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Miguel (admin)Mestre
Guilherme…
O ponto de vista legal tem como medida o homem. Não é possível separarmos legal de moral neste caso, ou seja, em uma discussão como a proposta neste fórum. Não li as mensagens acima, portanto não falo por elas.
A propositura de uma lei requer estudos sociológicos, antropológicos, de psicologia, filosofia, direito, biologia, física e tantas outras disciplinas necessárias…
O Legislador legaliza aquilo que a sociedade e o Estado entendem necessário… legalizar é somente um detalhe técnico. A discussão sobre legalizar ou não uma determinada conduta implica muitas vezes em um debate moral sobre as suas consequencias.
abs.
Miguel (admin)MestreBem, devido as respostas vejo que ou vocês não entenderam o que eu quis propor ou eu não explicitei direito.
Aprofundando a questão do “o que dá o direito”, lógico, se não há um Deus, se não há uma verdade então tudo é permissivél. Porém vivemos em uma civilização e como já disse Freud em seu livro o Futuro de Uma Ilusão, a Civilização só consegue se manter “viva” através das coerções. Eu pretendo discutir o direito à vida no campo Legal, não no Moral. Quando eu coloco a pergunta, O que dá direito a vida, é um norte a discussão do aborto e da eutanasia. Por exemplo,
existem doenças letais em recem-nascidos, e a conduta, quando a decissão tomada é de que ele não viva, é não fazer nada para prolongar a vida deste bebe. Isto é Legal? É Moral, vocês que gostam tanto? Se já foi tomada a decissão de que ele não vai viver, porque esperar que ele contráia uma doença e morra. Não é mais INDOLOR aplicar-lhe uma injeção letal?
Outra questão Bioética:
Há uma doença chamada anecefalia na qual o feto não possui cortéx cerebral, possui apenas o tronco, ou seja, suas funções respiratórias e cardíacas funcionam. Vamos supor que nasça um recem nascido anecefálo. Sua estimativa de vida é de no máximo um mês, mesmo com aparelhos. Se a mãe quisesse doar os orgãos deste bebê, salvando assim mais vidas, ela poderia? Para se doar os orgãos é necessário se ter morte cerebral, mas ele não tem cérebro! O aborto neste caso deveria ser legal?Se eu tenho direito a vida? O que me dá este direito? Legalmente, a Constituição. Moralmente, eu mesmo.
Miguel (admin)MestreCaros amigos, o debate sobre a violência me faz lembrar o tão respeitado livro de René Girard sobre a violência de nome: A VIOLÊNCIA E O SAGRADO. Talvez não nos demos conta, mas as sociedades primitivas procuraram resolver o problema da violência coletiva recíproca através da sacralização da violência. Uma vez sacralizada, era possível responder por vias rituais – diga-se, “vítima expiatória ou bode expiatório – às constantes desavenças entre clãs, tribos e famílias. Os rituais de conciliação serviam de tribunal penal para solucionar o problema da violência e evitar a destruição das comunidades. Infelizmente com o surgimento do ESTADO no formato maquiavélico, hobbiano e rousseauriano, o lado sagrado da violência foi banalizado, e acabamos por perder a válvula de escape de nossas agressões. Sem termos a quem recorrer, geramos violência dos mais diferenciados tipos sobre o primeiro que encontramos, o vizinho, o pai, a mãe, o irmão ou irmã, o país vizinho, a cidade vizinha, ou até sobre nós mesmo. É fundamental decifrarmos os novos códigos da violência para a partir daí buscarmos soluções mais duradouras do que somente paliativos. Um dos trabalhos que temos feito é a criação das Comunidades de Investigação Filosófica acerca do HOMO VIOLENS. Caso queiram maiores informações, escrevam-me.
Muito obrigado,
Itamar Paulio ([email protected])
Miguel (admin)MestreJá tentei associar otimismo e pessimismo com outra coisa sem muito sucesso. De inicio pensei em fé, mas nao funciona. Há pessoas com fé que sao bastante pessimistas, assim como há os incrivelmente otimistas. Entendo entao que otimismo e pessimismo sao relações e nao termos absolutos.
Otimismo estaria associado ao sucesso e pessimismo ao fracasso.
Seguindo aquele raciocinio, vc fala de sucesso e fracasso em relaçao a quê?
Poderia tentar explicitar mais seu pensamento?
Miguel (admin)MestreMarcio,
O que vc colocou é muito interessante e me levou a pensar em outra questao: diante desse quadro só resta entao o pessimismo?
Algumas pessoas assumem uma postura pessimista enquanto que outras, diante do mesmo quadro, e encarando a realidade de frente do mesmo modo, assumem, entretanto, uma postura otimista. Assim, concluo que a postura pessimista ou otimista nao é tanto fruto de uma maior compreensao da realidade, mas apenas um juizo de valor pessoal sobre ela. Logo, o otimista tem tanta razao quanto o pessimista.
Otimo, desde que nao entendam (ambos, o pessimista ou o otimista) isso como uma desculpa para enterrar a cabeça na areia e fugir da realidade.
Miguel (admin)MestreMarcio,
um outro modo de dizer poderia ser: Em 2003, ja nao mais existem comunistas, filosofos e divindades como antes.
Talvez a filosofia como sistema esteja mesmo em crise atualmente, mas a afirmaçao que vc fez tem pretensao de verdade e assim pode passar como uma afirmaçao filosósica, nao é? Talvez continuem existindo filosofos. Talvez filosofia nao seja sistema, mas um modo de pensar que busca considerar o todo, sem deixar nenhum enfoque de fora, ou talvez seja até outra coisa. O que leva à questao: se filosofia nao tem mais o significado que tinha antes, deveriamos insistir em usar a mesma palavra para designar coisas que podem ser diferentes? Entendo que Wittgenstein responderia que sim, que trocar de palavra nao resolve a questao e ainda introduz mais confusao. O proprio diálogo cuidar de aparar as arestas e esclarecer o significado das palavras que aparecem, como cada uma das partes o entende.
Tambem, como no caso da filosofia, talvez se passe o mesmo com o comunismo ou a religiao.
O Pacifista chamou a atençao para algo que é dificil nao considerar hoje, voce resumiu com aquela afirmaçao, eu estou tentando aparar algumas arestas
Miguel (admin)Mestre“Numa regiao distante várias pessoas ficavam doentes e morriam de um tipo raro de cancer.
Certo dia chegou um médico novo naquela regiao, e, depois de examinar vários desses pacientes, começou a receitar como rémedio para esse mal urina de rato fervida.
O farmaceutico do lugar, sabendo que esse tratamento era completamente inútil, começou a avisar as pessoas que aquele remédio nao curava o cancer. O aviso foi muito mal acolhido.
Um dos doentes disse:
– E qual remédio vc receita entao?
– Eu nao tenho outro remedio, mas esse que o médico está receitando nao cura nada, e é possivel que até faça mal.
– Ora, se vc nao tem outro remédio para me receitar, fique calado!
E voltou para casa com mais 5 garrafas de urina de rato.”Miguel (admin)MestreNem vou perder mais meu tempo, isso está sendo pior que dar milho a bode.
ficar só pensando sobre o indivíduo.
Seria esperar demais mesmo que vc compreendesse.
Vc já disse ser indivíduo é difícil, agora está chegando ao ponto de dizer que ser indivíduo é algo inacessível para pobres coitados, que não merecem uma explicação porque não iriam entende-la mesmo. Ora , isso é pura arrogância!
É? Ou foi vc que nao entendeu nada? Isso nao é assunto de comunicaçao direta. Nao é estudo que faz de alguem um individio, continue com os seus sisteminhas, quem sabe talvez monte um bem bonitinho.
Estou esperando a tua ” teoria da individualidade”, mas pelo visto nada de aproveitável sairá.
Espere sentado! Nao existe isso da “teoria da individualidade”, e enquanto vc achar que isso é objeto alcançavel por explicaçoes, está perdido.
Seja uma boa vaquinha e junte-se ao rebanho, quem sabe algum dia a ficha caia, se a águia nao cair primeiro.Miguel (admin)MestreBla, bla….Foge do assunto, dizendo que os demais não estão a altura de entende-lo. É mais fácil ser homem-bomba, marxista, etc…porque? Não que proponha que alguém tome estas atitudes extremas,mas desde logo afirmar que é mais fácil, ficar só pensando sobre o indivíduo.Vc já disse ser indivíduo é difícil, agora está chegando ao ponto de dizer que ser indivíduo é algo inacessível para pobres coitados, que não merecem uma explicação porque não iriam entende-la mesmo. Ora , isso é pura arrogância!Quando as pessoas complicam as coisas é porque não podem explica-la, assim é melhor atacar antes, desqualificar as pessoas e ponto final!Estou esperando a tua ” teoria da individualidade”, mas pelo visto nada de aproveitável sairá.
Miguel (admin)MestreQue papo é esse de 'educadinho'? Mudou o choro?
Falei de vaca e vc ficou ofendido?
Sei que nao deve ter lido muitos filósofos na sua vida (nem Marx), mas esperava que pelo menos entendesse uma metáfora. Quantos perderam suas vidas, carreiras tentando estabelecer as bases de um sistema
Sei lá! Deve ser próximo ao número dos que tentaram transformar chumbo em ouro. Mas nem por isso a alquimia é algo que valha muito hoje.
Muita gente morreu tambem pela Al-Quaeda.
Deve ser algo muito bom!E, respondendo a sua pergunta: Sim! É mais seguro ser homem-bomba, kamikaze, terrorista, marxista ou alienado. Todos esses fogem do mais dificil. Mas acho impossivel vc entender isso hoje.
Miguel (admin)Mestre>Isso nao é um sistema! entao, o marxista grita: alienado, e retorna ao pasto para ser vaca, e espera a hora de ser ordenhado. Dá mais segurança e menos trabalho.
Viram como o pacifista é ' educadinho” ? para ele todos que procuram entender a complexidade das relações sociais/econômicas e mesmo a subjetividade, só porque se define como marxista( por sinal há um largo espectro para os que assim de definem), é vaca para ser ordenhada. É mais seguro? Será? Quantos perderam suas vidas, carreiras tentando estabelecer as bases de um sistema , mais justo e fraterno. Seriam meros idiotas? Até pode ser na visão do pacifista, mas tenho certeza que é mais seguro ficar a filosofar e ofender, ainda mais virtualmente.
>Ou se pode destilar o ressentimento e derramar ódio contra a “classe dos alienados”. Tudo se torna inimigo.
Tornam-se inimigos, inclusive, os que se propõem a discutir mudanças sistêmicas?
Como aprofundar a discussão sem cair-se no solipcismo , na anomia? O importante seria só a discussão, em si, não o sujeito, o indivíduo( que bem ou mal há que se relacionar com outros em uma sociedade, com seus antagonismos)?Miguel (admin)MestreEnfim… parece que o Joao Alberto conseguiu estabelecer, depois de muita gente martelar, uma ponte de acesso até o Fernando. Quem sabe agora seja possivel conversar:
Longe de parecer um assunto despropositado, como o comunista berra até ficar rouco, a discussao e paralelo entre nazismo e marxismo tem tudo a ver e é bem atual. Usar o ressentimento pelas já historicas injustiças sociais para justificar atos de revolta e violaçao do Direito (a anomia nao é soluçao) pode parecer algo normal, heroico, meritório, para alguns. É o olho por olho. Entretanto, caso ele nao tenha percebido, essa via de argumentaçao caminha para uma aporia de todo tamanho, pois se a violaçao dos direitos no caso do marxismo está justificada pelas diferenças sociais, por que o ressentimento nazista contra a subjulgaçao aliada nao justificaria as agressoes alemãs? ou, mais atualmente, por que o ressentimento contra a subjulgaçao e exploraçao americana nao justificaria os atentados terroristas contra “o sistema”?
Todo esse tipo de discurso só serve para apresentar o ódio como algo racional e justificado Quando se pensa em classe, em massa, em números ou estatísticas, é facil cometer atos de injustiça ou de barbárie, tudo está justificado, pois nao se vê cada pessoa, só existe a massa, o sistema. Entao se pode jogar uma bomba contra “o sistema”. Ou se pode destilar o ressentimento e derramar ódio contra a “classe dos alienados”. Tudo se torna inimigo.
Um outro caminho seria partir do sujeito, algo que tambem demanda trabalho, mas que fanáticos ideológicos confundem com solipicismo. Do outro lado, os anomicos acham que se o que importa é o sujeito, entao o mundo gira em redor de cada umbigo.
Ora, ser Indivíduo é mais dificil do que parece!
Ir tocando a vida sem se importar ou sem cuidar de nada nao é ser Individuo, é ser “espécime do rebanho”. Um individuo vale mais do que uma vaca, vale mais do que a massa. Mas, ao contrario do que o marxista acha isso nao justifica usar o pensamento para aporrinhar os outros, isso pode ser tarefa de militancia marxista, mas, no caso do Individuo, a tarefa é do interesse dele, diz respeito a ele, é antes dele que dos outros, e portanto inclui o outro.
Para que entao ser individuo? Para que isso serve? Como ficam as injustiças sociais? Essa pergunta já responde por quem fez, nao entendeu nada. Isso nao é um sistema! entao, o marxista grita: alienado, e retorna ao pasto para ser vaca, e espera a hora de ser ordenhado. Dá mais segurança e menos trabalho.
Miguel (admin)MestreMeu caro João Alberto:
>Öutra questão: teu ódio tem sido um pouco irracional. Tu não podes odiar alguém pelo simples fato de ele possuir dinheiro. Tens que odiar é aquele que finge não conhecer a realidade, para assim “justificar” suas atitudes
Vamos com calma! Eu não odeio ninguém por ter dinheiro, até porque não sou nenhum ' pobrezinho', ao contrário, venho das altas camadas médias da nossa sociedade, pago imposto de renda, etc.O que eu combato, entre outras coisas , é a concentração irracional de riqueza, não como algum princípio moralista, mas por esta ser indutora da pobreza, que leva ao esgarçamento do tecido social, o que leva a subprodutos, como a pobreza extrema e criminalidade. Mas, mudando de assunto, estou aqui, também para aprender, e por hora aguardando o Pacifista discorrer sobre a Problemática da Subjetividade. Tomara que ele não se excuse ou não venha com algum texto copiado…Vamos ver. Mas, tendo aprendido contigo, estou procurando ser tolerante, até porque os deboches, ofensas virtuais não chegam a doer tanto assim, mas as vezes ficam incoerentes com alguém que se intitula pacifista! AbraçosMiguel (admin)MestreFernando:
“Tolerância de mão única.” Em algum momento eu te chamei de alienado? E em algum momento eu defendi as acusações e os deboches (alguns sem sentido) do Pacifista? O que escrevi não foi intolerância, foi indignação. Como alguém pode participar de um debate filosófico e lá pelas tantas dizer: enquanto alienados como vocês ficam a filosofar”??!!
Öutra questão: teu ódio tem sido um pouco irracional. Tu não podes odiar alguém pelo simples fato de ele possuir dinheiro. Tens que odiar é aquele que finge não conhecer a realidade, para assim “justificar” suas atitudes.
Marcio:
Estamos discutindo sobre nazismo/marxisismo sim. Sabias que o sistema de divisão de poderes que temos (legislativo, executivo e judiciário) é do tempo da rev. francesa (muito antes das práticas comunistas e nazistas)? Sabias que ainda existem paises vivendo sob o regime comunista? Sabias que um partido que fez mais de um milhão de votos em sua legenda (o PRONA) é de orientação nazi-facista?
Miguel (admin)MestreSim, Pacifista! Então boa idéia..que tal vc começar a discorrer sobre a problemática da subjetidade, melhor que a questão que vc levantou dos paralelos nazismo/marxismo que praticamente ninguém se interessou.Tens agora uma boa oportunidade de maneira, a mais clara possível de discorrer sobre a tal problemática!
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