Miguel (admin)

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  • em resposta a: A pop-filosofia é aniquilada por Jomard Muniz #71628

    Luiz: leia uns poemas de Jomard no Jornal de Poesia

    em resposta a: Aprofundamento dos textos! #71729

    MHanemann: Sua idéia é muito interessante, mas no caso de um autor recente como Russel temos sempre de tomar cuidado com os direitos autorais ou das editoras.
    Eu considero a História da filosofia do Russel apenas razoável dentro das Histórias da Filosofia. Claro, está anos luz à frente de um Mundo de Sofia. Mas não é propriamente um trabalho de história. Russel, como filósofo, opina sobre tudo, o que acaba prejudicando um pouco a imparcialidade de seu texto. Isso pode ser nocivo à estudantes que apenas se deixam levar pela sua influência sem terem lido o autor original. Um exemplo, em determinada passagem ele diz que tratará Platão como um contemporâneo qualquer seu, inglês e adepto do totalitarismo. Isso ao meu ver é um tremendo de um anacronismo, impensável num trabalho de história que busca apenas a objetivação. Outro exemplo, ainda em Platão? Ele diz que Platão caiu em erros filósoficos típicos de quem está começando, dizendo que a filosofia era muito imautura em sua época. Ele pode discordar o quanto quiser de Platão, ao escrever um ensaio, mas chamar de superficial um autor que é lido sem se esgotar e com assombro há 2500 anos decididamente não me agrada.

    Quanto ao Goethe, você poderia precisar melhor estes trechos para mim consultar? Eu possuo a edição com tradução de Jenny Klabin Segall.

    em resposta a: Aprofundamento dos textos! #71728

    Anônimo: Creio que depende do texto. Alguns dos trabalhos, como o sobre a metafísica de Aristóteles, sobre o fordismo, sobre filosofia da mente são aprofundados e com muito conteúdo. Por outro lado, textos feitos há tempos apresentam uma superficilidade absurda, como o do Hobbes ou o “vida e obra” de Descartes. Eu apenas tenho deixado estes mais simples lá enquanto não me encorajo a produzir algo melhor seguindo a mesma proposta destex de introdução : familiriazar o jovem ou as pessoas de outras áreas com o universo da filosofia.

    em resposta a: Trabalhos de análise #71725

    Eu creio que temos de direcionar o conteúdo para os dois públicos. Se por um lado, quem aspira á seriedade filosófica não pode ficar apenas na superfície de um resumo ou de um historiador, por outro, os textos de maior procura na página são justamente os de resumo. Ou seja, é uma tentativa válida de aproximar ou introduzir as pessoas à filosofia, afinal, todos começamos do zero. Porém estes texto-resumo foram preteridos há tempos por trabalhos acadêmicos de filosofia, os quais já temos uma boa mostra. Além disso, eu procuro sempre colocar traduções fora do mercado de textos dos filósofos clássicos. Talvez a melhor divisão da página, portanto, não seja a do frame, pelas idades históricas, mas a que conta no mapa do site.

    em resposta a: Quem é o maior filosofo do século XX? #71163

    Na minha opinião, é um absurdo Benedito Croce não ser sequer citado, pois ele é o criador da estética moderna, e o maior filósofo italiano desde Maquiavel. Se não é o “maior” , se é que tal existe, é um dos mais importantes deste século que termina.

    em resposta a: Crise de paradigma #79621

    Caro Anonymous: Em O Colapso da Modernização, Robert Kurz escreveu que o socialismo real ficou reduzido a um sociologismo, isto é, em vez da crítica ao capital, fez-se a crítica aos capitalistas. Isto vale para nós, em vez de criticarmos, em primeiro lugar, a sociedade capitalista, talvez seja melhor criticarmos o próprio capitalimo: não podemos tirar do horizonte a crítica ao trabalho alienado, melhor dizendo, esta deve ser a nossa principal preocupação. É o capitalismo que engendra e é engendrado, que faz e é feito pelo trabalho alienado: o cerne da questão não pode ser outro, não podemos stalinizar nossas teorias e ações. Não estou mandando este recado para você, Anonymous, mas para a “esquerda” brasileira, que insiste pela vereda de criticar – quando critica – a direita, os capitalistas etc, não o capitalismo.

    em resposta a: Aprofundamento dos textos! #71727

    Eu creio que, ao lado dos resumidos textos sobre os filósofos, deveria haver alguns estudos de grandes autores sobre eles. Um grande historiador da filosofia que poderia ser usado para isso é Bertrand Russel. Em sua “História da Filosofia” – em 3 volumes, ele faz interessantes comentários tanto sobre as idéias quanto a época que ele está enfocando. Para os pré-socráticos há textos de “Fausto” de Goethe (2ª parte) que poderiam ser inclusos. Os textos d'”O Mundo de Sofia” que não fazem referência direta a história do romance também poderiam ser oportunamente colocados.

    em resposta a: São Humanos? – Computadores Inteligentes #71475

    Só existem duas coisas que eu posso provar: a minha existência e a existência dos meus pensamentos, sendo a segunda causa da primeira (porque sei que meus pensamentos existem é que sei que eu próprio existo). Não posso provar que há um computador na minha frente ou que as minhas mãos tem realmente cinco dedos cada uma, posso saber apenas que “Penso, logo sou”. Partindo dessa interpretação da frase cartesiana, nada tem a ver o fato dos computadores serem ou não inteligentes com o fato deles serem humanos, afinal, prove-me que ele existe e não é somente uma ilusão de ótica dos seus enganadores sentidos.

    em resposta a: Crise de paradigma #79620

    Caro Anderson,
    Achei extremamente interessante suas colocações e considero que o marxismo tem hoje a tarefa de repensar sua própria história e separar o joio do trigo, ou seja, o marxismo de espírito libertário e revolucionário e o marxismo dominante, seja social-democrata ou leninista, no sentido de recuperar seu núcleo revolucionário. As ditas esquerdas brasileiras (leia-se PT, PCdoB, PSTU, e todos os outros “pês” de “esquerda”) acabaram se institucionalizando, o que é fatal com instituições que seguem a lógica da sociedade burguesa, tal como a “sua” democracia. Mas além de questionar radicalmente tais “esquerdas” precisamos contribuir para reconstruir o marxismo revolucionário e retomar a crítica da sociedade capitalista. Aí eu coloco as seguintes questões: qual é a alternativa marxista hoje? Qual é o papel do marxismo no processo de luta de classes? é da resposta a estas questões que podemos pensar o caminho a trilharmos, caminho teórico e prático. (NV).

    em resposta a: Trabalhos de análise #71724

    Concordo com a opinião de João Luiz Romão. Aquele que quiser um conhecimento profundo de determinado filósofo deve se remeter aos textos deste filósofo, mas acho também que algumas dessas obras poderiam constar nesta home-page.

    em resposta a: Crise de paradigma #79619

    Sr. Aurélio: fiquei feliz em ler algo tão inteligente. Vou direto ao cerne da questão: os partidos e a “conscientização” do “povo”. Os primeiros já são gestados dentro das estruturas de relação do capitalismo e, portanto, têm de aceitar aprioristicamente os seus imperativos. Concernente à “conscientização” do “povo”, a nossa tradição iluminista apregoa que nós somos os guias e o “povo” é uma massa amorfa que espera as luzes dos partidos, dos intelectuais… No entanto, pela imanência das relaçãoes capitalistas – alienação (Marx), exploração racionalizada e calculista (Weber) – que permeiam todas as esferas sociais, há uma unidimensionalização (Marcuse)da sociedade:
    a transcendência fica embargada. Assim, caro Aurélio, algo além da “conscientização” é necessário para emancipar o homem.

    em resposta a: Crise de paradigma #79618

    Senhor Andersom, tenho certeza que suas conclusões sobre o direcionamento atual das esquerdas estão próximas da realidade. No entanto não acredito que elas estão aproximando-se das esquerdas européias, pois nosso contexto histórica é completamente diferente e a forma como essas esquerdas(principalmente o PT) foram concebidas não dão margem a essa europeização nem na forma ética e nem ideológica. Mas acredito que a questão principal suscita muitas dúvidas e certamente é dialeticamente possível. Como então deveriam ser esses partidos? Seria ingênuo e pretensioso acreditar que um partido ou qualquer outra instituição política que ousasse falar em dogmas puramente socialistas sobrevivessem a ditadura do capital, acredito que nosso maior erro é acreditar que nossa população esteja preparada para algum tipo de mudança radical. Nos vemos realmente entre questões de natureza política e social que nunca serão resolvidos enquanto não aceitarmos a conscientização de base como ponto inicial para quaisquer tipo de transformação. Infelizmente não estamos preparados para essas questões. Fica claro isso para nós quando notamos que a população comparece as urnas e acredita que vive em uma democracia,mas qual democracia? aquela que nos nega o conhecimento e nos obriga a votar, aquela que nos retira das escolas, ou retira as escolas de nós, para que não possamos enxergar toda a contradição que se esconde por trás desse sistema, ou ainda aquela que nos oferece míseros trocados em troca de lucros extraordinários.
    Acredito que se possa ainda modificar toda essa estrutura, mas temos que ter em mente que as poucas “conquistas sociais” que ainda nos restam são defendidas por esse partidos de esquerda, e que sem eles praticamente estaríamos condicionados a uma exploração muito maior, Não quero aqui defender a institucionalização da luta, mas defendo-me da hipocrisia de acreditar em uma sociedade capitalista sem eles.
    Finalizando: só acredito numa real revolução se esta estiver completamente condicionada aos ideais do povo e que essa mesma seja feita pelo povo, consciente de suas necessidades físicas, biológicas e sociais, um povo preparado e também livre de acondicionamentos de valores capitalistas.

    em resposta a: O que quer dizer Deus para a filosofia ? #71915

    Existe um Deus dentro de cada um de nós? Isso significa que: a) Deus é uma criação subjetiva (logo, não existe) . b) Cada pessoa é uma espécie de divindade .

    dependerá de nossas ações que este ser seja bom ou ruim para nós mesmos. ?
    Se o critérios somos nós mesmos, como determinar o que é bom ou mau? Pois o que é bom para um, pode não ser para outros, etc. Como pode um ser independente de nós habitar nós mesmos ? Como podemos pensar que Deus pode ser ruim?

    em resposta a: Desemprego #71663

    Caro Lázaro: O seu texto foi muito bem ilustrado com a realidade durante, por exemplo, a última grande greve de professores e funcionários das universidades estaduais de São Paulo.

    Esta classe, sangrada e arrochada nos últimos anos, realizou uma das maiores paralisações das últimas décadas, não conseguindo arrancar do governo todas as reivindicações, mas a maioria.

    O que ficou patente, porém, foi o descaso do governo, a má vontade na negociação, e a repressão às manifestações de rua. Interessa ao novo mundo globalizado globalizante esvaziar as instituições públicas como centro de reflexão e crítica, e sucateá-la, ou formatá-la para atender apenas a critérios mercadológicos. É por isso que USP, UNicamp, Unesp e federais Brasil afora vivenciam uma grande crise. Argumentos vazios em favor da privatização são facilmentes rebatíveis, e creio que não vem ao caso expô-los, ainda mais sendo a educação dever básico do estado.

    Na avenida Paulista, por exemplo, quando professores, funcionários e alunos do ensino superior e médio, e servidores públicos, pararam o tráfegos nos dois sentidos para chamar atenção do que estava acontecendo, o resultado foi duplamente revoltante. Primeiro, a reação por parte de algumas pessoas contrárias ao movimento, acreditando na desculpa esfarrapada da repressão de que esta se deu por causa do mero trânsito. Aliás, isso é um dos sintomas daquilo que intelectuais vem diagnoticando como a despolitização da sociedade, que é consequência do neoliberalismo. Segundo, a própria repressão, que trouxe a dúvida sobre a real efetividade da nossa “democracia” e fez muitos lembrarem de tempos mais sombrios, quando a Polícia Militar fez uso de seus cassetetes, bombas e cavalos.

    O interessante é, como apontou um professor meu, que tais movimentos de protesto são tratados pela mídia e governo como localizados, de pequenos grupos de baderneiros, que não refletem a vontade geral do povo brasileiro. Nas últimas eleições, pelo menos, candidatos de oposição foram eleitos em massa, o que mostra a revolta que o brasileiro sente pela corrupção, mentira, má adminstração, etc. Mas a visão oficial é de que tais protestos, por maiores que sejam, são frutos de uma visão inconsequente de setores radicais, que não enxergam que as alternativas adminstrativas tomadas pelo governo, são as únicas admissíveis sob um ponbto de vista técnico. Esta tecnocracia, assim, descarta a priori, qualquer tipo de visão contrária a sua, e desqualifica quem defende esses pontos de vista.

    É isso aí. Podemos estender esse assunto.

    em resposta a: Alta da gasolina #71720

    A Petrobrás este ano teve uma série de acidentes estranhos e sérios (fatalidades, incompetência, sabotagem?) que levaram a uma certa indisposição e desgaste junto ao público consumidor.

    De qualquer forma, é sabido que a questão da gasolina é serissima, e quem a domina é um cartel internacional. Por causa da gasolina já foram feitas inúmeras guerras. Parece que existem fontes viáveis, eficientes, mais baratas, e menos poluentes do que a gasolina, mas as grandes companhias tratam sempre de boicotar essas novas tecnologias e seus inventores. Aliás, porque o combustível álcool, tão brasileiro, não evolui há anos, sendo sempre inferior à gasolina?

    Abs

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