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Miguel (admin)Mestre
Eu concordei com o Nahuina que seria melhor fazer as citações na língua original, para não haver distorções semânticas.
Parece-me que todos aqui tem mais de 18 anos e sabem que nem todos falam mais de um idioma. Todavia, ainda acho que o constrangimento só nasce do orgulho da cabeça daqueles que não tem humildade para pedir alguma tradução dessas citações…
Miguel (admin)MestreSe estivéssemos numa ditadura, já estaríamos presos…
…principalmente, se fosse a de um país marxista. Se duvida, tome um avião para Cuba e desembarque lá falando mal do charuto de Fidel…
…e, depois, me manda um postal…
Miguel (admin)MestreO tema marxismo é bastante apropriado aqui por que há muito irracionalismo nessa luta capitalismo vs marxismo.
Vou começar corrigindo: o marxismo surgiu como uma teoria, hoje há inúmeras práticas marxistas. Não vou sair desse ponto. Se o parâmetro é a crítica na prática, com suas distorções de princípios e de valores, então, não vejo por que considerar qualquer diferença significativa entre stalinismo e marxismo…
…debater ponto por ponto seria aceitar a sua falácia, seria admitir que as distorções de princípios que ocorrem em cada país capitalista devam ser exclusidades inerentes ao capitalismo e que o caracterizam essencialmente e isso é não é verdadeiro.
“A democracia é um sistema que, se não garante a escolha dos melhores, impede que os piores se perpetuem no poder” (Karl Popper)
(Mensagem editada por Mike em Setembro 10, 2005)
Miguel (admin)MestreSobre a mensagem que postei em
sábado, 10 de Setembro de 2005 – 1:44 amEu escrevi pra caramba, e você repondeu TÃO RÁPIDO que nem parece que leu.
Eu esperava que você tentasse apresentar dados, argumentos, contra ou a favor para defender seu ponto de vista. Mas você não está defendendo ponto de vista nenhum. Esperava que você comentasse cada ponto, mas parece que você nem leu (ou não leu com atenção, foi saltitando o texto)
Crítica por crítica, sem argumento, sem justificativas não acrescentam em nada neste fórum.Obs: o conceito de ideologia dado por Marx talvez possa servir para o tema “irracionalismo”. Se ainda quiser voltar a esse tema.
Miguel (admin)MestrePense como quiser, a escolha é sua.
Mas você confunde socialismo com marxismo. Marxismo é uma teoria, não um sistema econômico. Você quer criticar o socialismo mas está usando a palavra “marxismo”.
Os conceitos de socialismo e o comunismo já existiam antes de Marx.
Marx só formulou o socialismo científico, mas não foi ele que “inventou” o conceito.Critique o socialismo a vontade. Mas se você quer opor o capitalismo a alguma coisa, oponha-o ao socialismo ou ao comunismo (não ao marxismo).
O correto seria:
capitalismo X socialismo
direita X esquerdaOu então:
sistema A versus sistema BVocê está opondo marxismo à capitalismo, eu acho isso errado. Não é uma questão de conveniência, como você sugeriu, é uma questão de usar os termos corretos (como você sempre prezou)
Se quer opor Marx a algo, oponha-o a Adam Smith, Max Weber, Hegel, aos positivistas, etc
Assim você estaria fazendo comparações ENTRE TEORIAS. Enquanto, na contradição entre capitalismo, socialismo, comunismo, anarquismo, você estaria fazendo comparações ENTRE SISTEMAS DE ORGANIZAÇÃO SOCIAL.Ou seja:
Sistemas de organização só podem se opor a outros sistemas:
Ex: ordem 1 versus odem 2Teorias filosóficas só podem se opor a outras teorias:
Ex: filosofia de fulano versus filosofia beltranoA teoria de Marx vai muito além do que você demonstrou conhecer: socialismo, comunismo, revolta, etc. Não é só isso.
Você iria achar interessante se conhecesse mais sobre os conceitos que Marx e Engels desenvolveram (ideologia, alienação e fetichismo eram palavras que já existiam, mas eles deram novo significado através de uma análise genial)
Estude um pouco, apresente argumentos e corrija essa sua nomeclatura.
Miguel (admin)MestreMileto, se algum dia um estrangeiro aparecer aqui eu também vou me esforçar para me comunicar com ele, seja em inglês, francês, espanhol, italiano, etc. Mas esse é um caso específico onde se justifica o uso da lingua estrangeira.
Porém, você postar em inglês e em alemão (como fez agora) não tem justificativa. Nós dois temos como primeiro idioma o português.
Eu não leio alemão, por exemplo. O que você postou de Arthur Schopenhauer não significa nada para mim. Acho que você não quer ser compreendido. Se você quizer que eu o compreenda, escreva em inglês, francês, espanhol, português ou italiano.Mas por que você (ou eu) postaria algo nesses idiomas, se nós dois dominamos melhor o português? O que tem de errado com o português?
Uma característica dos povos que falam o português é essa empatia com o estrangeiro.
Raramente, alguém que é turista em nosso território tenta se comunicar em nosso idioma. Nós é que temos que aprender o idioma deles. Mas quando um brasileiro é turista em outro país, ninguém tenta se comunicar em português com ele. Sempre somos nós que temos que aprender o idioma do outro, seja passeando no exterior ou seja aqui para falar com um turistas.(Mensagem editada por renan_m_ferreira em Setembro 10, 2005)
Miguel (admin)MestreExatamente!
Se algo sai podre do capitalismo, é porque o capitalismo só pode existir podre…
…todavia, quando sai algo podre do marxismo, passam a não chamá-lo mais de marxismo…
…agora, é stalinismo, ou é paulpotismo, ou é maoísmo, ou é fidelismo, ou é comunismo…
Não nasci ontem…
Miguel (admin)MestreNa verdade, a Revolução dos Bichos critica o stalinismo. Lembre-se que havia dois porcos. Um queria a Revolução Permanente (esse porco representaria Trotsky) enquanto o outro queria fortalecer seu próprio governo na fazenda (esse representaria Stalin).
O autor inglês expôs sua visão sobre esse impasse entre os dois russos (retratados como porcos).
Já na obra 1984 (também de Orwell) o autor critica o controle, a falta de privacidade e a repressão. Isso pode ser interpretado de várias formas.
A questão aqui não é ser a favor ou contra o socialismo ou o comunismo. Apenas apresentei fatos sobre o capitalismo.
Independente de você gostar do Marx ou do socialismo, você tem que concordar que esses fatos sobre o capitalismo não são invenções de adolescente revoltado.
E independente de você ser capitalista, comunista, anarquista, socialista, etc…eu acho importante a leitura de Marx.Leia sobre ideologia, alienação, superestrutura, etc. São conceitos muito profundos e bem embasados para serem descartados assim. Concordo que essa teoria deve ser revisada, mas nunca descartada ou menosprezada. Por exemplo: quando Marx falou sobre a ditadura do proletariado, as democracias não eram fortes como são hoje (hoje elas são um pouco mais concretas do que na época de Marx). Por essa razão, a única chance de mudança naquela época seria pela revolta armada e a ditadura proletária.
Não perca tempo criticando a teoria marxista sem conhece-la antes, ou pelo menos a critique sem que para isso você precise defender o capitalismo. Você faz como todo mundo: considera a teoria ultrapassada só porque a experiência vista na URSS e em outros lugares não foram bem sucedidas. Se a URSS fosse hoje um país rico e os EUA um país um pouco mais pobre, todo mundo iria sair dizendo que o marxismo é maravilhoso. Não é por aí.Eu admiro muito o materialismo histórico (ciência), o materialismo dialético (filosofia) e o socialismo científico (não-utópico). Isso é independente de eu aprovar o comunismo ou não.
Além disso, a teoria marxista não foi assim tão responsável pelo “fracasso” da URSS. (Você pode tentar adivinhar e achar que eu vou dizer que a culpa do “fracasso” foi a forma distorcida como aplicaram o marxismo). Até ontem eu achava isso. Mas eu li numa velha apostila de História algumas coisinhas sobre o Plano Marshall e sobre a Guerra Fria. Foi daí que entendi que a URSS não fracassou. Ela foi sabotada. Não foi um simples fracasso por incompetência do governo ou do sistema. Realmente, o governo soviético tomou quase que somente decisões infelizes, todavia eles não tinham muitas opções. Veja porque:
Após o final da II Guerra, a URSS estava bastante destruída. Aproximadamente 20 milhões de homens morreram, seus campos foram devastados e as cidades destruídas. A produção industrial ficou praticamente estagnada (as indústrias estavam destruídas ou não funcionavam por falta de matéria prima) e as ferrovias mal funcionavam. A URSS teve um saldo negativo da guerra, apesar da vitória sobre os nazistas. Porém, do outro lado os EUA só ganharam com a I e II Guerras e nada sofreram, pois as duas guerras foram na Europa e não em seu território (Pearl Harbor nem conta).
Após a II Guerra, a URSS precisaria de um bom dinheiro para se recuperar. Quando surgiu o plano Marshall, o Stalin enviou Molotov e grande número de especialistas para descobrir o que a URSS precisaria fazer para ganhar ajuda dos EUA. Dentre as exigências estavam políticas econômicas liberais (o que é típico capitalista, mas a URSS já era socialista)
Os americanos ligaram a ajuda a condições econômicas que tolheriam a URSS em seu planejamento econômico e impediriam que a Europa Oriental nacionalizasse suas indústrias. E ainda mais: soube-se que os EUA estavam dispostos a reabilitar a economia da Alemanha Ocidental e não fazer caso dos direitos da URSS, Polônia e Tchecoslováquia.
Em 1949 os EUA anunciaram a criação da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte). Com isso, os países capitalistas do ocidente se ajudariam militarmente em caso de agressão. A URSS e os outros países do Leste europeu fizeram o Tratado de Varsóvia com o mesmo objetivo.
Como esses países ficaram de fora do Plano Marshall (e estavam muito devastados pela guerra) eles deveriam investir na reconstrução das cidades, reestruturação da economia, do país, ajudar o povo, etc. Mas não foi bem assim.
A reconstrução foi árdua e sacrificante para a população. O governo teve que controlar ao máximo o consumo de alimentos e arrochar os salários. Para complicar a situação, os EUA ameaçavam a soberania da URSS, obrigando Stalin a aumentar a sua capacidade militar. Começou aí a corrida armamentista.
Apesar de não receberem a ajuda americana, apesar do caos deixado pela guerra, e mesmo com o grande investimento em armas (no lugar de ajudar o povo) a União Soviética conseguiu uma fantástica recuperação econômica.
Para combater a propaganda norte-americana, Stalin fechou o país, promoveu o patriotismo exacerbado, o culto a sua personalidade e proibiu a saída de cientistas e intelectuais. Mas estes se sentiam atraídos pelo capital americano. A propaganda capitalista foi responsável não só pelo enfraquecimento da URSS, mas também gerou nos países do “terceiro mundo” a crença de que o capitalismo é “melhor” e o comunismo “pior”. E essa crença se baseia em frases feitas como:1-“Nos países capitalistas as pessoas são livres, porque cada um tem sua propriedade”- Pergunto: essa propriedade existe mesmo para todos os cidadãos? Não, apenas para uma minoria.
2-“Os regimes comunistas são repressores” – Sim, o Stalin, o Fidel, o Mão, todos foram repressores. Mas as ditaduras nos países da América Latina (extrema direita) também não foram repressoras? Tanto quanto nos países de esquerda. A diferença é que o ocidente fazia questão de acusar os governos de esquerda de assassinos, mas eles acusavam escondendo os seus próprios cadáveres. Só recentemente foram descobertas algumas covas com centenas de corpos. Algumas pessoas ainda hoje estão desaparecidas no Brasil. Na Argentina, mataram até bebês.
Além disso, existe a crença de que os EUA são a “terra da liberdade”. Essa crença pode ser considerada a propaganda enganosa mais bem sucedida de todos os tempos! Truman e o senador Joseph McCarthy promoveram uma verdadeira caça aos comunistas num dos momentos mais grotescos da história americana. As acusações não tinham nenhum respaldo de provas concretas e não se baseavam em nenhum relato confiável. O racismo era um dos principais problemas nas décadas de 50 e 60. Os negros não tinham direito a quase nada (nem a água). O presidente Kennedy e o pregador Martin Luther King foram assassinados. Apesar de todos os problemas sociais, o poder aquisitivo da população americana aumentava, o que gerava uma opinião/ avaliação pública positiva para o governo.
Somente a partir do governo Nixon é que a opinião pública começou a mudar. A corrida armamentista e a conquista do espaço passaram a ser vistos como supérfluos em razão da crise econômica que houve nesse período. E principalmente por causa das mortes na Guerra do Vietnã. Esta Guerra foi largamente mostrada pela mídia. Esse fato permitiu que a opinião pública visse o que realmente acontecia na guerra. Foi um choque! O povo americano começou a se voltar contra a guerra. Foi a era hippie.
Interessante notar que a forma como a mídia cobriu a Guerra do Vietnã foi muito diferente de como mostraram a Guerra do Golfo. Na cobertura da Guerra do Vietnã, via-se morte, sangue, etc.. Já na do Golfo, só se via máquinas (e não pessoas). Foi como se a guerra fosse um jogo de video game.
Na época da Guerra do Golfo o povo caiu na cascata que inventaram: o conceito de “arma inteligente” que “nunca caia em alvos civis”. Hoje sabemos que isso é mentira (e das grandes).O que concluo no final disso tudo? Que a União Soviética foi sabotada pelos Estados Unidos? Que se não fosse isso, o comunismo teria prosperado? Na verdade não é bem assim. Não dá para dizer se URSS prosperaria ou não. A História aconteceu de um modo e não dá para especular como seria se tivesse acontecido de outro.
E o Stalin: Ele era mal por natureza? Ou foi obrigado a tomar medidas enérgicas porque os EUA não deixaram outra opção? Nem um nem outro. Realmente, o Stalin só tinha duas opções: ou abrir mão de seu planejamento econômico, submetendo-se aos EUA para receber ajuda financeira ou ele arriscaria o sonho da União Soviética comunista e independente da ajuda externa. Ele optou pela segunda opção, e esta sacrificou demais o povo no início, até que eles atingiram a estabilidade econômica (que não resistiria muito à propaganda capitalista). Sobre as perseguições de Stalin, o governo repressor, isso é verdade. Mas o que ele fez não o deixa muito atrás americanos como Bush (pai e filho), Nixon, Lyndon Johnson, e alguns presidentes brasileiros desse período.Observação curiosa: Quando Getulio Vargas deu o golpe de Estado e criou o Estado Novo (ditadura de direita inspirada no fascismo), o governo matou muita gente e prendeu muita gente (inclusive a Olga). Mesmo assim ele foi considerado um dos maiores presidentes que o Brasil já teve. Por que? Resposta: Por causa da propaganda governista da época, o controle dos meios de comunicação, o populismo (política do pai dos pobres) e principalmente porque sua política de direita atendia aos anseios da elite.
Agora olha só: Mais tarde, quando o mesmo Getulio Vargas foi eleito democraticamente, ele começou a fazer um governo de esquerda (nacionalismo econômico, políticas sociais, etc) mas os empresários brasileiros não gostaram.Vargas sofreu tantas pressões do capital externo (multinacionais), políticos da UDN e militares que acabou se matando (ou sendo morto, sei lá….?).
Quando era fascista (extrema direita) foi considerado ótimo, mas quando foi de esquerda foi tão criticado e pressionado.Voltando ao assunto:
O materialismo histórico foi muito importante para revolucionar o estudo da História. Por exemplo: antigamente, você estudaria sobre Joana D’Arc e aprenderia que ela foi uma heroína. Ela era boa e os ingleses eram maus. Só isso. Somente a partir do materialismo histórico é que essa interpretação sobre a história ser feita por heróis (resquícios da cultura mitológica grega) deu lugar ao saber que a historia é na verdade feita de interesses políticos e econômicos, e que ninguém é bom ou mal. Aquela visão maniqueísta da história (luta entre o bem e o mal) ficou para traz. Hoje sabemos que a história é feita de uma luta por poder, riquezas, e por acontecimentos necessários. Essa é mais uma razão de eu gostar do materialismo histórico.
O que se conclui: que o nem o capitalismo é bom e nem o comunismo é bom. Isso quer dizer que os dois sejam maus? Não, isso quer dizer que cada um visa atender a necessidades específicas e cada um tem características específicas. Nenhum melhor, nem pior, apenas diferentes. Você é que pode dizer qual lhe atende…Miguel (admin)MestreNahuina, estou de pleno acordo com você…
…e, se algum dia, algum estrangeiro aparecer por aqui e não souber falar bem o português, vou me esforçar ao máximo para ajudá-lo, seja no portunhês, seja no portunhol, seja no potunhão, seja no portunhano, etc, pois quando estive em sites estrangeiros, ninguém me ridicularizou por falar mal a língua deles ou por responder as mensagens deles na minha própria língua.
Em consideração, as citações que sempre acompanham minhas mensagens no fórum Ateus.net:
“Metaphysics means nothing but an unusually obstinate effort to think clearly.”
– William James –“Ein Mensch kann zwar alles tuen was er will, aber nicht wollen was er will!”
– Arthur Schopenhauer –Miguel (admin)MestreOlá Maria Aparecida,
Seja bem vinda!
O espaço está aberto para debate, inclusive nos outros tópicos também.Concordo com você em um ponto e com Nahuina também. Não existe um espaço físico, porém o fórum foi aberto por brasileiros, em língua portuguesa, e é frequentado por brasileiros (pelo menos em sua maioria). Então acho ridículo postar mensagens em outros idiomas sem que sejam acompanhadas da devida tradução.
Contudo, concordo com Nahuina quando ele diz que a tradução limitaria e distorceria o sentido do que ele pretendia dizer. Neste caso, há uma justificativa razoável e ele agiu da melhor forma.Agora gostaria de saber sua opinião (com justificativas) sobre as questões:
1- A internet permite e/ou incentiva o anonimato? O nick name é questão de proteção, um tipo de privacidade? O que?
2-Há alguma diferença entre forum on line (virtual) e forum real (material) de modo que isso influencie na sinceridade do que dizemos?
3- Agora tento retornar com a velha questão: QUEM SOMOS NÓS?
4-O QUE POSTAMOS NO FÓRUM CONSCIENCIA É UM ESPELHO DO NÓS?
Valeu!!!
Miguel (admin)MestreOLá! Navegando, me encantei com a discussão. Não sei se me é permitido o acesso, ou a invasão…seria este fórum um espaço fechado de discussão apenas destas 3 pessoas? Pela colocação de Nahuina ao Renam, acredito que seja este um espaço aberto. Quero expressar que concordo com Renam, quanto ao “estrangeirismo”, é claro que um forum virtual, não possui espaço territorial definido, coforme levantou Nahuina, porem, se o espaço foi aberto por brasileiros…;quem não dominar o português, seja de qual território for, que busque a tradução de seu território para participar! Pois somos obrigados a fazer traduções o tempo todo em nosso dia a dia!
Micida.Miguel (admin)MestreOlá Miguel. Obrigada pela atenção.
Quanto ao seminário, não deixaram muito bem explicadas as regras e direcionamentos que devam ser seguidos. Apenas me passaram o tema, que seria:- “Aristóteles, vida e obra”(muito resumidamente); que já preparei e “Tópicos – Livro I- Que após várias leituras, não consigo elaborar algum conceito sobre cada um deles. Acho-os muito densos, conceituais e não consigo tirar deles uma lógica explicativa para expor ou provocar discussões no grupo. Outro detalhe, é que o grupo não fez uma leitura prévia sobre o tema.Fato que dificulta ainda mais a discussão. Por isso, gostaria de resumir ou tirar alguma idéia central de cada um dos 18 itens que fazem parte da obra, algo que pudesse deixar claro, questões do tipo: O que são? Do que tratam? Para que servem? A quem se destinam e com qual objetivo? Eram apontamentos das aulas do Autor? Servem como exemplos, ou modelos das primeiras pesquisas científicas?Já que vou apresentá-lo a uma grupo de mestrandos.quais são os objetivos contidos neles? A idéia central de cada um?
Por favor, veja se pode me dar uma luz!!!
Desde já, mais uma vez, o meu muito obrigada.
Maria Aparecida M CostaMiguel (admin)MestreCorreção da anterior:
Você toma como argumento o pior exemplo do que existe no capitalismo e eu te revelo as piores atrocidades cometidas pelos marxistas e o estilo de vida simplório e totalitário que eles levam a la 1984, de Eric Arthur Blair (George Orwell), e pronto, recomeçamos a guerra fria…
…sempre tive dúvidas, mas agora tenho convicção de que as obras Animal Farm (A Revolução dos Bichos) e 1984 atacavam diretamente o marxismo.
Miguel (admin)MestreVocê toma como argumento o pior exemplo do que existe no capitalismo e eu te revê-lo as piores atrocidades cometidas pelos marxistas e o estilo de vida simplório e totalitário que eles levam a la 1984, de Audous Huxley, e pronto, recomeçamos a guerra fria…
Miguel (admin)MestreMileto,
Data veniã.14% da população vive ABAIXO da linha da indigência. Ganham R$ 54,00.
33% da população vive ABAIXO da linha da pobreza. Ganham R$ 107,00.
(Obs: só esses dois grupos somados já dá 47% da população)
Os pobres são o maior grupo. A renda deles eu não me lembro agora, mas se os que estão abaixo ganham R$ 107,00, então a renda dos pobres deve ser aproximadamente de 1 a 2 salários mínimo. Você acha que uma pessoa pobre pode ter um DVD?
Curiosidade: Ontem foi divulgado um dado no Jornal da Band: Os 10% mais ricos do país concentram quase metade da riqueza do Brasil.
“Alguns países capitalistas estão se saindo muito bem”
Isso é obvio!!! Eles exploram as riquezas dos países da América Latina, África, e outros. Os países ricos tentam a todo custo submeter os demais ao neo-liberalismo. Como eles não se dariam bem?Não estou com muita paciência para escrever e explicar uma coisa tão complexa. Seria muito longo. Vou resumir e simplificar numa explicação grosseira, mas conto com a boa vontade dos leitores para entender:
Obs: uso expressões como “países ricos e países pobres” no lugar de “países desenvolvidos e subdesenvolvidos” pois acho que estes últimos são carregados de conotação negativa.A riqueza não pode ser criada, ela só é transferida. Você não pode fazer dinheiro ou colher dinheiro, você tem que obter de alguém. Ou seja, a riqueza não é criada, é transferida. O capitalismo é o sistema pelo qual o proletariado transfere riqueza para a burguesia.
Toda vez que você compra algo, você está transferindo riqueza para quem te vendeu (pois ele sempre terá um lucro na mercadoria).
E todo operário quando trabalha se submete a mais valia (o operário produz algo e ganha X pelo seu trabalho, mas aquele produto quando for para o mercado, será vendido por 3X, logo seu salário não será suficiente para comprar aquilo que ele produziu)
Além disso, há questões mais complexas como: capital financeiro, juros, etc… Hoje vivemos a era do capitalismo industrial-financeiro. A ordem mundial é o neo-liberalismo (mascarado na globalização).Como a propriedade é privada (indústrias, empresas, bancos, etc) e o Estado é pouco expressivo, os proprietários necessitam acumular riqueza e manter um grande capital de giro. A empresa não vive sem lucro. Por isso, a pobreza é necessária no capitalismo. Nunca haverá distribuição de renda justa (igual) no capitalismo, pois o industrial necessita acumular muito mais para poder empregar trabalhadores, comprar matéria prima, máquinas etc. O capitalismo necessita que hajam miseráveis e pobres em maior número, logo depois vem a chamada “classe media” e por último os ricos.
Mas aí você pode perguntar: “E a Noruega, lá existe uma distribuição de renda justa”. Sim, mas é como eu disse: os países ricos exploram as riquezas dos países pobres. Os países ricos sempre saem ganhando nas transações comerciais, por isso não há muitas pessoas pobres na Noruega (p/exemplo) ou a distribuição de renda pode ser melhor lá. A pobreza fica nos países explorados (como Brasil, Equador, Panamá, países africanos, etc).O que acontece hoje é semelhante ao que acontecia na época colonial: vendíamos matéria prima barata e comprávamos manufaturados caros.
Só que hoje é muito pior: Governos dão subsídios para atrair multinacionais (isenção de impostos e infraestrutura). Estas empresas geram pouco emprego, e além disso, se instalam em países onde a mão de obra é muito mais barata. Quando importamos uma tecnologia, pagamos caro (royalties). E para gerar toda a infraestrutura que as multinacionais exigem, o país contrai empréstimos (dívidas). O pagamento dos juros da dívida (e não da dívida em si) coloca o país na mão do FMI e dos países ricos (isto é, torna-se um ciclo vicioso)Bom, eu sei que não é tão simples assim, mas fiz um comentário grosseiro (como eu já disse). A intenção é que isso não passe em branco.
Sobre você achar o marxismo uma “teoria caduca”, prefiro nem comentar… (já discutimos isso em outros fóruns).
Tantum homo habet de scientia quantum operatur.
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