Barão de Cotegipe

Oliveira Lima COTEGIPE Celebrou-se em 1915 o centenário do nascimento do Barão de Cotegipe, um dos estadistas de maior nomeada do Brasil imperial e aquele, depois do Rio Branco pai, cujo nome se acha vinculado à extinção do cativeiro, de quem a memória melhor se conserva entre as classes menos esclarecidas, mercê de funda e … Ler mais

ANTÔNIO JOAQUIM DE MELO (2.°)

ANTÔNIO JOAQUIM DE MELO (2.°) Nasceu na cidade do Recife (prov. de Pernambuco) a 2 de fevereiro de 1794 e faleceu a 8 de dezembro de 1873. Era filho de Inácio Correia Gomes de Melo e D. Ana Francisca das Chagas Alves Marinho. BIBLIOGRAFIA 1) Os Caetés — cantata nacional. Foi escrita e publicada quando o … Ler mais

O PROTO-ROMANTISMO BRASILEIRO e a ARCÁDIA LUSITANA

Biblioteca Academia Paulista de Letras – volume 7. História da Literatura Brasileira TOMO I. vol 3.  LIVRO PRIMEIRO Época de Transformação (século XIX) 2º período (Fase Patriótica) Artur Mota (Arthur Motta) (1879 – 1936) LIVRO SEGUNDO ÉPOCA DE TRANSFORMAÇÃO (1800-1835) PERÍODO DE TRANSIÇÃO DOS CLÁSSICOS PARA OS ROMÂNTICOS Manifestação literária, artística, científica e filosófica CAPÍTULO … Ler mais

MIGUEL CALMON DU PIN E ALMEIDA (Marquês de Abrantes)

Biblioteca Academia Paulista de Letras – volume 7. História da Literatura Brasileira TOMO I. vol 3.  LIVRO PRIMEIRO Época de Transformação (século XIX) 2º período (Fase Patriótica) Artur Mota (Arthur Motta) (1879 – 1936) Capítulo V – PRIMEIRO IMPÉRIO — ASSEMBLÉIA CONSTITUINTE (continuação)   MIGUEL CALMON DU PIN E ALMEIDA (Marquês de Abrantes) Nasceu a … Ler mais

João de Barros Falcão de Albuquerque Maranhão

João de Barros Falcão de Albuquerque Maranhão (1807-1882). — Foi um tipo singular este. Idealista, fantástico, alimentou-se de quimeras durante sessenta anos.

Descendente de uma das mais antigas e ilustres famílias pernambucanas, nasceu Barros Falcão em 1807, ao que presumo. Espírito móbil e entusiasta, os movimentos revolucionários de 17 e 24 deixaram nele uma impressão indelével. A. república tornou-se para o jovem irrequieto um sonho de todos os momentos.

José Maria do Amaral.

Silvio Romero – História da Literatura Brasileira (ebook por capítulos)

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TRANSIÇÃO

POETAS DE TRANSIÇÃO ENTRE CLÁSSICOS E ROMÂNTICOS (continuação)

 

José Maria do Amaral. — Nascido em 1812,. foi diplomata e monarquista conservador, e muito mais tarde republicano extremado. Este ilustre velho, falecido em 1885, espalhou o seu pensamento por diversos jornais e periódicos. Desde os tempos da Regência foi mais ou menos assíduo na imprensa: o Correio Mercantil, o Correio Nacional, o Espectador da América do Sul, a Opinião Liberal, o Jornal da Tarde, o Globo, publicaram artigos seus. Além de jornalista político, foi poeta. Não deixou livros impressos.

Homem de espírito inquieto e paixões ardentes, passou por muitas tempestades.

O que havia de tumultuário em sua alma tomou a forma de paixão política. Daí certa animação de seu estilo na prosa dos artigos jornalísticos. O que nele havia de doce e amorável exalou-se num lirismo suave e meigo.

Cândido José de Araújo Viana, Marquês de Sapucaí

POETAS DE TRANSIÇÃO ENTRE CLÁSSICOS E ROMÂNTICOS (continuação)

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TRANSIÇÃO

POETAS DE TRANSIÇÃO ENTRE CLÁSSICOS E ROMÂNTICOS

Bem diferente de Maciel Monteiro foi — Cândido José de Araújo Viana, Marquês de Sapucaí (1793-1875). — Magistrado, administrador, político, era pacato, moderado, tímido em demasia.

Escreveu muito pouco. Em prosa seu trabalho principal é o célebre artigo inserto no Correio Oficial de 28 de setembro de 1833, contestando os serviços de José Bonifácio à nossa independência política; em poesia os decantados versos à memória de sua filha. O artigo pode ser indicado como um dos mais limpos trechos do jornalismo político do tempo; é medíocre sem ter as grosserias e declamações então tanto em voga.4 Araújo- Viana era ministro quando o escreveu, por ocasião de ser deposto o velho Andrada do cargo de tutor do imperador.

É uma peça sem grande préstimo literário e de pouco alcance histórico.

Os versos são singelos e delicadíssimos. Por eles é que esse político tem um lugar neste livro.

O velho mineiro tinha uma filha, que havia plantado um canteirinho de violetas; antes que estas desabrochassem, morreu a moça. Sobre o seu túmulo foi o poeta depor as primeiras flores, quando abriram, e escreveu estes versos:

Salomé Queiroga e o plágio de Victor Hugo na poesia Brasileira, por Silvio Romero

João Salomé Queiroga nasceu em 1810 ou 1811; morreu depois de 1880. Não seguiu o exemplo de seu irmão, que não publicou um só livro; ele publicou três: — duas coleções de poesias e um romance.

São publicações serôdias e tardias; mas têm préstimo; são de 1870 e 73; porém encerram versos de 1829. O prólogo do Canhenho de Poesias Brasileiras seria o prefácio de Cromwell do romantismo brasileiro, se fosse bem escrito e publicado oportunamente. Não apareceu a tempo; é, contudo, a fiel exposição do momento literário entre nós em 1830. Salomé Queiroga foi bom mineiro, não mudou; foi sempre o mesmo; o que escreveu em 1870, podê-lo-ia ter escrito quarenta anos antes.

É indispensável mostrá-lo, manuseando as provas: "Cerca de quarenta anos estão neste volume; a descrição de um grande e continuado dia de festa, com pequenos intervalos de sofrimentos. A rosa também tem espinhos. Menino travesso a correr atrás de borboletas que nunca chega a apanhar, mas divertindo-se com isso: eis a história de minha vida poética… O desejo de metrificar despertou-se em mim em o ano de 1828 na cidade de S. Paulo. Ali se achavam reunidos, além de estudantes de diferentes pontos do Brasil, alguns e não poucos, que voltaram de Coimbra para continuar seus estudos na Academia Jurídica que se acabava de instalar. Moços entusiastas entretinham-se em palestras políticas e poéticas… Por esse tempo fundou-se uma associação literária, denominada Sociedade Filomática, da qual coube-me a honra de ser um dos instituidores.

Antônio Peregrino Maciel Monteiro, 2.º barão de Itamaracá

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TRANSIÇÃO

POETAS DE TRANSIÇÃO ENTRE CLÁSSICOS E ROMÂNTICOS

Se a história da literatura brasileira fosse um simples amontoado de notícias biográficas e a citação de alguns trechos poéticos, ela estaria feita no Parnaso de Cunha Barbosa ou no Florilégio de Varnhagen.

Mas se a própria história política vai já atendendo mais ao caráter psicológico dos povos do que aos fatos meramente exteriores, e, por assim dizer, materiais, ainda mais a história literária deve ter por missão penetrar no ideal das nações para surpreender-lhes a vida subjetiva.

Se, em quatro séculos de convivência com a civilização ocidental, o povo brasileiro, na esfera da arte das criações intelectuais, não tivesse feito mais do que plagiar, copiar sem critério os modelos europeus; se um caráter novo, se uma nova feição nacional não viesse sequer despontando, o povo brasileiro seria um produto artificial, cedo condenado à morte, e não valeria a pena escrever-lhe a história.

A quem percorre, é certo, uma dessas antologias de nossos poetas, um desses parnasos aí publicados, se depara o ainda incerto valor de nossas produções.