A LENDA DA MANDIOCA
No alto da serra de Parecis, no Estado de Mato Grosso, encontram-se várias aldeias habitadas por índios. São chamados parecis, mas a si mesmos eles denominam ariti.
Suas tabas ou malocas são cobertas de folhas de palmeiras. À noite, estendem as redes de dormir e acendem em baixo uma pequena fogueira.
Andam vestidos, pois vivem em contato com os brancos. Não dispensam as pulseiras de algodão, ou de borracha de mangabeira.
Dentre as muitas lendas dos Parecis, salientamos a da mandioca, que vamos contar aqui:
Zatiamare e sua mulher Cocoterô tiveram um casal de filhos: um menino chamado Zocooiê e uma menina, Atiolô. O pai amava o filho, mas desprezava a filha. Quando ela chamava, êle respondia com assobios e nunca lhe dirigia a palavra.
Muito triste, Atiolô pediu à mãe que a enterasse viva, porque assim seria útil aos seus. Depois de longa resistência, Cocoterô acabou cedendo ao pedido da filha e enterrou-a no meio do cerrado. Mas Atiolô, sentindo muito calor rogou à mãe que a levasse para o campo. Lá também ela não se sentiu bem.
Mais uma vez suplicou a Cocoterô que a mudasse para a mata. E aí ela se achou à vontade. Pediu, então, à mãe que se retirasse, recomendando-lhe que não olhasse para trás quando ela gritasse. Depois de muito tempo, Atiolô começou a gritar.
Cocoterô voltou-se, então, rapidamente e viu no lugar em que enterrara a filha um arbusto muito alto. Logo que ela se aproximou, o arbusto se tornou rasteiro.
Cocoterô passou a tratar com todo o cuidado a sepultura, limpando o solo e molhando a planta, que crescia cada vez mais viçosa.
Depois de algum tempo Cocotero arrancou do solo a raiz da planta — era a mandioca.
O casal chámou-a Ojacorê. Os Parecis deram-lhe depois o nome de Quetê.
Revista Terra e Gente. Ano 1, n.° 1, janeiro de 1946, Rio de Janeiro, p. 114.
Fonte: Estórias e Lendas de Goiás e Mato Grosso. Seleção de Regina Lacerda. Desenhos de J. Lanzelotti. Ed. Literat. 1962
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