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HISTÓRICO (O) E O LÓGICO — Categorias filosóficas que caracterizam as relações entre o processo do conhecimento lógico, de um lado, e o desenvolvimento histórico da sociedade em seu conjunto e da história do conhecimento em particular, de outro lado. O verdadeiro conhecimento científico espelha a história da natureza e da sociedade. Um fenômeno não pode ser entendido se não fôr estudado em sua evolução histórica. Compreender um objeto é refletir a história do seu aparecimento e do seu vír-a-ser. Por conseguinte, o lógico coincide em princípio com o histórico. Mas esta coincidência não significa que o pensamento deva reproduzir a história em toda a sua diversidade concreta, com todos os seus elementos fortuitos e secundários. O lógico é o histórico despojado dessas contingências, tomado em seus caracteres essenciais e ne cessários.

O processo dialético do conhecimento vai da contemplação viva ao pensamento abstrato e deste último à prática. Isso mostra que a marcha lógica do conhecimento de uma coisa reproduz, em forma sucinta o condensada, o curso histórico do conhecimento que vai do conhecimento do imediato à descoberta dos aspectos essenciais, sempre mais profundos, da natureza e da sociedade. A tese marxista da unidade do lógico e do histórico é dirigida contra o Idealismo e a metafísica, que separam o pensamento a realidade, a teoria da prática, a lógica da história, e oferece um método seguro para conhecer o mundo real.

HISTORICISMO, MÉTODO HISTÓRICO — Estudo doa objetos, dos fenômenos e dos acontecimentos, do ponto-de-vista de seu aparecimento e desenvolvimento, vinculados às condições históricas concretas que os engendraram. O método dialético marxista considera os fenêmenos sob o ângulo de sua conexão interna e de sua ação recíproca. Não existem fatos isolados; todo fenômeno é ligado a outro. Esse é o motivo pelo qual não se pode compreender um fenômeno a não ser abor-dando-o historicamente e analisando a situação concreta com a qual esse mesmo fenômeno se relaciona O princípio marxista do historicismo nada tem a ver com a substituição do estudo da história concreta por esquemas abstratos desligados da vida. O método marxista exclui toda interpretação tendenciosa do passado separado das condições históricas.

A sociologia burguesa é anti-histórica e metafísica por sua própria natureza, e sua hostilidade ao historicismo deve-se ao terror que lhe inspiram a verdade histórica, o estudo objetivo do passado e do pre sente, pois tal estudo prova de forma irrefutável que a sociedade capitalista tem, històrioamente; caráter transitório.

HUMANISMO — Movimento cultural (literário, científico, filosófico) que nasceu na Itália e estendeu-se pela Alemanha, Holanda, França e Inglaterra, no fim da Idade Média. Como ideologia de um meio social ilustrado, relativamente restrito, correspondia às necessidades da luta contra o feudalismo e a escravidão feudal do indivíduo.

O humanismo contribuiu para ampliar bastante o horizonte cultural da humanidade e valorizar a herança literária da antiguidade (pesquizas, comentários, publicações de manuscritos clássicos), relegada ao ouvido pelo medievalismo. Igualmente importante foi o seu papel na elaboração dos métodos de crítica filológica.

Após ter desempenhado um papel progressista durante os séculos XIV, XV e XVI, o humanismo, desprovido de base democrática real, restringiu-se a um círculo fechado de sábios latinistas que tratavam o povo com arrogância, desprezando a arte e a linguagem populares.

O humanismo burguês atingiu o seu apogeu durante o século XVIII, na época dos enciclopedistas. Porém, uma vez no poder, a burguesia renunciou às concepções humanistas e perseguiu toda manifestação de pensamento livre que ameaçasse a sua dominação de classe.

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