nos dê prazer. Será o verdadeiro?
    Queria dizer que gostaria de debater em ambas as hipoteses, num sentido da vida com deus e outro sem deus. Seria interessante.
    um abs a todos.

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