Miguel (admin)

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  • em resposta a: não não = sim #84307

    Meus conhecimentos em lógica formal se resumem ao Organon, e mesmo assim são bastante precários, de modo que não posso fazer comentário sobre outras correntes que não a aristotélica. Porém realmente não me ocorre situação alguma em que a negação da negação resulte em afirmação.Tens algum exemplo?

    em resposta a: não não = sim #84304

    Bem, procurando por “dupla negação” no Google encontrei vários textos de gramáticos em que a utilização deste recurso linguístico é considerada normal, e, como já está arraigada na cultura nacional, creio que possa sim ser considerada correta. No entanto posso afirmar que, dentro da lógica formal, a utilização da dupla negação resultará sempre em afirmação.

    em resposta a: não não = sim #84303

    Também não estou seguro, mas mesmo a frase que vc citou me parece que teria uma sintaxe mais correta em “nada há que possamos fazer”. Talvez alguém que conheça outros idiomas além do inglês e português possa nos dizer se este tipo de construção é ou não comum.Com relação à suposta quantificação do "nada", também não creio. O que ocorreu foi a negação do "nada", ou seja, existe algo.

    em resposta a: não não = sim #84310

    Isso me parece mais um mau costume que nós, brasileiros, temos. Jamais vi esse tipo expressão no português de Portugal, e sua lógica está sim errada, pois a negativa de uma negativa constitui uma afirmação positiva.Podemos perceber também que no inglês esse problema não ocorre, pois temos somente "I did not eat anything today" ou "I ate nothing today".

    em resposta a: Artes Plásticas #84299

    Alias, na 1ª pg deste site tem uma seleção de imagens de Salvador Dali, interessantíssima.

    Realmente um achado: são centenas de artistas, não só Salvador Dalí. E tudo muito bem organizado em categorias, conforme se vê neste nesta página:http://www.usc.edu/schools/annenberg/asc/projects/comm544/library/

    em resposta a: Artes Plásticas #84297

    hehehe… Não, é um desenho muito curioso do Engenhoso Fidalgo Dom Quixote de la Mancha. Veja em tamanho maior:donquixote.jpgTambém gosto dessa aqui, mas não achei em resolução maior:gustave_dore_don_quixote_00_002.jpg

    em resposta a: O Problema dos Árabes é o Fanatismo? #84211

    Na verdade eu parti da comum associação/generalização/confusão que se faz entre os povos semitas, os árabes, o islamismo e o fanatismo, mas analisei só o lado da questão que a meu ver é mais nocivo: a associação entre eles e o fanatismo e a violência. O outro lado, das distinções étnicas, a meu ver é mais trivial, já que mesmo nós latino-americanos somos vistos pela comunidade mundial de forma indistintamente estereotipada.Com relação à Arábia Saudita e outros países, não sei se podemos dizer que sejam propriamente aliados do Ocidente, já que esta atitude do governo nem sempre reflete na população - em geral bastante arisca à presença estrangeira. No mais, basta lembrar que a origem da al Qaeda é saudita.

    em resposta a: O Problema dos Árabes é o Fanatismo? #84208

    Olá Brasil,Sim, dentro do contexto internacional atual é realmente necessária a "paz armada", já que não existe nenhum órgão supra-nacional que possa arbitrar as relações entre os países. Porém eu discordo que isso possa ser levado para as relações dentro de um Estado nacional. Como eu já disse no tópico sobre o desarmamento, a principal função do Estado é (ou deveria ser) justamente a proteção do indivíduo, que delega o monopólio da força em nome de uma arbitragem menos "emocional" entre os membros da sociedade.

    A França foi um dos últimos países a tornanr-se uma potência nuclear plena. Sob protestos do mudo todo, no início da década de 90, a França realizava seus últimos teste nucleares no Atól de Moruroa.  Hoje, a França pode se dar ao luxo de não apoiar os EUA em diversos aspectos, o máximo que os EUA podem fazer é não consumir o vihho françês e mudar o nome de suas batatas fritas.

    Pois é, e como a França não era tão "petrolicamente" atraente, tudo acabou ficando por isso mesmo.

    Acabei de conhecer o Le Monde Diplomatique através de um link postado aqui pelo Miguel...

    OLá unVoltPrimeiro quero dizer que a primazia de colocar o um link do Le Monde Diplomatique neste fórum É MINHA!!! >:(http://www.consciencia.org/forum/index.php/topic,133.msg11936.html#msg11936

    Ops, mal ae... 8)

    em resposta a: O Problema dos Árabes é o Fanatismo? #84206

    Acabei de conhecer o Le Monde Diplomatique através de um link postado aqui pelo Miguel, e já encontrei um ótimo texto:Irã, hipocrisia e interessesÉ engraçado: por que todos ironizaram a declaração1 do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, de que o Irã estava sim disposto a abandonar seu programa nuclear, desde que as potências ocidentais fizéssem o mesmo? Não é óbvio que o monopólio do poder nuclear é injusto? Quem deu aos EUA, UE, Israel, Rússia e China o papel de patrulheiros do mundo?1 http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,AA1463141-5602,00.html

    Sinceramente também sou a favor da redução da maioridade, não para 16, mas para 17 anos. E isso em todos os aspectos: imputabilidade penal, direito ao voto, casamento e etc. Os tempos mudaram, e hoje um cara com 17 anos já pode ser considerado adulto e plenamente consciente dos seus atos. Não tem nada a ver com a violência, é uma questão secundária, de bom senso.Mas o problema, como eu disse, é que as pessoas acham que isso vai resolver o problema do Brasil. Não vai! O problema é social, portanto não são necessários mais que meia-dúzia de neurônios pra perceber que "polícia na rua e bandido na cadeia" são coisas que a médio e longo prazo não surtem efeito algum. Enquanto uns tiverem de mais e outros de menos, vai ter gente roubando. A gente vai prender bandido e vai aparecer mais, não tem fim!Cumpre também lembrar que o motorista do carro que arrastou o garoto era maior de idade, portanto plenamente imputável, e, inclusive, já havia sido preso anteriormente. O que podemos deduzir é que, por maior que seja a repressão, um ambiente podre continuará a produzir indivíduos podres.

    Bastante pertinente ao tópico:http://www.youtube.com/watch?v=Jz8wU9DdbqUSleep Now In The Fire, do Rage Against The Machine, gravado em Wall Street com direção do Michael Moore.

    Pô!! Será que é novidade pra alguém que, existe fome? Se existe fome é porque existe desemprego? E se existe desemprego existe falta de grana? Então porque o pai de quem está pedindo ou trabalhando é criminoso e o pai de quem está roubado ou traficando não é? Por que essa hipocrisia? :-Isso não empurra mais ainda o indivíduo pro crime? >:(Será que não é esse mesmo o objetivo disso?

    Pois é, e aí vem sempre alguém defendendo a redução da maioridade penal como a fórmula mágica para acabar com a violência. Realmente não dá pra saber se é burrice ou hipocrisia...

    Ao meu ver, tudo indica que no seu processo inconsciênte toda a sociedade já se move claramente em direção ao descarte do dinheiro. Primeiro ele será subtituído por cartões de créditos ligados a contribuição, dinâmica de trabalho de cada indivíduo. Mas, como a produção de cada individuo já na atual sociedade supera a demanda, ou seja, um operário pode fazer mil sapatos em um dia apertando alguns botões, o ser humano terá que repensar o sistema de direitos a produção. Quando a humanidade perceber que se é capaz de produzir mais em menos tempo, o número de horas de trabalho vai ser reduzido e esta sociedade dará mais enfase a sua qualificação intelectual e espiritual. Em outras palavras, poderemos sustentar os nossos vagabundos sem o menor constrangimento e isso vai modificar o pensamento e as leis humanas. A não ser que tenhamos muitos problemas naturais a humanidade está prestes a realizar o que sempre desejou, trabalhar pouco e se divertir mais.

    Olá tcp,A questão da automação e da tecnologia é interessante. Conforme já me posicionei no tópico O progresso das ciências e das artes contribuiu para a melhora da humanidade?, penso que a evolução dos métodos de produção conseguiu tornar o homem ainda mais escravo e gerar ainda mais disparidades sociais. A Revolução Industrial trazia levas de pessoas para as cidades, e em pouco tempo, as descartava em benefício de alguma nova máquina ainda mais "eficiente". Em pouco tempo as pessoas nem possuiam suas antigas terras, nem possuiam empregos ou meios de subsistir nos centros urbanos.Este é, portanto, um dos principais paradoxos do capitalismo: os donos dos meios de produção conseguem produzir cada vez mais com cada vez menos pessoal, e isto por fim fará com que poucos tenham empregos e meios de consumir.No entanto minha previsão não é tão otimista quanto a sua. Me parece mais provável que se estipulem limites para a automação, de modo que os funcionários ainda possuam recursos suficientes para consumir, e os donos dos meios de produção continuem a ter meios de acumular capital.Utilizo aqui um trecho do livro "A Alma do Homem Sob o Socialismo", de Oscar Wilde:"Até hoje o homem vem sendo, em certa medida, escravo das máquinas, e há algo de trágico no fato de que, tão logo inventou a máquina para trabalhar por ele, o homem tenha começado a passar fome. Isto decorre, no entanto, de nosso sistema de propriedade e de nosso sistema competitivo. Um único homem possui a máquina que executa o trabalho de quinhentos homens. Logo, quinhentos homens são postos na rua; sem trabalho e vítimas da fome, passam a roubar. Aquele homem sozinho detém e estoca a produção da máquina. Possui quinhentas vezes mais do que deveria possuir e, provavelmente, o que é ainda mais importante, possui realmente mais do que realmente quer. Fosse a máquina propriedade de todos, e todos se beneficiariam dela. Proporcionaria uma vantagem imensa à sociedade. (...) Atualmente, as máquinas competem com o homem. Em condições adequadas, servirão ao homem."

    em resposta a: Reencarnação #84273

    Deus (como o descrevem) não precisa de ninguém. Ele existe por si só. Sem pormenores…Não acredito na existência de tal ser; aliás, existindo, me sentiria inserido em um jogo eterno.

    Perfeito. Essa é a questão: pra que é que deus precisaria de seres imperfeitos? Diversão? Então deveríamos levar a sério a afirmação de que deus é a criança com a lupa, e nós, as formigas.Mas na verdade, mesmo que eu acreditasse na existência de um deus, sequer conseguiria conceber que algo (no caso nós, seres vivos) fosse externo a ele, quanto mais que fôssemos independentes e livres diante de um ser onipotente e onisciente...

    Olá unVolt

    O problema é que, como vc disse, a utilização do dinheiro é sempre posta tão fora de questão que são poucos os que se atravem a fazer questionamentos.

    É verdade."A introdução do dinheiro altera o valor dos bens. Eles passam a valer não apenas por sua utilidade, mas também por sua capacidade de serem trocados por dinheiro e acumulados . Com isso, está encerrada a possibilidade de manutenção da justiça do estado de natureza, mediante a simples regra de apropriação pelo trabalho, sem a necessidade de leis positivas sobre a propriedade. Os homens não buscarão apenas o que lhes é necessário para viver, mas se deixarão guiar pela cobiça e ambição, já que o dinheiro permite entesourar e acumular."                              Trecho extraído de: Locke e o Discurso Econômico - Hugo E. A. Da Gama CerqueiraÉ importante preservar a obra de John Locke para que daqui há uns 500 anos, quando o planeta já estiver praticamente destruido, alguém passe a considerar e reavaliar seus conceitos, escritos, haverá passado quase 1000 anos.Abraço$ a todo$

    Brasil, este livro é um comentário sobre Locke ou é uma reunião de textos? Bastante interessante este trecho...

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