Respostas no Fórum
-
AutorPosts
-
Miguel (admin)Mestre
Lamento, mas não posso concordar com vcs e vejo que os negros no Brasil, vão ter que se mobilizar de maneira mais intensa, porque, ficar esperando o que os “brancos” brasileiros acham….e olhe que estamos em um site , onde imaginei que as pessoas seriam mais tolerantes e progressistas.Mas a questão do contexto americano ser diferente do brasileiro. Sim , há diferenças , mas há, no essencial, semelhanças. Vamos as diferenças: Primeiro: podemos dizer que norte-americanos, são de fato, racistas e nós temos preconceito de cor. Explico melhor. Aqui, nós aceitamos judeus, japoneses e outros asiáticos, etc, mas não aceitamos os negros( mesmo que de forma dissimulada). Lá judeu, japonas, latinos e assemelhados costumam-se, inclusive, por exemplo, casarem-se só no que eles chamam de seu próprio grupo étnico. No topo das escala deles, está o WASP: White- Anglo- Saxon- Protestant, significando por exemplo, que alguém branco, de origem italiana, mas católico, já não estará no topo da lista, embora seja mais bem aceito que um negro. Aqui, repetindo, aceitamos tudo que é judeu, japona, argentinos arrogantes e pentelhos, mas nunca o negro. Mas e as semelhanças? Bom, quem disse que um negro no Brasil, não pode perder um emprego em uma entrevista, é muito ingênuo. Isso acontece freqüentemente. Sei de um médico que não aceitava atendente negras em seu consultório, claro que a justificativa era sempre que o cargo já havia sido ocupado, etc. Em passado não tão longínquo, colégios privados mais caros, aqui no Brasil, também tinham um histórico de recusarem negros. Mas ainda, nesta semelhança existe uma grande diferença entre EUA e Brasil. Aqui, existe o racismo, mas há uma aceitação da presença do negro. Ou seja, o cara faz piadinha com o “ negão” guardador de carros da esquina, mas jamais o convidará para sua casa. Nos velhos tempos dos EUA, um jovem procurava emprego em uma loja de proprietário branco e o branco pegava seu rifle embaixo do balcão, cuspia no negro e o expulsava. Aqui, o dono branco( mesmo que seja um ‘ pau de arara” de cabelo duro, mas aceito como branco para nossos padrões), faz uma gracinha, conta uma mentira e contrata um branquinho. Enfim… Quanto a questão, bem comum, que vcs adoram colocar…gente com camisas 100% negro…não seria um racismo ao contrário? Nada a ver, isto é apenas uma revolta natural de uma população que chegou como escrava. Nenhum branquelo,chegou a sofrer como um escravo. Enfim.. Eu, se fosse um negro, para nossos padrões me emgajaria , até de forma violenta, se necessário, para começar este sistema de cotas. Se implantado, este sistema, talvez aí, surja algo desconhecido entre nós. Aí talvez o ódio racial fique mais explícito no Brasil, o que ajudará a organização dos negros, pois a coisa explícita costuma unir na luta.
Miguel (admin)MestreO contexto americano é difernte em outro sentido também: Lá, as universidades realizam entrevistas pessoais para aceitar um candidato ou não. O entrevistador/banca pode ser influenciado pela cor do entrevistado. Aqui no brasil, a prova não tem cor, e o corretor não sabe se está corrigindo a prova de um branco, de um índio, de um negro, de um chinês ou de um poodle. Passa quem vai melhor.
Agora, se quem vai melhor é quem tem mais dinheiro, por que quem tem mais dinheiro tem educação de qualidade, temos que corrigir isso com intervenção do Estado, melhorando o ensino público. O papel do Estado não é lucrar rios de dinehiro e, sim, o bem comum, ao contrário dos cursinhos (DOH). Nos Estado Unidos o problema a ser corrigido é outro: racismo pode imepdir que alguém passe numa entrevista, portanto a solução é outra.
É claro que existe racismo no Brasil, e nos EUA, e na Alemanha. Acontece que, nessa questão específica, o problema é social. A sociedade manter uma amioria negra na camada dos excluidos socialmente é ainda um outro problema, que não vai nem ser tocado com a proposta das quotas.Miguel (admin)MestreÉ exato. O contexto americano é completamente diverso do nosso. Para começo lá o ensino superior é quase todo pago, aqui o movimento é para universidades gratuitas.
Os americanos só mostram seu grau de preconceito com essas decisões aparentemente politicamente corretas, mas que na verdade são sectarizantes. Os latinos nos EUA, por exemplo, tem muitas facilidades: encontram cursos e universidades que funcionam SÓ PARA ELES, e tem moradia subsidiada, criando verdadeiros GUETOS terceiro-mundistas. Não pensem que a elitezinha de Harvard é tão acessível assim. Aliás, como se sabe, nos EUA se você tem um pingo de sangue negro você é considerado negro. Essa cultura anglo-saxônica nada tem a ver com a realidade do Brasil. Aqui não cabe a palavra minoria, e sim maioria.
A medida de cotas é populismo e demagogia, como apontou o Pilgrim. O problema está no social, como eu apontei, e a questão é melhorar o ensino público. Dizer que isso é inviável sim é niilismo.
Sou a favor de atitudes como as dos cursinhos comunitários, que so cobram uma ajuda de custo, como tem tantos na USP, por exemplo. Mesmo uma iniciativa como a do Núcleo de Consciência Negra, que mantém um cursinho que só aceita negros é válida.Nancy Fraser trata bem desse problema. As demandas por reconhecimento, de ordem cultural,não podem entrar em conflito com as demandas por redistribuição, de ordem econômica. A primeira busca diferenciar – um grupo ou etnia, valorizando sua especificidade cultural, a segunda vista homogeneizar. O desafio é combinar os dois remédios para essas duas formas de injustiça.
E mais uma dificuldade, que sempre as há: Como vai ser a seleção entre os negros? Critério Socio-Econômico ou Mérito Intelectual? A Medida corre o risco de criar conflito entre negros-que-passaram-na-cota e negros-que-não-entram-na-cota. Aumentando ainda mais a diferenciação.
Miguel (admin)MestreDemagogia! É a velha mania de querer importar soluçoes (e problemas) de fora: Ianques, come here
O contexto americano é completamente diferente do brasileiro, especialmente no que diz respeito ao social e à diferenciaçao racial. E mesmo que essa “soluçao” fosse boa para eles, nao significa que seria boa para nós – nao sei como poderia ser, já que nao temos o mesmo problema.
Concordo plenamente com o Onofre. Parece que, enfim, insatisfeitos pelo fato de o Brasil ser melhor do que os EUA numa coisa, querem importar o problema… quem sabe assim nos tornemos mais iguais.
Isso ajudará que as pessoas se declarem negras? O que é ser negro? O que é ser branco? Qual o criterio de pureza, se é que isso existe? Qual o proveito disso? Nunca vi gente andando com camisas “100% branco”, mas já vi o contrário.
Quem é racista afinal?Por que 30% é muito? Por que nao estabelecermos 100% e declararmos todos negros? Parece piada…
Miguel (admin)MestreMelhor que com um deus imaginário, não?? Como ele surgiu então??? Criado por um outro deus??? Sempre existiu?? Então o universo etc etc etc tbm pode ter sempre existido, não??
Lógico??? Como lógico??Miguel (admin)MestreQuando tentamos imitar uma coisa boa que os americanos criaram, a maior parte das pessoas “ cai de pau”. Refiro-me as Affirmative Actions”, que se traduziram em cotas para as chamadas minorias raciais e que aqui, no Brasil, estamos tentando implantar. A questão que o Onofre levanta , é correta apenas no sentido, que o problema maior é o social. Resolva-se o problema social e tudo mais estaria resolvido. Todavia, entendendo que como os problemas sociais estão longe de serem resolvidos( até porque existe um reacionarismo intenso nesta sociedade, ainda mais devido ao pavor de medidas socializantes, que muitos mostram , aqui, no fórum), o sistema de cotas se mostra, sim um importante instrumento na tentativa de se corrigirem injustiças históricas.Só para lembrar algumas das injustiças perpetradas: a escravidão negra foi abolida, mas não foi dado terra aos libertos,mas para quem??? Para imigrantes europeus brancos( na grande maioria alemães e italianos), que assim tiveram toda a condição para prosperarem.Quero lembrar que se pretende aplicar as cotas não só às universidades, mas a empresas ( no princípio só as públicas) , e outras instituições. Todos se preocupam, apenas com as dificuldades que um modelo de cotas teria para ser implantado,mostrando, na minha opinião o raciocínio típico de conservadores( não é possível distribuir renda, teremos problemas com as cotas, etc…só dificuldades). Quanto a questão de se definir o que é um negro…ora …é bem simples, bastará a própria pessoa dizer-se negra. Já sei…todos dirão que louros de olhos azuis , irão declarar-se negros….sempre as dificuldades , desprezando a honestidade , que também está presente nas pessoas. Isto fará parte da afirmação das pessoas de cor, uma vez que pouca gente no Brasil, tem a coragem de declara-se negro. Ou seja, a política de cotas, sem exageros( na minha opinião 30% de cotas para negros como queria o Gov. Garotinho, é um flagrante exagero…para os padrões brasileiros, não devem existir 30% de negros no estado do Rio), será um importante instrumento para ao menos serem minimizadas as injustiças cometidas contra os negros.
Miguel (admin)MestreEu cou contra a cota para negros.
Por mais que os defensores dessa causa digam ser hipocrisia querer fechar os olhos para a discriminação presente e histórica no país, e por mais que digam o percentual de negros hoje na universidade é aquem do ideal, julgo que o argumento principal para as cotas é perigoso e equivocado.
Os métodos de seleção para o ensino superior não podem ser relativos à raça. Isso, é, sim, um racismo às avessas. É uma forma de discriminar os negros e também a brancos. Tudo bem, a seleção hoje depende muito de critérios econômicos. A classe média paga o ensino fundamental e médio e quer uma compensação no terceiro grau. Os cursinhos, verdadeiras indústrias, faturam horrores. Mas, a questão aí é de melhora do ensino público. O ensino público tem de ser competitivo com o particular e tornar o aluno apto a frequentar a instituição. E isso não é sonhar muito. Era assim até antes do golpe de 64. Os que não conseguiam acompanhar o público pagavam o privado. E hoje, escolas públicas especiais como as ETEs e Federais tem alta taxa de aprovação. O percentual de oriundos de escola pública na USP não é tão desprezivel. Era de 35% a ultima vez que vi.
Se o problema é econômico, pois, as cotas não resolvem. E os milhões de pobres brancos?
Se a questão é corrigir a injustiça histórica de exploração e marginalização da raça negra, o problema se mantém. Isso não contribuirá em nada para uma sociedade igualitária, só perpeturará a herança do passado. E se o aluno entra porque é negro, e por acaso está despreparado? Conseguirá acompanhar o curriculo? Este terá de ser nivelado por baixo, ou terá de ser criado um currículo diferenciado para os alunos das cotas, aumentado ainda mais a discriminação? É evidente que o ensino superior não é para a totalidade da população, é preciso uma seleção por mérito. As vagas no terceiro grau aumentaram muito, justamente por conta das universidades-empresa paticulares, que não se preocupam com a excelência ou a pesquisa, mas tem o principal objetivo de (mal) preparar massas para abastecer o mercado de trabalho.
E por último, o critério para se definir quem é negro ou não é vago, e tende dar margem à sem-vergonhice. No Brasil, a mistura impera. É a famosa meta-raça do Sérgio Buarque, mistura de todas as raças. Essa é uma riqueza do pais. Mesmo preconceituosos que se julgam brancos tem sangue negro. O censo revela apenas 8% de negros no país e uma imensa maioria de mulatos.
Gostaria que os defensores dessa idéia esclarecessem os pontos que levantei.
Miguel (admin)MestreGente, é lógico que Deus existe!!!! E é lógico que ele é um espírito bom!!! Será que vocês nunca ouviram falar em milagres, milagres que acontecem em todo o mundo? Se Deus não existe então eu gostaria que alguém me explicasse como é possível existir o universo, todos os planetas, todas as galáxias, todos os ecossistemas, todos os tipos de seres vivos, etc.
Eu acho certo o homem querer explicar todas as coisas que acontecem a sua volta, mas contestar a existência de Deus eu acho um absurdo. Será que tudo tem que ser provado científicamente?!
}Miguel (admin)MestreConcordo que a filosofia é ocidental, mas existem muitos pontos de aproximação com a chamada filosofia oriental, e muita coisa é derivada de lá. Os gregos eram os primeiros a admitir essa influência. A própria obra de Diogenes Laercio fala dos ginesofistas indianos. E pense em Schopenhauer e outros. A historia da filosofia de Bréhier tem um extenso ensaio sobre o assunto. Então quem sou eu para renegar a plausibilidade do pedido?
abs
Miguel (admin)MestreEvelyn,
Sua pergunta é bastante aberta e admite vários modos de abordagem. Evitando os caminhos mais longos, com um longínquo ponto de partida nos sofistas gregos, eu te sujeriria traçar um percurso da seguinte maneira:
1) partindo do nominalismo do séc. XIII, com a crise da metafísica clássica, com a questao dos universais, e a valorizaçao do sujeito;
2) passando, entao, pelo Renascimento, pelo surgimento da ciencia moderna em Galileu;
3) até a tentativa de fundaçao de uma nova metafisica em Descartes, como tentativa de resposta às novas questoes da época.Acho o caminho mais fácil, ou seja, tente caracterizar o advento da filosofia moderna na passagem do modelo cosmocentrico para o modelo antropocentrico.
[]'s
Miguel (admin)MestreJoana,
Hoje sou diferente, enchergo as coisas sem suas máscaras
Se foi a essa conclusao que vc chegou, entao provavelmente fez uma má leitura de Nietzsche. Assim fica parecendo que apenas mudaram de máscara.
aprendi a ser crítica e transmutadora.
Mas talvez nao o bastante. É provavel que o proprio Nietzsche criticasse uma total concordancia com ele. Também fez uma leitura crítica de Nietzsche?
Já um outro lá em cima afirmou que moral é manipulaçao… chega a dar pena…
Mas vc está certa num ponto, Nietzsche é um discurso bastante difícil, e disfarçado de simples pela leitura agradável, por isso mesmo é frequentemente vítima de leituras banalizantes.
E já que criticar com fundamento exige conhecer, e como a crítica anda em moda, acontece que todos conhecem tudo, e sao completamente engolidos. Acontece, em geral, que os lobos sao tosqueados.
[]'s
Miguel (admin)MestreNÃO CONSIGO RESPONDER UMA PERGUNTA DE UM TRABALHO URGENTE:EXPLIQUE O ADUENTO DA FILOSOFIA MODERNA.}}
Miguel (admin)MestreVejo que este espaço nos sugere inúmeras formas de se pensar “Nietzsche”. É complexo? Sim, muito, mas apaixonante. Nos mostra a vida nua e crua, com todos os valores que nos foram – e ainda nos são – embutidos. Me reservo a perguntar – e reponda quem quiser: Antes de conhecerem Nietzsche, conseguiam ver a “vida” como vêem agora? Ele me ensinou muito. Hoje sou diferente, enchergo as coisas sem suas máscaras, aprendi a ser crítica e transmutadora.
Miguel (admin)MestreOs anarquitas sofrerão grande excrusão,isto ocorreu por diversos motivos um deles é foi os pank anarquista que sei saber sobre sua téroria confundirão com somente a desorde onde causou um visão muito ruim do anarquimos no geral, tambem não são todos os pank,temos movimentos pank organizados no país os quais fazem ações importanticimas .SOU UM GRANDE ADMIRADOR DO ANARQUIMO. ENTRE EM CONTATO [email protected] UM MUNDO SUSTENTADO PELA MENTIRA UMA VERDADE DITA E CONSIDERADA LOUCURA.BAKUNIN
Miguel (admin)MestreOu, o que é perfeito não cria algo imperfeito. A Biblia foi escrita para suprir a maior pergunta humana: “Qual a minha origem?” Pode existir coisas que foram escritas apenas para aconchegar o pensamento humano, ou seja, é uma forma do humano ter um ponto de referência. É como os mitos.
-
AutorPosts