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Miguel (admin)Mestre
Walace..
Sim…houve alguns mal entendidos, certamente
…agora é evidente que há vários tipos de existencialismo…pessoalmente acho que Camus não é existencialista. É evidente que não está em causa aqui colocar Camus como cristão nem foi isso que eu entendi da sua mensagem!!! Também não afirmei que Camus não pudesse passar perto de Deus!!!! E claro…O Walace pode entender o que quiser, obviamente…se todas essas questões fossem claras por que estaríamos aqui??
abs.
Miguel (admin)MestreComo vai gandalf
Miguel (admin)MestreOi Isabel,
permita-me esclarecer alguns pontos, acho que houve alguns mal-entendidos…
Camus tem, de facto, uma enorme confiança no homem, esperança. E é possível imaginar Sísifo feliz justamente por isso.
Foi para o que procurei chamar a atenção. Da confiança como experiencia religiosa, mesmo que nao nomeada assim por quem tem outra chave de leitura.O universo de Camus não é, como o dos existencialistas, um universo individualista, mas antes um universo solidário que se descobre no âmago da revolta. O outro não é apenas aquele que oprime.
Bem, há existencialismos e existencialismos… tb sou um tanto desconfiado desses enquadramentos que respondem a tudo. Onde fica a originalidade? Mas, ruim com ele, pior sem: razao didatica, desde que bem entendida nao haveria tanto problema.Quanto ao que disse sobre ser ateu é não encontrar o sentido, permita-me que discorde. Penso que ser ateu é negar que esse sentido passe pela existência de deus.
Se reparar bem na msg anterior, eu dei mostra de que nao é esse meu pensamento
seria muito simplista definir assim o ateismo. No “se ser ateu…”, o SE era condicional, nao inicio de definiçao. Por isso tomei o exemplo de Camus, para mostrar que seria contraditoria esse definiçao.
Entao: Nao estou querendo “cristianizar” todo mundo agora. Nao quero dizer que um “bom ateu” seja cristao, isso só daria confusao. E depois um ateu poderia dizer que é o “bom cristao” que é um ateu. Alias, foi isso que fez Ernest Block. Estou mais interessado em apontar que a questao do religioso aparece em todo homem, mesmo que como negaçao, e tem a ver com a questao do sentido da vida.
Queria apontar para o fato de que essa separaçao entre ateus e cristaos com criterios de valor é pobre e maniqueista. Sao perpectivas diferentes de diferentes sistemas hermeneuticos com diferentes chaves de leitura: um ateu lê um fenomeno de um modo, um cristao lê o mesmo fenomeno de outro modo. Parece que esquece-se muito facilmente que o cristianismo trabalha com a questao da encarnaçao, entao a transcendencia é lida na propria imanencia diversas vezes. Frequentemente levantam criticas ao cristianismo que passam longe do alvo. Em principio, há bons e maus cristaos e ateus, os dois poderiam, inclusive, agir do mesmo modo, antes, diferenciaria no por que.Detalhe: nao defini nem o que seja ateu, nem o que seja cristao. Bem, vc disse que Camus nao chega a Deus… chave de leitura sua. Por que eu nao poderia entender que ele tenha chegado, ou pelo menos passado perto, ainda que sem nomea-lo? [Ah… de novo: NAO estou colocando ele como cristao!!]
[]´s
Miguel (admin)MestreSe Deus existe ou não, ou se existe mais ou menos, uma consideração deve ser feita; Será que enquanto humanos seremos capazes de alcançar a verdade absoluta? (se é que isso existe…) Não estou propondo a estagnação do nosso instinto de busca, jamais! Só estou sugerindo a chamada “teoria da econômia”, poderíamos usar essa capacidade para solucionar questões mais solucionáveis.(embora eu também adore uma discussãozinha sobre os grandes temas!!)
Miguel (admin)MestreO que é perfeição senão um conceito, ou seja, um Deus poderia criar coisas imperfeitas na opinião delas mesmas, porém não na dele. Pior ainda, um Deus poderia não ter razão, conceitos, objetivos…isso pode muito bem ser apenas características humanas. Modestamente parabéns pela pergunta, humilhô!
Miguel (admin)MestreWalace…
Camus tem, de facto, uma enorme confiança no homem, esperança. E é possível imaginar Sísifo feliz justamente por isso.
O universo de Camus não é, como o dos existencialistas, um universo individualista, mas antes um universo solidário que se descobre no âmago da revolta. O outro não é apenas aquele que oprime.Quanto ao que disse sobre ser ateu é não encontrar o sentido, permita-me que discorde. Penso que ser ateu é negar que esse sentido passe pela existência de deus.Se reparar, a procura do sentido está bem presente em Sartre só que cabe ao homem descobrir esse sentido.
Se Camus deu um salto??? De uma certa forma…talvez por que acredite na possibilidade da união perdida e isso poderá remeter para algo metafísico, mas honestamente e de uma forma clara ele não chega a deus.
Penso que ,de certa forma, o outro é tb para Camus possibilidade, na medida em que eu me transcendo no outro e é a partir daí que é possível a união universal.
A felicidade está no acto de amar e não no de negar. A procura camusiana é a procura da felicidade…
abs.
Miguel (admin)MestrePOR FAVOR ESTOU PRECISANDO FAZER UMA REDAÇÃO DE ALIENAÇÃO E IDEOLOGIA
ESTOU DESESPERADO POR FAVOR ME AJUDEMMiguel (admin)MestrePara mais informações visite o site:
IPPB – Instituto de Pesquisas Projeciológicas e Bioenergéticas
Abraços
GandalfMiguel (admin)MestreAlex,
pode parecer uma pergunta estranha mas …
Reino do Céu – daria para explorar mais ?
abs.
Miguel (admin)MestreAlex,
pode parecer uma pergunta estranha mas …
Reino do Céu – daria para explorar mais ?
abs.
Miguel (admin)MestreOlá amigos,
Preciso entregar um trabalho a nível 2º.Grau, q dê o maior número de informações sobre o Mito da Caverna de Platão. Sou leiga no assunto.
Desde já agradeço.Miguel (admin)MestreOlá a todos
“Dou-lhe, portanto, mais um pensamento, ainda mais puro e mais espiritual: no Reino do Céu tudo está em tudo, tudo é um e tudo é nosso.” Eckhart.
“…e complica a coisa bastante.”
abs.
Miguel (admin)MestreOlá a todos
“Dou-lhe, portanto, mais um pensamento, ainda mais puro e mais espiritual: no Reino do Céu tudo está em tudo, tudo é um e tudo é nosso.” Eckhart.
“…e complica a coisa bastante.”
abs.
Miguel (admin)MestreNao tenho formacao filosofica mas me interessou muito esta questao.
Por antecipacao peco desculpas se ha algum erro conceitual ou se estou “psicologizando” excessivamente a questao.}
Ja li dois livros interessantes de psicologia social que lancam alguma luz sobre o assunto: “Agressao, violencia e crueldade” e “A Familia de que se fala e a familia de que se sofre”. Ambos do polemico psicologo Jose Angelo Gaiarsa.
Resumidamente, afirmam que a familia como normalmente idealizada tem como funcao principal apenas produzir individuos alienados, desinteressados, entediados, pouco criticos, que eh o padrao estatisticamente predominante na populacao. Por este motivo seria tao fanaticamente defendida pela extrema direita.
Resta uma questao, porem, semelhante a do ovo e da galinha:
A familia se organizou espontaneamente nas comunidades primitivas e inventou a propriedade privada para “garantir sua seguranca”?
Ou o oposto:
Teria sido a familia organizada/formalizada pelo inventor da propriedade privada, com a principal finalidade de mante-la privada?
Propriedade privada que nestes primordios se resumia a uma plantacao de trigo ou um rebanho de cabras a incitar a cobica dos que viviam da caca/coleta. Humildes e bucolicas origens do que serah nossa destruicao, se nao criarmos juizo a tempo!
Comentarios adicionais:
Pessoalmente acredito que:
1. Enquanto nao encontramos uma alternativa de formacao pessoal ah familia, eh preferivel mante-la como esta, mesmo porque dificilmente alguma lei externa seria capaz de modificar tao repentinamente uma organizacao social tao arraigada e defendida. Em outras palavras: para defender o fim da familia seria necessario propor um modelo de organizacao social alternativo, mais eficiente na formacao de cidadaos acima de tudo FELIZES. Neste sentido aponto a FEBEM e instituicoes similares como anti-exemplo.
2. A familia distorce demais a realidade “prometendo” o futuro para a crianca como um “ceuzinho cor-de-rosa” ilusorio em que ela ira facilmente satisfazer suas necessidades de realizacao pessoal, social e profissional. Nosso modelo de educacao “puxa” demais as criancas para o “bonzinho” quando sabemos que a dura realidade nao eh nada disso. Enfim, acredito que todo educador, seja pai/mae ou professor(a), tem o dever de educar mostrando as coisas como sao, nao como gostariamos que fossem. Evidentemente, com o devido cuidado de nao destruir sonhos e esperancas.Miguel (admin)MestreIsabel,
Penso que essa visão positivista da realidade está, aos poucos, a esfumar-se.
De fato, parece que aos poucos estao aparecendo novos aportes, mas mesmo assim talvez ajude chamar a atençao para isso.Aliás, a simples consideração da existência de determinismo no acaso é a “prova” disso. É a aceitação de uma “margem” que não se domina.
Por acaso, eu trabalhei com teoria do caos anos atras, mas faz tempo… Mudando de assunto, há uma corrente de fisicos que trabalham com teoria das cordas e que estao fazendo experimentos que mais parecem algo “mistico”. O ponto de partida para essa maluquice foi uma experiencia em que desintegraram uma particula em um laboratorio, e perceberam que isso afetava todas as outras particulas IMEDIATAMENTE. Logo, fala-se de comunicaçao imediata, trafego de informaçao acima da velocidade da luz… Precisa dizer que isso, se provado, tem repercussao imprevisivel? Essa corrente de fisicos é meio marginal no meio academico, justamente pelas consequencias “misticas” dessa concepçao, mas parece que eles tem conseguido alguns avanços.É evidente que, implicitamente, há sempre resquícios de positivismo…este fórum está cheio deles…veja o número de vezes que se fala em factos , em provas…Isso não me parece errado desde que se mantenha essa margem…
É mesmo, fala-se de fatos como se isso fosse evidente por si.Bem, tratando-se da pergunta inicial:
qual o sentido da vida?Estou propondo retornarmos à categoria do espirito, pois acho que a questao do sentido será melhor compreendida nesta e nao tanto no corpo ou no psiquismo.
O homem odeia ser mortal…
É fato
Tentarei dar novo sentido à questao do sagrado, que acho ponte para a questao do religioso.
Para uma experiencia do sagrado, a pergunta “o que nao é profanável?” pode ser uma pista. Se há uma resposta, há o sagrado. E mesmo um ateu pode responder aqui: “o homem” seria uma possivel resposta. Quero partir de um ateu confesso, pois isso expressará melhor minha posiçao. Posso pegar Camus como exemplo? “Há mais coisas no homem para se admirar que para se desprezar” Para mim, apesar da experiencia do absurdo, ele fez uma experiencia do sagrado.
Falar de experiencia do religioso é mais dificil, mas eu poderia tentar ligar isso com a questao do sentido. Pegando carona em Derrida: a experiencia do fiduciário e do fiável (de fé) remete a experiencia do religioso. Ora, dá para falar de um ato de confiança no homem em Camus, e a questao do sentido aparece qd ele afirma que dá para imaginar Sisifo feliz, e qd diz que só resta ao homem amar. Nao?
Nao estou querendo “cristianizar” todo mundo agora. Nao quero dizer que um “bom ateu” seja cristao, isso só daria confusao. E depois um ateu poderia dizer que é o “bom cristao” que é um ateu. Alias, foi isso que fez Ernest Block. Estou mais interessado em apontar que a questao do religioso aparece em todo homem, mesmo que como negaçao, e tem a ver com a questao do sentido da vida.
Acho que exemplo de negaçao aparece em Sartre, já esse nao deu o passo de Camus qd disse: “o inferno sao os outros” e coisas do genero. Como ateu, é mais coerente que Camus? Se ser ateu é nao encontrar sentido, Sartre foi quem chegou mais proximo da propria desgraça. A mim parece que Camus deu algum tipo de salto, e acho que é isso que o torna mais proximo da experiencia humana do leitor que Sartre; em Sartre parece que falta algo.
Na afirmaçao de que “o inferno sao os outros”, o outro apareceu somente como limite. Mais correto, na minha opiniao, é recordar a experiencia de Levinas qd apresenta o outro como constitutivo de mim, como oportunidade, como possibilidade.
Que vc pensa disso?
(PS: a questao linguistica, deixemos para a proxima)
[]´s
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