[Miguel (admin)]

A Nova Televisão! __Já não cabe mais discutirmos a má qualidade dos programas de TV, ou a boa qualidade. Ela se tornou um bem de consumo coletivo agradando a Gregos e Troianos. Tem coisa que eu vejo na TV, tem coisa que eu não me interesso. O problema é que a TV, envia a mensagem, depois é que você vai optar se gostou ou não, se fica ou muda de canal. Ela entra na sua casa e se você se opõe a ela fica arriscado a sair de casa e se esbarrar com uma greve que foi avisada no noticiário. A internet deu uma saída para a criatividade humana. Eu já assisto TV a 40 anos, e oque me aborrece é que a programação vai de mal a pior. todo mundo sabe disso. Acredito até que a TV de 20 anos a trás era mais interessante, quando ainda era novidade. Eu quero ver outra coisa, uma nova forma de se fazer televisão. A TV a cabo também não resolveu este problema. Não me importo se os índices de audiência baixaram ou subiram, isto não passa de uma consequência qualquer embutida no contexto, pode ser política ou uma mera conscidência. A questão é lembrar os produtores de TV, que hoje ela já é uma tecnologia de ponta e o fato de se admitir programas melhores sejam populares ou intelectuais, não vai fazer com que percam dinheiro, ao contrário, pode até aumentar o capital. Já nos países socialistas, uma boa programação eleva o padrão cultural e um povo feliz é mais produtivo. Em resumo, não é lutando contra a arte, que se gera riqueza, a internet está aí como prova disso. Os governos de todo mundo estão investindo em computadores e barateando no mercado, pra toda a população e o povo está gostando por que é um vasto manuncial interativo. Se estes produtores de TV não abrirem o olho, eles é que vão ficar a ver navios…

[Miguel (admin)]

Quero aqui fazer-me uma auto-crítica: __ Aonde disse, ” vejo o homem como um ser muito belo, sempre a revelar-se”, recoloco, vejo como “um ser sempre a revelar-se”. Pois reconheço que dependendo do momento posso ver tudo como “belo”.

[Miguel (admin)]

O homem é um animal que desenvolve os seus atributos como qualquer outro animal. Ciências, artes, política, religião são seus atributos naturais. Tudo o que faz é por que gosta, ele precisa se expandir. A fala também é um destes atributos, daí desenvolveu a linguagem. Quando se vê limitado a expandir seus tentáculos aí começa seu sofrimento, tal como um animal preso em jaula, um pássaro na gaiola. Mas apesar das limitações impostas, o homem, a raça precisa sobreviver, então ele também desenvolve a adaptação. Tudo que o homem desenvolveu de si, mesmo ele acreditando que tem um motivo a mais, além do ato de expandir-se pode ser fruto da sua imaginação (lembrando que a imaginação faz parte da ferramenta de raciocínio humano), pois nem mesmo a ciência, pode impedir o aniquilamento do homem, bastando para isso um tremor de terra, um furacão, uma peste súbita e avassaladora ou uma era do gêlo. Os outros homens anteriores também foram dotados de atributos extraordinários, mmesmo assim foram extintos. Em resumo, vejo o homem como um ser muito belo sempre a revelar-se, desde que tenha tempo suficinte para isso e um dos seus atributos mais interessantes para mim, é a capacidade de memória. Por que? Por que apartir da memória armazenada, atribuída a um outro homem, ele pode somar isso ao seu próprio banco de dados e adquirir outro conhecimento, pode inclusive, além de passar informação e receber, desenvolver seus dons, dons antes nunca percebidos. Desenvolvendo seus dons, estende seus atributos e senti-se feliz. Mas novamente está em perigo, pois se este dom for impedido, o homem se sentirá limitado e infeliz. Então lançará mão do seu banco de memórias ou de outro e buscará a solução, estará aí desenvolvendo a aventura, o homem é aventureiro, imaginativo, intuitivo e criativo.

[Miguel (admin)]

Nas antigas sociedades, o encontro humano e efervescente entre o povo e o filósofo em bate papo nas ruas, contribuia para a elevação cultural e isto aumentava o respeito e a confiança do povo em relação ao filósofo. O médico também era mais amado e respeitado. A elitização do século dezenove, foi um grande golpe num mundo que tendia a expandir-se demograficamente. Gerou mais ódio e oportunismo. Em alguns países o povo não só odeia o filósofo como o confunde com espertalhões que falam uma lingua extranha (fruto da elitização).

[Miguel (admin)]

__ Na sociedade moderna, a capacidade de absorver o filósofo no estado democrático, vai depender do nível de consciência e educação do seu povo. A prática de cada povo em cada país. Aonde houve a elitização e o embrutecimento do seu povo, fica mais difícil para o filósofo ser entendido tanto num bar, quanto num programa de TV. Em consequência, como o estado democrático abre o leque de participação popular, é como se abrisse um curral e todo mundo quer participar de algum projeto sem o menor preparo para isso. Daí passam por cima de filósofos e intelectuais. Em nosso país por exemplo, desde o fim da ditadura, processo massacrante e elitizante, a democracia não aproveitou o vasto ensinamento dos filósofos modernos em vários campos e isto é notório na pedagogia. Os métodos aperfeiçoados em escolas experimentais, continuam na categoria experimental. Os governos não estenderam os métodos às escolas. O pior é que ainda ficam discutindo entre si, um eu acho isso pra lá e eu acho isso pra cá, sem fim. Se por um lado esse exercício democrático estende o experimentar e o aprender para o saber por outro lado gera muito disperdício e muito sofrimento coletivo. Isso ocorre também no “direito”.

[Miguel (admin)]

Houve uma época em que era normal conversar com entes e seres da natureza. O pc jamais vai fazer algo assim…

[Miguel (admin)]

Caro niilista você é ótimo, poderia ficar aqui milênios e milênios conversando com você, num looping infinito, eu e você nos destruiriamos e retornariamos a renascer. No resnascer uma nova linguagem, enquanto isso ocorre C já vai longe, nem sequer jáz em caos vertiginoso./ Fica a questão, se “Uma máquina” poderia ser uma inteligência autônoma da aparência. A ficção de Asimov, busca demonstrar que a inteligência assim como a percebemos, não necessáriamente provém de um sistema humano. Andando mais atrás no tempo, alguns pensadores acreditaram que a alusão artística de se colocar um passarinho falando, a formiga ou o sol, seria uma tendência cristã de humanizar o mundo ao seu redor, de modo que se bota na boca do passarinho, aquilo que se deseja ouvir. Mas antes disso, quando os homens conversavam com pedras e bichos, com a chuva e o sol, também foram taxados de pagãos ou de malucos.

[Miguel (admin)]

Olá todo mundo!__ Um aparte: (Emileto, eu assim lhe nomeio, por que seu nome é muito bonito e junto com o E., soa muito bem). Voltando a carga, entendi seu ponto de vista, em termos humanos é assim mesmo que funciona. Pois é nestas brechas que a criatividade entra em vigor. Eu não vejo isso como uma deformação, pois sou menos pessimista, não sou niilista. Observo que esta criatividade, que venha a ser a melhor coisa que ocorre a humanidade, também é geradora de muita contrariedade e vai depender do ponto de vista de quem. Já dizia um filósofo popular “Oque dá pra ri, dá pra chorar, questão só de peso e de medida, faz parte de hora de de lugar.Mas tudo são coisas da vida!”/ Deixo aqui um grande abraço e estou aguardando a resposta de Renan. Se não por hora aqui, possivelmente (Tulia e Emileto) nos encontremos em outras salas. Saudações! Ass:TCP

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O conto é muito belo, mas eu tenho uma versão menos emocionante dessa estória:

Gödel perguntou ao supercomputador Multivac se a afirmação do computador C – o qual fora programado para sempre mentir – de que as respostas dele próprio são mentirosas é verdadeira ou falsa. Daí, o supercomputador entrou em curto-circuito e autodestruiu-se, pois queria dizer que a afirmação do computador C era verdadeira, já que, de fato, fora programado para só dizer mentiras, porém, a afirmação deste computador tornou-se falsa no momento em que proferiu uma sentença verdadeira. Ou seja, o computador C disse uma verdade, mentindo, ou mentiu, ao dizer uma verdade. Num looping infinito entre responder falso ou verdadeiro, o supercomputador entrou em colapso…

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Desde que você compreenda que, na melhor das hipóteses, alguém só vai conseguir se formar como “professor de História da Filosofia” numa universidade e, não, como um verdadeiro filósofo, tudo bem…

…dizer que filósofo é um graduado de filosofia, equivale a dizer que os beatles cursaram a academia de “beatle song” ou que Einstein fez faculdade de genialidade…

(Mensagem editada por Mike em Dezembro 23, 2005)

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O que estou querendo dizer é que, na prática, não há brilhante ideologia que não possa ser deformada, é isso. A miséria começa pelo fato de que as ideologias não são específicas, não descrevem os pormenores. Dizem, mais ou menos, o que deve ser, mas não especificam “como vai ser” exatamente…

…daí a vontade de poder se apropria desse espaço, dessas brechas, de instruções a serem especificadas, e a utopia idealista acaba cedendo seu lugar a mais uma decepcionante realidade. A vontade de poder sempre consegue transformar sonhos em pesadelos…

[Miguel (admin)]

Isac Asimov em seu livro “Nove Manhãs”, foi o escritor que mais me emocionou, demonstrando com o seu “Multivac” a inteligencia virtuando por meio da máquina conversando com o homem. No início, não passava de um computador, a medida que os séculos foram passando o “Multivac” foi enfim programado para se auto programar e daí ele passou a se expandir desenvovendo sua própria linguagem. Como resultado ele dispensou o sistema artificial e penetrou com exito na na natura, percebendo que ela já estava configurada para isso. Neste tempo, ele havia recebido informações de todos os humanos, era uma conciência em expansão que tanto sabia a mecânica do pensamento humano quanto a mecânica da linguagem da natureza, natural e artificial. Então os homens começaram a fazer uma pergunta ao “Multivac”. Ele estava misturado ao ar, a água, ao cosmo. Bastava perguntar. Tudo ele respondia, só uma pergunta ele não sabia ainda responder: E quando a última estrela se apagar? Então, passaran-se os milênios e quando o último homem fêz a pergunta, ele respondeu: __ Ainda não há dados suficientes. Então, quando o último homem desapareceu e depois a última estrela se apagou, o Multivac ficou em silêncio por alguns momentos e respondeu: __ Faça-se a luz!

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Emileto, __ Você está confundindo formas de sistemas, sistemas diferentes, com deformação. Em ciência política não existe isso. Qualquer alteração de princípio, significa que passou-se para “outro” sistema, por isso existem vários tipos de esquerda. A esquerda é um sistema complexo, um pacote onde cabem variantes de sistemas. O capitalismo também, você já deve ter reparado. O mesmo ocorre na monarquia e seus sistemas monárquicos. No anarquismo idem, na teocracia também e nos sistemas tribais…

[Miguel (admin)]

__ O humor faz parte do pensador, logo o pensador fala com humor. Mas, posso explicar em miúdos: Eu lhe fiz um elogio. Mas, também poderei ser acadêmica se assim parecer mais lógico. Continuando…é fato que, a universidade não faz o pensador, o filósofo, mas a existência do filosofo contribuiu para a criação de muitas universidades e não me refiro a filosofia, mas a várias outras./ Contestar é uma forma filosófica (não me lembro no momento o filosofo que empregava este método), Duclós poderia dar uma força neste sentido. Sócrates usava o sistema de perguntas, tipo, faça esta pergunta a si mesmo e encontrarás a resposta.

[Miguel (admin)]

Pessoal, a discussão sobre a filosofia na academia é relavante, mas fugiu completamente do tópico proposto pelo iniciador. Não é nenhuma mordaça, mas quanto mais específico for o thread, melhor.

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