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nahuinaMembro
Espero você esteja fazendo a sua parte, sonhando todos os dias…
Assumindo que a liberdade é “uma realidade na qual você pode ser e fazer o que bem quiser. “….a liberdade é uma utopia!
Mas eu espero encontrar outra definição……Mudando um pouco a ótica, eu acho que muitos artistas, por exemplo, são livres. Eles vivem uma outra realidade, têm outros conceitos, uma forma diferente de enxergar as coisas, não se importam muito com a moral pré-estabelecida, com os valores da sociedade…Vivem “livres” da opressão do meio, do sistema….
nahuinaMembroConcordo com vc Mileto: Não da p/falar em determinismo e usar Deus como exemplo,,,
Renan, a resposta está no proprio texto que vc postou:Determinismo é um termo científico empregado, a partir do século XIX, para referir-se às relações causais necessárias que regem a realidade conhecida e controlada pela ciência(…)nahuinaMembroPara falar em Sartre tem que ler, analisar, interpretar o que ele escreveu, e não criticá-lo através de “resenhas” das suas idéias….ou então vc estará fazendo o msm que vc pedia p/que ñ fosse feito com o Marx…
E sobre o “efeito bilhar” tenho um trecho do film (waking life, Mileto assistiu e parece que gostou) que acho interessante:Imagine só. Há atividade elétrica no cérebro. Os neurônios disparam…
enviando um sinal através dos nervos até os músculos. Estes se contraem.
Você estende seu braço. Parece uma ação livre…
mas cada parte desse processo… é governada por leis físicas, químicas, elétricas etc.
Parece que o Big Bang causou as condições iniciais…
e todo o resto da História humana…
é a reação de partículas subatômicas às leis básicas da física.
Nós achamos que somos especiais, que temos alguma dignidade.
Isso agora está ameaçado. Está sendo desafiado por este quadro.
Você pode dizer: “E quanto à mecânica quântica? Conheço o bastante para saber que é uma teoria probabilística.
É frouxa, não é determinista. Permite entender o livre-arbítrio.”
Mas, se olharmos detalhadamente, isso não ajudará…
porque há as partículas quânticas e o seu comportamento é aleatório.
Elas são meio transgressoras. Seu comportamento é absurdo…
e imprevisível. Não podemos estudá-lo com base no que ocorreu antes.
Ele tem um enquadre probabilístico.
Será a liberdade apenas uma questão de probabilidade? Aleatoriedade em um sistema caótico?
Eu prefiro ser uma engrenagem em uma máquina física e determinista…
que uma transgressão aleatória.nahuinaMembroMas ele falava sobre evolução, não?
Acho que era interessante, não sei se é possivel que aconteça o que ele disse mas, fazia sentido…(p/um sonho)Estuda-se o desenvolvimento humano pela evolução do organismo…
e sua interação ambiental.
A evolução do organismo começa com a evolução através do hominídeo…
até a evolução do homem, o Neanderthal, o Cro-Magnon.
Ora, o que temos aqui são três eixos.
O biológico, o antropológico, o desenvolvimento das culturas…
e o cultural, que é a expressão humana.
O que se viu foi a evolução de populações, não de indivíduos.
Pense na escala temporal em questão. A vida tem dois bilhões de anos, o hominídeo, seis milhões.
A humanidade, como a conhecemos hoje, tem 100 mil anos.
Percebe como o paradigma evolutivo vai se estreitando?
Quando se pensa na agricultura, na revolução científica e industrial…
são apenas 10 mil anos, 400 anos, 150 anos.
Vê-se um estreitamento crescente da temporalidade evolutiva.
À medida em que entramos na nova evolução…
ela se estreitará ao ponto em que a veremos no curso de uma vida.
Há dois novos eixos evolutivos, vindos de dois tipos de informação.
O digital e o analógico. O digital é a inteligência artificial.
O analógico resulta da biologia molecular e da clonagem.
Une-se os dois com a neurobiologia.
Sob o antigo paradigma, um morreria,o outro dominaria.
Sob o novo paradigma, eles existem como um grupamento…
cooperativo e não-competitivo, independente do meio externo.
Assim, a evolução torna-se um processo individualmente centrado…
emanando do indivíduo…
não um processo passivo onde o indivíduo está sujeito ao coletivo.
Produz-se, então, um neo-humano… com uma nova individualidade, uma nova consciência.
Esse é apenas o começo do ciclo.
À medida que ele se desenvolve, a fonte é esta nova inteligência.
Enquanto as inteligências e as habilidades se sobrepõem…
a velocidade muda até atingir-se um crescendo.
Imagine, uma realização instantânea do potencial humano e neo-humano.
Isso pode ser a amplificação do indivíduo…
a multiplicação de existências individuais paralelas…
onde o indivíduo não mais estaria restrito pelo tempo e pelo espaço.
E as manifestações dessa evolução neo-humana…
poderiam ser dramaticamente imprevisíveis.
A antiga evolução é fria, é estéril. E eficiente.
Suas manifestações são aquelas da adaptação social.
Trata-se de parasitismo, dominação, moralidade…
guerra, predação.
Essas coisas ficarão sujeitas à falta de ênfase e de evolucão.
O novo paradigma nos daria as marcas…
da verdade, da lealdade, da justiça e da liberdade.
Essas seriam as manifestacões dessa evolução.
E essa a nossa esperança.nahuinaMembroAfinal, podemos ser julgados e condenados ou absolvidos pelos nossos atos?pq não? o problema é quem ou o que vai nos julgar?qual seria a lei ou a moral….complicado!
Temos o arbítrio para fazer o bem ou o mal?isso traz uma questão importante: O que é o Bem e, oq é o Mal?
Temos a capacidade de julgar os atos alheios e os nossos próprios?
Não!
O que é a culpa, o remorso, a hipocrisia, etc?
São valores morais, são sentimentos/sensações?
São …nahuinaMembroE. MILETO:O que mata todo o bom-senso é a má distribuição de renda, a não participação nos lucros da produção e o Estado não-interventor despreocupado com a qualidade de vida de seus cidadãos…
Todo estado é despreocupado com a qualidade de vida de seus cidadãos…era isso que eu queria explicar…
o Renan definiu bem:”é uma instituição (impessoal) que visa manter a propriedade privada. Só para isso que ele existe e por isso foi criado.”
…isso entre outras coisas, claro!nahuinaMembro“A pura liberdade é uma utopia.”[E. Mileto de Souza]
rrsrsr….”a justiça é uma utopia”…
Inteligente, …isso pode (talvez seja) ser uma característica da liberdade mas ñ é uma definição…
…Eu gostaria de uma definição…
Através da definição de liberdade, que vc tenha, podemos concluir se a sua frase está correta
Pode ser?nahuinaMembro“A arte, assim como a filosofia, é muito importante para a humanidade. Não precisa nem dizer porque”.
Concordo plenamente…“O Estado burguês é uma instituição (impessoal) que visa manter a propriedade privada”, é verdade!
Acho que vc vai gostar:
(…) Não hesito em dizer que o Estado é o mal, mas um mal historicamente necessário, tão necessário no passado quanto o será sua extinção completa, cedo ou tarde. O Estado absolutamente NÂO È a sociedade, é apenas uma forma histórica tão brutal quanto abstrata. Nasceu historicamente, em todos os países do casamento da violência, da rapina e do saque (isto é, da guerra e da conquista) com os deuses criados sucessivamente pela fantasia teológica das nações. Foi, desde sua origem e permanece ainda hoje, a sanção divina da força brutal e da iniqüidade triunfante.
(…) A revolta é muito mais fácil contra o Estado, porque há na própria natureza do Estado alguma coisa que leva à revolta. O Estado é a autoridade, é a força, é a ostentação e a enfatuação da força. Ele não se insinua, não procura converter: sempre que interfere, o faz de mau jeito, pois sua natureza não é a de persuadir, mas de impor-se, de forçar. Inutilmente tenta mascarar esta natureza de violador legal da vontade dos homens, de negação permanente da sua liberdade. Então, mesmo que determine o bem, ele o estraga, precisamente porque o ordena, e pq toda ordem provoca e suscita revoltas legítimas da liberdade; e porque o bem, no momento moral humana, não divina, do ponto de vista do respeito humano e da liberdade, torna-se um mal.(…)Exploração e governo, o primeiro dando os meios de governar e constituindo a base necessária assim como o objetivo de todo governo, que por sua vez garante e legaliza o poder para explorar, são os dois termos inseparáveis de tudo o que se chama política. (…)
A exploração é o corpo visível e o governo é a alma do regime burguês.E, como acabamos de ver, uma e outra, nessa ligação tão intima, são, tanto do ponto de vista teórico como prático, a expressão necessária e fiel do idealismo metafísico, a conseqüência inevitável desta doutrina burguesa que procura a liberdade e a moral dos indivíduos fora da solidariedade social. Esta doutrina leva ao governo espoliador de um pequeno grupo de privilegiados, ou de eleitos, à escravidão espoliada da maioria e, todos, à negação de toda moralidade e de toda liberdade.1871 – Michael Alexandrovich Bakunin
nahuinaMembroAí eu discordo. O Estado não é um universal, é um Ser-para-si…
O estado é um ser-para-si?
Mas ele é, com suas caracteristicas próprias…o nosso erro ocorre por não entendermos as caracteristicas reais do estado ….nós acreditamos na mentira que nos vendem….
nahuinaMembro“…eu escolhi ser um ignorante para não entendê-lo?
Será que é assim tão simples? Isso faz sentido?”
Não faz sentido!
Mas esses são palavras suas ñ de Sartre(Mensagem editada por nahuina em Junho 14, 2005)
nahuinaMembro(…) Além da concepção aristotélico-sartreano e da concepção de tipo estóico-hegeliano, existe ainda uma terceira concepção que procura unir elementos das duas anteriores. Afirma, como a segunda, que não somos um poder incondicional de escolha de quaisquer possíveis, mas que nossas escolhas são condicionadas pelas circunstâncias naturais psíquicas, culturais e históricas em que vivemos, isto é, pela totalidade natural e histórica em que estamos situados (…).
Essa terceira concepção de liberdade introduz a noção de “possibilidade objetiva”
Liberdade e possibilidade objetiva.
O possível não é o provável.Esta é o previsível, isto é, algo que podemos calcular e antever, porque é uma probabilidade contida nos fatos e nos dados que analisamos.O possível, porém, é aquilo criado pela nossa própria ação.
Aliberdae é a consciência simultânea das circunstâncias existentes e das ações que, suscitadas por tais circunstâncias, nos permitem ultrapassá-las.Convite à filosofia – Marilena Chauí – Unidade 8 – Capitulo 6 – 360
“Pode parecer obvio, mas pode ser falso”
nahuinaMembroA segunda concepção da liberdade foi, inicialmente, desenvolvida por uma escola de filosofia do período helenístico, o estoicismo, ressurgindo no século XVII com o filósofo Espinosa e, no século XIX, com Hegel e Marx.
Eles conservam a idéia de que a liberdade é a autodeterminação ou ‘ser causa de si”.Conservam também a idéia de que é livre aquele que age sem ser forçado nem constrangido por nada ou por ninguém e, portanto age movido espontaneamente por uma força interna própria.No entanto não colocam a liberdade no ato de escolha, mas na atividade do todo, do qual os indivíduos são partes.
O todo ou a totalidade pode ser a natureza – como para os estóicos e Espinoza – ou a Cultura – como para Hegel – ou. Enfim, uma formação histórico-social – como para Marx – (…)é a liberdade que age ou atua segundo seus próprios princípios, dando a si mesma suas leis, suas regras, suas normas.(…)A liberdade agora não é um poder individual incondicionado para escolher, mas é o poder do todo para agir em conformidade consigo mesmo, sendo necessariamente o que é e fazendo necessariamente o que faz.nahuinaMembropq não debatemos este assunto no tópico de liberdade?
partindo do “QUE È A LIBERDADE”?
Vou colocar 3 concepções filosóficas de liberdade…nahuinaMembroTrês grandes concepções filosóficas de liberdade
(…)A primeira grande teoria filosófica da liberdade é exposta por Aristóteles em sua obra Ética a Nicômaco(…) Diz Aristóteles que é livre aquele que tem em si mesmo o principio para agir, isto é, aquele que é a causa interna de sua ação ou da sua decisão de não agir. A liberdade é concebida como o poder pleno e incondicional da vontade para determinar a si mesma ou para ser autodeterminada.(…) Assim na concepção aristotélica, a liberdade é o principio para “escolher entre alternativas possíveis“, realizando-se como decisão e ato voluntário.Contrariamente ao necessário ou à necessidade, sob a qual o agente sofre a ação de uma causa externa que o obriga a agir sempre de uma determinada maneira, no ato voluntário livre o agente é a causa de si, isto é, causa integral de sua ação.(…)
Sartre levou essa concepção ao ponto limite.Para ele, a liberdade é a escolha incondicional que o próprio homem faz de seu ser e de seu mundo. Quando julgamos estar sob o poder de forças externas mais poderosas que nossa vontade, esse julgamento é uma decisão livre, pois outros homens, nas mesmas circunstâncias, não se curvaram nem se resignaram.
Em outras palavras, conformar-se ou resignar-se é uma decisão livre, tanto quanto não se resignar nem se conformar, lutando contra as circunstâncias.
(…)nahuinaMembroHeráclito disse que:
“Pela sua incredibilidade a verdade se esquiva ao reconhecimento” -
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