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nahuinaMembro
Sou livre para escolher, porém a escolha não é puramente minha
Posso interpretar assim: Sou livre p/escolher, porém as possibilidades de escolha que eu tenho são limitadas por fatores externos a minha vontade ou escolha pessoal, isto é escolho o que fazer dentro de algumas possibilidades pré-estabelecidas.É isso?
Se for…acho legal vc ler isto: “Não importa o que fizeram de nós, mas o que nós fazemos com o que quiseram fazer conosco”
Faz sentido?nahuinaMembroNão é necessariamente uma crítica…eu não considero errado, apenas estranho…
Percebi que agora as mensagens devem ter mais do que 30 palavras. E achei muito legal, engraçado e criativo quando vi que um usuário escreveu a sua mensagem, que tinha, não sei bem, acho que 20 delas; e concluiu assim:
“…bla, bla, bla, bla, bla, bla, bla, …”
Isso me levou a pensar o seguinte: Será que são mesmo necessárias mais de 30 palavras p/q uma opinião/pensamento seja válida?
…nahuinaMembroA morte é insuperavel….certo.
Mas não pode ser o objetivo da vida (lembrando que o tema é “A vida tem algum objetivo?”) tentar adiar a morte….acho que foi isso que Paulo Sérgio tentou passar….talvez eteja certonahuinaMembroDuas mulheres conversando:
Estou mais perto do fim da minha vida do que jamais estive…
mas sinto, mais do que nunca, que tenho todo o tempo do mundo.
Quando era mais jovem, havia necessidade de… certeza. Eu precisava chegar ao fim do caminho.
– Sei o que quer dizer. Eu me lembro que pensava…
“Um dia, aos 30 e poucos anos, talvez, tudo irá, de algum modo, se acomodar, parar. Simplesmente acabar.”
É como se houvesse um platô…
me esperando. Eu estava escalando. Quando eu chegasse ao topo, todo crescimento e toda mudança parariam. Até a excitação cessaria.
– Mas isso não aconteceu, ainda bem.
– Na juventude, não levamos em conta a nossa curiosidade. Isso é que é incrível de sermos humanos.
– Sabe o que Benedict Anderson diz sobre a identidade? Ele fala sobre, digamos, uma foto de bebê. Você pega uma imagem bidimensional e diz: “Sou eu” .
Para ligar o bebê dessa imagem estranha a você, no presente, é preciso criar uma história.
“Esta sou eu quando tinha 1 ano. Depois, tive cabelos compridos e depois nos mudamos para Riverdale, e aqui estou.”
Então, a história necessária é, na verdade, uma ficção para tornar você e o bebê idênticos.
– Para criar sua identidade.
– O engraçado é que nossas células se regeneram totalmente a cada sete anos.
Já fomos várias pessoas diferentes.E, no entanto, sempre permanecemos
sendo, em essência, nós mesmosRichard Linklater
nahuinaMembroMas o que você opina: Sua tese é insólita: a liberdade é absoluta ou não existe.
A Liberdade é absoluta ou não?
ou como disse EMileto:”a liberdade é uma utopia”…
Ou a liberdade está em encontrarmos o caminho p/ fazer a diferença entre a nossa vontade e a possibilidades que temos (ou temos que criar)entre os obstaculos….nahuinaMembroEu gosto muito da forma como Marilena Chauí expõe as idéias (não necessariamente dela)…já li esse livro várias vezes… muito bom!
Sobre alienação, eu já tinha expressado essa idéia quando vc’s diziam que Sartre ignorava que o homem era condicionado pelo meio, e eu disse que:” A humanidade faz a cultura.
A cultura condiciona o individuo.
O individuo é condicionado…e o conjunto de indivíduos cria a causa deste “condicionamento”, o individuo ñ pode mudar a cultura?Pode!Mas depende dos outros indivíduos..”Lembra?
Acreditar que somos vítimas do meio (que nós criamos) é uma forma de alienação…“a filosofia é um pensamento crítico”(…)” mas eu li uma parte no Convite a Filosofia que me fez rever isso” Oq exatamente no texto te fez pensar que a filosofia ñ é um pensamento crítico?
“O fato de se revoltar não leva a nada, continuaremos alienados…”Acho que a revolta é importante…o fato de estarmos alienados ñ nos tira a idéia de que alguma coisa está errada….e se estamos alienados como surge essa revolta da intuição?…Acho q não….
O problema acontece quando sentimos revolta mas ñ achamos a forma de mudar aquilo que nos incomoda e esquecemos que aquilo que nos incomoda só existe pq nos permitimos a sua existência…(ou + ou – isso)“Leia o capitulo, você vai gostar. E isso ajudará a responder a seguinte pergunta: o artista é livre para criar? Ou ele cria porque é livre? Ou uma alternativa não anula a outra? De qualquer forma, o artista sente menos pressão?”
Por acaso vc está insinuando que o artista cria pq é alienado?…..Mas vale lembrar que: “Para a maioria dos existencialistas, dois eram os modos privilegiados de o homem aceitar e enfrentar sua finitude: através das artes e através da ação político-revolucionária.”
Marilena CahuinahuinaMembroAlguém poderia afirmar que o problema se encontra na comercialização da música, o que não seria incorreto…Porém mesmo que a musica tenha se tornado mais um produto, que é o que acontece com todas as coisas no mundo em que vivemos (qualquer coisa é comercializada… tudo pode ser lucrativo), Em outras áreas como, por exemplo, a literatura, ainda encontramos obras de boa qualidade…e na música brasileira atual, eu não consigo achar nada artístico, mesmo que o estilo (o tipo de musica) seja um dos que eu gosto ou não…não encontro nenhuma produção artística, e isso já tem alguns anos….Sendo que em outros paises da América latina ainda é possível ouvir alguma coisa de original ou artística (principalmente na Argentina)
PQ isso acontece?E PQ principalmente na música?E PQ particularmente no Brasil?nahuinaMembropercebo que vocês dois conhecem bem sobre filosofia.Nahuina, você faz curso superior de filosofia ou é formado em filosofia?NÃO!!!
Eu, particularmente, posso te assegurar que ñ conheço bem filosofia…Eu adoro filosofia…e me divirto pensando…a única coisa que eu fiz foi ler alguns livros (e muitos menos do que eu gostaria)Quero começar a estudar, vou fazer vestibular este ano…
As vezes me sinto em desvantagem por não fazer o curso de filosofia. Isso me deixa inseguro, em pensar que eu possa estar falando com filósofos de verdade,
Não tem nada a ver…
E se vc conversar com um “verdadeiro filosofo” ele com certeza ira te ajudar e orientar… o problema são os pseudo-intelectuais que andam por ai, com seu jeito pedante e arrogante…mas vc se livra deles de uma forma bem simples, perguntando: Por Que?…
…. rsrsrs….nahuinaMembroA liberdade à qual eu estava me referindo era: …”Mudando um pouco a ótica, eu acho que muitos artistas, por exemplo, são livres. Eles vivem uma outra realidade, têm outros conceitos, uma forma diferente de enxergar as coisas, não se importam muito com a moral pré-estabelecida, com os valores da sociedade…Vivem “livres” da opressão do meio, do sistema”…Mileto concordou e disse que a criatividade pode derivar da liberdade do artista ,”é preciso se sentir livre para tal.”…Eu gostaria da sua opinião….
nahuinaMembroEncontrei a seguinte opinião Sobre Sartre e o Determinismo
O tema da liberdade é o núcleo central do pensamento sartriano e como que resume toda a sua doutrina. Sua tese é insólita: a liberdade é absoluta ou não existe. Sartre recusa todo determinismo e mesmo qualquer forma de condicionamento. Assim, ele recusa Deus e inverte a tese de Lutero; para este, a liberdade não existe justamente porque Deus tudo sabe e tudo prevê. Mas como deus não existe, a liberdade é absoluta. E recusa também o determinismo materialista: se tudo se reduzisse à matéria, não haveria consciência e não haveria liberdade.
O EXISTENCIALISMO DE SARTRE
Gerd Bornheim ( professor de Filosofia da UFRJ)
(Do livro Curso de Filosofia, Ed. Jorge Zahar, 3ª edição, RJ, 1989, p. 198)
nahuinaMembroMas o problema é o msm que quando vc usou “Deus” como exemplo p/explicar o determinismo…
É no mínimo inocente criticar os Dogmas cristãos como se isso (a crítica) fosse filosofia…
Mas continuo querendo saber a sua opinião com relação à seguinte pergunta:
As drogas (esquecendo da relação fisica) trazem alguma liberdade p/ o individuo….(vários artistas podem servir de exemplo)….
…” eu acho que muitos artistas, por exemplo, são livres. Eles vivem uma outra realidade, têm outros conceitos, uma forma diferente de enxergar as coisas, não se importam muito com a moral pré-estabelecida, com os valores da sociedade…Vivem “livres” da opressão do meio, do sistema….
”Onde as drogas entam nessa perspectiva?nahuinaMembroNa questão ética é diferente, se somos livres ou não, equivale a responder a pergunta: o homem faz a cultura ou a cultura faz o homem?
Creio que aqui o problema é causado por uma limitação na nossa linguagem…(chamo de limitação o fato de que uma mesma palavra seja interpretada de diversas formas induzindo a um equivoco no raciocínio)
O problema é : ”Homem” na frase: O homem faz a cultura, esse “homem” é “a espécie humana”,” a humanidade”
E na frase “a cultura faz o homem” este “homem” é“Qualquer ser humano”…
Isso induz ao erro…
A humanidade faz a cultura.
A cultura condiciona o individuo.
Ambas estão certas, não se pode escolher entre uma ou outra pois, mesmo usando uma mesma palavra em sentidos contraditórios (homem), ela apresenta, nas frases, sentidos/significados diferentes…
…….
O individuo é condicionado…e o conjunto de indivíduos cria a causa deste “condicionamento”, o individuo ñ pode mudar a cultura?Pode!mas depende dos outros indivíduos… e Sartre definiu isso muito bem da seguinte forma:“O homem não é mais que o que ele faz. Tal é o primeiro princípio do existencialismo. Também a isso que se chama a subjetividade, e o que nos censuram sob este mesmo nome. Mas que queremos dizer nós com isso, senão que o homem tem uma dignidade maior do que uma pedra ou uma mesa? Porque o que nós queremos dizer é que o homem primeiro existe, ou seja, que o homem, antes de mais nada, é o que se lança para um futuro, e o que é consciente de se projetar no futuro. Mas se verdadeiramente a existência precede a essência, o homem é responsável por aquilo que é. Assim, o primeiro esforço do existencialismo é o de pôr todo homem no domínio do que ele é e de lhe atribuir a total responsabilidade da sua existência. E, quando dizemos que o homem é responsável por si próprio, não queremos dizer que o homem é responsável pela sua restrita individualidade, mas que é responsável por todos os homens
(…) “Jean-Paul Sartre – 1946 – El existencialismo es un Humanismo
(Mensagem editada por nahuina em Junho 15, 2005)
nahuinaMembro“Na atual conjuntura, me bastaria ouvir uma terceira ou quarta opinião sobre o que é determinismo. Para mim está claro que a realidade ser determinada ou não, influencia na questao de sermos livres ou não (em questão de metafísica)”
Renan,vc já tentou usar o dicionário? Detreminismo:Filos.Conexão rigorosa entre os fenômenos (naturais ou humanos), de modo que cada um deles é completamente condicionado pelos que o precederam…Se influencia na liberdade ou ñ vai depender do seu conceito de liberdade…eu acho que pode influenciar como tb pode ñ influenciar…
Com relação à pag. 332 do livro da Marilena Cahui eu procurei e não achei…vc pode dizer qual é a unidade e o capitulo?
Talvez a idéia de que por ñ existir um Deus, ou um destino ou uma natureza humana, o homem esteja condenado à liberdade possa ser considerada uma idéia determinista…não?
não.nahuinaMembroE as drogas, onde entram nessa “liberdade”?
Liberdade espiritual/mental, criativa…….O teu amigo Freud usava cocaína…Isso dizem por ai…que ele achava que ela (a cocaína) abria “canais” de percepção…de raciocínio…alguma coisa assim…
Como muitos outros….nahuinaMembroConcordo: “o homem vinha com aquele papo pseudo-científico de telepatia”
Nunca gostei da idéia…E eles são personagens de dois outro films do msm diretor: Before sunrise de 1995 e Before sunset,2004…
E em varias cenas do filme aparecem personagens famosas de outros filmes….ou trechos deles…E cabe ressaltar a idéia de que muito do que pra vc parece contraditório vago vazio…para muitos dos que assistem o film, são coisas “chatas”, intelectuais, que nem conseguem compreender…
(Mensagem editada por nahuina em Junho 15, 2005)
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