A poesia de Francisco Bernardino Ribeiro, por Silvio Romero

Francisco Bernardino Ribeiro. — Na série dos nossos poetas e escritores mortos em verdes anos ocupa este um lugar conspícuo. Faleceu antes dos vinte e três anos e teve tempo de estudar preparatórios, formar-se em Direito, defender teses para o grau de doutor, fazer concurso, tirar uma cadeira na Faculdade de São Paulo, escrever artigos e poesias pelos jornais!… Foi uma vida curta e demasiado cheia. Eis aqui as datas principais: nasceu aos 12 de julho de 1814; matriculou-se em São Paulo no curso jurídico em março de 1830; publicou a Voz Paulistana em 1831; formou-se em 1834; teve o grau de doutor em 35, foi nomeado lente em 36; faleceu no Rio de Janeiro a 15 de junho de 37. Era uma talento sério, inclinado aos estudos políticos e jurídicos; cheio de gravidade, não possuía a descuidosa e ardente imaginação de um grande poeta. Suas poesias são medíocres; declamatórias em essência, falta-lhes o sentimento artístico. Em poesia não ocultava suas preocupações doutrinárias. O fragmento seguinte põe a descoberto seus gostos, suas leituras prediletas na poesia e revela a intuição dominante em São Paulo em 1831. O poeta escreve a um companheiro :

Fócion – Plutarco – Vidas Paralelas

Arte etrusca

SUMÁRIO DA VIDA DE FÓCION

  • As circunstâncias retiraram da virtude de Fócion uma parte da glória que merecia.
  • II. As repúblicas são perigosas para se manejar na adversidade.
  • III. Temperamento delicado, mas também difícil de encontrar quando necessariamente, em iguais circunstâncias.
  • IV. Austeridade excessiva de Catão.
  • V. Porque Plutarco compara Fócion com Catão.
  • VI. Nascimento e caráter de Fócion.
  • VII. Diversas piadas de Fócion.
  • VIII. Inícios de Fócion sob a orientação de Cábrias.
  • IX. Apego de Fócion por Cábrias.
  • X. Fócion estuda igualmente a política e a guerra.
  • XI. Não adula nunca o povo.
  • XII. Bons ditos e sábias respostas de Fócion.
  • XVI. Estima dos aliados dos atenienses por Fócion.
  • XVII. Conquista uma vitória completa sobre a armada de Filipe em Eubéia.
  • XVIII. Os aliados de Atenas recusam receber em seus portos a frota comandada por Cares.
  • XIX. Fócion é nomeado em seu lugar; seus sucessos.
  • XX. Torna os atenienses senhores da cidade de Megare.
  • XXI. Aconselha os atenienses a assinar a paz com Filipe.
  • XXII. É colocado à frente da república.
  • XXIII. Prudentes respostas de Fócion.
  • XXIV. Conselho de Fócion relativamente aos dez cidadãos que Alexandre solicitou lhe entregassem.
  • XXV. Aconselha Alexandre a virar suas armas contra os persas.
  • XXVI. Reousa um presente considerável de Alexandre.
  • XXVII. Novas recusas de Fócion.
  • XXVIII. Mulheres de Fócion.
  • XXIX. Conduz seu filho a Esparta para aí ser formado na disciplina dos lacedemônios.
  • XXX. Conduta de Fócion com relação a Harpalo.
  • XXXI. Prudente conduta de Fócion diante da morte de Alexandre.
  • XXXII. O que pensava da guerra denominada Lamaica.
  • XXXIII. Dá ordem para arrolar homens até sessenta anos.
  • XXXIV. Derrota Micion.
  • XXXV. Vitória, e em seguida, derrota dos gregos confederados.
  • XXXVI. Fócion é enviado na qualidade de embaixador diante de Antípatro e Crátero.
  • XXXVII. Nova embaixada de Fócion.
  • XXXVIII. Os atenienses são obrigados a receber guarnição.
  • XXXIX. Mais de doze mil atenienses são privados do direito de cidadania.
  • XL. Dureza e tirania de Antípatro.
  • XLI. Sábia conduta de Fócion.
  • XLII. Seu nobre desinteresse.
  • XLIII. Morte de Demades e de seu filho.
  • XLIV. Fócion aconselha Nicanor a tratar os atenienses com brandura.
  • XLV. Polisperco engana os atenienses por meio de cartas que lhes trazem sua liberdade.
  • XLVI. Nicanor empreende apoderar-se do Pireu.
  • XLVII. Fócion acusado de traição.
  • XLVIII. Polisperco envia-o atado sobre uma carriola a Atenas.
  • XLIX. O povo condena-o à morte.
  • L. Constância de Fócion.
  • LI. Um pobre homem chamado Conópio cumpre com os deveres fúnebres.
  • LII. Arrependimento dos atenienses, honras restituídas a Fócion. Castigo de seus acusadores.

Desde o terceiro ano da nonagésima-quarta Olimpíada, até o terceiro ano da centésima-décima-quinta; A. C. 318.

Velho do saco – História da Carochinha

O SURRÃO

ERA uma vez uma pobre viúva, que tinha só uma filha que nunca saía da sua beira; outras raparigas da vizinhança foram-lhe pedir, que na véspera de S. João deixasse ir a sua filha com elas para se banharem no rio. A rapariga foi com o rancho; antes de se meterem no banho, disse-lhe uma amiga:

 Tira os teus brincos e põe-os em cima duma pedra, porque te podem cair na água.